O Rei das Trevas escrita por Cdz 10


Capítulo 22
Capítulo 022: O desafio de Krink




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Capítulo 022: O desafio de Krink.

       Devido ao impacto do ataque, o Port Trypu, ainda com o nariz sangrando bastante, começa a cair em grande velocidade na direção do terreno recoberto de Furors. A esta altura, o Pilar do Oeste da Cidade de Roul é imenso, um tamanho muito maior do que aparentava ter a poucos momentos atrás. No mesmo segundo em que Krink desfere o golpe no meio do rosto de Trypu, ainda sendo guiado pelo impulso que havia dado com suas pernas, ele avança no ar em grande velocidade na direção do Port Perughy, que estava carregando Diell sobre as suas costas. Perughy agora está com uma expressão de surpresa ao ver o seu companheiro caindo, deixando um grande rastro de sangue por todo o ar ali presente. Ao lado dele, o Port Rert também está bastante perplexo. Diell, por sua vez, está com uma expressão de maior surpresa ainda do que eles dois, seu rosto está virado para Krink.

            Diell: Droga, Krink!! O que foi que você fez?!

            Quase no mesmo instante em que o pequeno Bour termina a sua pergunta, Krink já está praticamente ao lado de Perughy e desfere uma forte joelhada no meio de seu peito, o que faz o Port cuspir uma grande quantidade de sangue e, por causa do golpe, Diell é levado a quase cinco metros para o ar. No instante seguinte, Perughy começa também a cair em grande velocidade na direção dos Furors logo abaixo, no mesmo momento em que o Port restante, o Rert, pára de voar e começa a avançar na direção de Krink, que agora está caindo também em direção ao chão, pois o efeito do impulso que havia dado para sair das costas de Trypu, já está praticamente acabando.

            Rert: Maldito cretino!!!

            Rert se aproxima de Krink, enquanto Diell começa também a cair na direção do chão, só que a uma altura um pouco mais elevada do que a de Krink e de Rert.

            Krink: Eu não tenho mais alternativas!!

            Krink dá um rápido giro no ar e atinge um chute rodado com o seu calcanhar direito bem em cheio na bochecha direita de Rert, que solta um alto gemido de dor, cospe bastante sangue que se esvai pelo ar e é arremessado a quase dez metros para frente antes de começar a cair também em grande velocidade na direção dos Furors. Logo após os pouquíssimos segundos que se passaram nos momentos em que os Ports foram atacados, Krink se vira para Diell, quase cinco metros acima. Os dois estão caindo.

            Krink: Não precisa se preocupar, Diell! Eu vou acabar caindo primeiro, irei pegar você, não fique com medo!

            Diell, que ainda está bastante surpreso com a cena que acabara de presenciar, apenas balança a cabeça em sentido positivo, sem dizer absolutamente nada. Os três Ports acabaram caindo em locais praticamente próximos, provocando um alto farfalhar nas folhas dos Furors ao esbarrarem nelas. Krink, agora também está passando por eles, provocando mais um farfalhar no local. Depois de quase dois segundos, ele dá um hábil mortal no ar, como se estivesse recompondo a sua postura e, então, cai de pé no solo. O chão, por sua vez, é formado por algo parecido com gramíneas, porém, essas gramíneas são muito semelhantes às folhas dos Furors ao redor, o chão também é extremamente colorido, o que dá àquele local uma aparência bastante bonita. Não demorou nem um segundo para que Diell aparecesse entre os Furors logo acima de Krink, que, ao ver o pequeno Bour, rapidamente estica os seus dois braços para frente, segurando o jovem com bastante força.

            Krink: Você está bem, Diell?

            Diell: Sim, sim, eu estou bem sim, Krink! Mas por que é que você...

            Krink: Espere!

            Krink rapidamente coloca Diell de volta ao chão.

            Krink: Diell! Por favor, não me faça nenhuma pergunta! Isso era necessário! Esses Ports não podem ficar vivos de jeito nenhum!

            Diell: Krink! Eu sei que nós estamos foragidos dos Logrus e que quanto menos seres souberem que estamos aqui melhor para gente, mas...

            Krink: Exatamente! Você já disse tudo, Diell! Nós não poderemos nos hospedar aqui em Roul a menos que nos apresentemos ao governo da cidade, neste caso, ao Conselho de Ghannds que reside no Pilar do Oeste! Mas os conselheiros dos pilares de Roul estão no topo da lista daqueles que serão procurados pelos Logrus no momento em que eles chegarem aqui, mais cedo ou mais tarde! Mesmo que nós inventemos nomes e até mintamos sobre qual raça nós pertencemos, eles saberão as nossas aparências, saberão como nós somos e isso vai acabar fazendo a busca dos Logrus ficar muito mais fácil e mais rápida também! Você está entendendo o que estou tentando dizer, Diell? Nós não podemos arriscar de jeito nenhum!

            Diell: Tudo bem, Krink, certo, eu compreendo o que você está pensando, mas atacar os Ports...

            Krink: E o que aconteceria se eu não tivesse feito isso?! Nós só teríamos mais duas opções. Arranjaríamos algum jeito de fugirmos deles, despistando-os apenas, mas isso faria com que nós fôssemos tratados como refugiados e estaríamos foragidos não só dos Logrus mas dos habitantes daqui de Roul também, pois certamente esses Ports iriam nos denunciar aos conselheiros, e aumentar a nossa lista de caçadores creio que não é a melhor opção nas nossas condições atuais!! Uma outra opção seria nos apresentar ao governo e cumprir a burocracia da qual os Ports estavam nos contando, mas mesmo que o processo seja rápido e tudo mais, isso não faz diferença, nós não podemos arriscar deixar o pessoal dos pilares saberem como nós somos e muito menos quem nós somos realmente!

            Diell: Mas isso não faz sentido! Você acabou de atacá-los, não acha que eles irão imediatamente nos denunciar?

            Krink: Com certeza! Mas quem disse que eu acabei de cuidar deles, Diell?

            O jovem Bour fica com uma expressão pensativa por alguns momentos, como se não tivesse entendido o que o seu companheiro havia acabado de falar, mas, logo em seguida, a sua expressão fica tomada de surpresa.

            Diell: Espera... Krink, então você está pensando em...

            Krink balança a cabeça em sentido positivo.

            Krink: Enquanto eu estava caindo, eu visualizei com bastante atenção o local da queda dos três Ports que estavam conosco! Os golpes que eu desferi foram bem fortes, e pelo que pode ver pela movimentação deles, não são muito bons de luta, o que significa que eles ainda devem estar se recompondo dos ataques que receberam! Agora eu irei até lá... para acabar com a vida deles!!!

            Diell arregala os seus olhos na mesma hora.

            Krink: É uma pena, Diell... eu juro que não gostaria de ter que fazer isso, mas é necessário, se os deixarmos vivos, seremos denunciados... esse terreno de Furors é mais do que perfeito para acabar com eles! Ninguém saberá que eles foram assassinados e... quando encontrarem os cadáveres deles, caso encontrem... não farão a mínima idéia de quem os assassinou!

            Diell: Então... isso está acontecendo de novo!

            Krink fica com sua expressão de dúvida.

            Krink: Isso está acontecendo de novo? O que você quer dizer com isso?

            Diell abaixa um pouco a sua cabeça, seus olhos ficam encarando o colorido chão por alguns poucos segundos até que um flashback começa a passar no interior de sua mente. A cena de sua mãe ao seu lado, dentro de sua casa, ambos deitados em um objeto branco com formato de arco, semelhante a uma cama, começa a se desenrolar no interior de sua cabeça como se estivesse acontecendo naquele momento.

            “Diell: Tanto você quanto o papai estão em constantes tarefas em nome dessa organização CIV e essas tarefas não são nada boas e nem puras! Muitas delas envolvem roubos e outras, até mesmo assassinatos! Não faz nenhum sentido vocês acreditarem em um “Deus bom” enquanto só fazem coisas ruins!

            Mãe: Eu entendo o que você quer dizer, filho, mas é uma necessidade! A nossa raça Bour, desde muitos anos, vem vivendo em uma condição bastante subalterna, assim como outras raças também! Essa organização CIV... ela foi criada justamente para dar uma esperança de vida para nós, uma esperança de podermos viver de maneira digna. Mesmo que... mesmo que essa esperança signifique... a desgraça alheia. Não fazemos todas essas coisas por prazer, mas é por necessidade!”

            A mente de Diell volta ao tempo real e então ele ergue a sua cabeça uns poucos metros, encarando os olhos de Krink.

            Diell: Foi a mesma coisa que a minha mãe disse! Não fazemos todas essas coisas por prazer, mas por necessidade... é o mesmo que está acontecendo agora... é a mesma justificativa para o seu plano de matar aqueles Ports inocentes, Krink... eu sei que é por necessidade, mas isso não deixa de estar errado!

            Krink anda rapidamente na direção de Diell e coloca as suas mãos sobre os seus dois ombros, deixando a sua face bem próxima a do jovem.

            Krink: Diell... nós precisamos sobreviver... da mesma forma que não é certo que esses Ports morram nas minhas mãos... também não é certo que nós sejamos mortos pelas mãos dos Logrus, porque é exatamente isso o que vai acontecer caso eu não coloque um ponto final na vida desses três Ports! Além disso... se sua mãe lhe falou sobre essas coisas, certamente ela deve ter mencionado a nossa crença no Deus Raikus, certo?

            Neste momento os olhos de Diell começam a lacrimejar um pouco. Ele apenas acena positivamente com a cabeça.

            Krink: Pois muito bem, Diell, é nele que acreditamos! Temos fé que um dia o mundo... as quatro dimensões, incluindo as raças que vivem nelas, ficarão em paz! E, nesse dia... essas coisas erradas que temos de fazer para sobrevivermos não acontecerão mais!

            Diell fica com a sua cabeça relativamente abaixada, com os olhos ainda lacrimejando. Krink dá uma rápida sacolejada nos ombros do jovem, que volta a olhar nos olhos de seu companheiro.

            Krink: Eu preciso ir agora, Diell, caso contrário, os Ports vão acabar escapando...

            Diell: Eu não posso... fazer nada, não é? Vá... faça o que é necessário, então, Krink...

            Krink: Sim... eu já estou indo!

            Krink rapidamente solta os ombros do jovem e se vira de costas para ele. No instante seguinte, ele começa a correr em grande velocidade para frente, cruzando os grandes Furors do local. Diell se vira e anda lentamente até a base de um Furor, sentando fortemente sobre as suas raízes e, logo depois, começa a olhar para o céu esverdeado.

            Diell (pensando): Papai... mamãe... por favor... Deus Raikus... eu sinceramente não sei se você existe ou não... só sei que muitos seres, não apenas os meus pais, mas vários outros, de diversas raças acreditam na sua existência, então... se essa existência for verdadeira, por favor.... eu lhe imploro para que o senhor faça com que os meus pais fiquem bem... faça com que eles possam estar vivos agora... eu sei muito bem que o que eles fazem não é certo, está longe disso, mas eu tenho certeza absoluta de que suas intenções são as melhores possíveis. Perdoe-os pelos pecados deles, e faça com que eles possam viver ainda por bastante tempo ao meu lado! Por favor!

            Diell então abaixa a sua cabeça e fecha os olhos, deles começam a sair lágrimas de uma maneira incontrolável.

            Krink continua avançando para frente, ainda desviando-se dos Furors ao redor, porém agora, ele avança caminhando bem lentamente.

            Krink (pensando): Eu tenho quase certeza de que eles caíram por aqui em algum lugar...

            Ele vai andando, olhando atentamente para todos os lados até que o seu ouvido é invadido por um estranho e baixo ruído, o que faz a sua atenção ser despertada para a direção de alguns centímetros à frente. Era algo parecido com alguma coisa batendo sobre as gramíneas coloridas. Krink fica parado diante do grande Furor à sua frente.

            Krink: Muito bem... vamos lá...

            Ele anda, desviando-se desse Furor, indo para trás dele, vendo três seres amarelados com listras pretas, erguendo-se do chão recoberto das gramíneas. Os Ports já estavam praticamente de pé, quase um do lado do outro, o sangue escorria pelos seus rostos para o pescoço e o peitoral também. Krink fica bem na frente dos três.

            Krink: Olá pra vocês! Antes de tudo eu gostaria de me desculpar pelo que eu fiz... e também pelo que vou ter que fazer para vocês! Mas é algo que eu não tenho opção, é impossível de evitar!

            Os três Ports, que até então estavam com seus rostos mais voltados para o chão vendo os diversos pingos de sangue caindo, se viram para o Bour à frente deles, mirando-o nos olhos. Trypu se coloca a quase uns dois passos à frente dos seus dois companheiros, o seu rosto ainda está com bastante sangue.

            Trypu: Você é um cretino! Escute bem, eu não faço idéia de quem você é, ou do motivo pelo qual você nos atacou desta maneira! Mas eu tenho certeza de que, seja lá o que tiver vindo fazer aqui na cidade de Roul, não é coisa boa! O que é? Roubo? Você e aquele outro jovem não passam de larápios, por acaso, é isso? Ou então estão procurando por alguém em especial que seja inimigo dos conselheiros da cidade? São amigos desses opositores?

            Krink: Não, não é nada disso, Trypu. Eu sinto muito, mas eu realmente não posso contar a vocês o motivo de eu estar fazendo isso... a única coisa que posso dizer é que vocês três vão ter que morrer de qualquer maneira, para a minha segurança e a daquele jovem também.

            Rert, neste instante, avança alguns passos também, ficando ao lado de Trypu.

            Rert: Hum! Que atitude mais audaciosa da sua parte! Seu maldito, primeiro nos ataca depois de termos o ajudado e agora nos ameaça de morte!

            Perughy também fica ao lado de seus dois outros companheiros quando Trypu recomeça a falar.

            Trypu: Você não vai conseguir o que quer de jeito nenhum! Você com certeza será punido...

            Trypu rapidamente se vira para o lado esquerdo.

            Trypu: Rert... por favor, vá até o Pilar dos Ghaands e informe o que aconteceu... faça com que eles mandem reforços para cá o mais rápido possível!

            Krink arregala os seus olhos por um breve segundo, mas rapidamente a sua expressão volta ao normal.

            Krink: Reforços...?!

            Trypu se volta novamente para o Bour.

            Trypu: Exatamente! Apesar de você querer nos matar, nós não somos tão podres como você! Não queremos nos tornar assassinos... você será capturado e punido de acordo com as leis que são vigentes aqui na cidade de Roul... vá, Rert, vá imediatamente! Nós temos que pegar esse... Krink, foi o nome pelo qual aquele jovem te chamou... hum, até mesmo o nome você inventou... que bastardo!

            Rert rapidamente acena com a cabeça.

            Rert: Eu já estou indo, Trypu, certifique-se de segurar esse canalha aqui! Tome cuidado você também, Perughy!

            Perughy: Pode deixar, Rert! Agora, se apresse!

            Rert: Certo!

            Rert rapidamente se vira e começa a correr em grande velocidade para frente, indo na direção do local mais movimentado da região oeste, indo para as proximidades da entrada do Pilar do Oeste. Os olhos de Krink acompanham os movimentos de Rert, até que eles adquirem um brilho bastante diferenciado.

            Krink (pensando): Isso é péssimo! Não posso deixar o Rert chegar ao pilar de jeito nenhum, senão de nada terá adiantado eu tê-los atacado! Que merda!

            Num rápido movimento, Krink dá um grande salto para frente, passando a quase dois metros por cima de Perughy e Trypu, que acompanham o Bour com os seus olhos. Krink começa a descer em grande velocidade, numa posição de voadora, com sua perna direita esticada, indo na direção de Rert, que continuava a correr para frente.

            Trypu (gritando): RERT! CUIDADO, ELE ESTÁ INDO ATRÁS DE VOCÊ!!!

            Rert pára de correr na mesma hora e se vira para trás, mas já era tarde demais: ao se virar, Krink já está a poucos centímetros do Port e então, no segundo seguinte, o pé direito do Bour atinge em cheio o centro do peitoral de Rert, que cospe bastante sangue e solta um alto gemido de dor. Ele é arremessado a quase cinco metros para frente e cai fortemente de costas no chão, provocando um fortíssimo baque naquele local. Ao verem esta cena, Trypu e Perughy arregalam os olhos.

            Trypu e Perughy: Droga!

            Os dois Ports começam a correr em grande velocidade na direção de Krink que, por sua vez, percebendo uma movimentação às suas costas, rapidamente se vira e vê Trypu ao lado de Perughy, ambos correndo em sua direção, preparados para atacar.

            Krink: Hum! Isso não vai adiantar, vocês não vão conseguir me vencer no nível em que estão, será completamente inútil!!!

            Diell continua sentado na base de um grande e lindo Furor, ainda de cabeça baixa e chorando. De repente, ele arregala os olhos como se tivesse acabado de pensar em alguma coisa.

            Diell (pensando): Espera... tem alguma coisa que não está batendo... o Krink quer que nós tenhamos uma estadia mais ou menos tranqüila aqui na Cidade de Roul, ele não quer que sejamos tratados como foragidos e sim como turistas ou algo parecido... a única forma de fazer isso seria nos apresentando a um conselho para depois procurarmos um lugar para ficarmos... mas se ele está pensando em matar os Ports para que não precisemos nos apresentar ao governo...como é que nós poderemos ficar bem aqui na cidade? Droga, eu ainda não sei exatamente no que ele está pensando em fazer de fato! Que droga... eu só espero que ele possa ficar bem também...

O jovem Bour agora se levanta, secando as lágrimas que escorriam pelos seus olhos e olhando fixamente para frente, mas não consegue identificar nada, nenhuma movimentação e nenhum ruído.   

Diell (pensando): A essa altura... o Krink já deve estar confrontando os três Ports... é melhor eu não me aproximar muito, será mais sábio ficar aqui e esperar pelo retorno do Krink para perguntar o que é que ele está planejando para nós realmente...

Enquanto isso, Krink assume uma postura de combate, com os braços um pouco mais à frente do seu corpo, logo acima da altura de seu peitoral e as suas pernas ligeiramente flexionadas, enquanto os dois Ports Trypu e Perughy permanecem correndo rapidamente na sua direção, ao mesmo tempo em que, a uns cinco metros atrás, Rert ainda geme de dor, com o seu peito bastante ferido e com bastante sangue escorrendo pelo canto de sua boca.

Krink (pensando): Eu preciso ser cauteloso, mesmo eles não sendo tão bons em lutas, eles estão em três... e além disso... o meu corpo ainda não se recuperou cem por cento dos ferimentos devido à invasão que fizemos na morada dos Logrus... não posso me descuidar, não poderei me dar ao luxo de perder para esses Ports!

                

           


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