Let It Burn escrita por Gorski


Capítulo 18
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Notas iniciais do capítulo

Gente não tem nada a ver com a FIC KK mas é que eu gostaria de saber da opinião de vocês, eu escrevo um livro também e partes dele veio sendo inspirado no Avenged, aqui esta o prólogo inicial mesmo eu tendo mudado ele algumas vezes. Mas ainda assim quero saber o que acham... Ah e logo mais postarei vários capítulos novos da FIC pra vocês *-*



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Prólogo

Paris, França 

Há cerca de cinco anos.

            A noite abrangedora estava gélida, e era por este motivo que grande parte da população estava usando echarpes e cachecóis coloridos. O frio desta noite era incomum levando em consideração, que o tempo esfriaria bem mais no dia seguinte, havia uma leve garoa que caia sobre os guarda chuvas que desfilavam pelas ruas maravilhosamente iluminadas de Paris. Olhando para o céu entrecortado por nuvens, os parisienses sentiam seus ossos congelarem com a tempestade de neve que se formava. Mesmo em meio a um tempo tão frio e chateado, era sexta-feira. Dia em que todos iam felizes para seus lares beijar suas namoradas e esposas, e brincar com os filhos. Descansar do trabalho e da escola. Era dia de sair para se divertir, dançar um pouco ou tomar cerveja em uma mesa quadrada com ramos de flores cheirosas, na calçada. Diante do Arco do Triunfo, carros iam e vinham com os faróis acesos. Era um dos dias mais divertidos, porem para duas pessoas era um dia tão mais significativo do que se parecia.

            Em uma das avenidas mais movimentadas de Paris, um lugar um pouco distante do centro comercial, das lojas e das famosas Boutiques Sauzaie, e mais distantes ainda dos Brechós da Rue Charlot, e também não muito próximo das enormes catedrais e monumentos da bela cidade, igrejas criadas com um gosto refinado a partir de esboços desenhados por mãos de anjos compunham cada detalhe das feições de gárgulas e corujas entalhadas em pedra cara. Podia-se chamar de periferia, mas era ainda sim um dos lugares mais freqüentados por pessoas da alta sociedade. Um Chevrolet Camaro 1996 preto, reluziu. Os vidros escuros fumês traziam dificuldades de captar a silhuetas ali presentes, mas seus bancos de couro preto e vermelho chamavam atenção mesmo através da escuridão. O motorista abriu a porta, sua luva branca afirmando ser um ponto de luz em frente ao Internato Cordeliers. O motorista abriu a porta traseira do Camaro, e olhou furtivamente cabisbaixo para os dois meninos que saíram de dentro.

- Leve-os até o portão e os entregue. – Ordenou sua patroa, sem nenhum ressentimento cortando sua voz fina. – já pagamos tudo, resolvemos tudo.

- Adeus meninos. – Disse o marido dela, pai dos garotos. Não havia nenhum elo familiar que estabelecesse uma despedida entre os garotos e seus pais, não houve abraço nem lagrimas. Apenas palavras duras, de pais que não se importavam sequer um mínimo pelos dois meninos jovens que enfrentariam uma longa jornada sozinhos a partir deste momento. Afinal, sempre se cuidaram. O mais velho sempre deu o conforto de um pai e de uma mãe para o mais novo, nunca precisaram de verdade dos pais. E agora estava eles, sendo entregues a um internato onde permaneceriam por praticamente toda a vida. O mais velho, ergueu seus olhos azuis e fitou os postes de luz que conduziam em um gramado até o enorme portão de entrada, tinha seus quase 13 anos de idade e sabia muito bem por que estavam ali. Por que eles eram diferentes de todos os outros do mundo inteiro, sem exceção; Eram essas palavras que sua mãe aplicavam quando falavam deles dois.

- Fiquem calmos. – Ordenou educadamente o motorista da família à quase quinze anos. Ele era a única família de verdade dos garotos, estava com um nó tão grande na garganta que temia começar a chorar. – espero que vocês se cuidem de verdade.

- Iremos nos cuidar. – O mais velho reprimiu um sorriso lisonjeado com a gentileza do motorista. Ele segurava a pequena e aveludada mão do irmão menor, que possuía seus seis aninhos e estava completamente desorientado com toda a situação. Seus cabelos ligeiramente loiros, estavam grandes batendo em seus olhos castanhos negros e ele quase não sorria desde que chegara ali. – prometo.

- Iremos morrer? – Perguntou o menor, fazendo o motorista rir um pouco. O gramado era perfeitamente verde, e brilhava mesmo no escuro e o Internato Cordeliers era antigo, uma construção datada desde século XV. Eram enormes casarões que se juntavam em determinada delimitação com telhados vermelhos e gastados, e algumas torres altas e distintas. – Iremos morrer?

- Não. – Decretou o mais velho já ficando nervoso com a situação, ele teria de lidar com muitos problemas, afinal sabia que aquele não era um Internato comum estava mais para um manicômio juntamente com um reformatório. Ele tinha lido o folheto e todos os documentos que o pai assinara, sem que ele soubesse é claro, e teria descoberto por detalhes que ninguém o mencionaria se não tivesse os lido propriamente. O Cordeliers cuidava de casos especiais da alto sociedade, quando os filhos de barões ricos começavam a ter transtornos e perdiam a cabeça parecendo malucos em boa parte do tempo, era mandado pra lá. Ali aprenderia a não desenvolver sua loucura, o que na verdade eram dons. Existiam crianças de todos os lugares do mundo que vinha parar ali, por circunstancias do tempo eles iriam sufocar seus dons até que estivesse eliminado e só sairiam dali se os pais parassem de pagar. Ou seja, nunca.

            Pouco se sabe, mas as famílias da alta sociedade adora um escândalo mais odeia quando provêm de sua família. Um filho que escuta pensamentos, que os coloca em mente de outra pessoa, que vê almas flutuando, que fala pelos mortos ou coisas assim geralmente é um bom motivo para conversar durante o jantar, quando não é alguém da sua família. É por isto que o Cordeliers existe, para abrigar todas essas crianças que se tornam uma vergonha pra família. Mas geralmente todas as crianças ali presentes passavam por testes rigorosos, apanhavam, e eram humilhados apenas para aprender a lição: Não se deve nascer diferente. Era ridículo, porem o Internato recebia muito dinheiro das famílias ricas para mantê-los presos.

- Quero que liguem quando precisarem de mim. – Disse o motorista quando chegou ao portão, ainda assim ele estava disposto a não chorar em frente aos meninos. O mais velho sabia que era muito bom tê-lo por perto, ligar às vezes... Mas também estava decidido a não dar satisfação da vida deles daqui em diante, pois qualquer informação que fosse compartilhada com o motorista chegaria aos ouvidos de seus pais, e dar-lhes satisfação era a ultima coisa que queria. Ele sabia que era egoísmo, mas seus pais estavam abandonando-os e isso era mediocridade diante de tanto dinheiro que possuíam. – por favor Sullivan, prometa-me que irá de qualquer forma me avisar caso tenha algo de errado com esse lugar. Posso dar um jeito de tirá-los daqui.

- Creio que o senhor não possui dinheiro o suficiente para nos levar embora. – James Sullivan respondeu, era grosseria e ele sabia, mas não queria que o motorista tivesse ilusões achando que havia um modo fácil de levá-los embora senão já o tinha feito. – vamos apodrecer ai dentro, eu li sobre este lugar.

- Apodrecer? – Jimmy Sullivan disse com sua voz arrastada, um tremor acompanhou sua coluna quando ele fez um chiado nervoso e bateu o pé. – nos leve embora, por favor, Paul...

- Não posso... – Paul o motorista declarou entristecido. Jimmy era o único que o chamava pelo nome na família Sullivan. – entrem logo, por favor.

            Paul se endireitou e apertou o botão de um alto falante que o iria fazê-lo se comunicar com a diretoria. Jimmy olhou para James, seus cabelos loiros jogados sobre os olhinhos pequenos, ele sentia medo.

- Aqui é o motorista da família Sullivan, vim trazes os dois garotos. – Indicou. Uma mulher de voz ríspida respondeu:

- Ótimo alguém ira pegá-los. – E então o interfone foi desligado. Paul deu uma ultima olhada para os dois meninos, tão jovens e abandonados desta maneira. Olhou fixamente para seus olhos de tons tão diferentes, e para suas feições tão semelhantes, desejava memorizar aqueles rostos como nunca desejou nada no mundo inteiro. Queria que os dois tivessem toda a sorte do mundo, e desejava, sobretudo que tivessem fé sempre. O enorme portão de ferro preto, com desenhos semelhantes a flores se abriu. Um som de rangido indicando que o portão não era aberto com freqüência chiou alto, e os dois garotos deram um passo pra trás. Uma mulher robusta e com uma pinta enorme no queixo não deu-lhes tempo de fazer mais nada, obrigando-os a entrar rapidamente.

            James estava se preparando para o pior, mas nada era comparado ao lugar. Era pior do que qualquer pesadelo, suas paredes de concreto não foram pintadas no corredor mal iluminado. E não tiveram tempo de ver muita coisa até que chegassem ao seu quarto. Ela depositou ruidosamente as pacatas malas dos dois e antes de bater a porta de madeira velha do quarto ela deu uma ultima olhada nos dois e disse:

- Não quero confusão, quero apenas que durmam e calem a boca. Amanhã a coisa vai ficar feia, e espero que vocês durem pelo menos um dia.

- Não entendi. – Disse Jimmy quando ela fechou a porta, e o tinindo do som das chaves trancando a fechadura rompeu o ar gélido. – ela vai nos prender aqui?

- Jimmy, por favor, pegue uma roupa e tome um banho. – Ordenou James verificando se o banheiro era precisamente inteiro. As paredes tinham azulejos brancos e a janela era tão alta que ele não conseguira imaginar como fora posta ali tão alta. A pia era de mármore e sobre ela tinham toalhas brancas e sabonete, o vaso ficava próximo ao boxe do banheiro que dividia a ala do chuveiro com o restante. Ótimo, era bom pra variar. Jimmy estava com seu pijama favorito de flanela. James abriu a porta e indicou o chuveiro, pediu que não usasse o sabonete que estava em cima da pia nem mesmo as toalhas.

            Depois que Jimmy entrou no banheiro e trancou a porta para tomar seu banho, soltou um grito enfurecido assim que o som da água bateu no chão.

- O que foi? – Perguntou James assustado de repente, Jimmy abriu um pouco a porta apenas para enfiar a cabeça para o lado de fora.

- A água é fria.

- Não é possível. – James se irritou, e sabia que a partir daquele dia odiaria os pais pra sempre por tê-los enviado pra lá. Não podia acontecer de nada mais tenebroso na cabeça dele, mas mal podia imaginar que em cada cômodo tinha algo bizarro acontecendo. Mal podia passar por sua cabeça, que havia uma câmara de gás no andar superior, e que tinham também uma sala de tortura. Não imaginava que tinha pessoas apanhando a sangue frio neste exato segundo, que exorcismos aconteciam diariamente, e que cada um que morava ali tinha um dom inexplicável pela ciência, mas que para o Cordeliers era uma chance de arrancar dinheiro de gente rica apenas para afastá-los da sociedade, e nem mesmo que o pior de tudo, ainda estava por vir.

            Assim que Jimmy terminou seu banho e se sentia quase confortável ao se deitar em sua cama, ele olhou para James e percebeu que amava muito o irmão. Que independente do que fosse acontecer com os dois, ele só acreditava que queria ser como James ao crescer, era tudo. Jimmy começou a cantar para driblar o medo, era o que fazia desde que nascera. O som de sua voz frágil ecoou pelo quarto, fazendo as terminações nervosas de James relaxarem, James estava ciente de que o irmão só iria parar de cantar quando o medo se fosse e como isso não aconteceria, apenas quando o sono o pegasse. Mas fora rápido demais para que James pudesse ter conhecimento do que havia de fato acontecido. A voz de Jimmy sumiu no ar como se tivesse apertado o pause, e sua garganta rangeu como se ele fosse cuspir um animal de dentro de si.

- Jimmy? – James se preocupou com o irmão, Jimmy estava em uma posição estranha com os braços pra trás e agachado no chão com o olhos presos ao teto, procurando algo que não podia ver. – Jimmy?

            James chamou com mais urgência. Correu para acender a luz, e visualizou uma cortina negra saltar pela janela alta demais do quarto e pressionar-se sobre o corpo pequeno do irmão. Nunca tinha acontecido antes, e James sabia que Jimmy só estava naquele lugar de louco com ele por que seus pais não suportariam ficar com um filho em casa, queriam despachar logo os dois. Jimmy nunca havia manifestado nenhum comportamento anormal, e James tinha certeza que ele não possuía dom nenhum, tinha quase certeza. Jimmy se debateu no chão, e começou a gritar por socorro. Como James não sabia como resolver, correu para o banheiro e abriu o chuveiro a fim de jogar o irmão debaixo da água para amenizar a febre, que podia sentir mesmo estando distante do irmão.

- Jimmy! – Ele gritou chacoalhando a cabeça com receio, ele temia que acontecesse algo com o irmão. Matar Jimmy era o mesmo que matar James. Os olhinhos de Jimmy se reviraram de forma brusca, e James segurou-o no colo pedindo perdão a Deus por qualquer coisa que tenha feito de errado, queria que o irmão voltasse ao normal. A convulsão prosseguiu-se de grasnidos e gritos sufocados pela língua do menino até que uma voz rouca e alta rompeu pela garganta do pequeno Jimmy.

- Saudações James Sullivan. – Disse a voz que estava provendo de dentro do irmão caçula, James não sabia como aquilo havia acontecido nem o por que daquela criatura saber seu nome, mas sabia que era um espírito e que estava possuindo Jimmy. – estou aqui para fazer-lhe um comunicado, e vou avisando que você não tem escolha.

- O que esta acontecendo? – James perguntou nervoso, empurrando seu irmão de cima de seu colo. Estava sentindo nojo. – saia de dentro do meu irmão seu demônio!

- Não fale nesse tom de voz comigo, ou eu irei agora mesmo sumir com este corpo! – Esbravejou o espírito. – eu tenho o controle sobre Jimmy, então me escute.

- O que você quer de mim? – James temeu, pedindo em orações internar piedosamente que Jimmy voltasse ao normal logo. Ainda estava em choque, suas mãos ainda suavam, e seu coração ainda martelava freneticamente com o acontecido. Nunca tinham possuído seu irmão, nunca havia na verdade testemunhado algo do tipo. Estava com medo e nervoso, queria desesperadamente chorar. – por favor, diga logo, saia de dentro do meu irmão.

- Quero um favor. E se não aceitá-lo isso que aconteceu hoje com seu irmão ira acontecer diversas vezes, e acredito que não deseja que Jimmy seja possuído o tempo todo. – Declarou solenemente, sua voz assumindo um tom educado. – em um futuro breve precisarei de você. De seu companheirismo, e principalmente que você seja meu amigo. Estou aqui para estabelecer um elo de amizade para ser honesto.

            James estremeceu, nunca tinha feito amigos antes e um espírito roubando o corpo do irmão não era lá um motivo bom para que começasse a tê-los. James pensou rapidamente, se conseguiria procurar algum objeto que conseguisse ameaçar o espírito, machucá-lo. Mas logo notou que iria machucar seu irmãozinho.

- Amizade?

- Sim, e não temo que você vá negar o pedido. – O espírito sorriu de um jeito que fez James pensar realmente que aquilo era uma ameaça e que se não aceitasse o acordo estaria morto em breve. Seus olhos vagaram pelas feições que compunham o sorriso maléfico do espírito, Jimmy nunca havia sorrido de forma tão assustadora. Ele era tão pequeno e tão bom que estava esquecido dentro de seu próprio corpo, havia perco o controle de suas próprias emoções. James sentiu-se terrivelmente culpado sabendo que iria jurar fidelidade a alguém que nunca havia visto, a um espírito intruso, era como andar pra dentro de um sonho, tão diferente de tudo que ele já havia visto. Tão incerto, era como se tivesse assistindo a uma pequena amostra de uma pós-vida.

            James sabia que tinha que tomar sua decisão logo, aguardando em silencio sem hesitar o espírito ficou encarando-o sem demonstração de pressa. James sabia que toda sua família estava morta, não havia motivos para querer que tudo voltasse ao normal agora, seus pais estavam mortos pra ele. Toda sua família incrédula e infortúnio estavam mortos. Sabia que todos que trombariam com ele a partir daquele momento eram sangue-frio, todas as crianças que estavam presas ali haviam sofrido, pagando por nascerem diferente como se fosse um crime. Um crime que infelizmente não tinham cometido. Todo seu sofrimento abafou seus gritos. Ele era o único expectador que veria o irmão sendo sugado para dentro de sua própria consciência e esmagado por outra alma dentro de seu próprio corpo. Ele não tinha escolhas era o que o espírito disse, não havia nada a ser feito alem de resistir assim como Jimmy resistiu e não havia mais gemidos nem gritos.

            Um suspiro dobrou pelos lábios de James, ele iria ceder. Mas estava disposto a vingar tudo, cada humilhação que havia sofrido e as que ainda sofreriam. Nem que pra isso fosse matando todos que passassem pelo seu caminho, e não planejava perdoar nada nem ninguém. Ele desejava vingança, precisava disso, vingança pingava por seus dentes. Sentiu-se forte mesmo estando tão fraco, ele iria se tornar um assassino talvez, e não se arrependeria nunca por ter protegido o irmão. Ele não tinha nada a perder, pois após prometer ao espírito que iria segui-lo, teria um motivo maior para se vingar no futuro.

- Aprecie meu suspiro. – Pediu James, percebendo que após dizer o que diria, enfim, não seria mais o mesmo. – eu estou disposto, prometendo fielmente, que irei fazer o que pediu caso não volte a roubar o corpo de meu irmão.

- Arrancarei sua alma se você voltar atrás. – Outro sorriso sinistro lambeu os lábios do pequeno Jimmy. James deu de ombros, no fundo estava desesperado, mas o sofrimento abafou seus gritos novamente. Uma nuvem de fumaça voou pelos ares, e então Jimmy caiu no chão em um baque surdo. James correu, sabendo que seu irmão estava a salvo e de volta. Pegou-lhe desacordado, e puxou para seu colo.

            Sentado no silencio da noite, com um paraíso acima de si desmoronando sabendo que talvez tivesse feito algo errado, ele rezou. Rezou todas as noites seguintes para que aquilo não passasse de um mal entendido. Enquanto procurava por conclusões, passou a mão na testa de Jimmy. Jimmy, tão frágil, tão pequeno, tão manipulado, tão seu.

- Serei o pecado quando tiver de pecar. – Anunciou James em voz alta, o desejo de vingança novamente cobrindo-lhe os ombros. – mas agora deixo tudo de lado, para vingar o orgulho da minha família. Que esfrie minhas veias, por aqueles que me humilharam. Pelo meu irmão pequeno, a quem protegerei com toda minha vida, até a ultima gota de sangue que me restar.

            James sentiu-se distante do mundo, abandonado, como se tivesse sido largado em um imenso castigo que fora direcionado a ele desde que nascera, como um destino cruel e matador. Olhou novamente para a janela, a fumaça negra dissolvendo-se na escuridão do céu, em frente à luz lunar fora de questão por não estar iluminando praticamente nada. Viu um monstro sumindo na luz.

- Ficaremos bem. – Disse de forma determinada ao olhar pra Jimmy. A promessa pra James não significaria tanto quanto havia significado para o espírito, James mal se recordava do que havia prometido na realidade. Queria apenas que a noite acabasse, e que ele pudesse morrer, mas que Jimmy sobrevivesse a tudo.

            Distante da situação, um casal apaixonado se beijou em frente à torre Eiffel.

Como a vida era injusta.  


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Notas finais do capítulo

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