With a Heart escrita por Akemi_Konoe


Capítulo 7
Capítulo 7 - Mistérios Revelados




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Eu estava enxergando tudo na cor vermelha, como se estivesse morrendo naquele exato momento em que vi a cabeça dos meus pais em conserva. Não sabia se vomitava ali mesmo ou se dava um grito de horror. Levantei-me com dificuldade e ajudei Hina a cuidar de seu machucado, enquanto minha tia, estava estirada no chão, fraca depois de eu ter dado alguns socos e chutes nela.

Hina sentou-se no chão, nós esperamos a polícia chegar e resolver o caso, portanto, eu sabia que minha tia iria ser presa. Mas e se ela ficasse presa por pouco tempo?

De repente, ouvi uma voz conhecida. Talvez fosse minha imaginação, mas ela realmente veio, enquanto eu cuidava do machucado de Hina que sangrava muito.

"Miya, tome cuidado... Vem muito mais perigo pela frente do que você imagina" a voz disse.

Talvez fosse a voz da minha mãe? Disso eu ainda não tinha certeza, era uma voz pura e doce, de uma pessoa que parecia ser inocente.

Quando os carros de polícia chegaram, eu contei tudo o que havia acontecido, pessoas com roupas brancas, luvas e máscaras chegaram junto, para analisar o local e ver aquelas coisas com pressões digitais e blá blá blá.

Só que havia uma coisa errada. Sem que eu percebesse minha tia havia fugido.

- Como assim sua tia fugiu? -perguntou um policial.

- Ela estava aqui agora a pouco e...

- Tem uma foto dela para nós a identificarmos?

- Sim, esta aqui -dei à ele a carteira de identidade que minha tia esqueceu.

- Ei, essa mulher é procurada à mais de 16 anos! -o policial falou.

Fiquei de queixo caído e só consegui dizer um "como?" com uma certa dificuldade, pois fiquei sem ar na mesma hora que o policial disse-me aquilo.

- Ela foi acusada de estar envolvida em cerca de 178 assassinatos só nos últimos 2 anos. É uma mulher misteriosa que matou a irmã mais nova, o marido da irmã, e uma das filhas da irmã. Certamente você é a outra não é mesmo? Você podia já estar morta agora, inclusive sua amiga.

Olhei para Hina, que estava sendo levada por uma ambulância.

- Isso é doentio -é a única coisa que consigo dizer.

- Sugiro que esta noite, você fique em um lugar que ela não saiba, jamais, que você estará lá. -o policial me aconselhou.

- Chefe, vem aqui ver uma coisa. -um dos caras de branco chamou um dos policiais que estava ao lado do que falou comigo.

Os policiais foram até o local em que os homens de branco os chamaram. Os homens levantaram o tapete do chão da cozinha e avistaram um piso solto. Eles se entreolharam e tiraram o piso dali. Debaixo do piso estavam escadas feitas de madeira velha e não se conseguia ver o fundo. Um porão escuro.

- U-Um p-porão? -perguntei gaguejando.

- Fique aí, qualquer coisa, nós a chamaremos. - um policial falou.

- Tenham cuidado. -respondi, com medo do que estivesse lá embaixo.

Os homens desceram as escadas. As primeiras coisas que eu escutei foram barulhos de goteiras vindo daquele porão escuro e um dos pesquisadores/analisadores exclamando um "eca, que cheiro de cadáver!". Depois, um dos pesquisadores me chamou lá para baixo.

Desci as escadas lentamente, guiada por um dos caras de branco, que estava com uma lanterna enorme na mão. As escadas faziam uns barulhos estranhos, parecia que ia quebrar a qualquer momento. O cheiro também não era nada agradável. O ar era úmido, quente e tinha cheiro de mijo de rato. Ao menos, o chão não tinha lama nenhuma, nem era úmido, pelo contrário, o chão era seco.

Caminhei em passos lentos e curtos, estava assustada demais para ficar ali em baixo. Não conseguia respirar direito e ainda por cima, tinha uma pequena claustrofobia. E também, nunca gostei de lugares escuros e com cheiro desagradável (muito menos com aquele odor horrível que eu estava inalando).

- Chegamos. - o homem de branco disse.

- O que... -fiquei sem voz e arregalei os olhos ao ver o que estava à minha frente.

Cadáveres jogados no chão, um líquido de decomposição (ou sei lá o que era aquela gosma verde no chão) cobria quase todo o chão, prateleiras com jarros de vidro com cabeças, membros do corpo, veneno ou até mesmo sangue dentro.

- Como... -começei.

Os policiais e homens de branco (o que diabos exatamente eram aqueles homens que mais pareciam dedetizadores??) começaram a me encarar feio.

- COMO MINHA TIA FEZ ISSO E EU NÃO DESCONFIEI DE NADA?? -chorei, soluçando.

- Vamos, temos de arranjar um lugar seguro para você ficar - uma policial (sim, tinha uma mulher ali no meio também) disse e me guiou até a saída do porão, enquanto eu chorava feito um chafariz humano.

Ao chegar na sala, sentei-me no sofá e bebi um copo d'água que peguei na cozinha. Respirei fundo e me acalmei.

A policial sentou-se no sofá (tinha jeito de ser psicóloga também) calmamente.

- Nós sabemos que, se sua tia conseguiu fazer aquilo tudo, ela irá fazer de novo, e talvez ela esteja te vigiando neste exato momento. Você não conhece ninguém com quem possa ficar, digo... -ela é interrompida por alguém gritando desesperadamente meu nome.

- Miya! -disse Hachiro, ofegante, parecendo ter corrido quilômetros só para ver se eu estava bem com cerca de 3 carros da polícia em volta de minha casa- Está tudo bem? Estava preocupado com você! -ele me abraçou com força, levantando-me do sofá- O que aconteceu? -ele pergunta calmamente- Eu vi os carros da polícia na volta da ida à casa do Nori...

- Bem... -comecei.

- Ele é seu namorado por acaso? -a policial perguntou, sorridente.

- E-e-er... b-bem... -gaguejo, sem ter o que dizer.

- Sim, nós estamos juntos -disse Hachiro, alegremente, me puxando para perto dele.

- Então, sua tia sabe onde fica a casa dele? -a policial perguntou

- Não... Miya nunca foi na minha casa, na verdade.

- Ótimo, esconda essa garota em sua casa, assim, a tia dela nem irá ao menos suspeitar de que ela estará lá.

- Mas...

- O que foi, Miya?

- N-Nada Hachiro... -gaguejo, forçando um sorriso.

Seriamente, às vezes fico com raiva pelo Hachiro conseguir me convencer de algo tão rapidamente.

Logo, a polícia estava rodeando a cidade, minha casa estava sem mais absolutamente ninguém, eu estava com minhas malas prontas para morar na casa do cara que eu amava. Simplesmente incrível.

Ao caminho da casa dele ("ele mora perto da minha casa e eu não sabia!!" pensei histericamente), nós andamos paralelos um do outro, eu queria um tempo sozinha, sem ele, só que isso era impossível.

Eu não podia ficar perto dele porque ele era super protetor demais, eu não podia ficar longe dele, pois sentiria falta dele. Apesar de tudo, ainda estava mais que apaixonada por ele.

Nós não falamos durante absolutamente nenhum momento na ida à casa do Hachiro. Ao chegar lá. Nossa, estava maravilhada com tamanha beleza da casa. Era uma casa grande e branca, com um grande quintal rodeado por rosas de diversas cores. Era moderna, não tinha nenhuma sujeira sequer.

Dentro era melhor ainda. A casa parecia ter sido decorada por um decorador profissional e muito caro. Diversos retratos de Hachiro com sua família. Nenhuma com uma garota da idade dele, he he.

- Sua casa é incrível! -eu disse.

- Que bom que gostou, fique à vontade porque, minha casa é sua casa e sempre será. Até quando nós nos casarmos. Isto é, se você quiser -Hachiro disse, sorridente.

Nós subimos até o quarto de Hachiro. Ao contrário do meu quarto de minha antiga casa, o quarto dele era arrumadinho, organizado. Perfeito.

- E onde é o meu quarto?

- Bem, você irá dormir aqui, acho que terei de dormir no sofá, ou então não irei pregar o olho durante a noite toda, só para proteger você.

- Não faça isso, você deve dormir no seu quarto! Eu durmo no sofá! -eu disse, alegremente.

- Ou então, -ele me puxou para perto do rosto dele. O que me deixou corada.- nós dormimos no mesmo quarto. -ele disse ao olhar profundamente em meus olhos.

Ele inclinava cada vez mais sua coluna, de modo com que seu rosto ficasse mais perto de meu e, assim, nossos lábios se encostaram. Passei minha mão direita no rosto dele enquanto o beijava. Ele tinha um cheiro ótimo, e sempre estava perfumado, o que me deixava mais maravilhada ainda. Aquela essência agradável sempre melhorava meus dias, um simples aroma mudava minha vida por completo!

Eu começei a sentir calor, tirei meu bolero, sem ter noção do que estava fazendo. Estava ainda aos beijos com ele, cada movimento nosso era lento e suave, assim como uma brisa assoprando levemente as pétalas de uma rosa. Ele começou a desabotoar meu vestido por trás, desceu lentamente as alças de meu vestido, logo, nós dois estávamos só de roupa íntima, deitados na cama, apreciando um sentimento forte e intenso, no qual ele é incontrolávelmente eterno: o amor.

Continua...


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