Let It Burn escrita por Gorski


Capítulo 43
Capítulo 39; Queda de braço


Notas iniciais do capítulo

Acho que muita gente se emocionou com o último capítulo, inclusive eu. Eles vão dar a volta por cima sim gente ♥
Avengerduck; Querida, as recomendações quando são postadas vão direto, não preciso aceitar nem nada, e não apareceu nada aqui víu :C mas obrigada mesmo assim. Roxy; É leitora nova e agradeço o carinho, aliás, não é fã do avenged, mas acredito que esteja se tornando uma. Jimmy Sullivan Brasil; Duas coisas, a primeira é: Eu ri com seu comentário, que chorou e riu no mesmo capítulo. E segundo: A linda da Suh já deve ter comentado sobre 'aquele projeto' do The Rev, um livro... Sabe? Então, eu sou a Grazi, que tive a idéia. *-*



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;LEANA SILVER;

Jimmy leva ambas as mãos à minha cintura e com passos rápidos, empurra meu corpo contra a parede, sem me machucar. Ele traz seus lábios diretamente a pele macia do meu pescoço enquanto pressiona seu corpo contra o meu. Ele corre os lábios por minha pele até chegar ao lóbulo da minha orelha.

- Eu sabia que você cederia. – Diz ele no pé do meu ouvido com um riso de provocação. Sinto um arrepio correr-me a nuca e os braços quando ele fala.

            Ergo o queixo sentindo o frio contato da parede gélida, atravessar o calor das minhas roupas, inclino a cabeça para o lado e abro um sorriso bobo ao ouvir as palavras dele. Por que no fundo, interiormente, eu meio que sabia que iria me render de forma fácil a ele. Eu não queria me esconder, não queria ficar longe. Não queria ser desinibida, nem deixar para outra hora. Eu o queria, e o queria por inteiro.                

- Você sabia? – Pergunto umedecendo os lábios com a ponta da língua, me inclinando para terminar de falar no ouvido dele. – você merece apanhar sabia, Jimmy?

- Mereço. Eu sou um menino muito mal, Lea. – Diz ele no mesmo tom de voz de antes, sedutor, baixo e tímido. Sinto seus dedos por dentro do pano da minha camisa, encostar-se a minha pele. Ele toca a pele do meu abdômen e puxa meu quadril contra o seu enquanto leva seus lábios de encontro aos meus.

            Seus lábios estão quentes sobre os meus, e o beijo é tão profundo que eu quase consigo sentir-me despida na frente dele. Sua língua toca o céu da minha boca e se enrola na minha. Consigo sentir o gosto dele em mim. Desprendo meus lábios dos dele, seguro seu queixo e o faço trocar de lugar comigo na parede. Eu o empurro, e deslizo as mãos pelo seu corpo, abrindo sua calça jeans. Jimmy solta um suspiro quanto abaixo suas calças. E escuto algo. O celular dele.

            Faço bico.

- Atende. – Falo. O celular não para de tocar, e cada vez mais alto e mais perto. E então a luz apaga todo o sonho. Estou no meu quarto e o dia está amanhecendo tingindo as paredes do meu quarto de dourado. Sento-me na cama, com a roupa encharcada de suor. Meus cabelos grudando em minha testa e na nuca. Fico alguns minutos sentada ali pensando que tenho tido sonhos semelhantes desde a noite do show do Avenged. Eu havia esquecido que agora não precisava levantar tão cedo, já que estávamos de férias, mas não me lembrei de desligar o despertador. Tirei a camiseta e a joguei no chão, precisava tomar um banho. O meu celular tocou assim que eu estava me despindo do short.

- Jimmy! – Atendi com mais euforia do que provavelmente pretendia.

- Oi anjo. – Ele parece estar sorrindo. – eu estava pensando que como hoje não vai ter ensaio da banda... Talvez você quisesse sair.

- E pra onde iríamos? – Pergunto terminando de tirar o short.

- Queria reviver umas coisas. – Diz ele brincalhão. – matar um pouco dessa saudade de você.

- Vou procurar um emprego. – Digo repentinamente. Enquanto entro no banheiro e abro a porta do gabinete procurando pela minha toalha.

- Emprego? – Ele pergunta meio sem entender.

- Eu quero comprar umas coisas novas. – Respondo com sinceridade.

- O que você quer? – Ele parece intrigado. – eu posso te dar.

- Não quero que você me dê. – Falo dosando minhas palavras. Ele ainda está ressentido com o dia do show, e qualquer coisa o deixa irritado ou abalado. – só quero fazer algo. Vou arrumar algo pra fazer só agora, nas férias. Quando as aulas voltarem... Eu largo o emprego.

- Hm. – Diz ele. – se é o que você quer.

- Sim, é o que eu quero. – Falo sorridente. – então, que horas você vem me buscar?

- As oito. E se vista com aquela camiseta vermelha, a jaqueta jeans branca e o jeans azul escuro. – Ele parou de falar para pensar. – e os brincos de argolas vermelhos.

            Pensei a respeito.

- Mas por que tudo isso? – Quero saber, enquanto me olho no espelho e com um reflexo de dor lembro-me do dia em que quebrei um espelho ali com a mão.

- Eu quero você vestida assim. – Ele diz finalmente. Eu não gostaria de ser submissa ao Jimmy, mas seu pedido não era algo que fosse impossível de resolver.

- Claro. – Respondo. – vou tomar um banho, a gente se fala mais tarde.

- Certo, a gente se fala mais tarde. Qualquer coisa me liga.

- Aham, qualquer coisa me liga também. Amo você. – Falo.

- Eu também a amo muito. – Diz ele antes de desligar.

            Ao desligar, tiro a roupa íntima e tomo meu banho.

            Enquanto a água quente banha meu corpo fico olhando meus braços, minhas pernas, as curvas que tenho.

            E ali me pergunto pela milionésima vez: Por que Jimmy disse não?

;JIMMY "THE REV" SULLIVAN;

            Naquele dia eu disse não. Parece idiotice, ainda mais levando em consideração os meus hormônios quase saindo de dentro de mim pelos poros visíveis. Mas eu não achava certo. Leana não se achava boa o suficiente, mas era, era alem disso. Não era a toa que eu a chamava de Anjo. Leana queria me ver feliz, eu havia me ferrado tanto aquele dia que tudo que ela esperava era que no fim da noite eu pudesse dormir sorrindo. E eu não queria transar com ela pra poder sorrir no fim. Aquela noite eu sorri, mas foi por saber que ela seria capaz até disso para ver minha felicidade. Eu amava aquela garota até o fim de mim mesmo, e não sabia como, mas, ela havia me mudado.

            Leana não era virgem, nem eu era. E todas as mulheres com quem já tive, digamos, o prazer de ter feito isso... Não se assemelhavam a Leana. Nenhum pouco. E talvez, em uma possibilidade remota eu poderia estar sentindo medo. De errar, de não ser o melhor cara pra ela, medo de tudo que poderia a envolver e me sentia um grande bicha por pensar daquele jeito tão homossexual. Pensei com quem poderia desabafar, e no fim das contas não decidi quem era melhor para falar sobre isso: Matt, Anão, Zacky ou Brian.

            Tentei imaginar como eles reagiriam. Brian ia me zoar, certamente. Anão iria... Me zoar. Zacky, talvez, fosse rir muito. Matt ia achar tão engraçado quanto. E eram todos os melhores amigos que eu tinha. E por mais bobo que pudesse parecer, eu nunca tinha me imaginado falando de sexo com algum deles. Antes eu falava bastante com Ronnie. Mas não era a parte pessoal, era a parte sexual mesmo. Sobre como eu já tinha tirado a roupa de uma garota que mal conhecia, como ela gritava o meu nome ou simplesmente como tinha sido boa aquela vez. Não sobre os meus sentimentos envolvidos; Afinal, antes não envolvia sentimentos.

- Você vai comer isso? – Pergunta Megan apontando para o prato de panqueca em cima do criado mudo. Alguém devia ter deixado aquilo ali e eu supunha que tinha sido o meu pai, ainda não entendia o por que, mas eu não estava com vontade de tomar café da manhã.

- Não. – Digo abrindo um sorriso. É sempre bom ter Megan em casa.

- Assim, você está muito pensativo. – Diz ela com a boca cheia. – nem perguntou as ultimas que aprontei no conventinho de freirinhas burrinhas.

- Oh, é claro... – Falei me sentindo estranhamente intimidado. – sinto muito. Conte-me sobre as últimas que aprontou por lá.

- Não, você não vai prestar atenção. – Diz ela dando de ombros. – eu estava contando sobre o garoto que beijei atrás de uma capela.

- Você o quê Megan Owen Sullivan? – Perguntei furioso. – que putaria é essa menina você acha que tem idade pra beijar alguém? Mal saiu do ovo.

- Não importa quantos anos eu tenho. Você, dentro do ovo, já estava na ativa tentando engravidar garotinhas. – Responde ela no mesmo tom de fúria. – o caso é que algo está perturbando você.

            Megan era minha irmã mais nova, ainda assim era mentalmente madura para poder me escutar, não era?

- Eu estou com uns problemas... Um tanto idiotas. – Digo virando o rosto na direção contraria, para não ter de olhá-la nos olhos.

- Com relação a o quê – Pergunta ela lentamente. – não tem algo a ver com o dia do show... Tem?

            Leana e Megan falavam do dia do show como se fosse doer em mim. Sempre com cautela. Talvez doesse, mas não era o X da questão. Aliás eu nem os caras voltamos a falar sobre aquele dia. Até hoje.

- Lea. – Falo, olho pra ela. E acabo soltando uma enxurrada de palavras sem pesá-las antes. – a Leana anda cada dia mais irresistível. Ok, ela sempre foi. Mas existe um tipo de atração diferente nela agora, e eu quero ela por inteiro. Quero tudo... Eu quero ela. E não adianta quantas vezes estejamos sozinhos e ela tire a roupa, algo dentro de mim queima e murcha ao mesmo tempo.

- Você broxa? – Pergunta ela começando a rir tão alto que duvido se ela seja mesmo a pessoa certa com quem dividir aquilo.

- Vai se fuder, Megan. – Digo irritado.

- Se algo murcha é o seu...

- Calada! – Grito antes que ela termine. – deixa isso pra lá.

            Ela enfia mais panquecas na boca.

- Estou brincando. Agora falando sério... Você sente vontade de correr quando ela tira a roupa? Algo assim? – Ela quer saber. E como já comecei, desabafando, não acho que possa ficar pior.

- Não. Eu quero estar ali, eu quero acabar... Mas sinto que ela faz isso mais por mim do que por ela mesma. – Falo lambendo os lábios. – quero que ela faça por que me ame. Por que se sente confortável... Não apenas para me alegrar.

- Já experimentou dizer isso a ela? – Ela parece séria agora.

- Não.

- Deveria. – Megan engole. – sabe, ela pode estar achando que o problema é com ela. Mulheres gostam de se sentir desejadas, e se você não diz algo que reforce que elas são mesmo... Elas acham que o problema está em si.

- E eu devo dizer o que, afinal? – Pergunto encarando-a.

- Que você quer fazer isso... Mas não apenas por si, por ela também, claro. – Ela lambe o prato.

- Acha que isso vai dar certo? – Pergunto repentinamente.

- Se algo aí não murchar, vai. – Ela volta a dar risada. Jogo um travesseiro no rosto dela.

- Desde quando você cresceu tanto? – Pergunto olhando-a. Agora realmente vendo-a. Seus cabelos estão bem mais longos do que da última vez que eu a vi, as costas mais arqueadas, mais alta, encorpada. E não apenas fisicamente, mas mentalmente também.

- Olha pra você James Sullivan. – Diz ela apontando para mim. – não apenas eu mudei. Você também.

- Do que você está falando? – Pergunto me olhando no reflexo da janela atrás dela. Mesmo o quarto meio escuro, a luz da janela banha meu rosto. E eu vejo que agora, pareço mais um homem do que já devo ter me sentido um dia. Meus cabelos estão maiores, meu queixo mais angulado e meus ombros maiores e largos. Eu não tinha me visto mudar tanto. – ando cada dia mais lindo. Deus.

- Cada dia mais modesto também. – Ela diz rindo e atira o travesseiro de volta, em mim.

- Eu sou modesto. – Replico.

- Demais. – Ela começa a rir. – vem cá, quer apostar quanto que eu te venço na queda de braço?

- Aposto seu braço fora do seu corpo. – Digo me sentando na cama e preparando meu braço. – e você?

- Aposto que você broxa com a Lea. – Responde ela rindo.

            Dou risada também.

- Vem cá, pigmeu. – Flexiono os músculos do braço direito. Ela se senta em frente a mim, encostando o cotovelo no colchão e estendendo a mão esquerda pra mim.

- Vamos ver quem é melhor. – Ela abre o sorriso infantil que sempre acompanhou suas feições.

            Minha irmã estava se tornando uma mulher, mas seu sorriso era sempre o infantil. Aquele que ela fazia quando me pedia doce de caramelo.

            Damos as mãos.

- Se eu perder... – Começo. – te dou um punhado de doce de caramelo pra você levar contigo para o conventinho de freirinhas bobinhas.

- E se eu perder... – Ela morde o lábio inferior. – te dou um exemplar do kama-sutra.

- Fechado. – Digo rindo. Percebendo que um exemplar do kama-sutra pra mim equivale à doces para minha irmã. Pelo menos por enquanto ela não pede um exemplar de volta, ou uma porção de camisinhas. Eu juro que se um dia ela me pedir algo do gênero eu sou capaz de quebrar algo, talvez até os dentes dela. Por enquanto são apenas doces, e fico feliz por isso.

            E penso o quanto eu amo ter Megan na minha vida.

- 3,2... – Recita ela.

- 1. – Falo.

            E começamos a queda de braço, rindo feitos dois idiotas insanos.

            Como quando éramos crianças.


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Notas finais do capítulo

Aposto que vão querer me matar KKKKKK Mas acho digno o Rev ter sentido um pouco de medo, ele deve ter realmente sentido... O que acham?



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