The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 25
25.


Notas iniciais do capítulo

Boom, são 02:12 da madrugada... Minha irmã está dormindo aqui do meu lado e eu consegui escrever esse capítulo. No meio da noite né, porque to tão sem tempo... Enfim. HAHAHAHAHHA, viram a foto que saiu do Jus massageando o pé da Sel? Poderia ser até fofo, se não fosse a cara de bunda dele, tipo: ''Olha aonde eu cheguei. Oi sou massagista!'' HSUAHS, q. Anyway, não é muita coisa, e eu nem postaria esse capítulo, mas eu recebi pressão demais -indireta- e então estou postando por mera consideração à essa pessoinha. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/137068/chapter/25

- Miranda

     A claridade do relâmpago invadiu minhas pálpebras fechadas, alertando-me o trovão que viria a seguir. Justin levou um susto com o barulho e aquilo me trouxe de volta à realidade. Afastei-me dele. Eu estava confusa. Não com relação a ele, mas com relação a mim.

     - Eu... Melhor a gente dormir. É, dormir. – Falei mais para mim mesma que para ele.

     Recoloquei meu cardigã e deitei de costas para ele. Justin pegou uma coberta que estava em algum lugar, me cobriu e depois se deitou. A pele onde ele havia tocado ainda formigava. Foi tão bom ter seus braços me envolvendo, sentindo seu perfume e sua proteção de novo... Vire-me e coloquei meu braço por cima dele, que abriu os olhos e sustentou meu olhar. Abri um sorriso e ele me retribuiu com um sorriso lindo. Passou o braço por minha cintura e me puxou mais para perto. Deu um beijinho na minha testa e eu afundei a cabeça em seu peito. Adormeci dentro daquele abraço.

~x~

     Abri os olhos com relutância, achando que se os abrisse viria que tudo não passara de um sonho.

     Não.

     Fitei seu rosto, absorvendo cada traço perfeito dele. Ele parecia um anjo, uma criança dormindo. O cabelo estava levemente desgrenhado. Devia estar sonhando com algo bom, pois parecia sorrir. Com a ponta dos dedos, acompanhei os traços de seu rosto. Pousei o dedo indicador sobre seus lábios e ganhei um beijinho nele. Desviei os olhos de sua boca e vi seus olhos me fitando.

     - Bom dia. – Falou ele.

     Não respondi. Afastei seu braço e comecei a me levantar, mas ele me impediu.

     - O que foi? É sobre ontem?

     - Não aconteceu nada ontem. – Falei.

     - Claro que aconteceu! – Ele deu uma risada fraca. – Você se rendeu. Nós terminamos por nada, Miranda. – Falou ele.

     Nada? Ah, agora a Vick não é nada! Eu estava sendo trocada por ela. Desde quando isso é nada?

     - Eu nunca trocaria você pela Victoria. – Garantiu ele, como que lendo meus pensamentos. – Você sabe disso.

     - Na verdade eu não sabia. E eu não ligo, Justin. Não ligo mesmo.

     - Por que ainda usa a pulseira que eu te dei? – Perguntou ele, esperançoso.

     - Só... Só me acostumei a usá-la.  – Tentei dizer algo convincente.

     Ele riu fraco e puxou minha mão, de modo que eu sentasse ao seu lado.

     - Pare com isso. Você gosta de mim. Você quer estar comigo. – Ele começou a cantarolar. – Você quer me beijar. Você quer me abraçar. Você quer...

     Levantei-me bruscamente e segui até a porta, mas Justin foi mais rápido, fechou a porta com uma mão e com a outra me empurrou – esmagou – contra a parede.

     - Não sou muito bom nisso, mas quero... – ele me deu um selinho – que você perceba – deu um beijo na minha testa – que eu sou o cara para você. – Deu um beijo no meu nariz. Depois roçou os lábios no meu pescoço. Ele riu fraco. – Sou realmente péssimo nisso. – Falou ele, contra minha pele.

     Péssimo ou não, fazia minhas pernas parecerem gelatina. Era assim. Justin não precisava ser o garoto mais sedutor do mundo para me fazer ficar trêmula. Deus! Apenas sua respiração contra minha pele me fazia ficar arrepiada. Apenas seu sorriso já era o suficiente para me derreter por dentro.

     Ele levantou a cabeça e riu.

     - Você está vermelhinha. – Falou. – Agora está mais ainda. – Ele ria.

     Meu cérebro ainda estava concentrado demais em me deixar de pé para dar uma resposta a ele.

     - Acho que já parou de chover. Vamos ver? – Propôs ele.

     Assenti. Ele me puxou pela mão e nos conduziu até a janela decorada por uma cortina rosa-bebê.

     - Já podemos ir. – Consegui dizer.

     Peguei minha roupa que agora estava mais seca e desci. Justin fez o mesmo. Saímos, eu tranquei a porta e seguimos de volta pela mata para pegar o carro de Justin. Estava ventando frio e ele me abraçou de lado. Minha resistência àquilo já estava se desfazendo.

     - Cadê o meu carro? – Perguntou Justin quando chegamos à clareira.

     - Não está no meu bolso. – Brinquei. – O carro é seu, deveria saber onde está.

     Ele fez cara feia para mim.

     - Não sei, Jus. Victoria precisava de um jeito para ir embora. A pé ela não iria. – Falei. – Onde estão as chaves?

     Ele tateou os bolsos.

     - Deixou as chaves na ignição do carro? – Perguntei, incrédula.

     - É...

     - Parabéns, você é idiota e ganhou um problemão por causa disso! – Ironizei.

     - Tudo bem. Depois passo na casa dela para pegar meu carro. – Falou ele, dando de ombros.

     Fechei a cara. Não tinha muita certeza se era muito seguro deixar o Justin a sós com a Victoria de novo, ainda mais na casa dela. Ele notou isso.

     - Ei, relaxa. – Ele falou e deu um puxão no meu braço, nos aproximando. – Eu só quero você. – Disse, olhando minha boca.

     Molhei os lábios de propósito e ele imitou, ainda me fitando. Não contive a risada.

     - O que foi? – Perguntou, desviando o olhar.

     - Você é demais, Justin. - Falei entre risadas.

     - Não entendi.

     Ri mais ainda. Ele comprimiu os lábios, formando uma careta confusa.

     - Certo. – Falei, recuperando o ar. – Vamos, eu te dou uma carona.

     - Veio de carro?

     - Justin, por favor. O carro está lá no acostamento...

     - Você deixou o carro no acostamento e eu é que sou idiota?

     - Não é isso. Eu saí porque não era seguro e... Droga! Esqueci completamente!

     - O que foi?

     - O seguro ficou de me ligar... Estranho. Não tem nenhuma ligação. – Falei, olhando o visor do meu celular.

     - O carro deu problema de novo?

     - É.

     - Vamos, vou dar uma olhada. Não sei muito sobre motores, mas aposto que você apenas não colocou gasolina. – Ele tinha um sorriso debochado no canto dos lábios.

     Revirei os olhos. Começamos a andar aos tropeços já que ele se recusava a me soltar. Segundo ele, era porque ele sentira saudades. Mas eu estava começando a achar que ele era meio carente...

     - Eu estou dizendo. Não é nenhum problema banal, Jus.

     Ele entrou pela porta do motorista, fez algo e, em alguns segundos, o barulho de um motor funcionando fez o sorriso debochado e presunçoso dele aumentar.

     - E está na reserva. – Falou, enquanto passava para o banco do passageiro.

     - Legal. – Repliquei.

     Dirigi até a casa de Justin.

     - Que eficiente. – Comentei ao ver o Range Rover estacionado na garagem.

     - Agora não vou ter que ir a casa dela buscar. – Justin piscou para mim.

     Apenas assenti, fitando o painel do carro.

    - Quer dizer que voltamos? – Perguntou ele.

    Abri um sorriso.

    - Quer dizer que voltamos. – Afirmei. Ele sorriu.

    - Eu te daria um beijo agora, não fosse por aquele carro azul ali ser muito suspeito. – Ele disse.

     Passei os olhos pela rua e identifiquei o carro.

     - Hm, que droga de carro azul suspeito. – Brinquei. – Certo. Tchau, Jus.

     - Tchau. – Ele sorriu e saiu.

     Dei partida no carro e fui para casa.

     - Ah, meu Deus! Você voltou! – Minha mãe levantou-se do sofá quando me viu.

     - Onde a senhorita estava? Por que não atendeu o celular? – Meu pai começou o interrogatório.

     - Eu estava no sítio. Lá não tem sinal. Começou a chover e eu decidi passar a noite lá. – Expliquei-me.

     - O que estava fazendo lá? – Minha mãe perguntou.

     - Queria ficar sozinha um pouco e lá era o lugar ideal...

     - Ficar sozinha? Aconteceu algo? – Ela perguntou depois trocaram um rápido olhar.

     - Não...

     - Certeza?

     - Sim. Posso subir? Estou morrendo de frio, quero um banho quente.

     - Claro. Nós já vamos sair, ok? – Meu pai avisou. Olhei o relógio analógico na parede da sala, ainda era manhã.

     - Ok. Tchau, tenham um bom dia. Amo vocês. – Falei, já subindo as escadas.

     “Uma hora teremos que contar, And.”. Ouvi minha mãe dizer. Na hora nem liguei, fora um trecho aleatório e eu estava concentrada demais em outra coisa para me importar.

     Entrei no grande quarto branco e fui direto para o banheiro. A felicidade estampava meu rosto. Tomei um banho, vesti algo confortável e liguei para Norah.

     - Miranda! Estava esperando sua ligação!

     Não contive um sorriso ao ouvir sua voz.

     - O que você queria me dizer?

     - Lembra-se do Albert? Nós estamos namorando! – Ela quase gritou. Ê, legal. Todo mundo namorando.

     - Sério? Uau. Há quanto tempo?

     - Três dias.

     - Nossa, como as coisas são rápidas, não?

     - Pois é... Miranda, o que houve? Sua voz está estranha. Está doente?

     - É só que... Falar com você me fez lembrar que você não vem para o natal. – Falei, meio infeliz.

     - Ah, mas olhe, não volto mais em três semanas! Na quarta feira depois do natal estarei aí.

     - Sério? Ah, que bom, Norah!

     - Eu sei, tenho tanto para contar. Já comprei seu presente de natal.

     - Já? Mas ainda falta uma semana...

     - Eu sei, bobinha. Mas vi uma coisa que era a sua cara e tive que comprar! – Ela riu de si mesma.

     - Tudo bem, estou curiosa.

     - Ah, Miranda, tenho que desligar. Trabalho... Sabe como é... Ah, não! Você não sabe como é. – Ela brincou. – Beijos, minha linda.

     - Beijos, No.

     Ela desligou. Deitei na cama e fiquei olhando o teto. Até ali, a metade dos meus problemas estavam resolvidos. Mas eu nem sabia que outros viriam...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Seguinte, não me matem. Ficou uma droga, até porque esse também saiu na marra. Mas como esse capítulo era para ter as duas partes, vou postar a parte do Jus o mais rápido possível ;D xoxo'