Complicated escrita por Miss Moonlight


Capítulo 24
Capítulo 23 - Aceita ser minha?


Notas iniciais do capítulo

Mano, eu creio que já tenha perdido todas as minhas leitoras, mas ainda tenho esperanças que alguém ainda esteja aí.
Enfim, vou tentar escrever mais rápido, mas dessa vez eu demorei porque eu fui viajar :/
Bom, nos vemos lá em baixo *-*



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- Oi... – disse Katherine cautelosamente enquanto abria a porta do quarto em que Christopher estava.

- Oi, Kate – disse ele sorrindo-lhe e sentando-se com dificuldade.

- Como você está? – caminhou até a cadeira ao lado da cama, em que Lily esteve sentada a alguns instantes atrás.

- Bem. Agora estou bem. O que aconteceu com a louca da Sophie?

- Cuidaram da pancada que eu dei na cabeça dela, qual infelizmente não causou nada grave – fez uma careta. - Vão deixar ela aqui com a supervisão dos guardas e amanhã a levarão para a delegacia. E deixá-la na cadeia por muito tempo assim que eu e Anne fomos testemunhar.

- Falando em Anne, como ela está? – perguntou ele preocupado.

Katherine sentiu sua barriga dar voltas e seu coração doer. Diante de toda aquela adrenalina, mal se lembrou de que Anne era a verdadeira namorada de Christopher. Então a ficha caiu. Desde a sua entrada na casa de Sophie, sentia-se como sua namorada novamente. Se preocupando e cuidando dele com a própria vida. Não que um dia eles chegaram a ser namorados, pois não houve tempo para nenhum pedido oficial, mas ela sentia-se como se ele fosse dela e ela fosse dele na época. Como devidos namorados.

- Kate? – chamou Christopher confuso diante da pausa que ela deu encarando uma das paredes.

- Ah, sim. Ela... Ela está bem. O Dr. Findgan fez curativo no corte dela e ela já foi para casa – suspirou ainda sem olhá-lo.

- Ótimo – fez uma pausa. – E... Você estava pensando em quê? – disse curioso se ajeitando na cama.

- Em quê o quê? – estava tão perdida em mais um de seus pensamentos que mal escutou o que ele dizia.

- O quê? Hãm... Eu não sei. Você que deveria me contar, certo? – falou se divertindo com a situação.

- Ah! Claro, eu só... Estava pensando em... Como... A cor branca das paredes... Combina com os lençóis da cama – disse ela sem jeito olhando para os lados, não agüentaria olhar para os olhos dele agora.

- Será por que os dois são brancos? – perguntou sarcasticamente soltando um riso logo depois. – Okay, Kate, diga o que realmente está acontecendo.

- Argh! Tudo bem... – deu-se por vencida, levantando-se e começando a andar de um lado para o outro fazendo gestos com as mãos. – Quando a gente estava na lanchonete do Joe... Quando eu disse a você o que estava acontecendo, eu acabei dizendo que Anne era a sua namorada e você protestou, não vem em falar que não. Porque eu lembro muito bem – apontou para ele acusadora. - E quem cala consente, certo? Como diz o velho ditado.

Christopher arregalou os olhos, como ela pôde pensar isso? Annabeth sua namorada? Piada do ano. Ela não sabia que Anne era sua prima. A garota parecia realmente intrigada, o que fez Chris sorrir internamente. Decidiu brincar um pouco com isso, como o velho Christopher faria.

- E por que você acha isso? Só por que eu fiquei calado?

- Não. Talvez toda a sua preocupação com ela... E-eu não sei, okay? Só estava curiosa – bufou jogando-se na cadeira novamente.

- Por que está assim? Não teria problema se eu estivesse com ela, não é? – provocou ele fazendo-se de inocente. Se ela disse que realmente o amava, teria que tirar isso a limpo.

Ela olhou para os olhos ainda um pouco cansados de Christopher e sentiu todas as suas esperanças se destruírem. Respirou fundo e procurou alguma resposta coerente, mas não encontrou. Mordeu seus lábios vendo a expressão de Christopher mudar para curiosa, mas seus olhos estavam diferentes, cômicos. Tinha certeza, pois os conhecia muito bem. Era agora ou nunca, falaria tudo o que queria e se ele realmente não a quisesse mais ela não insistiria. Levantou-se e sentou no canto da cama de frente para ele.

- É o seguinte, acredite se quiser, mas o que eu vou falar é a mais pura verdade. Há um problema sim se você estiver com ela. Eu não poderei mais ficar aqui, vou ter que ir embora. Mas não vou antes que você me diga com todas as letras que não me ama mais. Chris, eu te amo tanto, tanto, tanto... Você não faz ideia. E provavelmente sempre vou amar você, mas eu não vou ficar correndo atrás de quem não me quer mais por perto, porque é perda de tempo. Então me diga agora, em alto e bom som, se você não me ama mais – terminou de dizer.

Katherine nunca foi uma mulher insegura, sempre foi decidida e não se deixava abalar facilmente. Mas isso mudou quando conheceu Christopher. Agora ela sentia o medo de ser trocada por alguém mais bela que ela. Seu ciúme aumentara muito desde que conhecera a psicopata da Sophie e soubera de Anne.

- Katherine... – ele começou a dizer sério enquanto pegava a mão delicada da mulher. – Eu não... Eu não posso acreditar que você achou mesmo que Anne era a minha namorada! Ela é a minha prima – começou a rir descontroladamente, enquanto Kate, confusa e irritada, o encarava.

- Mas você... Você acabou de dizer que estava com ela! – exclamou levantando-se da cama.

- Isso não é verdade – começou a dizer enquanto massageava a barriga que doía de tanto rir. – Eu não disse com todas as letras “Eu estou com Anne agora”. Eu somente perguntei se haveria um problema se eu estivesse – disse sorrindo vitorioso.

- Ah, seu tremendo idiota! – pulou em cima dele, sentando sobre seu colo e enchendo-lhe de tapas e socos nos braços e em seu peitoral.

- Kate, meu amor, a minha perna ainda está dolorida, cuidado – ele avisou rindo como um condenado. Chris ainda sentia a maior necessidade de deixá-la irritada. Porque, na opinião dele, ela ficava ainda mais bonita. Era bom senti-la perto de si. Estava cansado de enganar-se falando que tudo o que sentia pela mulher era ódio, enquanto era... Somente... Amor.

- Cuidado?! Pra quê?! Você me enganou, seu... – parou o que estava fazendo ao perceber o que o rapaz havia lhe dito. Seu coração começava a bater mais rápido e um sorriso lutava para ser aberto em seus lábios. – Você me chamou de...

- “Meu amor”? Mas é isso que você é, não é? – sorriu divertido para ela que parecia chocada. O silêncio foi total dentro daquele quarto, e Christopher, incomodado com o silêncio dela, resolveu falar. – Tudo bem, essa é a hora que você fala que me ama e me beija.

A expressão do rosto de Katherine mudara do espantada para divertida também. Ela cruzou os braços e sorriu brincalhona enquanto dizia:

- Ah, é? E como você sabe que eu te amo?

- Porque você me disse isso a alguns minutos atrás – disse vitorioso colocando seus braços embaixo da sua cabeça.

- Puts, é mesmo. Maldita hora que eu fui me declarar – resmungou revirando seus olhos o fazendo rir.

- Tudo bem, se não quiser, não precisa dizer que me ama novamente, é só me beijar.

- E se eu não quiser?

- Eu te forço a fazer isso. Porque eu estou morrendo de saudade dos seus beijos, sabia? – sorriu colocando suas mãos sobre a cintura da mulher que ainda estava sentada em seu colo.

- Só dos meus beijos? – perguntou ela fingindo que estava magoada.

- Na verdade não. Da sua voz, sua risada, seus olhos verdes, sua pele branquinha... O cheiro do shampoo que você usa no meu cabelo, o seu próprio cheiro natural que eu tanto amo. Senti saudade de ver você irritada, dos seus tapas e socos que você tanto me dava, isso soou um tanto masoquista, não é? Enfim. Também... - foi interrompido por um rápido beijo, que o deixou um pouco tonto.

- Eu sei que eu já disse isso, mas... Às vezes você fala demais – Katherine riu e segurou seu rosto novamente o puxando para mais perto para lhe dar mais um beijo apaixonado.

Seus lábios se moviam lentamente, pois não tinham pressa. Ficaram tanto tempo afastados, por que não aproveitar o tempo perdido? Christopher a puxava para mais perto, enquanto ela enroscava suas delicadas mãos sobre o cabelo louro dele, o deixando um pouco fora de si. As línguas se encontravam e dançavam em perfeita sincronia. Era uma ótima sensação estar nos braços de Christopher, pelo menos era o Kate afirmava. Já ele afirmava que não havia algo tão perfeito quando o beijo de sua amada.

Ficaram assim até ouvirem alguns passos no corredor, Katherine o empurrou delicadamente e saiu de cima dele, indo direto para a cadeira em que estava antes. Sentou-se e olhou para a porta, assim como Christopher, que não se limitou em soltar um sorriso de satisfação. A porta se abriu e dali saiu Thomas.

- Oi, eu só... – parou quando viu uma pequena mancha vermelha um pouco em cima dos lábios de Christopher e notando que a boca de Kate encontrava-se inchada.

- O que foi? – perguntou ele confuso.

- O que vocês fizeram? – Thomas questionou com um olhar malicioso.

Katherine olhou com os olhos um pouco arregalados para o irmão mais velho e notou a pequena mancha vermelha também. Arregalou mais ainda os olhos, fazendo ele a encarar completamente confuso agora. Ela começou a fazer gestos discretos para que ele limpasse a mancha, mas ele não entendeu.

- Christopher, maninho, Kate está gesticulando que tem uma mancha vermelha do batom dela em cima de sua boca – sorriu sarcasticamente cruzando os braços, enquanto via seu irmão tentando tirar a tal macha o mais rápido possível. – Bom, eu só vim aqui avisar que estamos indo para casa. Mamãe não quer ficar prendendo Cecí lá  cuidando de Zoe. O médico disse que você sairá daqui amanhã de manhã, porque você está fraco, se bem que eu não acho isso. Você está muito bem, até. Você não acha Kate? – Thomas o olhou sugestivamente. – Enfim, vai conosco?

- Er... Não, acho que eu vou ficar aqui com ele.

- Srta. Silicone, pode indo para a casa. Vá descansar um pouco. Não precisa ficar aqui, estou falando sério – sorriu carinhosamente.

- Eu disse que eu não sairia do seu lado, até você dizer com todas as letras que me quer longe. Você não disse, agora agüente as conseqüências – ela disse rindo enquanto segurava sua mão.

- Não quero atrapalhar vocês, então... Até amanhã Srta. Silicone e Sr. Chapinha – disse Thomas cínico.

- Eu já disse que foi só uma vez, Thomas! Só queria ver como era aquele negócio, e isso faz tempo – resmungou Christopher fazendo o irmão rir.

- Mas você passou, não passou? Nem vem, eu até tirei uma foto, bobão – disse Thomy enquanto sua voz quase se perdia diante das gargalhadas que dava.

- Não me faça contar para a Rose todas as coisas estranhas que você fez. Ou que você tem uma foto do ursinho Guto dentro da sua carteira – sorriu vitorioso.

- Isso não é... – parou de falar assim que Christopher levantou as sobrancelhas, descrente. – Tudo bem, acho que eu vou indo... Tchau – disse saindo com rapidez pela porta.

- É verdade isso? – perguntou Katherine caindo na risada.

- Pior que é, eles tinham um sentimento especial sabe? O Guto e o Thomy – brincou ele rindo junto com Kate.

- Tudo bem, Chris, já são 2h00. Descanse mais um pouco, foi um longo dia – Katherine disse após olhar para a tela de seu celular.

- Só se você fizer o mesmo – ele fez beiço.

- Está bem, está bem.

- Agora deite aqui comigo – pediu indo com cuidado um pouco para o lado, para que ela deita-se ali.

- Acho melhor não, Christopher – disse ela olhando para a perna dele.

- Ande logo – exigiu abrindo um dos braços para que ela se acomodasse ali. E com um pouco de relutância ela o fez.

- Aí! – gritou ele e ela levantou a cabeça assustada, mas mudou sua expressão para irritada quando o viu rindo. – Brincadeira, pequena.

Ela resmungou, mas depois acabou rindo e dando um leve tapa na cabeça do loiro. Que apenas a puxou para mais perto depositando um beijo em seus cabelos. Kate fechou os olhos, aquela sensação era tão boa e não a sentia a tanto tempo, que pensou seriamente em nunca mais sair dali. Estava quase caindo em um sono profundo quando Chris sussurrou contra seus cabelos:

- Que tal ficarmos juntos novamente?

- Isso é um pedido de namoro? – disse sonolenta.

- Depende. Me promete que nunca mais vai fazer a loucura de me deixar sozinho? – olhou para ela com tristeza.

- Chris... – sussurrou já com algumas lágrimas nos olhos. – Eu nunca mais vou fazer isso, e você não sabe o quanto me dói lembrar de tudo o que eu lhe disse. Lembrar que eu o magoei e que não fui boa o bastante pra você. Mas eu amo você e nunca farei isso novamente. É uma promessa – fechou os olhos sentindo algumas lágrimas descerem pelas suas maças do rosto. Mas elas logo foram enxugadas carinhosamente pelos dedos ágeis do rapaz ao seu lado.

- Então se é assim, Srta. Silicone, tenho uma coisa para lhe dizer. Você aceita juntas nossas escovas de dente? Tipo, passar tardes e mais tarde comigo em meu apartamento? Aceita ir ao cinema todo final de semana comigo? Aceita dividir a mesma cama comigo quando você for dormir lá em casa? Aceita ouvir minhas piadas o dia inteiro? Aceita me aturar? Aceita fazer parte da minha vida novamente? Aceita ser minha? – disse ele enquanto a acariciava no rosto.

- Christopher... É óbvio que eu aceito – ela exclamou o abraçando e logo o beijando novamente.

Depois de um tempo deitados, trocando abraços e beijos, Christopher, que estava bastante pensativo sobre alguma coisa em que Katherine não teve coragem de perguntar, resolveu dizer:

- E o que acha de Charlotte?

- Er... É um belo nome. Mas por que a pergunta? – perguntou ela tirando seus olhos do teto e encarando Christopher, curiosa.

- Porque esse podia ser o nome da nossa filha – disse ele sorrindo enquanto viaja em pensamentos, olhando para o nada.

- Mas que filha, Christopher?! Ah, só você mesmo! – exclamou enquanto ria.

- Eu pretendo ter um futuro com você, qual é o problema de já decidimos os nomes?

- Nenhum, nenhum... – Katherine suspirou ainda risonha. Passou-se um tempo até ela resolver dizer algo novamente. – O nosso filho poderia ter o nome do seu pai, não é? Seria magnífico, poder fazer uma homenagem a ele. Já que James o incentivou a não desistir de lutar por mim.

- Não é uma má ideia. Mas se fomos colocar o nome do meu pai, temos que colocar um segundo nome pra não ficar tão igual... – sugeriu Christopher aprovando a ideia.

E assim ficaram a noite inteira fazendo planos para o futuro, até que Christopher começou a fechar seus olhos lentamente até cair em sono profundo. Katherine olhou para seu rosto sereno e o admirou por alguns minutos. Depois sussurrou um “Boa noite, Chris” e deu um leve beijo em seus lábios. O abraçou, enquanto encostava sua cabeça no peitoral dele e fechava seus olhos sentindo o sono chegar.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem, eu também acho que não ficou muito bom. Enfim, a fanfic está acabando gente, estamos na reta final, só mais alguns capítulos e Complicated estará terminada :/ Me desculpem pela demora - como sempre - sou uma bitch mesmo. Bom, críticas, sugestões ou elogios? *--*



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