The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 23
23.


Notas iniciais do capítulo

AAH, consegui. Esse capítulo saiu na marra e na pressa HSAHSUHS q. Achei que nem ia dar para postar essa parte agora. Bom, como eu estou sem tempo e tals, vou postar só a continuação da Miranda. Que eu acho que é a mais esperada no momento, depois eu posto a parte do Justin ;D Boa leitura.



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- Miranda

     Terminei meu almoço sem vontade alguma. Depois que vi as fotos no site da TMZ. Alguém havia tirado uma foto do Justin e da Victoria no Bistrô Garden. Minha animação morreu bem ali. Agora eu estava confusa. Ontem fora... Diferente.

     Confusa.

     Frustrada.

     Eu estava confusa e frustrada. Peguei a chave do meu carro, avisei a Sam que iria sair e dirigi até o sítio.

     A uns cem metros da entrada do sítio, meu carro morreu. Outra coisa que estava me irritando: meu carro. Liguei para o seguro.

     - Sim. Assim que nossos técnicos estiverem disponíveis, vou mandar alguém aí. – Garantiu-me a atendente.

     - Obrigada. Ahn, você pode me avisar quando ele estiver chegando? Não quero ficar no carro. É...

     - Perigoso, eu sei. Claro que eu te aviso, Sra. Stephen. Tenha uma boa tarde.

    Ela desligou. Que ironia, meu carro está quebrado no acostamento de uma estrada deserta e ela quer que eu tenha um bom dia. Suspirei e segui andando até a entrada. Estava começando a me sentir melhor à medida que a vegetação formava um teto verde acima de mim e da estrada de chão batido.

     Foi aí que um barulho chamou minha atenção. Segui andando e vi um carro preto estacionado. Inconfundível.

     - Ei, o quê... – Voz. Inconfundível. Parei, procurando. Ele não estava visível, então devia estar atrás do carro.

     - Shhh. – Uma voz feminina falou.

     Meu cérebro não raciocinava direito. Dei a volta no carro e desejei não tê-lo feito.

     Justin. Victoria. Ele estava sem a blusa e ela quase. Deitados num gramado. Ela estava em cima dele. A cena era vulgar – nem romântica (não seria mesmo, ali, no meio do mato) e nem sensual.

     Sem querer, arfei. O que interrompeu os dois. Justin me fitou. Victoria resmungou algo baixinho, mas eu não liguei. Só conseguia olhar aquilo e sentir cada célula do meu corpo reagindo àquela situação. E então, eram milhões de fragmentos do que restava do meu coração.

     Ele empurrou Victoria de lado e começou a se levantar, vestindo a blusa. Dei meia-volta e comecei a ir em direção à saída, mas Justin se colocou na minha frente. Dei meia-volta de novo e adentrei a mata, eu iria sair pelo outro caminho.

     - Miranda! Miranda! Espera! Eu posso...

     - Explicar? Eu não sou idiota, Justin! Eu vi o que ia acontecer ali. Eu entendi. Não preciso de explicações. – Falei, enquanto afastava os galhos para liberar minha passagem.

     - Mas eu quero te explicar!

     - Para quê? Nós terminamos, não precisamos dar explicações um para o outro! Além do mais, eu não quero  saber.

     - Ela me beijou!

     - Ah claro! E você estava odiando. – Ironizei. Meu gênio começou a se manifestar.

     - Eu... Não vem ao caso.

     - Não vem ao caso? Claro que vem ao caso! Por que você não esquece tudo isso e volta para lá?

     Continuei andando. Por um segundo achei que ele havia voltado. Mas ele segurou meu braço e me virou para ele. Não conseguia nem ao menos olhar em seus olhos.

     - Me escuta! Ela me beijou. Aliás, ontem você...

     - Ah, agora a culpa é minha?

     - Não, mas...

     - Mas nada! Me solta, Justin!

     - Dá para parar de me cortar?

     - Não!

     - Por quê?

     - Não quero ouvir a explicação.

     - Você sabe que na verdade...

     - A verdade? Qual é a verdade nisso tudo?

     - A verdade é que... Eu sou um idiota, que faz tudo errado. Essa é a verdade.

     - Ah, pelo menos você admite.

     - Miranda!

     - Você é um idiota! Eu te mostrei um lugar especial para mim e o que você faz? Traz uma garota para cá e pretende... AAH! Eu costumava lembrar dos meus pais aqui, e agora, o que eu vou lembrar? Você e Victoria em cima de você!

     Liberei meu braço com um puxão. Aquilo havia encerrado a discussão. Fitei-o, a raiva já estava sendo controlada dentro de mim.  Um trovão  me fez pular e a chuva começou a cair. Continuei andando.

     - Ei, estamos perdidos? – Justin me perguntou.

     - Não.

     O gramado bem cuidado começou a aparecer. Levantei os olhos do chão e avistei a grande casa branca com um jardim enorme na frente. Andei mais depressa, mas com dificuldade, porque o jeans já pesava em meu corpo de tão molhado que estava. Peguei a chave num dos vasos da porta e destranquei-a.

     - Vai mesmo entrar aí? – Justin se pronunciou novamente.

     - Vai mesmo ficar aí na chuva?

     Entrei e logo depois Justin entrou também. Fechei a porta e a encarei por uns segundos.

     - Vamos ficar aqui até a chuva passar?

     - Claro. Você me obrigou a entrar na mata...

     - Meu celular não pega. – Ele me interrompeu, olhando para o celular idiota dele.

     - Eu sei. Aqui não tem sinal, gênio.

     - Sério mesmo, Miranda? Vai agir assim comigo?

     Não respondi. Olhei em volta. Tudo exatamente como era antes.

     - Vou procurar roupas secas e...

     O barulho de algo sólido batendo no teto me interrompeu. Fui até a janela.

     - O teto está caindo? – Justin perguntou.

     - Granizo. Ótimo, é uma tempestade.

     - Vai demorar?

     - Espero mesmo que não.

     Suspirei e subi as escadas, indo em direção a um dos quartos. Troquei a roupa molhada por uma seca; um short meio moletom meio sei lá o que, uma regata e um cardigã bem fofinho. Entrei no quarto de hóspedes. Meus primos dormiram lá algumas vezes, por isso achei algumas roupas para Justin. Desci.

     - Achei essas roupas... Uau. – Falei, ao ver a lareira acesa. – Parabéns, está começando a colaborar.

     Ele sorriu, aproximou-se e pegou a roupa de minhas mãos.

     - Onde é o banheiro?

     - Troca de roupa em qualquer lugar. – Falei, com desdém.

     Ele saiu e eu me sentei perto da lareira. Estava morrendo de frio.

     - Não é que coube? – Comentou Justin, voltando de onde quer que ele tivesse se trocado.

     Voltei minha atenção para o fogo. Ele sentou no sofá, de frente para mim. Ficamos em silêncio.

     - Miranda, você não está com raiva, está?

     - Eu... Não, na verdade não ligo. – Menti.

     - Não sei o que deu em mim, eu...

     - Justin, tudo bem. Não precisa ficar falando sobre isso.

     Silêncio novamente. Ele pegou o celular e fez alguma coisa nele.

     - Tem internet aqui! Twitter! – Ele comemorou.

     - Pode não ter sinal aqui, mas ainda é os Estados Unidos, sabe. – Ironizei.

     - Ah, não. Lenta demais, esquece.

     Ri fraco.

     - Ei, você disse que seu pai não havia feito nada aqui. – Falou ele.

     - É... Mais ou menos. Paramos de vir aqui desde o ano retrasado.

     - Ah.

     Fechei os olhos. Aquela cena ficava se repetindo em minha mente. Meu estômago se revirava. Desejei não estar ali. Eu queria chorar, e para isso precisava dele longe, bem longe.

     Uma sequência de ruídos me fez abrir os olhos.

     - Dá para ficar quieto? – Pedi.

     - Sou incapaz disso.

     Olhei o fogo. Minha cabeça estava cheia de milhões de pensamentos e imagens. De repente algo chamou minha atenção.

     - Justin?

     - Sim? – Ele se virou para mim.

     - Lá fora... Você falou sobre ontem... O que ia dizer

     Ele mordeu o lábio inferior, o que foi muito fofo, e sentou-se novamente no sofá.

     - Não era nada. – Disse ele.

     - Pode falar.

     - Bom... É que o Steve...

     - Steve?

     - Hoje, ele estava na mesa ao lado no Bistrô. Bom,voltando. Ele comentou sobre ontem com uns amigos... Vocês mandaram ver ontem, não foi?

     Meu queixo caiu.

     - O quê?! – Perguntei.

     - Ele falou o que vocês fizeram ontem. – Agora ele falava com mais vontade.

     - E o que nós fizemos? – Perguntei, quase no mesmo tom que ele.

     - Ah, eu não sei. Só sei que você deve ser ótima, porque do jeito que ele falou... Ah, e aquele vestido ajudou muito. – Ele quase gritava e seu tom era acusador.

     - Nós não fizemos nada!

     - Ah, e quem me garante?

     - Eu! Aliás, ninguém tem que te garantir nada! – Falei.

     - Ah! Você realmente é muito confiável! Até parece que...

     - Você acha mesmo que ele estava falando a verdade? Agora eu sou promíscua também?

     - Fala sério, Miranda. Olhe para você!

     - Como é? Você realmente acha isso de mim? Acha que é só alguém pedir e eu vou dormir com essa pessoa?

     - Eu... – Ele se enrolou.

     - Não acredito nisso. Muito obrigada, Justin. De verdade. – Falei, fechando a cara.

     - Miranda...

     - Não fala comigo!

     - Desculpa...

     Eu estava tremendo de raiva. Virei o rosto para o fogo, trincando os dentes. Eu ia matar o filho do sócio do meu pai, e pelo jeito como as coisas estavam, ia matar também o maior astro teen do momento também. Estava decidido. Como aquele Steve pôde...? Respirei fundo. Ele era um idiota. Ele que rezasse para não me encontrar de novo.

     Por fim, me acalmei. Concentrada no barulho da chuva, acabei adormecendo.

~ spoiler :3 ~

- Ai! – Ela agarrou meu ombro.

     - Desculpe. Agora o esparadrapo e... Pronto! – Abri um sorriso, levantando os olhos de sua perna e a fitando.

     Nossos olhares se encontraram e ficamos nos olhando por alguns segundos. Ela pigarreou.

     - Hm, obrigada.

     - Por nada. – Baixei a cabeça.

     Meu coração disparou ao ver aquela correntinha de ouro em seu pulso, os pingentes pendiam balançando. Ela ainda usava a pulseira que eu lhe dera. O violão e a câmera fotográfica. Olhei novamente seu rosto. Indecifrável.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Espero que tenham gostado. Acho que deu para matar a curiosidade que se formou no capítulo anterior. E acabou que eles nem fizeram nada, suas maliciosas, HSUAHS. Xoxo''