Change escrita por Fernanda Melo


Capítulo 3
Capítulo 3




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[Sara]

Só podia ser um pesadelo o que estava acontecendo, vampiros haviam me forçado a ajudá-los, me disseram que se eu tentasse fugir eu acabaria como os outros morta. Hoje seria o dia do ataque eu não iria participar disso, soube que Riley e Victoria iriam para outro lugar, muito espertos, mandar os outros brigarem em seu lugar.

                - Se eu souber que um de vocês desviaram do caminho. Riley deu uma breve pausa e olhou para mim, com sua mão ele encostou-se a meu rosto. Será que algum idiota contou para ele? – Se considerem mortos. Ele me empurrou contra a parede. Eu odiava mesmo ser escrava de alguém, não é atoa que eu fugi dos Volturi, mas eu não podia fazer nada, era um exercito contra uma meia vampira.

                Quando chegamos no lugar senti o cheiro daqueles lobos fedorentos, mas obviamente não iria avisá-los, queria mais que eles se dessem mal, principalmente Riley. Nós continuamos seguindo, Riley foi para outra direção enquanto Victória nos seguia até um certo ponto. A batalha havia começado, os de olhos dourados lutavam bem ao lado dos lobos. Aos poucos foram matando um por um. Assim que percebi que briga ia acabar decidi ir embora.

                - Os Volturi estão vindo. Percebi alguém falar, era a vampira de feições pequenas. Fiquei para observar todo o resto. Quando os Volturi chegaram percebi que ela não gostava de estar na presença deles mesmo, afinal quem gostava de estar em frente à Jane? Ela desviava o olhar deles a todo momento.

                Eu então resolvi ir embora quando vi Felix ir em direção a uma das vampiras que Riley havia criado. Continuei caminhando sem direção, ainda bem que tudo aquilo havia acabado, não sabia mais o que iria fazer. Então voltei para a casa onde ficava, tudo estava como eu havia deixado. Me joguei no sofá e fiquei observando o teto.

[Jasper]

                Depois da batalha voltamos para casa, por algum tempo senti o cheiro da vampira nômade, que me era familiar, me fazia lembrar o cheiro da minha filha, mas isso não era possível ela se foi, os Volturi não dão chance a ninguém. Eu estava mais aliviado por tudo aquilo ter acabado. Já em casa fomos nos repor, aquilo não é uma coisa que fazemos sempre e única pessoa que gostou disso foi Emmett.

                - Então está bem? Perguntei puxando Alice para o sofá.

                - Sim, eles estão aí fora?

                - O Carlisle pediu que eles ficassem e nos avisassem, o vampiro nômade andou por aqui. Estava preocupado, o que será que esse vampiro queria, ele vinha rondando nossa casa a muito tempo e nunca dava as caras.

[Sara]

                Ouvi uma batida na porta e automaticamente acordei, eu fiquei com um pouco de receio de abrir a porta, não recebia ninguém, afinal eu morava agora praticamente no fim do mundo. Andei em direção a porta com cuidado e a abri, quando vi um lindo jovem moreno apenas de bermuda jeans e tênis, ele era lindo com seus perfeitos olhos negros.

                - Oi, posso ajudar em alguma coisa?

                - Me desculpe, apenas queria saber se poderia me servir um copo de água. Estranho, como ele veio parar no meio dessa floresta. Comecei a ler seus pensamentos. Acho que alguém está apaixonado por aqui, eu sorri um pouco.

                - Vem pode entrar. Ele entrou e eu fechei a porta.

                - Você mora aqui sozinha? Ele fez uma cara estranha, o que eu iria dizer agora?

                - Bem, não... Meu pai trabalha. Eu tentei enrolar, espero que isso tenha funcionado.

                - Desculpe eu não me apresentei, sou Seth.

                - Prazer, Sara. Eu apertei a mão dele, ele era muito quente e logo estranhei, resolvi deixar pra lá e continuei o assunto. – Você mora por aqui?

                - Sim em Forks, aqui perto, estranho você me faz lembrar alguém que eu conheço.

- Um amigo?

- Talvez. Olha sinto muito, mas tenho que ir uns amigos estão me esperando e tenho uma longa caminhada pela frente, obrigado pela água.

- De nada. Eu abri a porta e ele saiu correndo, ele era tão perfeito, eu não acredito que me apaixonei por alguém.

                Eu não me agüentaria nem mais um minuto, precisava me alimentar e também sair daquela casa. Resolvi dar uma volta pela reserva, ir até perto da casa dos de olhos dourados. Chegando perto reconheci o cheiro insuportável. Me aproximei até os ver rodeando a casa deles, como eles conseguiam agüentar esse cheiro horrível?

                Tentando me esconder acabei fazendo barulho e eles vieram em minha direção, tentei correr, mas os de olhos amarelos também vieram atrás de mim, eu estava encrencada, dessa não conseguiria escapar. Do nada senti meu braço sendo prensado por dentes afiados e fui arremessada contra uma árvore, voltei ficar de pé e a travar luta com o lobo negro. Quando ele me arremessou novamente eu senti meu corpo sem força e depois disso não vi mais nada.

[Alice]  

                Quando escutamos os lobos rosnarem fomos correndo para fora, isso queria dizer que mais uma briga iria começar, o vampiro nômade havia voltado. Ela corria rápido, mas não tão rápido como da última vez. Do nada vi ela se encontrar com a árvore, não dava para ver seu rosto ela tomava muito cuidado para que ele não aparecesse. Ela se levantou e tornou a brigar com o mesmo lobo, mas por fim foi derrubada entre as pedras.

                Estranho ela não se mexia e nem levantava. Comecei a sentir um breve cheiro de sangue no ar, todos se entreolharam, percebi Seth desaparecer e depois voltar já com sua roupa no corpo, ele estava indo em direção a garota.

                - Seth pare, isso pode ser um truque.

                - Não é não, reconheço o cheiro dela, é a menina da cabana. Ele chegou perto dela e se abaixou, com cuidado tirou o capuz do rosto da menina, não dava para ver direito, Seth estava na frente, mas seus cabelos loiros e seus cachos me faziam lembrar.

                - Sara? Eu disse o nome da minha filha em choque.

                - Como você sabe o nome dela? Seth me olhou meio estranho sem entender nada. Me aproximei e vi seu rosto, entrei em desespero, quando percebi o que tínhamos feito. Jaz logo veio para meu lado.

                - Seth a leve para minha casa. Carlisle disse. Eu estava chorando seco, Jaz me abraçou forte. Aquele seu cheiro de vampira que me era reconhecível, como não pude perceber que era ela, minha filha.

[Jasper]

                Alice estava muito nervosa, tentava a qualquer custo acalmá-la, não acreditava ainda que era nossa filha que estava ali, mas como ela conseguiu sobreviver? Os Volturi havia a levado para Itália, eles não iriam deixá-la viva. Agora que a encontramos ela pode estar correndo perigo.

                Assim que voltamos para casa Carlisle levou Sara para um dos quartos de hospedes da casa, Alice estava uma pilha de nervos só de pensar que a filha estava ali.

                - Está bem, alguém pode me explicar o que está acontecendo? Perguntou Seth, no mesmo instante Edward entra com Bella.

                - Soube da notícia. Como as coisas correm rápido.

                - O que aconteceu? Perguntou Bella com cara de dúvida ela ainda não sabia de nada e percebeu o estado que Alice estava.

                - O vampiro que nós procurávamos ela é nossa filha. Eu disse rápido.

                - Como, vocês não podem ter filhos. Seth completou.

                - Eu também achava isso, mas Alice não é vampira há tanto tempo. Quando a conheci ainda humana, tivemos uma relação e o resto vocês já devem imaginar.

                - Mas como isso é possível? Perguntou Bella, com certeza ela não estava ligando coisa com coisa.

                - Nunca soubemos. Edward completou, visto que eu não estava bem para responder, nesse exato momento Carlisle saiu do quarto e veio até a sala.

                - Ela está bem, mas ainda desacordada. Ele foi breve. Carlisle estava estranho, assim como todos nós.

                - Como ela conseguiu escapar deles? Perguntou Emmett.

                - Não sei, ela é muito sortuda se os Volturi tivessem a pegado ela com certeza não estaria aqui.

                - Ela sempre foi muito esperta. Disse Rose dando um sorriso, como se quisesse passar força, ela sempre foi muito apegada a sobrinha, adorava brincar com ela e quando os Volturi a levaram, Rose ficou mal. Ouvimos alguns barulhos vindo do quarto, claro Bella não deve ter ouvido. Carlisle pediu que fosse apenas ele e Esme. Não sabia se agüentaria agüentar mais tempo, para poder ver minha filha.

[Sara]

                Acordei em um lugar estranho com uma breve dor na cabeça. Onde será que eu estava? Eles tinham me pegado, mas porque não me mataram?

                - Olá. Disse um homem loiro, logo em seguida veio uma mulher morena, parecia ser muito simpática. – Você está bem?

                - Sim, mas o que estou fazendo aqui? Eu perguntei sem entender o porque deles não terem me matado. A mulher olhou para o homem, pareciam que eles estavam conversando entre olhares. – O que aconteceu?

                - Nada querida, só queremos saber algumas coisas de você.

                - De onde você veio? Perguntou o homem.

                - Bem desde que eu me lembre eu fui criada na Itália, mas não me lembro de nada antes dos meus 10 anos apesar de que eu envelheço mais rápido que o normal.

                - Você não sabe dos seus pais? Perguntou a mulher.

                - Não, bem que queria saber quem são eles, mas nunca quiseram me contar.

                - Desculpe, mas não nos apresentamos eu sou o Carlisle e esta é minha esposa Esme. Aqueles nomes me eram familiares. – Aconteceu algo?

                - Eu já ouvi seus nomes antes, mas... Uma dor me interrompeu uma forte dor de cabeça, como das outras vezes que eu tentava me lembrar de algo.

                - Está bem não se esforce muito.

                - Não tudo bem, já estou acostumada. Essa dor sempre vem quando tento lembrar de algo.

                - Tudo bem, acho que não vamos importar se você ficar aqui.

                - Eu não quero incomodar. Eu disse entre sorriso.

                - Vamos te deixar sozinha para descansar, mas se precisar me chame. Disse Esme.

[Carlisle]

                - E então como ela está? Perguntou Jasper, nunca vi meu filho tão aflito assim.

                - Bem, mas ela não se lembra, de nada. Ele abaixou a cabeça – Mas não foi por causa da pancada, ela disse que faz de tudo para se lembrar do seu passado já faz tempo. Percebi Alice ficar um pouco nervosa com a situação. – Vamos tentar manter a calma, não vamos forçá-la a lembrar das coisas, quando falamos nosso nome ela disse que os reconhecia apenas não lembrava de ande, se continuarmos assim logo ele se lembrará das coisas.

                Eu realmente estava muito feliz por ter reencontrado com minha neta, que pena que ela não se lembrava de nada. Queria tanto ouvi-la me chamar de avô novamente, assim como meu filho e Alice estavam ansiosos para vê-la novamente.

                - Será que ela demorará a lembrar das coisas?

                - Não sei meu amor, mas espero que não, afinal já é um milagre ela estar viva.

                - Não acredito que os Volturi vacilaram.

                - Pelo menos uma vez na vida eles tinham que vacilar não é? E ainda bem que isso aconteceu com ela.

                - Ou apenas eles perceberam o erro que cometeram e não quiseram voltar atrás com a palavra, eles são muito orgulhosos.

                - Isso você tem razão. Eu tinha um olhar vazio enquanto conversava com Esme, estávamos na sacada do meu escritório abraçados. – Mas vamos fazer por onde ela se recuperar.

                - Com certeza.

                Provavelmente ela estaria estranhando tudo isso, se não fizéssemos alguma coisa ela iria ficar apenas naquele quarto. Ela havia crescido muito, mal tinha se passado cinco anos de seu nascimento e ela aparentava ter quinze. Seus cabelos e seu tom de pele continuavam os mesmos, cabelos com seus cachos e em um tom loiro.

[Sara]

                Eu estava me sentindo estranha, eu queria tanto conhecê-los e agora estou com medo, obviamente não sairia daquele quarto não estava me sentindo confortável sendo convidada. Estranho esse lugar, esses nomes, me faziam lembrar alguém, será que eles tinham alguma coisa haver com meu passado? Mas é tão longe, eu estava na Itália e eles moram em uma cidade pequena e fria perto de Seattle.

                Logo aquela dor de cabeça insuportável atingiu minha cabeça. Eu quero me lembrar de alguma coisa, saber do meu passado, tenho que lutar contra isso, preciso saber da minha vida, já estou cansada de apenas saber meu primeiro nome e nada de sobrenome e mais nada. Minha vida tinha algum sentido, apenas falta um pouco mais de esforço em minha parte.


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