Complicated escrita por Miss Moonlight


Capítulo 22
Capítulo 21 - Fora de controle.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu, prestes a fazer a deixar vocês com o batimento cardíaco elevado, pelo menos eu espero que sim. Porque quando eu escrevi, eu fiquei '-' Enfim, divirtam-se *--*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148289/chapter/22

Ele corria como jamais tivera corrido em direção ao seu carro. Sabia do que Sophie era capaz e morria de medo do que ela poderia fazer com Annabeth. Chegou até seu Lexus LS preto, e procurou suas chaves. Apalpou os bolsos da calça até que achou um bolso volumoso. Tirou a chave de lá com suas mãos trêmulas e abriu a porta do carro. Mal se importou com o cinto de segurança, ligou o carro e dirigiu velozmente até a casa de Sophie.

Quando chegou, avistou uma casa silenciosa e escura. Estacionou o carro um pouco afastado da casa. Caminhou cuidadosamente até a entrada, foi até a porta e tentou abrir. Infelizmente estava trancada.

- Maldita! – ele xingou.

Tentou as janelas e nada. Pelo visto Sophie havia pensado em tudo. Não podia arrombar a porta, faria barulho. Foi para o fundo da casa, onde havia uma janela baixa de vidro, que levava ao porão. Agachou-se até ficar na altura da janela tentou abrí-la, mas infelizmente estava trancada também. Resolveu quebrar o vidro, já que a casa era grande e ela não chegaria a ouvir o barulho. Quebrou o vidro com o cotovelo. Colocando o braço dentro do espaço quebrado, ele destravou a trava da janela.

Com ela aberta, adentrou o porão cuidadosamente para não acabar esbarrando em alguma coisa e fazendo o maior barulho. Passou as mãos pelo cabelo, não sabia o que fazer. O porão cheirava a mofo e estava cheio de caixas e mais caixa lacradas. Avistou uma escada que dava para uma porta, provavelmente seria a saída. Subiu os degraus de madeira torcendo para que eles não acabassem quebrando devido a sua idade. E graças a Deus não quebraram. Chegou até a porta.

Assim que a abriu, um grito lhe atingiu aos ouvidos. Era de Anne, tinha certeza. E isso significava que Sophie já entrava em ação, e pelo volume do grito, ele vinha do segundo andar. Desesperado e percebendo que não teria nenhuma arma para lutar com a morena, fechou a porta atrás de si e correu até a cozinha que ficava ao lado. Quando adentrou o local, foi direto para o faqueiro em cima do balcão, pegou a maior faca que tinha e olhou para ela.

- Vamos lá Christopher, coragem. É isso ou sua prima morta – sussurrou para si e respirou fundo.

Não podia apenas subir e implorar para Sophie deixá-la ir, isso seria suicídio. Pensou no que faria. Não podia esperar a polícia chegar, poderia ser tarde demais. Finalmente pensou em uma coisa.

- Tudo bem. Eu terei pouco tempo, mas é isso ou nada.

Colocou sua faca em punho e pegou um copo dentro do armário. Respirou fundo novamente, pegou a chave da porta da cozinha e depois foi abrir a porta do porão. Voltou a cozinha, fechou os olhos atacou o copo perto do balcão, que caiu no chão fazendo barulho alto. Ele saiu em alta velocidade para o porão, entrou e fechou a porta. Ficou com a faca empunhada em sua mão e a chave na outra. Ficou esperando ouvir os passos de Sophie.

Ouviu um barulho de salto batendo contra os degraus, passos lentos e cuidadosos. Era ela. Logo o barulho passara pelo assoalho enfrente a porta do porão e foi em direção a cozinha. Assim que viu que o barulho estava um pouco longe. Abriu a porta do porão cuidadosamente e avistou a morena com a arma empunhada nas mãos e de costas olhando atenta para trás do balcão de mármore. Quando viu a chance, correu até o outro lado do corredor. Andou de lado até o espaço lateral da porta, tentando respirar o menos possível. Em um movimento rápido, e parar para pensar duas vezes, agarrou a maçaneta da porta e a fechou, logo a trancando.

- Christopher! – ouviu Sophie grunhir, enquanto saia correndo e  virava a esquerda no corredor.

Acabara de virar quando ouviu um barulho de tiro. Sophie atirou da porta, tentou acertar Christopher, aquilo não era um bom sinal. Colocou suas mãos sobre a cabeça se agachando um pouco e correu até a escada. Subiu de dois em dois, teria que ser rápido para soltar sua prima, antes que Sophie saísse dali.

Já as coisas na lanchonete pareciam tranqüilas. Pelo menos para algumas pessoas, porque para Katherine, depois da quarta música, já não agüentava de preocupação. Sentiu que acabaria errando as notas desse jeito.

- Meninos, eu tenho que ir. Desculpem-me, mas eu não posso mais ficar aqui – tirou a guitarra e a colocou encostada em um canto.

- Tudo bem, Kate. Joe nos permitiu tocar somente algumas músicas. Outra banda vai entrar também. Seja lá o que você vai fazer, pode ir. Obrigada por nos ajudar – Peter sorriu gentilmente para ela. – Sei que o que você vai fazer tem a ver com Christopher, então, se é para o bem dele, está mais que liberada – disse e todos concordaram com a cabeça.

- Obrigada, meninos – ela sorriu e deu um beijo na bochecha de Peter que estava mais próximo dela. Acenou para o resto dos garotos e saiu em disparada dali.

Voltando a casa da Srt. Podolsky, assim que Chris chegou ao segundo andar, ouviu gritos abafados, deduziu ser de Anne. Correu pelo corredor até achar porta em que o som vinha. Quando achou, abriu e suspirou aliviado quando viu uma garota loira, sentada em uma cadeira de madeira com o rosto molhada por suas lágrimas. Sua boca essa coberta por um pano amarrado, impedindo que ela falasse e seus pés e mãos presos por uma corda. Ele não esperou um segundo, trancou a porta, jogou a chave para o lado e avançou até lá para soltá-la.

- Tudo bem, Anne. Eu vou te tirar daqui, eu vou te tirar daqui – repetia enquanto tirava o pano vermelho da boca de sua prima. – O que ela fez com você, Anne? O que ela fez?

- E-ela cortou o meu rosto... C-com a faca... – disse em meio de lágrimas.

- Só falta mais uma corda, nós já vamos sair daqui – pegou a faca e começou a cortar a corda que prendia as pernas da garota.

Começou a ouvir passos na escada, eram passos firmes e pesados, ela estava furiosa, isso o fez ir mais rápido. Assim que se livrou da maldita corda, puxou Anne pelo braço e a levou até a janela aberta que havia no quarto de Sophie. Começara a ouvir algumas sirenes e a voz grossa de um homem gritar em um mega fone, porém estava muito nervoso para entender o que ele dizia. Agora tudo ficaria bem, a polícia chegara.

- Pule agora! Vá! – Christopher exigiu a garota que parecia relutante. – Você quer morrer ou não? Então vá, eu vou logo atrás de você! Confie em mim.

Ela o olhou hesitante, mas pulou. Não era muito alto e a queda seria sobre o gramado, porém isso não a impedir de ganhar alguns ferimentos leves. Assim que viu que Anne havia se levantado da grama verde, preparou-se para pular também, mas ouviu o barulho da porta sendo aberta e fez sinal para que Anne fosse. Annabeth foi, porém não para fugir e se proteger, foi procurar ajuda para seu primo.

- Ora, ora, ora... Parece que alguém aqui veio salvar a donzela em perigo. Típico de Christopher, não é mesmo? – disse Sophie guardando sua chave reserva da porta de seu quarto no bolso da calça jeans, enquanto a outra mão era ocupada segurando sua arma. Tinha um olhar doentio e um sorriso debochado.

A polícia já estava lá, pronta para entrar em ação, na frente da casa de Sophie, porém não se mexiam. Apenas um homem falava no mega fone alguma coisa parecida como “Renda-se ou invadiremos”. Os outros apontavam as armas para a entrada da casa e alguns conversavam sobre o que fazer. Claramente aquilo havia chamado a atenção de muitos vizinhos curiosos, que foram ali ver o que estava acontecendo.

Quando Katherine chegou, estacionou seu carro de qualquer jeito perto da casa e correu até os policiais armados sem entender nada.

- O que vocês estão fazendo aqui fora ainda? Temos que entrar! – exclamou ela.

- Moça, a senhorita não pode ficar aqui, vá para trás da fita amarela, por favor  – explicou um homem negro e gordo, com os cabelos e barba grisalhas, parecia muito calmo diante de tudo o que acontecia.

- Sim, eu posso fica aqui. Porque fui eu quem chamou vocês, mas me arrependo. Vocês até agora só serviram para ficar de enfeite aqui e gastarem palavras nesse mega fone idiota. Se eu soubesse disso, teria eu mesma providenciado! Talvez comprasse enfeites mais bonitos que vocês, como anjos ou flores – gritou Kate.

- Sr. Stewart, encontramos uma vitima ferida, melhor ligarmos para emergência. Ela disse que tem mais uma pessoa dentro da casa.

- Essa vítima é loira? – perguntou Kate desesperada.

- Sim – respondeu o homem com os cabelos morenos despreocupado.

- Tudo bem, chame uma ambulância. Ou melhor, duas! – disse o homem negro, para o outro que havia o chamado. – Já você, moça, eu exijo que... - parou de falar assim que viu a mulher correndo com uma pedra grande – roubada do jardim da casa de Sophie – nas mãos. Gritou para ela voltar, mas foi ignorado.

Katherine chegou à porta, e com todo força bateu com a pedra na fechadura que quebrou. Chutou a porta para abri-la e correu até a escada. Subiu o mais rápido que pôde, estava decidida a salvar Christopher de qualquer jeito. Sophie podia achar que amava ele, mas se ele dissesse alguma coisa que não deveria e a provocasse, ela seria capaz de machucá-lo. Talvez até matá-lo, Kate já não duvidava disso. Chegou ao segundo andar e colocou-se a procurar desesperadamente por Christopher.

- Por que está fazendo isso?  – perguntou ele saindo de perto da janela.

- Por você! – ela exclamou começando a sentir seus olhos enxerem de lágrimas. – Eu faço tudo por você, Christopher. Mas você não vê isso!

- Sophie... – disse mais calmo se aproximando dela.

- Não dê mais nenhum passo, se não eu tiro. Eu juro que atiro. Eu não agüento mais isso! Você só fez a minha vida virar um inferno!

- Você não quer fazer isso. Você não é assim!

- Eu quero e vou. Se eu atirar em você agora, meus problemas vão embora. Eu não agüento mais ver você com outra. Eu não quero mais ver você com ninguém. Mas você não vai me escuta. Então terei que matar você – disse em meio de lágrimas, suas mãos empunhavam sua arma e apontavam para ele.

- Sophie, por favor, não! – tentou Christopher assustado.

- Me desculpe, mas é a única solução – fungou e carregou a arma. – Adeus, Christopher – e sem menos de um segundo, Katherine ouviu um disparo vindo em um dos quartos que ainda não tinha olhado.

Assustada correu até o quarto em que o disparo viera. Assim que entrou, viu Sophie de costas, chorando e segurando uma arma, pronta para dar mais um tiro. Christopher estava jogado no chão, com sua camiseta suja de sangue, parecia fraco, porém ainda estava consciente. Katherine abriu sua boca aterrorizada sentindo as lágrimas tomarem conta de seus olhos verdes escuros. Christopher está ali, ferido e ela mal pudera evitar. Mas agora podia.

- Kate... – sussurrou Chris no chão olhando para ela, dando um meio sorriso fraco. Seus olhos piscavam lentamente, quase se fechando.

- O quê?! – exclamou Sophie confusa, mas não deu tempo nem de olhar para trás, porque uma pedra lhe atingira a cabeça, causando um desmaio.

A loira olhou para a mulher desacordada no chão e depois para o rapaz que estava um pouco mais afastado. Largou a pedra em algum lugar e correu até ele, mal se preocupou em enxugar todas as lágrimas, apenas sentou no chão ao lado dele e o puxou para seu colo para abraçá-lo. Começou a balançá-lo como se fosse ninar uma criança. E beijando sua testa carinhosamente sussurrou com o rosto molhado por lágrimas:

- Tudo vai ficar bem, Chris. Eu estou aqui com você, vai ficar tudo bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Cara, eu amo a parte que ele sussurra o nome dela com um pequeno sorriso no rosto depois de levar um tiro, awn *-* Enfim, o que acharam? Ficou horrível? Ou aceitável? :B