Anjo da Saudade escrita por Ana Carol M


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar mais um capitulo hoje. Isso é uma exceção. Obrigada e boa leitura.



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         "Temos que conhecer onde pisamos.Talvez uma vida nova, seja tão boa quanto a velha."

-Mary ann querida- disse ela me abraçando e me dando um beijo na bochecha.

-Posso entrar?- pediu ela, com um olhar doce.

-Claro- falei a ela, simpática. Eu ainda estava em estado de choque, em apenas um dia minha vida estava de cabeça para baixo.

Ela espirou o aroma que vinha da cozinha e perguntou:

-Você está fazendo o almoço?

-È que meu pai vai chegar daqui a pouco.

-Posso dar uma olhada?

-Claro.

-O cheiro está maravilhoso.

-Obrigada - dei a ela um pequeno sorriso, do qual ela retribuiu gentilmente. Ela chegou à cozinha e abriu as panelas, encostei-me ao arco de entrada da cozinha e a observei mexer nas panelas. Ela sabia direitinho aonde era a cozinha, ela era boa de olfato, ou tinha prestado muita atenção na noite passada, mas a conclusão mais obvia era que ela já tinha estado ali antes. Será que meu pai a trazia aqui? Quantas vezes?Quando?

 Na verdade quem se importava? Eu ia embora mesmo.

-O que traz você aqui? - perguntei indo direto ao assunto que mais me interessava.

-Seu pai me convidou para ir junto com vocês para fazer sua matricula.

-Por que você não convida meu pai para almoçar amanhã? Eu e meus amigos iremos pra apenas arrumar umas coisas aqui pra levar pro colégio e não quero ter que faze almoço - falei. Era amanhã que eu iria saber mais sobre minha mãe e ver por que meu pai escondia as coisas do sótão de mim, tinha que aproveitar a oportunidade.

-Claro. Essa é uma ótima idéia - falou ela sorrindo.

-Beatrici...- Ela não me deixou continuar..- Me chame de Bia.

-Claro, Bia, em que você trabalha?- Já éramos quase amigas.

- Sou estilista de roupas, desenho para umas revistas.

 Encaixava-se perfeitamente a ela, sempre muito bem vestida, sempre imaginei as estilistas sorridentes e alegres, e ela era assim.

- Isso é legal- disse a ela sorrindo. O fato de ter que agüentar ela e meu pai trocando caricias pelo resto do dia me deixava muito irritada, mas tentei continuar gentil.

-Você precisa de alguma coisa, para o colégio, ou roupas acessórios, malas pra levar? - Perguntou ela se sentando à pequena mesa que tinha na cozinha.

-Pra falar a verdade, estou.  Acho que vou pedir o cartão de credito do meu pai. - Eu poderia abusar um pouquinho, se quisesse.

- Nem pense nisso, sábado vou te levar as compras combinado?

-Não precisa, vou ficar sem jeito. - Eu não iria recusar presentes, mas era pedir demais. Não que presentes me comprassem, mas estava precisando de uma ajuda quando eu precisasse, e uma das coisas era na questão de escolher roupas e essas coisas femininas.

-Nada disso menina. Me conte sobre o colégio – falou ela alegremente.

-Nos finas de semana podemos usar qualquer roupa que quisermos e... – continuei contando sobre o que havia lido.

Ela repetia seguidamente “isso é demais” entusiasmada. “Vamos comprar muitas coisas pra você”.

Nós conversamos bem extrovertidas. Então a porta da frente se abriu.

-Meu pai- falei pra ela e ela disse - seu pai. Depois rimos baixinho. Eu estava gostando mais dela.

-Ola garotas- disse ele chegando à cozinha todo molhado, tinha começado a chover depois que Beatrici chegou.

-Oi - dissemos juntas.

 Comecei a pegar os pratos enquanto os dois pombinhos se cumprimentavam, esse tipo de coisas preferia não ver.

 -O que estavam conversando?- Perguntou ele.

-Vou roubar a Mary sábado, vamos passear um pouquinho, antes de ela ir pro colégio.

-Que ótimo - disse ele.

-Pai você não está convidado - falei a ele rindo.

-Tudo bem, não posso sair durante o final de semana mesmo, tenho que entregar um calendário inteiro das provas terça e como nós vamos levar você segunda e tem que estar pronto - disse ele servindo a comida.

 Nós almoçamos calmamente. Eu apenas pensava nas semanas seguintes no meu novo colégio, então fui escovar os dentes e lavei a louça, depois de alguns minutos saímos com o carro do meu pai para conhecer o colégio tão falado, ele era longe do centro da cidade. Entramos numa estrada onde não havia casas, apenas campo dos dois lados, comecei há ficar um pouco nervosa, mas logo depois avistamos um grande G do colégio e voltei ao meu estado anterior, muito ansiosa.

   Ao chegar à portaria, informamos o que estávamos fazendo no local e também nossos nomes, havia diversos seguranças com rostos sérios, ternos pretos e ao lado esquerdo do casaco o símbolo do colégio. Logo depois da portaria havia um enorme estacionamento onde deixamos o carro, a entrada do colégio era linda, pra falar a verdade, entramos no primeiro prédio que tinha portas automáticas. O lugar era enorme e tudo muito organizado, limpo e aconchegante. Na entrada tinha a recepção junto a uma pequena sala com poltronas confortáveis e uma televisão fininha e grande. As cores do Colégio estavam presentes em tudo, nas paredes que eram brancas, mas com detalhes e quadros que lembravam muito as cores: azul marinho e vermelho escuro. A moça bonita e com um sorriso doce nos atendeu gentilmente.

-Olá, sejam bem-vindos a Escola Particular Interna Gen Solevam. Em que posso ajudar? - Disse a recepcionista com um enorme sorriso.

 Reparei que o uniforme dela era do colégio, mas muito diferente dos que eu tinha visto na Internet, acima do símbolo do colégio tinha uma pequena plaquinha dourada com o nome Charllote.

-Viemos matricular minha filha e conhecer melhor o colégio- falou meu pai apontando para mim, retribuindo a gentileza da moça.

- Só um momento. Vou avisar o diretor Alfredo que vocês estão aqui, ele sempre deseja conhecer os pais dos novos alunos do colégio.

- Tudo bem – disse meu pai.

 Enquanto esperamos, reparei em tudo da recepção. Logo que entramos na porta automática a direita tinha a sala, não tinha reparado antes, mas havia lareira acessa abaixo da televisão que estava desligada. 


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Notas finais do capítulo

Resolvi adicionar imagens aos capitulos, relacionadas a frase inicial de cada um. Espero que gostem

Frase anteriores alteradas