The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 27
27. ~Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Então, eu sei que eu demorei uma eternidade dessa vez. Eu sinto muito, mesmo. É que eu estou proibida de computador por causa da nota de física ¬¬' Whatever, esse capítulo não tá todo pronto, então, eu vou postar uma parte agora, porque sei que não terei outra oportunidade tão cedo :c Mas eu to aqui, e to pedindo desculpas. Mesmo mesmo. Desculpa por fazer esperar.



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- Miranda

     - Hm, certo. E o que você acha de mim? – Ele perguntou.

     - Você é... Não vou dizer. Isso vai aumentar seu ego já inflado.

     - Juro que não vou me gabar.

     - Você é incrível, Jus. Mesmo. Não teria eu sem você. – Admiti, encarando o gramado.

     - Eu te amo. – Ele sussurrou em meu ouvido.

    Levantei meus olhos e fitei-o. Abri um sorriso involuntário.

    - Vem, levanta. – Ele pediu.

    - Por quê?

    Ele puxou minha mão e me abraçou. Começamos uma dança sem música, lenta e atrapalhada. A lua cheia iluminava parte do lugar onde nos encontrávamos. Ali era uma espécie de terraço, na cobertura de algum prédio de Atlanta. Os jasmins enchiam o lugar com seu cheiro forte, mas eu só sentia o cheiro dele.

     Deixei meus devaneios de lado quando percebi que ele me encarava. Seus lábios macios encostaram suavemente nos meus. “Eu te amo”.

     - Miranda? Acorda! Miranda! – Lizzie me chamava. – Ei, acorda, menina!

     - O que você está fazendo aqui? – Perguntei, ainda de olhos fechados.

     - Ah, eu estava checando o Twitter, como de costume... – Ela começou a dizer. E sim, ela tem esse estranho costume de checar o Twitter dela pela manhã. – E vi algo que você tem que ver.

     - O que é?

     - O Justin... Sim, eu sigo ele. Enfim, ele twittou uma coisa que eu acho que você vai adorar ver!

     Com relutância sentei-me na cama e ela me passou seu notebook prateado. Olhei a tela e mal acreditei no que via.

     “É, eu estou apaixonado.”

     Demorei um segundo apenas para processar a informação. Perguntei-me o que ele esperava que acontecesse com nosso relacionamento.

     Enquanto eu estava confusa, perdida em pensamentos, Lizzie mantinha um sorriso para mim, como se aquilo fosse boa coisa.

     - Que cara é essa? – Perguntou ela.

     - Não é nada. Só estou com sono. – Menti. Aquilo havia me despertado por completo. Sono era a última coisa que eu sentia naquela hora.

     Lizzie me fitou e logo depois se jogou ao meu lado, abraçando um travesseiro.

     - Isso foi tão fofo! – Disse ela. – Não acredito que ele fez isso! – Ela parou de sorrir e encarou o teto. – Uau. Isso vai ter uma repercussão enorme. Deve ter várias pessoas morrendo de curiosidade agora.

     Ela tocou na questão. Como seria dali para frente? Agora aquilo havia se tornado público, todo ser vivo que soubesse mexer num computador veria aqui. O mundo todo iria saber daquilo. Talvez eu estivesse sendo um pouco dramática. Mas eu tinha meus motivos para temer.

     - Você não parece muito feliz. – Observou ela. – Não gostou?

     - Não! Na verdade eu adorei... Mas...

     - Mas o quê?

     - Será que ele está preparado para contar?

     - Miranda! Ele já contou! Na boa, você é a única garota no mundo que vê a declaração de amor do namorado e não está surtando de alegria.

     - Dispenso o surto de felicidade. O que você quer que eu faça? Ligue para ele?

     Por ironia do destino, meu celular tocou e era ele.

     - Bom dia! – Sua voz rouca fez meu coração acelerar.

     - Bom dia. – Respondi, tímida.

     - Você já viu?

     - É, eu vi.

     - O que foi? Não gostou? – Seu tom de voz baixou.

     - Não! É sério, eu amei, Jus.

     - Não parece.

     - Jus...

     - Eu devia ter mandado o helicóptero jogar as flores...

     - Jus! Para com isso. Eu... Eu também estou apaixonada, se quer saber. – Confessei, me sentindo boba.

     - Sério? – Eu podia ver o seu sorriso em minha mente. – Hm, vamos sair hoje à noite, então.

     - De novo?!

     - Claro! Temos que comemorar.

     - Consumista. – Falei.

     - Chata.

     - Tchau.

     - Te pego às sete. Eu te amo.

     Ele nem me deu tempo de responder e desligou, com uma risada.

     Soltei um suspiro. Justin. Eu já devia ter me acostumado com esse comportamento teimoso que ele tinha.

     - O que foi? – Perguntou Lizzie. Havia me esquecido completamente de sua presença ali.

     - Vamos sair hoje à noite.

     - Nossa. Ele tem muito tempo para passar com você.

     - É verdade. – Eu nunca havia parado para pensar naquilo. – Deve ser por causa do natal. – Dei de ombros.

     Ela concordou. Deitei de novo na cama.

     O sono estava voltando e o som dos dedos frenéticos de Lizzie apertando as teclas já estava me irritando. O telefone tocou.

     - Deixa cair na caixa de mensagem. – Falei, ainda deitada.

     - Por que você tem um telefone no quarto se tem um celular? – Lizzie perguntou, com cara de pensativa.

     Ia responder, mas a mensagem me interrompeu.

     - Bom dia Miranda! – A garota falou. Lizzie deixou o queixo cair e eu me sentei, encarando o telefone, como se fosse a dona da voz ali, e não o telefone em si. – Eu só queria agradecer por ter interrompido o nosso momento. Acredite, vai ter volta. – Ela desligou.

     Olhei demoradamente o telefone, mas depois me recompus e deletei a mensagem. Lizzie me olhava confusa.

     - O que ela quis dizer?

     - Nada. Vem, vamos tomar um café.

~x~

     Passei os olhos pela pequena filial da Starbucks novamente. O que ela queria dizer com “vai ter volta”? Aquilo foi uma ameaça? De verdade?

     - Eu vou querer um chá gelado e um café com leite, canela, mel e um pouco de chantilly. – Lizzie fez os pedidos enquanto eu procurava uma mesa. – Obrigada.

     - Aqui. – Falei, sentando-me numa das duas banquetas daquela mesinha perto da vitrine da cafeteria.

     - Você está bem? – Perguntou ela, me passando meu café.

     - Estou. Só preciso tomar meu café predileto para começar o dia. – Expliquei. Ok, meu dia já havia começado, mas eu não queria encarar certos fatos.

     - Certo, então beba logo, porque não quero a companhia de uma Miranda zumbi.

     Tomei um gole. Gosto diferente.

     - Qual é a do chantilly? – Perguntei, tentando ver através da tampa do copo.

     - Mudanças, Miranda. Você deveria mudar... Sua vida é tão sem graça... – Ela se interrompeu quando se deu conta de que eu a encarava. – Certo, exceto pelo fato de estar namorando um astro... Enfim. Estou falando de novidades.

     - Está falando besteira. Bebe seu chá e vê se não tenta refletir tanto sobre as coisas. – Pedi.

     - Ok, desculpe... Ei, o que ela quis dizer com vai ter volta?

     - Não sei, Lizzie. Ela é doida.

     Tomei meu café enquanto olhava a rua pelo vidro. Quase engasguei quando vi o garoto e seus amigos entrando na loja. Xinguei baixo.

     - O que foi? – Perguntou ela, quando eu abri um cardápio e tampei meu rosto com ele.

     - Droga! Mil vezes droga! – Praguejei e Lizzie arrancou o cardápio de minhas mãos. – Ah! Droga, ele me viu... Não, ele está vindo para cá! Narrei a situação em voz baixa. – Por que essa droga de sorriso na cara? – Perguntei-me mais baixo ainda.

     - Bom dia! Que coincidência, não? – Perguntou ele, ainda com o maldito sorriso nos lábios.

     - Pois é... – Abri um sorriso forçado. – Não esperava te encontrar aqui. – Não esperava mesmo.

     - É... Sua amiga?

     - Ah, claro, desculpe. Vocês não foram muito bem apresentados naquele dia, depois do... Enfim. Lizzie, este é o...

- Justin

     É, eu havia feito aquilo. Scooter estava discutindo – gritando – comigo sobre isso. Eu não estava nem aí. Tinha dito e todo mundo já tinha visto. Nem dava mais para correr atrás. Scooter ia ter que engolir aquilo à força.

     - Já estava na hora, Scoot. – Falei, pela milésima vez.

     - Na hora, Justin? Não combinamos de esperar? Por que você nunca cumpre com o combinado? Por que, Justin? – Scooter questionava. Segurei o riso.

     - Eu estava mentindo para minhas fãs. Não gosto disso. – Falei.

     Ele fechou a cara. Aquele argumento sempre funcionava, mas isso não fazia com que ele não fosse verdadeiro.

     - Certo, Jus. E ela está disposta a sofrer o assédio da imprensa? E das fãs?

     Eu não tinha pensado naquilo. Certo, eu sou inconsequente. Admito, mas ia dar um jeito naquilo.

     - Vamos, levanta. Temos compromissos. – Scooter disse.

     Saímos de casa com algum esforço. Haviam alguns fotógrafos ali. Mas no final conseguimos despistá-los.

     Quando chegamos à gravadora havia vários, vários mesmo. Um jornalista conseguiu me parar ou ficar na minha frente, sei lá.

     - Quem é ela, Justin? – Perguntou, como se eu fosse dizer uma notícia dessas para ele, ali.

     - É a garota mais perfeita do mundo. – Respondi, sorrindo.

     - E ela tem nome?

     - Sim, o nome mais lindo do mundo também. – Aquilo era divertido; o suspense.

     - Mas...

     O porteiro abriu a porta e eu não ouvi a pergunta.

     A movimentação era grande no estúdio. Eu havia causado estragos, aquilo era óbvio. Scooter me lançou um olhar meio homicida.

     - Já para a sessão de fotos! – Falou ele.

     Ri baixinho, tentando esconder minha diversão com aquilo tudo, e me dirigi ao lugar que ele apontava.

~x~

     Eu estava atrasado. Ótimo! Maldito trânsito que engarrafou justo hoje. Olhei de novo para Kenny.

     - Relaxe, Beebs. Tenho certeza de que Miranda não irá se importar se você se atrasar um pouco. – Disse ele, fitando o carro da frente, avançando um pouco.

     Não gostava daquilo, aliás, odiava. Nunca gostei de quebrar compromissos. E, além do mais, não podia errar com Miranda. Não de novo. Apesar de ter sido uma briga boba, não queria outra briga boba me separando dela.

     Meti a mão na buzina, fazendo Kenny levar um susto e tirar minha mão dali com um tapa.

     - O que foi? Ficou doido de vez, menino? Relaxe, Justin. Conte quantos carros vermelhos têm na rua, quantas pessoas de cabelo roxo... Só relaxe! – Pediu.

     Fiz cara feia, cruzei os braços e tentei ficar quieto.

     - Devo passar na casa dela? – Perguntou ele, quando conseguimos sair daquele trânsito infernal.

     - Por favor, não quero mais atrasos.

     Ele manobrou o carro para estacionar quando chegamos à casa dela.

     - Que surpresa! – Foi o pai dela quem atendeu. – Que bons ventos te trazem aqui?

     Aquilo só podia ser brincadeira. Por que ele estava sendo tão legal comigo? Estranho.

     - Combinei de... De sair com Miranda. – Falei, meio desconcertado.

     - Hm... Entre! Ela está na sala. – Falou, deixando a porta aberta e indo para algum outro cômodo da casa.

     Entrei timidamente. Andei devagarinho até chegar na porta da sala. Ouvi risos femininos e uma voz masculina, aparentemente fazendo graça.

     Espere.

     Um garoto? Ali, naquela diversão toda?

     - Oi. – Falei, entrando.

     O que aquele idiota estava fazendo ali? Alguém podia me explicar?

     - Jus! Oi, lembra-se do...

     - É, eu me lembro dele sim. – Respondi, carrancudo.

     - Ei, dude, sem ressentimentos, certo?

     Dude? Sem ressentimentos? Sim, claro, fica aí esperando. Não respondi, não sorri, não fiz nada.

     - O que foi? – Miranda estava de pé, ao meu lado.

     - Hm, nada. Vamos?

     - Para onde?

     Ela havia esquecido? Olhei rapidamente para ele.

     - Vamos sair, esqueceu? – Perguntei, tentando parecer indiferente.

     - Ah, é. Claro que não esqueci. – Ela mentiu. Miranda mentia muito mal, ele olhava para qualquer lugar que não fosse você.

     - Aham. Vamos então?

     - Claro. Tchau gente. Desculpe por isso, mas é que, bem... Ele é meu namorado. – Ela sorriu ao dizer isso. O dude ali fez cara de surpresa. Um ponto para mim, dude.

     Ela deu um abraço na Lizzie e depois nele.

     - Até mais ver! – Desse ele.

     - Vamos marcar de sair um dia. – Miranda propôs.

     O quê?! Não! De modo algum! Ela estava proibida de ter qualquer contato com aquele garoto. Eu tenho o direito de proibi-la, não tenho? Alguém aí leia os meus direitos de namorado, por favor!

     - Vamos sim. – Ele respondeu.

     Saímos da casa.

     Miranda me olhava, curiosa, com um sorriso no rosto.

     - Kenny! – Ela gritou quando ele saiu do carro e o abraçou. Ele a abraçou de volta e a tirou do chão.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso aí. Desculpe de novo pela demora. Tentei mesmo convencer a mamis a me deixar pelo menos postar a fic, mas não rolou. Mas, graças a Deus, hoje ela deixou. Te amo Mamis :DD
Reviews? Haha, pedi demais, eu sei. Nem mereço reviews :S
xoxo'