With a Heart escrita por Akemi_Konoe


Capítulo 6
Capítulo 6 - Lembranças de Um Amor Secreto




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Caminhando com minha sombrinha, debaixo daquele céu nublado, com poças de água ao meu redor naquela manhã misteriosa.

- Bolas, estou farta de sempre esconderem segredos de mim! Ninguém me conta nada... -resmunguei para mim mesma.

De repente, tropeço em uma pedrinha solta na calçada, estou prestes a cair em uma grande poça d'água mas alguém me segura na mesma hora.

- Hachiro?? -arregalo os olhos de surpresa ao ver o garoto na minha frente.

- Bom dia, o quê você está fazendo sozinha nesta rua deserta e em um dia como este?

- Er... fui falar com uma amiga.

- Ah... ela deve ser especial para você, não é mesmo?

- É... mas ela está tão estranha... tão diferente... e tantas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo... -eu disse

- Me conte o que aconteceu -ele se agacha um pouco para ficar mais perto de meu rosto, já que ele é bem mais alto que eu.

- Bom... posso fazer uma pergunta à você?

- Quantas você quiser... -ele disse, acariciando meu rosto.

- Como nos conhecemos? E... que idade você tem? Como sabe onde eu moro?? Porquê você nunca mais falou comigo depois de meu acidente? -sinto meu rosto corar ao perguntar esses tipos de coisa à ele.

- Bem, nossos pais eram bem próximos, mas os meus pais viajam o tempo todo e quase não vejo eles... Ora essa -ele ri- Eu tenho 17 anos agora. Eu sempre ia na sua casa quando éramos bem amigos e eu não sabia que você tinha sofrido um acidente! Nós perdemos o contato durante um tempo porque eu estava viajando, eu até teria ido te visitar, mas é difícil aparecer na frente de uma pessoa quando você não fala com ela faz um tempo!

Demorei para captar todas as respostas, mas depois de 5 minutos, respirei fundo e soltei a voz.

- Você sabe sobre a morte de meus pais?

Ele arregala os olhos, não esperando por uma pergunta como aquela.

- Eu não sei de absolutamente nada sobre seus pais... Você nunca falou deles pra mim.

- Mais uma coisa: Que tipo de relação nós tivemos?

Ele demora a responder.

- Nós éramos amigos, na verdade, eu era e sempre fui apaixonado por você. Nunca namorei ou fiquei com alguma garota em toda minha vida só por causa de você, na esperança de te ter de volta para mim...

Fico prestes a dizer alguma coisa quando alguém aparece por trás de mim e chama o Hachiro.

- Ei, Hachiro, vamos logo para minha casa, precisamos fazer um trabalho lembra? -um garoto berrava lá de longe, se aproximando correndo de nós.

- Er... é seu amigo? -pergunto.

- Colega de classe. -Hachiro responde.

- Ah... -reviro os olhos ao ver o garoto se aproximar.

- Ei você -ele disse com dificuldade para respirar- porquê a demora? -o garoto perguntou.

Ele era alto, tinha cabelos vermelhos-escuros, olhos verdes, usava uma espécie de bandana por baixo da franja, usava um casaco bege com uma blusa preta de manga comprida por baixo, calças jeans e um sapato preto básico. Era muito bonito (não tanto quanto o Hachiro) e tinha uma expressão séria estampada no rosto. Tinha um ar de ser misterioso e reservado.

- Eu já estava indo. Vá na frente.

- Ok, não demore.

- Espere!

- O que foi agora, Hachiro?

- Esta é Ogawa Miya, a garota que eu mencionei outro dia -ele disse, puxando-me para perto.

- Muito prazer, Miya-chan, sou Tamura Akinori. -ele estica a mão para me cumprimentar

- O prazer é todo meu, Nori-senpai -eu respondi, cumprimentando-o.

- Então, vou indo, espero por você lá na minha casa - Akinori disse para Hachiro.

- Tudo bem Nori. Até algum dia desses, Miya. -Hachiro se despede de mim, selando lentamente seus lábios nos meus.

Se aquele beijo tivesse dependido de mim, teria sido menos rápido do que foi.

- Espere... -começei- o que você disse de mim para ele?

- Que você era a garota no qual todas as noites eu sonho e aquela que desejo que um dia, se torne somente minha, pois tenho medo de perdê-la de novo.

Logo, Hachiro já estava com seu amigo, indo fazer um trabalho do colégio. Eu fiquei parada por alguns segundos, mas logo fui para casa.

Ao chegar em casa tenho uma surpresa: Hina estava com a barriga sangrando, com a mão no local, estava meio curvada e encostada na parede. Minha tia estava com um facão ensanguentado na mão.

- Miya... isto não é o que parece! -disse minha tia, largando o facão.

- Miya... ela tentou me matar! Ela matou seus pais! Como você acha que ela "sabe que foi um acidente" se ela nem estava junto? Ela matou sua IRMÃ GÊMEA! -Hina disse alto e claro para mim.

- Isso não é verdade! Miya... por favor... -minha tia começou, de joelhos diante de mim.

- Miya, não acredite nela! -Hina disse com dificuldade devido ao seu machucado.

- Tia... -começei- se isso que minha amiga está dizendo não é verdade, porquê você estava com um facão ensanguentado na mão?

Minha tia começou a chorar. Olhei para minha amiga e bati na cara de minha tia e mais alguns socos e chutes. Era a coisa certa a fazer. Deixei-a estirada no chão, fraca demais para se levantar. Peguei o telefone e liguei para uma ambulância, na esperança de que Hina fosse viver, apesar de que o local machucado de sua barriga não era um ponto fatal.

- Miya -começou Hina- olhe debaixo da pia.

Me agachei e olhei para debaixo da pia, conforme Hina disse. Abri a boca mas tampei-a com a mão para não vomitar.

Eram as cabeças de meus pais em potes de vidro conservados.

Continua...


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