Duas semanas depois... Não aconteceu mais nada de estranho e anormal na cidade.

A rotina na cidade parece ter voltado ao normal, o corre-corre diário era sempre notável.

Kaito arrumava suas coisas em sua mochila, e então saía para ir a escola.

- EEEEEII, Kaito-kuuuun! – Gritava de longe uma garota que vinha correndo na direção de Kaito.

Ao se virar para ver quem era, Kaito se assustou. Miku, Rin, Len, Gakupo, Meiko, Gumi, Luka, Lily e Miki, estavam todos juntos. Miku que vinha correndo, se aproximou de Kaito e o abraçou calorosamente.

- Nhaaaa que saudades de você Kaito-kun! – Dizia Miku, olhando para Kaito com os olhos brilhando de felicidade.

Kaito ficou corado naquele momento, mas se assustou novamente com uma inesperada voadora que Rin deu em Miku, mandando-a bem longe dali.

- Não ligue pra ela, Kaito-kun, apenas ligue para mim... – Dizia Rin, que abraçava ele de forma carinhosa.

- O que é que tá havendo hein? É impressão minha ou estou sonhando? – Perguntou Kaito, olhando para Rin.

Luka se aproximou de Rin e a pegou pela orelha esquerda.

- Vamos, não temos tempo para ficar paquerando, sua idiota... – Dizia Luka, enquanto segurava com força a orelha de Rin.

- Aaaaahhh para com isso Lukaaa! – Gritava Rin enquanto tentava se soltar de Luka.

Gakupo se aproximou de Kaito e estapeou levemente suas costas.

- Estamos atrasados Kaito-kun, vamos indo. – Disse Gakupo, logo, indo na frente de todos.

Gumi, Meiko, Lily e Miki  estavam conversando sobre outro assunto e foram caminhando na frente. Kaito ficou sem entender nada, mas continuou o caminho.

Miku se aproximou de repente ao lado de Kaito e agarrou seu braço. Kaito não se assustou com aquilo mas olhou para Miku.

- Miku-chan... o que está havendo hein? Nem parece que esse dia está acontecendo de verdade... – Comentou Kaito.

- Aaaahh relaxa, tá tudo bem, hoje é só mais um dia normal, seu bobinho. – Dizia Miku enquanto caminhava ao lado dele.

Ao chegar na sala de aula, Kaito não acreditou no que viu. Não era exatamente a bagunça que estava havendo naquele momento, mas sim os alunos que estavam fazendo a bagunça.

- Mas que diabos está havendo? – Pensou Kaito.

Miyuki, Tomoito, Blayzer, Chihaya, Mai, Eos e Kimara, estavam no meio da bagunça.

Os outros alunos também faziam bagunça na sala, alguns estavam sentados e quietos. Gakupo foi se sentar em uma carteira no fundo e ali ficou quieto. Miku, Rin e Luka, foram mais a frente da sala e ali ficaram jogando conversa fora. Mai viu Gakupo e foi até ele, e ali ficaram conversando em um tom mais baixo de voz.

- Não... Esse dia não está acontecendo... Só pode ser um sonho... – Pensou Kaito, indo se sentar em uma carteira vaga.

- Vamos parar com a putaria? – Dizia Susana, que chegava por último na sala, indo até a sua mesa.

Todos os alunos foram para seus lugares e a sala ficou em silêncio. Susana, abria um livro e ficou lendo por um breve momento.

- Todos abram seus livros na página 58! – Dizia Susana, logo se levantando e indo na frente da lousa.

- Ahnn... Se não for demais de minha parte, eu posso perguntar uma coisa, Susana-san? – Perguntou Kaito, olhando para a Susana.

- Pode perguntar, Kaito-kun, afinal, você é o aluno mais aplicado da sala. – Respondeu Susana.

Len olhou para Kaito com fúria, enquanto esmagava um pedaço de papel na mão.

- Esse safado sempre recebe elogios da professora... – Pensava Len.

Kaito sentiu algo estranho rodeando pela sala e quando percebeu que Len o encarava com fúria, ele disfarçou e ficou fingindo que estava desenhando algo.

- Kaito... Kaito... Kaitooo... Acorda... – Uma voz ao fundo da sala começava a ecoar em um tom baixo, porém ia aumentando lentamente.

Kaito ficou olhando em volta, mas não sabia o que fazer. Gakupo percebeu que Kaito estava diferente e então foi até ele.

- Kaito-kun, você está bem? Parece assustado... – Comentou Gakupo enquanto olhava para ele.

- Essa não é minha vida... Eu devo estar sonhando... – Comentou Kaito enquanto desenhava em seu caderno.

- O que quer dizer com isso, Kaito-kun? – Perguntou  Gakupo.

- Quero dizer que preciso acordar... Agora... – Respondeu Kaito, enquanto segurava o lápis de forma ofensiva.

Kaito atacou o lápis em seu próprio peito. Logo podia se ver o sangue escorrer pelo lápis e começar a pingar sobre o caderno.

Gakupo segurou nos ombros de Kaito e gritou várias vezes o nome dele.

Quando se deu conta, Kaito estava caído no chão e então se levantou e ficou sentado, olhando em volta.

- O... O que houve? – Perguntou Kaito, enquanto olhava para Gakupo.

Kaito estava com a visão embaçada, não conseguia enxergar direito, mas ele tinha certeza de que era Gakupo quem estava ali.

- Você estava caído no chão. Aconteceu alguma coisa? – Perguntou Gakupo, enquanto ajudava a levantar ele.

- Eu... Acho que fui atacado de surpresa... – Comentou Kaito.

- Tem que tomar mais cuidado, tem muita gente de olho em você... – Comentou Gakupo.

Gakupo deu um salto e foi correndo pelos telhados das casas. Kaito foi embora para casa.

Ao chegar em sua casa, Kaito percebeu que não estava sozinho, e então virou de costas para ver quem era.

- O que houve com você, Kaito-kun? Não vai na escola a dias... – Comentou uma moça que estava ali.

- Ahh... É você, inspetora Susana... – Comentou Kaito, se sentindo mais aliviado.

- Está tudo bem com você? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou Susana.

- Não, está tudo bem, inspetora. Venha, entre. – Respondeu Kaito, abrindo a porta da casa e entrando em seguida.

Susana entrou na casa e ficou observando o ambiente em volta.

- Tem algo errado aqui... – Comentou Susana.

Kaito ficou quieto e para não levantar nenhuma atitude suspeita, ele foi até a cozinha e preparou um chá.

- Algo de errado? O que poderia haver de errado aqui, inspetora? – Perguntou Kaito, trazendo uma bandeja com um bule e xícaras.

Kaito colocou sobre a mesa de centro da sala e serviu o chá para ela.

- Experimente este chá, inspetora. – Dizia Kaito, entregando a xícara para Susana.

-Não, obrigada, Kaito-kun, ainda preciso voltar para a escola, tenho trabalho a fazer. Quero te ver amanhã na escola hein? Tenha um bom dia. – Comentou Susana, logo saindo da casa.

Kaito sentou no sofá e deixou a xícara sobre a mesa de centro, logo, levou as duas mãos em direção ao rosto.

- E agora... O que eu faço... – Comentou Kaito.

A campainha toca. Kaito se levantou e foi ver quem era.

- Sim, em que posso ajudar? – Perguntou Kaito.

- Estou procurando uma pessoa, melhor dizendo... Uma robô... – Comentou um jovem rapaz da mesma altura de Kaito, carregando consigo um laptop.

Continua...