Anjo da Saudade escrita por Ana Carol M


Capítulo 14
Capítulo 14




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“Dias normais, fazem toda diferença. Para que possamos colocar as idéias no luga”

 - Já pode me contar o que houve? – perguntei esperançosa e com o coração acelerado.

- Não, desculpe. Vamos apenas fingir que eu sou seu vizinho e colega. Esqueça as aparições.

- Porque?

-Porque é melhor. Por favor – pediu ele com aqueles olhos brilhando em suplicas.

- Tudo bem – suspirei derrotada.

-Prometo que vou contar, um dia.

- ok, ok. Vamos vou te apresentar aos meus amigos.

Chegando até a arvore.

- Ei, esse aqui é Mike ele é meu vizinho – falei.

- Eu já conheço, estamos no mesmo bloco esqueceu? – falou David sorrindo.

- Olá, sou Sophie Holmes – falou Sophie ao estender a mão.

- Olá sophie – disse Mike ao apertar a mão dela. Pude ver o brilho dos olhos de sophie ao ouvir o som da voz dele.

As outras meninas não estavam mais lá. E Mike ficou conversando sobre as regras do colégio com David. E eu fui caminhar.

Eu estava cheia de duvidas, e não vi o tempo passar. Voltei para o local onde estávamos antes. Onde não havia mais ninguém.

-Onde você estava?- perguntou Cloe junto a Kathrina enquanto eu as encontrava na entrada do colégio.

-Eu estava passeando - disse sorrindo.

-Tudo bem, nós vamos ficar aqui dentro - disse Kathrina apontando para a porta.

-Ta, eu vou passar no meu quarto antes, já encontro vocês.

-ok -disse Cloe

 Eu fui sorrindo até meu quarto. Quando abri a porta levei o maior susto Sophie e David estavam se beijando. Eu tossi e os dois me olharam assustados.

-Tudo bem, eu não vi nada, já estou saindo- disse eu engolindo o riso.

-Er.... Tudo bem- disse David envergonhado.

-Ta bom. Só vim pegar meu celular- disse enquanto corria para pegar minha bolsa. Sai correndo pela porta e comecei a rir no corredor consegui escutar Sophie tendo um chilique: - Não era pra ter acontecido isso- gritava ela.  Escutava a gargalhada do David. –Não ria é sério- dizia Sophie irritada.

 Ouvi alguns estalos e imaginei os bons tapas que Sophie estava dando em David por estar rindo. Ouve um estrondo e comecei a rir ao pensar no tombo dos dois, Sophie reclamou um pouco mais depois os dois ficaram em silencio ou eles tinham se machucado seriamente ou estavam se beijando novamente, optei pela segunda. Fui sentar com Cloe e Karina que estavam conversando. Eu procurava o mike, mas ele não estava lá.

Resolvi sair para o jardim deixando Karina e Cloe conversando, o jardim parecia escuro e sombrio andei por todo ele até chegar a um pequeno lago. Me sentei na beira dele e fiquei observando o meu reflexo iluminado pela luz da lua.

-Mary?

Me virei. E Allan estava ali.

- Você também resolveu estudar – Não foi uma pergunta. Eu afirmei.

 O Tom zombeteiro, o olhar sarcatisco e riso glorioso estava presente. Os cabelos negros e os olhos tão negros que chegava a se passar por um azuis.

- Você já deve saber que eu sou muito... – falou ele

-... inconveniente?

- Eu ia dize magnífico. Estudar. Quem diria. Mas se prefere ficar sozinha – ele sorriu e ia voltar.

- Não tudo bem. Pode ficar. Afinal agora vocês são reais, e não fruto da minha imaginação.

- Nunca fui uma simples imaginação – ele parecia ofendido.

- Então o que vocês são?

- Não é obvio?

- Se eu soubesse não estaria perguntando, certo?

- Somos como anjos.

- Ta bem, eu sou uma princesa – falei rindo

- Na verdade você é. Mas não posso falar mais disso. Vamos voltar pro colégio. Ta tarde – disse ele esticando a mão para mim.

Peguei a mão dele e voltamos para o colégio em silêncio. Meus pensamentos estavam a mil. Anjos? Princesa?

.

 Já estava escurecendo e havia poucas pessoas no jardim.

- Então, eu vou entrar – falei a ele.

- Então ta, depois nos falamos – falou ele com aquele sorriso de novo.

Fui em direção aos dormitórios. Pretendia comer algo no bloco. .

 Cheguei no bloco, haviam meninas vendo filme, outras na cozinha.

- Olá – disse Chelsee da cozinha

- Oi, o que tem para comer?

- Tem de tudo, é só você escolher.

Abri a geladeira, deveria ter uns vinte sanduíches prontos, saladas e coisas saudáveis.

Peguei um sanduíche que estava com cara de apetitoso. E fui para o quarto.

  Encontrei Sophie, terminando de arrumar seu lado no quarto. Havia vários posters e um abajur preto.

Quando entrei, pude ver as bochechas dela ficando vermelha.

- Então... isso já tava acontecendo a algum tempo ? – mordi meu sanduíche.

- Não, claro que não. Hoje foi a primeira vez.

- E como isso aconteceu?

Ela sorriu – ele me trouxe até o quarto e eu tropecei e parei bem em frente a ele. E ele me agarrou.

Comecei a rir.

- Por que ta rindo?

- Eu desconfiava sobre vocês dois, e eu acho engraçado meus melhores amigos namorando.

- Não estamos namorando.

- Mas logo estarão. Conheço vocês. E apoio totalmente sabe.

- É estranho, e eu gosto dele.

- Não é estranho, Soph.

- Claro que é, ele é meu melhor amigo.

Eu a observava, ela estava meio inquieta, feliz e decepcionada.

- Vocês não vão parar de ser amigos porque se beijaram.

- Mas eu sou impulsiva.

- E não tem nada a ver. Olha deixa as coisas acontecerem, não fica preocupada.-  terminei meu sanduíche e fui arrumar minhas coisas.

Sophie desceu para comer e encontrei as coisas da minha mãe.

Fiquei observando-as. Depois guardei tudo em um canto reservado no meu armário. Logo eu poderia ler e ver as fotos.

 Fui ao banheiro e tomei um belo banho. Depois de mais relaxada, resolvi deitar um pouco.

Infelizmente a luz da lua não me deixou dormir.  Levantei da cama e coloquei novamente o uniforme. Desci até o saguão. Eu ia perambular pelo colégio. Até que David me encontrou.

- Mary! Onde você esta indo?

- Não sei ainda, vou andar.

- Posso ir junto?

- Claro. – nós saímos para o jardim novamente, minha bota deslizava na grama úmida.

- Foi estranho – disse ele

- O que?

- eu e a Soph.

- Porque?

- eu não sei.

- Você gosta dela?

- Acho que sim.

- Então não há problema – fomos andando até o lago já conhecido por mim.

A lua refletia na água e deixava o resto escuro. Era maravilhosamente obscuro.

 - Desculpe

- Pelo o que? – me surpreendi

- Por ter beijado ela.

Eu sorri.

- Ela gostou então, não se desculpe – talvez eu me sentisse mal por ter a possibilidade de ser deixada de lado. E se houvesse uma briga eu seria a parte que ia ser divida. Mas não quis pensar nisso.

Ficamos batendo papo até que David disse que teríamos que voltar. Na manha seguinte começava o tormento.

Me joguei na cama, troquei de roupa em baixo das cobertas e desmaiei dormindo.

Não sonhei.

Seis horas da manha, toca o relógio grande na parede central do nosso quarto. Era um barulho extremamente irritante.

- O que é isso?- gritou Sophie assustada.

Eu estava perdida também

De repente alguém bate duas vezes na porta e entra quarto a dentro.

- Meninas! Levantem. Vocês tem aula agora. E eu sou a monitora Thea. Desçam rápido para conhecer o tutor de vocês.

- Ai não – falei.


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