The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 22
22.


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui está mais um capítulo para vocês :D Leiam lá embaixo, e importante. Boa leitura.



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 - Miranda

     Droga de vento. Estava frio e me fazia desejar loucamente os braços de Justin me aquecendo. Pensei em me apoiar nele e ficar aquecida.

     - Miranda? – Alguém me chamou.

     Virei-me e vi um garoto da minha idade, sua silhueta era forte, mas não dava para ver muita coisa só com a luz das velas.

     - Eu. – Respondi e me levantei.

     - Ah, que bom que te achei... Sou o Steve. Ainda não fomos apresentados...

     - Acho que não. Você é algum parente meu?

     - Não, sou filho do sócio do seu pai.

     - Ah, meu pai tem um sócio? – Perguntei, distraída.

     - Já vi que você não participa muito dos negócios da família...

     - Ah, não. Isso é mais a cara da Norah. Minha irmã...

     - Mas quero falar com você. Ah, estou interrompendo?

     - Na verdade não.

     - Gostaria de dar uma caminhada? Eu adoraria te conhecer melhor...

     - Ahn, Justin? – Chamei e ele levantou a cabeça. – Posso ir lá...?

     Eu não estava pedindo permissão, mas não queria mesmo deixa-lo sozinho lá.

     - Claro, vai lá. – Ele abriu um sorrisinho.

     Fitei-o por um segundo. Não queria ir. Queria que ele dissesse para que eu ficasse ali, com ele, porque estava frio e a gente estava se divertindo. Mas aquilo não ia rolar. Steve começou a andar e eu o segui. Olhei para trás, mas ele encarava as próprias mãos. Perguntei-me o que estaria passando em sua cabeça naquele instante.

     - Então... Seu pai disse que você gosta de fotografia... Eu também gosto, mais ou menos. Arte não é bem a minha praia, sabe. – Ele falou, depois de termos nos afastado do laguinho.

     - Sei, o que gosta de fazer então?

     - Gosto de cálculos. Muitos e muitos cálculos.

     - Hm, que diferente ouvir isso vindo de um cara de...

     - Tenho 18. – Ele sorriu. Sorri de volta.

     - Já faz faculdade então.

     - É, economia.

     Eu estava entediada. Acho que ele percebeu isso.

     - Mas além da fotografia, o que você gosta de fazer? Festas? Viagens... Namoros...

     - Bom... Viajar sempre é bom. – Sorri.

     - Sei... Tem namorado?

     - Não. Estou livre, leve e solta. – Brinquei.

     Chegamos até uma espécie de deque perto do estacionamento. Encostei no corrimão. Ele ficou de frente para mim, com um sorrisinho divertido nos lábios.

     - Livre, leve e solta? – Repetiu ele, rindo.

     - É. Acabei de sair de um relacionamento, mas estou tentando esquecer e...

     Ele passou o braço por minha cintura e me puxou para muito perto dele. Havia um sorriso malicioso estampando seu rosto.

     - Steve, olhe... Desculpe, mas... Não.

     Tirei seus braços de mim e olhei em seu rosto, para ver se ele havia entendido.

     - Você disse que queria esquecer...

     - É, mas naturalmente. Por favor, tenha amor próprio. Não vou te usar.

     Ele baixou a cabeça, constrangido. Sorri. Ele havia entendido.

     Meu pai e um homem se aproximaram de repente.

     - Olá, vocês juntos, que maravilha! – Meu pai falou. Fitei-o por um segundo, desconfiada.

     - E aí, filhão, está se dando bem com a filha do meu sócio? – O outro cara riu e foi acompanhado de meu pai. Steve apenas encarou o nada. Me senti um lixo naquela hora. – Bom, já trocaram telefones? Twitter, Facebook? E sei lá mais o quê vocês trocam hoje em dia... Enfim, temos que ir.

     Ele se despediu do meu pai e depois me deu um beijinho na bochecha e bagunçou meu cabelo. Senti-me uma criança de 10 anos. Os dois se afastaram. Encarei meu pai.

     - Não acredito nisso. – Falei e comecei a andar.

     - Gostou dele? – Meu pai me acompanhou, sorrindo.

     - Não acredito que fez isso, pai!

     - O quê? Vem, vamos embora, sua mãe já está no carro.

     - Você é incrível! – Continuei falando, enquanto entrava no carro.

     - O que houve? – Minha mãe já estava no banco da frente e me olhou engraçado.

     - O papai incentivou o filhinho do sócio dele a flertar comigo! – Quase gritei. Meu pai gargalhou.

     - Você não fez isso, Anderson. Diz para mim que não fez! – Minha mãe repreendeu.

     - O que foi? Qual o problema? Foi só um flerte! – Ele se defendeu.

     - E se eu flertasse com outro homem? Você iria gostar? Miranda tem namorado! Que tipo de moral é essa que está passando para nossa filha?

     - Eu...

     - Peça desculpas! E prometa que não irá se repetir.

     - Tudo bem, eu prometo. Desculpa filhota.

     - Não entendo por que você implica tanto com o Justin, pai. – Falei.

    Eu nem namorava mais o menino, por que aquilo seria relevante?

    - Não implico. Só não acho que ele seja o cara certo para você, minha filha.

   Revirei os olhos. Encostei a cabeça na janela do carro e abri um sorriso débil. Essa noite fora... Justin. Ouvi seu nome em minha cabeça.

    Chegamos a casa. Havia uma mensagem de voz para mim.

    “Oi! Amanhã estou voltando! Sentiu saudades de mim? Sei que o Jus sentiu! Beijos, Victoria.”. O recado foi terminado com uma risadinha debochada dela.

    Meu sangue ferveu. Por um momento esqueci a noite que tive. Mas logo me recompus.

    Subi para meu quarto, troquei de roupa e me joguei na cama.

- Justin

     Meu despertador praticamente se esgoelava tentando me acordar. Abri os olhos com muita relutância. Olhei para o relógio e quase engasguei. Já era tarde e eu estava quase atrasado. Levantei e me arrumei correndo.

     - Bistrô Garden. – Minha mãe falou quando passei apressado por ela.

     - Eu sei, tchau. – Gritei, fechando a porta.

     Dirigi até o centro e estacionei o carro.  Peguei os óculos no porta-luvas e me “disfarcei”. Saí do carro e encontrei Victoria numa mesa, no canto.

     - Oi! – Ela levantou, com os braços bem abertos. Não pude deixar de sorrir e a abracei. – Você veio, nem acredito!

     - Combinamos de almoçar, aqui estou.

     - Ah, não sabe quanta coisa tenho para contar! Conheci tanta gente importante! – Ela começou a falar.

     Victoria falou demais enquanto comíamos. Eu só precisava responder com hm e ah nas horas certas que a conversa fluía muito bem.

     Eu estava bem até aquele cara sentar-se à mesa ao lado com uns amigos. Eles faziam muito barulho e falavam alto demais. Steve.

     - Nossa cara, aquela garota é uma gata! Estou falando, perfeita. Tinha um cara com ela, mas a garota nem quis ficar com ele. – Steve começou a falar e chamou minha atenção. Continuei ouvindo. – A levei pro meu carro e... – Ele fez uma careta safada. – Que fogo, uau. Aquele vestidinho que ela estava usando foi muito, muito prático. – Ele falou e riu com os outros amigos.

     - Qual o nome dela? – Um deles perguntou.

     - Miranda.

     É claro que ele estava falando dela, mas foi bom ter certeza. Tentei me controlar. Por que eu a deixei ir com ele? Não acreditava que ela havia feito aquilo! Não queria acreditar, mas acreditei.

     - Jus? Jus! O que foi? – Victoria chamou minha atenção. – Parece que viu um fantasma...

     - Não é nada... – Olhei em volta, incomodado. – Podemos sair daqui?

     - Hm, claro. Já terminei mesmo. Vai me levar a algum lugar especial?

     Tive uma ideia que me pareceu muito conveniente na hora.

     - Claro. Vem comigo. – Abri um sorriso.

~x~

     Estacionei. Deixei a chave na ignição e descemos do carro.

     - Lugar legal. – Comentou Victoria.

     Sentei e a puxei junto. Ela tinha um sorriso estranho no rosto. Minha cabeça estava a mil. Eu não queria pensar em nada naquela hora, mas não conseguia.

     - Quando disse que não poderíamos mais ser amigos, era isso que queria dizer? – Perguntou ela.

     - Hã?

     Ela riu e me deu um beijo. Quando separou nossos lábios, me olhou fundo nos olhos.

     - Podemos ser algo mais? – Ela sussurrava.

     - Eu...

     Fui calado com outro beijo. Ela se inclinou, fazendo com que eu me deitasse e depois deitou por cima de mim. Tirou minha jaqueta e depois seu suéter. Começou a desabotoar os quatro botões da minha camisa.

     - Ei, o que... – Comecei a dizer.

      - Shhh. – Sussurrou ela e voltou a me beijar.

      Tirou minha blusa. Logo em seguida começou a desabotoar sua blusa, deixou uma manga caída pelo ombro, mostrando parte do sutiã branco e me fez acariciar toda a sua barriga. Sabia que não queria aquilo, mas também queria de certa forma me “vingar”. Se Miranda havia superado tudo, eu iria superar também...


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Notas finais do capítulo

Justin e Victoria safadinhos HEHE :D Então, queria a opinião de vocês em uma coisa, o que vocês acham melhor? Apressar um pouco e terminar a fic logo ou estender um pouco mais e talvez criar uma segunda parte, uma segunda temporada (chamem como quiserem)? Bom, depende de vocês. Sabe como é, a gente se empolga, ideias novas surgem... Respondam, é importante :D Xoxo'