The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 26
26.


Notas iniciais do capítulo

Vamos fazer um acordo? Eu só posto quando eu tiver as duas partes prontas, pra não ficar nessa coisa de postar uma parte antecipada e tals. Pode ser? Boa leitura :D



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- Justin

     - Justin Drew Bieber! Onde você estava? – Minha mãe estava furiosa. Pressenti pelo menos um mês sem celular ou algo do tipo. Ela estava na cozinha quando me ouviu chegar.

     - Eu... Dormi na casa do Usher. – Falei, rezando para que ela não tivesse ligado para ele antes.

     Ela estreitou os olhos, provavelmente captando algum sinal de mentira no mais profundo traço de meu rosto, ou provavelmente sentindo o cheiro da mentira com aquele ar maternal possessivo... Ok, isso passou do absurdo. Estou meio bobo ainda.

     Foi até a mesinha do telefone e discou o número dele. Fez tudo isso sem nem ao menos desviar o olhar de mim.

     - Usher? Oi, é a Pattie. Não, não aconteceu nada... Ainda. Queria saber se o Justin dormiu aí noite passada... Ah, certo. Muito obrigada, Usher. Tchau.

     Meu sangue parecia congelado.

     - É. Você não estava mentindo quando disse aquilo. – Ela disse e eu sorri, aliviado. – E, por não ter avisado que ia dormir fora, está de castigo. Sua vida é muito fácil nessa casa. Essa semana você vai lavar a louça e vai arrumar aquele seu quarto!

     - Mas...

     - Quer ficar sem celular também?

     - Não.

     - Ótimo. Pode subir agora.

     Acenei para meus avós que assistiram a cena, sentados no sofá da sala e subi. Troquei de roupa e aproveitei para arrumar o quarto também.

     Dei apenas uma arrumada básica e sentei na cama, sentindo-me diferente. Peguei o celular, digitei e enviei uma mensagem.

     “Eu não estou de castigo. Eu falei a verdade, bom, parte dela, pelo menos. Xoxo.”, ela me respondeu.

     “Estou com saudades já.”, mandei outra. Esperei alguns minutos e recebi um arquivo; era uma foto dela mandando um beijinho para a câmera. Sorri ao ver a legenda da foto: Seu carente! Salvei a foto.

     - Jus? – Era meu avô, ele estava na porta.

     - Oi, entre.

     - Sua mãe disse que você está namorando...

     Mostrei a foto para ele.

     - Hm. E você está apaixonado?

     - Não sei. Como eu sei quando estou apaixonado? – Perguntei, na esperança de receber um conselho sábio da parte dele.

     Ele franziu o cenho, mas depois suavizou a expressão, com um sorriso franco.

     - Sabe quando alguém sorri e você sorri também, não porque o sorriso dessa pessoa é contagiante, mas porque a alegria dela é a sua? Sabe quando você se sente a pessoa mais especial quando esse alguém te olha? Sabe quando você daria qualquer coisa para essa pessoa, até sua própria vida? Sabe quando alguém erra, erra feio, e você perdoa porque saber que os erros são parte dela? Então, se sabe... Parabéns, você está amando. – Falou ele, com um meio sorriso, encarando o nada. Imaginei que ele estava lembrando a vovó naquele momento.

     Sorri e deitei na cama. Meu avô levantou e caminhou até a porta.

     - Foi bom conversar com você, vovô... Meu pai nunca...

     - Eu sei, filho. Mas ele te ama, você sabe disso, não sabe?

     Assenti.

     - Vamos passar o natal aqui. – Disse ele. – Ah, hoje é lua cheia. Pode deixar que a louça hoje é minha. – Ele piscou para mim e saiu do quarto.

     Peguei o celular de novo. “Você está livre essa noite?”. Ela respondeu alguns minutos depois: “É, eu estou.”. Ótimo, pensei.

     - Jus? Tem um empresário nervoso lá embaixo. Vai descer? – Era meu avô de novo.

     Scooter. Desci correndo e me deparei com o cara no auge de sua fúria.

     - Onde você estava? Por que Victoria foi vista dirigindo seu carro ontem? Aliás, por que ela o deixou aqui, sem você? Eu tive que deixar ela em casa. Você tem ideia de quão longe é a casa dela? A imprensa quase me comeu vivo! – Scooter baixou o tom de voz quando entramos no escritório.

     - Eu tentei ligar, mandar mensagem, escrever um tweet, mas não tinha sinal! – Falei,

     Ele respirou fundo duas vezes.

     - Certo. Vamos esquecer que isso aconteceu. Apenas não repita, ok?

     - Claro. Sem repetições. – Assenti.

     Ele me olhou por um segundo.

     - Vamos, troque de roupa. Você tem uma entrevista agora. – Ele bateu palmas, como que para se animar.

     Resmunguei baixinho, mas mesmo assim subi e me troquei e fui para os estúdios da MTV.

~x~

     - Ah, estou exausto! – Falei, jogando-me em minha mãe que estava sentada no sofá da sala.

     - Como foi a entrevista?

     - Chata.

     - Hm. Já pode ir pegar um avental...

     - Não! O vovô disse que ele ia lavar a louça!

     - Disse mesmo! – Disse o próprio, descendo as escadas. – Já são sete horas, rapazinho.

     - Já? Droga! Vou me arrumar! – Falei.

     - Arrumar? Para quê? – Minha mãe perguntou, mas eu já estava no topo da escada. – Esteja de volta às nove! Você só mima ele, pai. – Ela comentou.

~x~

     - Justin! – Sam falou ao atender a porta, com um sorriso no rosto.

     - Oi. A Miranda está?

     - No quarto. Vocês passam muito tempo juntos...

     - Estou aproveitando o tempo que tenho livre. Daqui alguns dias, a rotinha pesada volta. Especiais de natal, entrevistas, fotos e coisas do gênero.

     Ela riu e foi para algum cômodo da casa enquanto eu subi as escadas.

     Abri a porta do quarto devagarinho. Ela estava deitada na cama, olhos fechados, ouvindo música com os fones de ouvido. Uma perna balançava de acordo com a música. Aproximei-me, tirei um fone e soprei de leve em seu ouvido. Ela levou um susto.

     - Jus! Oi! O que... Há quanto tempo... Eu... – Ela se embolou.

     - Vim ver você. Disse que estava com saudades. – Falei.

     Ela sorriu e sentou, depois me sentei ao seu lado.

     - E eu disse que você era carente. - Disse.

     - Sou carente, muito carente. Agora eu quero um beijo. – Pedi, fazendo bico.

     Ela me deu um selinho.

     - O que está ouvindo? – Perguntei.

     - Uma música do Paramore. – Falou, casualmente.

     Confesso que queria que ela estivesse ouvindo uma música minha. Peguei o iPod de suas mãos e olhei as músicas. Olhando sua playlist, poderia dizer que ela era bem eclética. Havia música minha ali. Na verdade todos os quatro CDs estavam lá.

     - Você é minha fã? – Perguntei, com um meio sorriso.

     - Sou. Agora. Antes não era... Quem se importa?

     - Eu me importo, Belieber. Qual é sua preferida?

     Ela mexeu na playlist e colocou Stuck In The Moment para tocar. Arqueei uma sobrancelha

     - Que foi? Eu gosto! É tão fofa e...

     - Não disse nada. Mas que bom que você gosta.

     - Ok. Por que está aqui?

     - Vamos sair essa noite. – Anunciei.

     Ela abriu um sorriso e levantou, indo em direção ao closet.

     - O que devo usar? – Ela perguntou.

     - O que você quiser. Fica linda de qualquer jeito. – Falei e ela entrou no closet, com uma risada irônica.

     - Não estou bonita, mas dá para o gasto. – Falou ela, ao voltar.

     Como ela não estava bonita? Como ela podia dizer aquilo? Era triste saber que ela não se via como eu via. Apenas sorri. Não ia entrar naquela discussão sobre estar ou não estar bonita. Ela estava e ponto final. Puxei-a para fora do quarto.

     - O que vamos fazer? – Perguntou, enquanto descíamos as escadas.

     - Algo... Natural. – Falei, abrindo a porta para ela.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Espero que tenham gostado. Aliás, desculpe por não responder os reviews, vou tentar responder pelo menos a maioria agora. Xoxo'