Let It Burn escrita por Gorski


Capítulo 15
Capítulo 15; mensagens


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse daqui ficou curto mas é só pra passar o tempo de vocês, prometo escrever um maior pra compensar.



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;SYNYSTER GATES;

Abaixei o rosto, encarando o chão, era o mínimo que eu podia fazer; não olhar pros olhos furiosos, do meu pai. Caralho eu não tinha feito nada de tão ruim, ou tinha?

- Matar aula, sumir com uma garota de família em um terreno baldio durante o período de aulas, tomar suspensão por ter quebrado a janela dos fundos do colégio, ter atirado uma pedra em um dos seguranças que guarda o portão da frente! Você deveria estar feliz por ter apenas levado uma suspensão Brian! – Olá, aquele era meu pai. O Gates. Diante de tudo aquilo que ele disse, tudo que consegui pensar foi: Ela não me parecia uma garota de família sem as roupas. – puta que pariu! Eu pago colégio pra quê afinal?

- Eu não sei. – Respondi com toda sinceridade possível. – eu nem sei pra quê se paga colégio. Mas que porra, a gente nem quer estudar... Ter que pagar pra estudar é a coisa mais fúnebre que existe pai, eu concordo.

- Não! – Ele berrou, seu rosto ficando vermelho. – eu preciso dar um jeito de esconder essa sua burrada. Sua mãe vai arrancar seu...

- Epa! – Intrometi-me. – não... Não quero ser castrado.

- Olhe, hoje eu preciso viajar com a banda e só estarei de volta daqui dois dias. Você vai fingir que nada aconteceu, e amanhã sairá no horário normal pra ir pro colégio Brian. Volte apenas no horário que deveria estar de volta, e não faça mais merda nenhuma. Eu... Vou pensar onde você vai ficar no tempo vago. – Disse ele semicerrando os olhos. Correção: Aquele era meu pai, O Gates, guitarrista de uma banda, nada famoso, mas um cara muito gente boa.  

- Posso ir pra casa de uma amiga? – Perguntei pensando em qual casa, de qual amiga, eu iria. Talvez a Grazi, ou a Sara, A Juh... Tinha a Karen, a Barbara, a Lais.

- Não. – Decretou. – é melhor você ficar longe de mulher, dá pra fazer isso?

- Claro que não! Como assim ficar longe de mulher... Caralho quer que eu vire gay? – Arregalei os olhos, meu pai riu.

- Não Brian. Vá jogar... Sinuca. Baralho. Qualquer coisa, menos ir pra casa de mulher. – Ele olhou pra trás, pra ter certeza de que minha mãe não estaria no corredor. – acho que tem como você ir pra casa de um amigo meu.

- Ô pai. Casa de amigo? – Era quase um choramingo.

- Por favor Brian, se você não quiser se fuder com sua mãe, é melhor me obedecer. – Ele se virou, e andou até a sacada onde ficou por um bom tempo fumando do lado de fora. Me atirei no sofá e peguei o celular no bolso de tras da calça jeans. 8 mensagens na caixa de entrada.

Tati;

:( Ñ, eu quero que venha pra k hoje.

Beatriz 2;

VOCÊ SEMPRE ME LARGA DEPOIS NÉ FILHO DA PUTA!

Beatriz 2;

RESPONDA BRIAN SEU VIADINHO! TÁ COM MEDO?

Beatriz 1 a linda;

Saudades

Luana Lesk;

Tudo bem bebê, quando der me avise.

           Deu preguiça de ler o resto. Suponho que a Beatriz, tenha me mandado mas algumas juras de morte. Só que ela não compreendia, que eu não pertencia a ela. Alias eu não pertencia a ninguém. Nenhuma delas, de fato de pertencia, por que diabos eu deveria ser de alguma delas?

            O celular tocou.

- Falaê. – Atendi humildemente com meu suave tom de maloqueiro.

 - Mano, você fudeu legal hoje heim. Você trepou com a Camila? – Quis saber Wendt. Matt Wendt, meu camarada.

- Caralho, você me conhece muito bem. – Abri uma risada, mesmo sendo que eu não havia trepado com ela... E nem teria dito, caso tivesse rolado. – mas não foi tudo aquilo.

- Ela é meio magrela. – Concordou. – não fazia sentido.

- Olhe cara, eu estou suspenso, não vou aparecer amanha nem depois. Avisa pros mano, e pra mina também. Se a Tati me procurar, peça pra ela me ligar firmeza? – Perguntei.

- Claro mermão. – Respondeu. Wendt era mais um fã do que um amigo, no inicio todos subestimavam meu poder de sedução. Vejam só, agora tinha babacas que queriam meus conselhos.

- Brian. – Meu pai chamou atrás de mim.

- Depois te ligo Wendt. – Avisei e após isso desliguei. – fala pai.

- Já arranjei tudo. – Disse ele guardando seu celular no bolso, fiz o mesmo. – você vai pra casa de um amigo meu, se esconder... Até o horário das aulas acabarem. Sua mãe não pode saber que foi suspenso, senão já sabe.

            A palavra esconder, me fez rir.

- Tudo bem. – Assenti. – afinal que amigo é esse?

- Lembra-se dos meus colegas de faculdade? – Perguntou indo em direção à cozinha. – Então, O Sullivan.

- Sullivan? Aquele cara que ficou rico? – Perguntei me lembrando vagamente de algumas vezes que meu pai tenha mencionado seu nome/sobrenome.

- Ele não ficou rico... Só bem de vida. – Resmungou meu pai da cozinha.

- E ainda são amigos? – Perguntei, tossindo.

- Sim somos, ele topou na hora. Disse que tem um filho da sua idade, e que não há problema algum em você ficar lá. – Ele bateu a porta da geladeira. – mas não falei que é por que você esta suspenso, falei que suas aulas estão suspensas por estes dois dias, e perguntei se você poderia ficar lá um pouco... Estudar quem sabe...

- Estudar? – Quando dei por mim, já havia rolado no chão de rir. Meu pai voltou da cozinha, segurando suas latas de cerveja. – Ah pai você é hilário.

            Falei secando as lagrimas nos olhos. Ele atirou uma lata pra mim.

- Por favor Brian, tente parecer amistoso. Eu preciso da confiança do Sullivan. – Disse meu pai abrindo a lata dele, fiz o mesmo.

- Confiança? Só se for pra pedir dinheiro quando estivermos sem um tostão. – Gargalhei. Meu pai abriu um sorriso, sinal de que eu estava certo.

- Um brinde. – Acrescentou ele finalmente. – por você ser tão porre moleque, o que eu fiz pra merecer um filho tão garanhão?

- Horas pai, você me deu um pin...

- Eu não te dei porra nenhuma. Isso se chama gêneses, ou sei lá que diabos. Eu não fui muito bom em Biologia – Meu pai riu. Brindamos, o som de nossas latas ecoando nossos risos. Ah cara, aquele era meu pai.

- Não me faça merda enquanto eu estiver fora Brian. – Pediu.

- Claro pai, será difícil, mas eu farei um esforço... – Tomei um gole. – eu preciso comer com vários talheres e tomar agua com vinho?

- Não. Eu acho que eles não são tão mesquinhos... – Disse meu pai e bebeu um gole também.

- E se forem? Eu posso arrotar na mesa de jantar? – Perguntei rindo.

- Brian...

- Porra pai. É só arroto. – Arrotei. Meu pai fez cara feia. E eu não contive um riso histérico.

Olá Sullivan, eu sou o Brian, eu sou gostoso, e arroto durante o jantar, vai encarar essa? 


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Notas finais do capítulo

Eu iria escrever no ponto de vista do Rev novamente, mas ainda estou sob o efeito SO FAR AWAY e poderia sair um desastre emocional KKK quem além de mim morreu com aquele clip ?