Anjo da Saudade escrita por Ana Carol M


Capítulo 7
Capítulo 7




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                     "Lugares novos podem trazer novas esperanças."

No chão dos cômodos havia vários tapetes, um bem grande no centro da sala com o símbolo do colégio. Continuando. Se invés de dobrar para a tal sala, na porta automática e seguíssemos reto chegaríamos ao balcão da recepcionista Charllote. No lado esquerdo do balcão tinha um pequeno corredor que parecia dar em um saguão com varias escadas, no lado direito do balcão dava na salinha do inicio.

Chamando-me a atenção, a recepcionista falou:

-Logo o diretor vira conhecê-los, enquanto isso o senhor pode preencher

esses formulários?

- Claro- respondeu meu pai.

 Reparei que Beatrici estava silenciosa e parecia observar o local também. Não demorou muito e meu pai com um pequeno sorriso terminou de assinar.

-Pronto?- perguntou Charllote.

-Sim- respondeu ele.

 Ela olhou os papeis e me olhou.

-Senhorita Bold, pode me acompanhar?- perguntou ela.

-Claro e me chame de Mary por favor- disse enquanto andava até ela.

-Venha, vamos pegar se uniforme, Mary- disse ela apontando para um porta no pequeno corredor que dava no possível saguão com escadas, com um grande sorriso no rosto. Meu pai e Beatrici pareciam nem notar minha saída, estavam concentrados olhando um lindo quarto na parede da sala.

 Eu e Charlotte entramos no cômodo que ela tinha apontado, havia varias estantes, a luz estava apagada então não dava pra ver direito. Tinha só uma claridade da pequena janela, consegui enxergar tudo quando Charllote acendeu a Luz. Os uniformes estavam todos ensacados, tudo perfeitamente organizado, nas estantes que eu tinha visto.

-Qual o seu tamanho?- perguntou Charllote.

- Tamanho de que - perguntei.

- Hum, vamos ver primeiro blusa- falou ela mexendo em uma pilha de roupas.

- M - respondi.

- Bem, tome o uniforme M, vista pra ver se fica bom. Tem um provador ali- falou ela apontando para umas cortinas bem ao meu lado.

- Obrigada, Senhorita Charllote - disse eu a ela com um sorriso no rosto. Ela respondeu com um enorme sorriso gentil novamente.

 O uniforme ficou perfeitamente bem, os sapatos serviram e as roupas não precisaram de ajustes. Ela colocou as roupas em uma sacola durinha com o símbolo do colégio para não ter perigo de estragar, e me entregou.

- Pronto, vamos - disse ela sorrindo.

 Eu confirmei com a cabeça e a segui. Quando voltamos á recepção meu pai estava com um senhor, que parecia ser meio atrapalhado, tinha o cabelo loiro e a pele clara com papel ainda tinha um óculos que o deixava estranho.

 Quando me aproximei todos olharam para mim com um sorriso, comecei a corar, mas consegui sorri.

-Seja bem vinda a Escola Interna Gen Solevam, senhorita Bold. Sou O diretor Alfredo Túlio - Falou o senhor sorrindo e estendo a mão para mim.

-Obrigado, e me chame de Mary por favor-falei a ele enquanto o cumprimentava.

-Venham, vou mostrar a escola - disse ele educadamente.

Todos nós concordamos e os seguimos.

 Vi que Charllote nos observava com um sorriso atrás do balcão.

    Passamos pelo corredor, e pela porta que havia entrado pra pegar meu uniforme deixando o balcão e Charllote para trás. Chegamos ao lugar que eu achava ser um saguão, e realmente era, tinha varias escadas nós subimos na primeira á direita logo que entramos no grande cômodo.

-Vou mostrar os quartos, você estuda no segundo ano, certo?-perguntou o Diretor.

-Isso mesmo - respondi a ele educadamente.

-Pelo que o senhor Bold me disse dois amigos seus também vão estudar aqui - Falou ele bem informado, era obvio que meu pai tinha falado tudo sobre mim, ele não conseguia agüentar.

-É sim- falei a ele.

-A senhorita Holmes ficara no mesmo quarto que você, o seu amigo David Levic ficara nos quartos masculinos.

-Ótimo- falei a ele com um sorriso.

Ele mostrou os “apartamentos” que ficavam em um enorme corredor, os de um lado era dos meninos o do outra das meninas, havia sempre um monitor observando os quartos. A cozinha era enorme, e a sala era perfeita.

 As salas de aula eram separadas e ficavam em outro prédio, tinha que atravessar uma pequena área de lazer para chegar lá mas não era muito longe. O colégio era realmente aconchegante. E grande.

  Depois que conheci as partes principais de meu novo colégio fomos para casa, todos nós estávamos muito cansados, até parecíamos uma família feliz chegando em casa depois de um longo dia, mas logo  que pensei em Beatrici sendo minha mãe, amarrei cara. Eu estava muito cansada, então por preguiça fiz um copo de leite com chocolate e peguei umas bolachas, juntei tudo em uma bandeja e fui para meu quarto, quando passei pela sala disse :

-Boa noite pai e Beatrici - passei olhando pra minha comida, não queria ver a cena comovente dos dois juntos.

-Boa noite- os dois falaram. Talvez eu tivesse cansada demais, mas Beatrici sorriu malignamente por segundos. Quando a olhei de novo ela estava terminando de comer.

 Eu dei mais dois passos e meu pai falou: Vou levar Beatrici para casa daqui a pouco, só pra você saber

-Está bem- respondi ainda não olhando pra eles. Eu estava tão cansada que poderia virar as coisas da bandeja.

 Finalmente consegui a chegar ao meu quarto e coloquei a comida em meu criado mudo, tomei um banho demorado com esperança de ter uma noite tranqüila naquele dia. Coloquei meu pijama favorito e comecei a ajeitar o meu quarto que estava muito bagunçado. Acabei me empolgando com a arrumação, enquanto isso Miguel me veio a mente, como tudo aquilo era possível? Eu sorri com minha confusão, mas desejei fortemente que ele aparecesse para mim e falasse aquelas coisas magníficas com sua voz angelical que me fazia sentir tão bem. De repente, alguém me puxou pela cintura e fez-me cair em cima da minha cama, e apenas ouvi risos.

-Miguel? perguntei assustada.

-Não - respondeu um garoto de cabelo arrepiado aparecendo em minha poltrona no canto do quarto.

-Quem é você?- falei a ele que ria da cena.

-Você tinha que ver sua cara- zombou ele de mim.

-Ah, obrigada. Mas como você ficaria se um garoto aparece do nada no seu quarto, sem você conhece-lo?- Falei sem meias palavras.

- Desculpe, sou Allan.

- E porque esta no meu quarto?

- eu vim te conhecer - ele já estava sentando ao meu lado na cama.

- Por que esta no meu quarto?

- Opa, eu tenho que ir. Boa noite princesa. - se ele com um enorme sorriso sedutor

-Bem, eu... - ele não me deixou continuar - Seu pai está vindo - falou ele, e me deu um beijo caloroso na testa. Derreti com o toque dele, derreti por dentro por que por fora eu congelei. Meu pai abriu a porta e me olhou por um tempo, eu ainda não tinha me recuperado e estava completamente congelada.

-Boa noite - disse meu pai.

- Boa noite - disse a ele sorrindo meio desconcertada.  Terminei de arrumar meu quarto e fui comer, peguei um livro e enquanto lia, fui comendo quando percebi minhas bolachas tinham acabado, já era tarde e fui dormir.  Estava muito cansada, e meu cérebro estava em branco.

  No outro dia acordei muito bem humorada, também tinha motivos pra isso, além de ter conhecido aquele garoto ontem a noite, hoje seria o ultimo dia na minha desprezível escola de minha cidade. Outro motivo era que eu iria descobrir mais sobre minha mãe.

  Allan e Miguel,me peguei pensando bem neles, e são bem opostos. Miguel é loiro e o seu cabelo era lisinho como de um bebê. Bom os olhos eu já falei. Allan tem o cabelo preto e arrepiado os olhos escuros e penetrantes. Não que eu tenha reparado no corpo deles, mas são normais, nem alto, nem baixos, nem fortes nem fracos. Na medida certa. 

 Continuando, tomei banho, me vesti, tomei meu café-da-manhã calmamente e com um grande sorriso no rosto. Até que Miguel apareceu novamente na minha frente, com um sorriso inexplicavelmente perfeito.

 -Oi Mary, tudo bem?

-Nossa, Olá estou bem e você? - disse a ele com um enorme sorriso.

-Que bom, eu estou bem. Você parece feliz hoje - falou ele com sua perfeita voz.

-É, e estou, alem de ser meu ultimo dia de aula na escola da cidade, vou finalmente saber mais sobre minha mãe. Mas você conhece o Allan?

-Parece ótimo. Ele apareceu para você?

- sim. Ontem a noite.

- Maldito

  Eu o olhei incrédula,

- Precisamos conversar, e eu espero que você não fuja - falei séria e determinada.

- Eu não posso. Sinto muito, e você tem que saber que eu não vou mais aparecer para você e espero que Allan também não apareça- Falou ele tristemente, mas com raiva ao falar de Allan. Eu gostava mais daquele rosto sorrindo, ele sério me fazia perceber que não era brincadeira e isso não era bom.  


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