Let It Burn escrita por Gorski


Capítulo 20
Capítulo 19; Coordenação


Notas iniciais do capítulo

AAAH um pouco de Sullivan, para nós que tal? Quero agradecer e dedicar esse novo capítulo à (mais uma vez)ditte_glabes, que sempre dá reviwe, à incomma e aj_armstrong que também são uns amores (: e a todos os outros também.



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;JAMES SULLIVAN;

            Eu nunca acreditei muito que o mundo dê voltas, mas ele realmente dá. Adivinhe onde estou... Dou-lhe três pistas e duvido que você não saiba após lê-las: Mocha Branco, Cookies e Leana Silver.

- Podíamos ir tomar um café do outro lado da esquina, em uma padaria. – Insistiu ela quando pedi os Mochas. Alguém abriu a porta do Starbucks praticamente vazio, e o vento roçou o rosto de Leana fazendo seus cabelos voarem pra trás, ela tremeu. – eu já disse que gosto de café preto...

- Tudo bem Lea, vamos tomar aqui e amanha tomamos na padaria pode ser? – Ela revirou os olhos. Mas minha insistência era mais voraz que a dela. – pode ser?

- Pode. – Ela deu um passo em minha direção e me abraçou. O frio de repente não existia.

- Nome. – Pediu e moça do caixa.

- Leana. – Leana foi mais rápida. – Leana Sullivan.

            Confesso que por pelo menos três segundos meu coração parou de bater, ou simplesmente eu senti que ele crescia dentro de mim; Uma das minhas piadinhas infames já que eu tinha Cardiomegalia, mas era sério.

- Leana Sullivan. – Repetiu a moça para meu prazer. Andamos juntinhos até o balcão e esperamos o café estar pronto. O rapaz entregou os Mochas com os Cookies para nós.

- Bom apetite. – O rapaz indicou. Ela segurou minha mão, e uma rajada de vento nos recebeu quando atravessamos a porta. Leana se encolheu instintivamente em meus braços. Sorri.

            Andamos até o carro e saltamos para dentro do Tucson, enquanto vi sua expressão de felicidade ao saborear os Cookies, Leana riu com os dentes cobertos de chocolate ao ver que eu a fitava com curiosidade; Leana me privava de delicadeza com certa regularidade, e acredito que por mais feministas que as mulheres tenham de ser, elas precisam de ter uma dose de exagero e de indelicadeza... Fazem delas seres mais fortes.

- Que coisa boa. – Ela disse tomando um pouco do café. – cara onde nascem esses biscoitos?

- Os Cookies? – Ergui uma sobrancelha. Leana era como uma folha em branco, e eu estava preenchendo-a da maneira que mais me fazia bem, isso era maravilhoso, admito. – não me diga que nunca tinha comido Cookies.

- Bem, eu não sei se já. – Ela admitiu com o rosto corando por conta da vergonha. – mas de qualquer forma, é uma nova experiência ainda assim.

- Eu quero te trazer milhares de nova experiência. – Falei e logo, amedrontado, percebi meu tom de malícia. Respirei fundo e procurei vagamente em meu consciente se eu queria fuder tudo. Digo fuder, por que todas as mulheres por quem senti aquele tipo de atração físico e malicioso só acabou em nada. E Leana definitivamente não era o tipo de coisa que eu queria que terminasse em nada.

- O que é que você esta pensando? – Ela perguntou de repente, engolindo outro gole de café, seu rosto próximo do meu.

- Estou pesando meus sentimentos. – Me peguei falando a verdade. Liguei o carro.

- E quanto é que eles pesam? – Seus olhos iluminaram quando perguntou, e de repente eu não quis desapontá-la.

- É algo grandioso Lea, só posso dizer isto por enquanto. – Respondi olhando para frente, incapaz de encará-la de frente, ela estaria desapontada agora?

- Legal. – Disse ela, e por sua voz não consegui descobri qual era seu estado. – acho que devo pesar isso também, mais tarde por que agora estou tomando café.

            No inicio aquilo meio que me machucou, mas eu consegui rir de verdade ao repassar sua frase na cabeça. Leana era tão desligada da vida quanto eu.

- Será que Ronnie vai nos ver? Digo nos ver, tipo juntos... – Ela indagou com receio. Engoli em seco sabendo que agora eu devia demonstrar lealdade ou qualquer coisa que transmitisse segurança a ela.

- Se ele vier atrás de mim, vou quebrar todos os ossos da minha mão socando os dentes dele. – Dei um sorriso de canto imaginando a cena, mas obviamente não foi algo que transmitisse segurança. Vi Leana se encolher. – eu só quero dizer, que vou assumir qualquer risco. Se ele quiser me bater ou me indiciar para a policia por que eu sei que ele tem informações validas à policia.

- Ele tem? – Sua voz tremeu. Comecei a rir.

- Não. – Respondi e logo ela riu também. Passar o tempo com Leana era daquele jeito, simples, e algo que não exigia esforço. Tem pessoas que quando esta por perto, você não consegue ficar calmo, seus músculos ficam rígidos e você pensa antes de dizer e fazer qualquer coisa. Mas tem pessoas que te deixam nervoso de uma maneira diferente, é uma maneira gostosa. Leana é o segundo tipo de pessoa.

            Quando chegamos ao colégio demos de cara no portão com a galera de Shadows, e por mais estranho que tenha sido, eu me senti imensamente feliz em poder novamente encarar o sorriso dele e de Zacky ao me ver. Caminhei em direção deles, e vi que os dois estavam conversando quando cheguei.

- Olá. – Disseram em uníssono. Abri um sorriso.

- Firmeza? – Perguntei e, mais estranho ainda, o assunto fluiu como se fossemos todos amigos de infância. Falamos sobre acordes, sobre música, sobre o Metallica e também sobre o Iron Maiden. Quando percebemos o sinal tocou e Johnny já havia aparecido para grudar na minha perna.

- O que os caras querem com você? – Ele roia a unha enquanto perguntava. – você não me disse que tinham se tornado tão amigos assim...

- Não nos tornamos tão amigos assim, Anão. – Falei enquanto eu me despedia de Lea; Com um beijo no rosto. E subíamos o primeiro lance das escadas. Eu nunca tinha me sentindo tão feliz, em tantos anos.

- Hm. – Ele deu de ombros. – você vai comigo para nossa rodada de cigarros e Heineken hoje ou tem planos com os caras lá?

            Aquilo me fez rir, embora eu não costumasse rir por qualquer motivo, hoje eu estava realmente rindo a toa.

- Vamos fazer nosso programa de quarta feira cara, relaxa. – Toda quarta eu e Johnny enchíamos a cara de cigarro de cerveja, fazia lá seus quase 10 meses de trajetória e mesmo tendo medo de morrer de câncer ou algo assim, não largávamos o habito.

- Essa é a quarta feira mais sem graça de todas as quartas feiras sem graças do planeta terra. – Disse ele emburrado quando entramos na sala de aula. Quarta feira era um dia tenso tanto para mim quanto para Jojo. Por isso tínhamos que nos sentir felizes após as aulas e fumar bebendo algo.

            Na quarta tínhamos duas aulas de Química seguidas, o que significava uma velha tagarela e sem limites tentando de alguma forma infernizar a vida de seus 45 alunos. Tínhamos também que perder um dos intervalos para nos juntar ao restante da classe na sala de música, onde ouvíamos crianças bem menores (não tão menores que o Johnny) cantando um coral brega e entediante... Mas quase sempre eu e o Anão conseguíamos matar essa parte chata, e nos enfiar no meio da multidão que não tinha de assistir ao coral, para podermos comer algo no intervalo. E para piorar tudo, tínhamos Educação Física. Embora seja uma aula que quando menor eu tinha prazer em exercer, hoje então eu tinha medo. Geralmente tínhamos que dar voltas na quadra, e jogar futebol americano que era em todo caso a pior coisa no mundo. Eu era magricelo e alto demais, e tirando a vantagem que eu tinha nas aulas direcionadas ao Basquete, eu só gostava mesmo de Beisebol; E olhe lá.

            Educação Física é algo cansativo, e eu odeio me cansar. Odeio suar, odeio feder e odeio parecer um cachorro retardado atrás de uma bola. Eu gostava da parte de poder bater em qualquer um que entrasse no meu caminho, era um bom exercício de descontar raiva, mas além de tudo eu odiava correr.

- Ah cale a boca. – Choramingou Johnny durante a aula de Química, era a segunda e nossos cérebros estavam se derretendo por causa de tanta chatice. – essa mulher vai para o inferno.

- Eu acredito que sim. Talvez o inferno ainda seja um lugar um pouco, calmo demais, para ela. – Respondi olhando aquela feição mastigada dela. Ela era muito, muito maligna. Certa vez, quando tirei dez em uma prova (Por que consegui as respostas), ela disse que sem querer jogou a prova na maquina de reciclagem e me fez fazer uma nova prova (essa eu tirei zero, por que afinal era muito diferente.)

- Cara faz assim, puxa a cortina aí e vamos ver quando o sol penetrar essa pele enrugada de damasco dela, se ela explode em cinzas por ser tão velha. – Johnny indicou, e nós dois caímos na gargalhada.

- Posso saber por que os dois estão rindo? – De repente a professora estava parando em frente a classe, seu olhar atrás dos óculos presos em nós. – querem dividir com a classe?

- Não. – Johnny disse rapidamente. – a senhora não iria gostar...

- Sim, eu quero saber agora. – Ela disse com raiva. – vamos desembuchem!

            Johnny me encarou pelo canto do olho, um sorriso malicioso incendiou seu rosto.

- Eu estava pensando que, a senhora é tão velha, que por algum motivo não sei como sobrevive a luz solar.

            A classe inteira começou a dar risada. A professora ficou ruborizada sem saber onde enfiar o rosto.

- Isso foi o limite! – Disse ela. – venha agora comigo até a coordenação.

- Vai lá, e quando perguntar o que foi que você fez, diz exatamente isso... – Falei aos prantos, os olhos lagrimados de tanto rir.

- OK. – Ele piscou e acompanhou a professora. Todo mundo explodiu em risos, e a sala virou uma baderna até que um inspetor fosse mandar-nos calar a boca. Fiquei ali esticado em minha cadeira, pensando se dariam alguma punição ao Anão. Eu não gostava de imaginá-lo suspenso, independente da quantidade de dias que fosse. Eu queria Johnny aqui comigo, e não fora do colégio.

            Ergui me da carteira afim de pedir para ir ao banheiro ou algo assim, mas logo me peguei tomando uma indecisão involuntária.

- Eu preciso ir a coordenação, fiz parte da piada contra a professora. – O monitor do corredor me encarou por um longo tempo, mas assentiu e me levou à coordenação. Quando cheguei lá, a coordenadora estava rodopiando sua cadeira e estudando a expressão de Johnny, que estava encolhido, menor que de costume. Abri a porta e entrei sem pedir licença. – Acho que faço parte do comitê Xingue a professora de velha e ganhe risada da classe.

            A coordenadora, que já me conhecia, abriu um sorrisinho de canto.

- Ora, Ora, James Sullivan mais uma vez na minha sala. – A professora me encarou e por um segundo, vi seus olhos brilharem rubros e diabólicos. – sente-se e vamos conversar sobre respeito.

            Sentei-me.

            Conversar sobre respeito? Ará, a conversa vai ser boa... 


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Notas finais do capítulo

u_u esse lance de tirar 10 na prova, e depois ir parar na 'maquina de reciclagem' e tirar um 0 na outra É UMA HISTÓRIA VERDADEIRA KKKKKKKKKK u_u é aconteceu comigo. Professora de Quimica, morra -Q



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