Let It Burn escrita por Gorski


Capítulo 36
Capítulo 33; Um acidente.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou pequeno, por que verdade faria parte do último. Mas achei que postar junto, ia quebrar todo o romance do Jimmy e da Lea ):



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;JAMES SULLIVAN;


            O dia estava como todos os outros, exceto pelos hormônios extremamente alterados dos colegas de classe. Era possível sentir a felicidade submergir pelo brilho dos olhos de cada um ali presente, enfim estaríamos livres. Férias. Férias! As pessoas diziam, expressavam e inspiravam a alegria de não precisar vir ao colégio durante o verão inteiro. Mas eu não estava tão alegre simplesmente por isso, agora poderíamos dar continuidade ao trabalho da banda sem interrupções. É claro que faríamos o possível para aparecer. O Avenged ainda seria tão conhecido quanto qualquer bandinha de merda que exista, e faça mero sucesso. Mas eu não quero apenas sucesso. Quero gratidão. Quero ter fãs. Quero ser lembrado.

- Jimmy... – O anão me cutucou. – o que vai fazer depois da aula?

- Hm, acho que vamos reunir a banda. Tomar umas. Ficar bem louco, e depois sair por aí de carro. – Disse rapidamente, foi a idéia que mais me agradava embora eu saiba que passar o restante do dia com Leana não era uma coisa tão diferente. – ou acho que podíamos sair... Você e eu, quero dizer.

- Puta merda! – Ele rosnou em êxtase. Fazia mesmo um bom tempo que não era apenas, Johnny e eu. Sem mais ninguém. – sério? Podíamos tipo, ir no 6661?

- Claro. – Dou de ombros. – podemos fazer isso sim.

- Caralho, pra começar as férias com o pé direito. – Disse-me ele, ainda extasiado com tudo o que seguiu-se até agora. Fiquei por um bom tempo determinando como é fácil fazer as outras pessoas felizes, em particular como é fácil agradar ao Anão. E para ser honesto? Gosto de arrancar sorrisos desse baixinho chato. – nossa velho...

- Que foi? – Pergunto abaixando o rosto para examinar o dedo indicador dele, onde Johnny esta encarando com uma espécie de euforia sobrenatural.

- Tem uma bolha no meu dedo. – Fala ele embargado e arrastando as palavras em um sotaque engraçado. – tipo uma bolha feia e verde.

            Começo a rir.

- Que nojo cara. Seu pus é verde? – Pergunto puxando o dedo dele para olhar de perto.

- Existe pus verde? – Johnny me encara com aflição contida no olhar, me fazendo rir outra vez.

- Caralho que irado. – Digo olhando o bagulho de perto. – isso é muito nojento, tem que estourar.

- Não! – Ele dispara ferozmente. – Tá maluco Grandão?

- É, seria impossível tocar alguma coisa com essa coisa viva no teu dedo. – Digo rabiscando algo no caderno. – ainda bem que você não esta na banda Anão, imagina como seria pra substituir um guitarrista, ou baixista, com uma bolha verde na mão?

- Hm, é. – Johnny diz simplesmente. Solto um risinho mas vejo na expressão dele, que de alguma forma o magoei. Repassando minha fala mentalmente, descubro que Johnny sempre quis estar na banda, ninguém bota fé nisso além de mim que vive fingindo que ele é essencial pra nós. Não é maldade. Ele é essencial pra mim, na minha vida. Mas na banda, o Anão está por que é meu amigo, e o Shadows por exemplo não iria abrir mão do baterista dele. Eu acho. Enfim, foi uma grosseria falar com Johnny daquela forma, porém eu nunca fui bom com desculpas e tudo que consigo dizer é:

- Isso é um unheiro, não uma bolha.

            Depois da aula, encontro Shadows e Val em uma pegada bem sinistra no portão do colégio. Ela saltita ao me ver.

- Jimmy, Jimmy! – Ela acena. – vem cá.

            Vou andando até eles, procurando Zacky e Leana.

- Sim? – Pergunto ao estar próximo suficiente para que ela me ouça.

- Vamos começar uma turnê! – Grita ela, o que me surpreende muito aliás, Val quase nunca grita. Bem... Ela não gritava tanto naquela época, por que futuramente acabei descobrindo que Val tem um talento nato para gritar.

- Uma o quê? – Pergunto sem conseguir engolir as palavras. Wendt surge atrás de Shadows, eu não o tinha visto ali.

- Turnê: Tipo a banda viaja fazendo shows por aí e... – Começa Wendt, com ar de superioridade.

- Eu sei o que é uma turnê. – Falo rispidamente, me viro pra Shadows que esta sorrindo. – A gente não pode fazer isso cara. Tipo é loucura, você sabe.

            Shadows pisca, meio pasmo com minha falta de fé.

- Estamos esperando por uma oportunidade há meses Jimmy. – Responde ele com aquele tom de alfa.

- É, eu sei bem disso... Mas essa definitivamente não é a oportunidade. – Falo, sentindo os olhares de todos ao nosso redor queimar em minha face. O problema é que a banda, por mais que estejamos nos empenhando muito, ainda não esta perfeita. E eu preciso que esteja perfeita para acreditar no nosso potencial. Não é bom. Não é demais, e muito menos maravilhoso. É perfeita.

- Do que você esta falando? – Val pergunta boquiaberta. – Vai ser maravilhoso.

- Bom, ninguém liga pra opinião do Sullivan. – Wendt corta. – Além do mais, todos estão de acordo.

- Caralho você cala sua boca... – Me viro pra Wendt, e logo sinto os braços de Zacky me segurando.

- Opa, opa, que ta rolando aqui? Começaram a festinha e nem chamaram? – Diz ele empolgado, e risonho ao mesmo tempo, embora sua voz esteja saltitando para o terror de acordo com a situação.

- Nada. – Digo empurrando os braços dele pra longe.

- Estávamos falando sobre o lance todo de fazer a turnê. – Diz Shadows, agora um pouco descrente. – o Jimmy não curtiu a idéia, apenas.

- E por que não? – Zacky me olhou de uma maneira, como se eu tivesse falado que acabei de comer carne de ornitorrinco.

- Não estamos prontos. – Falei. Mas antes de todos começarem a me xingar ao mesmo tempo, a ultima coisa que conseguir ver foi Brian atravessando a rua com seu andar descuidado e seus dedos estalando com o som da música que estava ouvindo nos fones. Mas não foi uma cena comum.

            Brian estava atravessando. E um carro estava fazendo o mesmo.

            E então só consegui ver a expressão de Brian.

            Pânico.


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