O Rei das Trevas escrita por Cdz 10


Capítulo 2
Capítulo 002: Um perigo iminente.




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Capítulo 002: Um perigo iminente.

       Ao redor do centro da pequena cidade de Lunn, entre um grande número de moradias, há uma em especial, que tem um formato semelhante a uma pequena pirâmide, construída à base de um material que se parece com blocos de pedra preta, porém, ela é feito de algo diferente. Esta casa é rodeada por várias árvores e por uma quantidade relativamente alta de mato.

            No seu interior, há um pequeno cômodo, semelhante a uma sala, porém, não há nenhuma cadeira, nem sofá, nada disso. Este local é quadrado, um pouco escuro, sendo iluminado apenas por uma pequena lâmpada esverdeada que estava presa no teto. Abaixo, no chão (feito do mesmo material escuro das paredes), há um objeto branco, bem largo, com um formato parecido com o de um grande arco, algo que se parece com um tipo de cama. Sobre este objeto, está deitado um ser da raça Bour, bem jovem, pequeno, com dois chifres pretos sobre sua cabeça, e com a pele morena bem clara. Ao lado dele, está um outro ser da raça, um ser feminino, com cabelos relativamente longos, de cor azulada, com apenas um pequeno chifre preto no centro de sua cabeça, quase à altura de sua testa. Ela passa a sua mão direita de maneira bem suave sobre o corpo do jovem, de uma forma bastante carinhosa. O pequeno, que estava de olhos quase fechados, vai abrindo-os bem lentamente.

            Jovem Bour: Mãe...

            A Bour pára de acariciar o jovem por um breve momento, tomando um susto de leve.

            Mãe: Querido... você ainda está acordado? Eu tinha certeza de que você já estava dormindo...

            Ela volta a acariciar o seu filho, que, por sua vez, recomeça a falar.

            Jovem Bour: Eu estava quase adormecendo... mas, mãe, onde é que está o papai?

            A sua mãe começa a fazer uma expressão de leve tristeza.

            Jovem Bour: Ele ainda não voltou, não foi?

            Ela balança a cabeça bem lentamente, em sentido negativo.

            Jovem Bour: Ele saiu para fazer aquilo de novo, não é, mãe?

            A Bour feminina volta a encarar o seu filho bem nos olhos.

            Mãe: Sim, Diell. Ele foi sim.

            Diell: Eu gostaria tanto... que vocês dois parassem de fazer esse tipo de coisa. Para onde exatamente que ele foi agora?

            Mãe: Ele foi em uma missão para roubar uma pedra preciosa pertencente à raça dos Logrus.

            Diell: E por que é que você não foi junto dele dessa vez?

            Mãe: Bem... eu vou te explicar, Diell. Os líderes do CIV estavam pensando em uma boa estratégia para conseguirem roubar essa pedra já faz um tempo. Ela está em posse dos Logrus, que habitam o extremo norte da nossa cidade de Lunn.

            Diell: E esses Logrus são perigosos?

            Mãe: Sim, infelizmente. Eles têm habilidades de combate realmente incríveis, além do fato de suas armas, armaduras e escudos serem bem potentes e resistentes também. Muito raramente os Logrus perdem um conflito com alguém. Mediante a esse desafio, os líderes do CIV começaram a elaborar essa estratégia e, como conclusão, o seu pai e mais dezenove membros da organização foram selecionados para fazerem parte do time. Isso porque eles são os mais capacitados, por isso eu fiquei de fora, todos os membros femininos do CIV foram deixados de lado dessa vez.  

            Diell: Entendi, só os melhores foram selecionados para enfrentarem os Logrus...

            Mãe: É.

            Ela continua acariciando o seu filho, porém, ele fica com uma expressão de tristeza no rosto, com os olhos lacrimejando levemente. Então, a sua mãe recomeça a falar com ele.

            Mãe: Não fique triste, Diell. Eu tenho certeza de que o seu pai vai voltar, ele é bem habilidoso, não vai acontecer nada de ruim com ele. Não adianta nada se preocupar, entende? Tudo o que eu e você podemos fazer é rezar, meu filho... rezar e implorar para que Raikus abençoe e proteja o seu pai nesta missão.

            Diell: Rezar para Raikus... eu não entendo, mãe. Você e o papai realmente acreditam na existência desse  tal Deus Raikus?

            Mãe: É claro que sim, Diell, eu já te falei sobre isso inúmeras vezes! O Deus Raikus foi o ser supremo que deu origem ao nosso mundo, à nossa Dimensão Luk. Se podemos nos apegar a alguém em momentos de desespero é nele, Diell, é em Raikus que devemos depositar as nossas esperanças.

            Diell: Mas eu não consigo compreender essa crença! Segundo vocês, esse Deus Raikus é um ser muito bom, não é verdade? De coração puro. Entretanto, tanto você quanto o papai estão em constantes tarefas em nome dessa organização CIV e essas tarefas não são nada boas e nem puras! Muitas delas envolvem roubos e outras, até mesmo assassinatos! Não faz nenhum sentido vocês acreditarem em um “Deus bom” enquanto só fazem coisas ruins!

            Mãe: Eu entendo o que você quer dizer, filho, mas é uma necessidade! A nossa raça Bour, desde muitos anos, vem vivendo em uma condição bastante subalterna, assim como outras raças também! Essa organização CIV... ela foi criada justamente para dar uma esperança de vida para nós, uma esperança de podermos viver de maneira digna. Mesmo que... mesmo que essa esperança signifique... a desgraça alheia. Não fazemos todas essas coisas por prazer, mas é por necessidade! E eu tenho certeza absoluta de que, se o nosso Deus Raikus vivesse entre nós... ele nos apoiaria nesta causa!!

            O local fica em silêncio por alguns segundos.


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