O Rei das Trevas escrita por Cdz 10


Capítulo 4
Capítulo 004: Mais rápido! Os Logrus se aproximam!




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Capítulo 004: Mais rápido! Os Logrus se aproximam!

       Luyul continua correndo pela pequena cidade de Lunn com cada vez mais velocidade, se desviando de todo o matagal e sendo seguido por sua esposa Marrncifer, que continua a segurar fortemente o seu filho Diell, cuja expressão continua tomada pelo medo e algumas lágrimas escorrem pelo canto de seus olhos.  

            Luyul: Vamos, vocês dois, vamos! Não temos tempo, precisamos ir o mais rápido que conseguirmos!

            Marrncifer: Eu sei, querido, eu sei!

            Os olhos de Marrncifer se desviam brevemente para seu filho e, depois, se volta para frente, aumentando a sua velocidade de corrida.

            Enquanto isso, o grande grupo dos seres da raça Logrus permanece parado diante da casa de Diell e de seus pais.

            Um dos Logrus: É uma das moradas dos Bours, certo?

            Outro Logru: Sim, com certeza. Eles fugiram para cá e estou quase certo de que é nesta região de Lunn que vivem alguns Bours... mas... eu só não sei se há alguém aí dentro.

            Um dos Logrus: De uma forma ou de outra, a área que está sob a nossa responsabilidade de busca termina aqui. Os demais grupos irão investigar as outras regiões, incluindo todas as fronteiras da cidade. Agora, quanto a esta moradia...

            Este Logru se põe um pouco à frente dos outros membros do grupo, ficando bem defronte à porta de entrada. Ele, então, abre um leve sorriso malicioso em seu rosto, virando-se de lado para seus companheiros.

            Um dos Logrus: Vamos invadi-la! Mesmo que não haja ninguém dentro, iremos saquear tudo o que pudermos!

            Os outros Logrus começam a rir bem baixo. Aquele que estava à frente se aproxima ainda mais da porta e, num rápido movimento, desfere um forte chute, arrombando-a completamente, fazendo-a voar para dentro da casa, em meio a um grande ruído que se assemelha a algo metálico se quebrando.

            Um dos Logrus: Hahaha!! A proteção deles chega a ser ridícula! Vamos entrar!!!

            Todos eles passam pela entrada quase que ao mesmo tempo, penetrando no pequeno aposento de formato quadrado e num ambiente escuro, que ainda era iluminado pela pequena lâmpada esverdeada presa ao teto,e, no chão, ainda se encontrava o macio objeto branco no qual Diell estava descansando há poucos instantes atrás. Alguns dos Logrus começam a demonstrar uma expressão de nojo.

            Um dos Logrus: Mas que porcaria! Esses Bours... definitivamente são seres que não merecem nenhuma consideração, são um bando de estrumes miseráveis! Tenho quase certeza de que não conseguiremos nada que preste daqui, mas de qualquer forma, vamos vasculhar tudo, pessoal!

            Os outros Logrus concordam imediatamente e, em questão de segundos, todos eles começam a destruir todo o cômodo, incluindo o objeto branco, através de golpes que incluíam chutes, socos, cabeçadas, dentadas e até estacadas (com o uso das estacas fincadas nos seus cotovelos). Depois de quase dois minutos, todo o aposento fica completamente depredado, transformado em um local que poderia se dizer atingido por um furacão. Um dos Logrus avança andando lentamente pelo aposento, até que vê uma porta um pouco parecida com a da entrada, localizada a um canto na parede da direita. Ele se vira para os amigos e aponta para a porta, novamente, abrindo um leve sorriso malicioso no rosto.

            Guiado por ele, o grupo segue rapidamente e arromba esta porta também. Um novo aposento se apresenta diante deles, era um local totalmente escuro, sem nenhum tipo de iluminação, e lotado de um grande número de papeis e objetos que pareciam ser metálicos, porém, com aparência bastante enferrujada. Os invasores examinam todo o local em uma vista geral durante alguns poucos segundos e, então, suas expressões começam a demonstrar um sentimento que mistura raiva e desprezo.

            Um dos Logrus: Droga, droga, droga! Nem pra isso esses bastardos dos Bours servem! Não tem nada, nada! Só quinquilharia!!

            Tomados por um tipo de ódio, todos eles voltam a repetir as ações que fizeram no aposento anterior: em poucos segundos, todo este local estava uma verdadeira bagunça e os objetos, que já pareciam em péssimo estado, ficaram completamente destruídos.

            Logo depois de depredarem o lugar, os Logrus saem da casa, ficando parados diante da entrada, olhando sem rumo para as árvores e arbustos, na direção oposta à da moradia.

            Um dos Logrus: Não achamos nada... definitivamente... eles conseguiram escapar.

            Outro Logru: E o que nós devemos fazer agora?

            Um dos Logrus: É como eu disse antes! A área designada para a nossa busca acaba neste ponto! Eles escaparam de nós em especial, mas...

            Um outro sorriso se abre em seu rosto.

            Um dos Logrus: Foi o que eu falei... há outros grupos encarregados de vasculhar as demais regiões ao redor, tanto as moradias quanto as fronteiras! É certo que eles não irão conseguir sobreviver!!

            Luyul, Marrncifer e Diell continuam correndo em grande velocidade, até que seus ouvidos começam a ser invadidos por um tipo de ruído, que por sua vez, faz o rosto de Marrncifer ganhar um leve sorriso.

            Marrncifer: Está ouvindo, meu amor? Você está ouvindo isto?

            Luyul (também com um leve sorriso): Estou, estou sim! É água! Estamos quase chegando ao Porto dos Pescadores!

            Diell ergue um pouco a cabeça na direção de sua mãe, que imediatamente retribui o olhar e tenta acalmar o pequeno Bour.

            Marrncifer: Está vendo isso, não é, Diell? Vai ficar tudo bem, meu queridinho, todos nós vamos ficar bem, não precisa mais ficar com medo!!

            Eles continuam correndo pelo matagal por mais alguns poucos minutos até que começam a ver um grande horizonte, formado pelo céu ligeiramente esverdeado da cidade de Lunn e, à frente deste céu, uma grande quantidade de água, algo bastante semelhante a um grande oceano.

            Luyul: É lá!! Finalmente, finalmente conseguimos chegar!!

            Correndo mais um pouco, vêem uma longa ponte, que parece ser formada por tábuas de madeira (mas é de um material diferente) e, ao fim desta ponte, há um local de formato retangular, feito do mesmo material da ponte, e, nele, há três seres, que, do início da ponte, Diell não conseguia identificar.

            Diell (ainda com os olhos lacrimejando): Papai! Quem são aqueles?

            Luyul: Não se preocupem! Não são os Logrus! Provavelmente, devem ser o Juhs, Amn e Krink! Se forem... ficarei feliz pelo Krink, se já consegue ficar de pé é porque conseguiu se recuperar consideravelmente! Vamos indo, gente!

            Marrncifer: Certo!

            Eles chegam bem no início da ponte e a percorrem em grande velocidade, no mesmo momento em que, no ponto final dela, um dos três seres Bours dirige o seu olhar para os outros três que chegavam ao longe. Este Bour era quase da mesma altura de Luyul, com mais chifres pretos na cabeça, com cabelos longos e loiros além de ser mais musculoso também.

            Bour loiro: Amn! Krink! Olhem lá! Parece que o Luyul conseguiu chegar a tempo!

            Os outros dois Bours se viram para a direção da ponte imediatamente, um deles, o Krink, com cabelos vermelhos espetados e com diversos curativos por todo o corpo, que era mais baixo e corpulento do que os demais. O outro, Amn, tinha cabelos pretos que iam até os ombros, altura média e com uma quantidade absurda de chifres, além de uma pele bem mais morena do que a de todos os outros.

            Ambos os rostos de Krink e de Amn ganham um grande sorriso, acompanhados de lágrimas que começam a escorrer pelos seus olhos.

            Juhs (o Bour loiro): Venham, venham logo! Precisamos ir!

            Luyul continua a correr pela ponte, bem rápido, sendo seguido logo atrás pelos seus familiares e assim continuam por mais alguns segundos até que finalmente chegam no ponto final do longo caminho da ponte. Por breves momentos, Luyul fica encarando os olhos lacrimejados dos seus três amigos, mediante a um profundo silêncio que imediatamente tomou conta daquele local.

            Luyul: Pessoal... eu... eu...

            Dos seus olhos também começam a sair lágrimas bem lentamente.

            Luyul: Ainda bem que vocês conseguiram chegar aqui... ainda bem que... não foram pegos! E você...

            Seus olhos se voltam para Krink.

            Krink: Também estávamos morrendo de preocupação com você, Luyul! Estamos felizes em vermos que você conseguiu chegar bem e o que é melhor: ao lado da sua família!

            Luyul: Obrigado, Krink! Também estou muito feliz por você já ter se recuperado a ponto de estar de pé já...

            O ponto final da ponte, o Porto dos Pescadores, naquele momento, se transforma em um lugar de compaixão entre os quatro amigos Bours. 


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