Nova Vida escrita por Caramella


Capítulo 10
Gritos


Notas iniciais do capítulo

OLÁ LINDOOOOOOOOOOOONAS. Tudo bem? Então, vamos continuar a parte tensa da história, hehehehe.



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- Que droga – Chelsea falou, quando o elevador fechou as portas. Ela revirava a sua bolsa imensa.

- O que foi? – Perguntei curiosa.

- Sabe o documento da clínica de aborto? Eu deixei cair! – Ela falou preocupada – Vamos voltar!

- Não mesmo! – Mark falou – Bem feito para você.

- Que documento? – Franzi o cenho – Ah Chels, não acredito que você fez isso!

- E ainda usou o seu nome El - Grace comentou.

- DE NOVO CHELS? - Botei minhas mãos no meu rosto.

- Desculpa Ellie, mas eu já tinha assinado antes de você chegar na cidade – Ela revirou os olhos.

- Já é a décima vez que você usa meu nome e uma identidade falsa para fazer abortos. Da última vez você queria fazer o sexto aborto do mês, e não deixaram! Quase que você para no hospital quando usou meu nome, lembra? – Comentei – Sem contar que foi quase presa por falsificação.

- Eu sei, eu sei – Chelsea balançou a cabeça – Ai Deus...

- Agora temos duas grávidas em casa – Grace riu baixinho.

- Uma – Chelsea falou.

Olhamos para ela incrédulos. Ela não tinha jeito. Não mesmo.

                                                                                             

- Você conseguiu abortar? – Grace arregalou os olhos – Você é mesmo uma boba Chelsea. Faz as coisas achando que sabe mandar na propia vida, sendo que até agora só fez merda!

- OLHA COMO FALA COMIGO! – Chelsea gritou com Grace.

- OLHA O QUE VOCÊ FEZ CHELSEA – Grace gritou – VOCÊ VIVE DIZENDO QUE ABORTO É DESUMANDO E VOCÊ MESMA JÁ FEZ UM BILHÃO DE ABORTOS.

No meio dos gritos das minhas melhores amigas, as portas do elevador se abriram. Mark se adiantou e foi o primeiro a sair de dentro dele. Ele tirou a chave da casa em dois segundos do bolso, e abriu a porta. Mas Chelsea e Grace não pouparam os ouvidos dos vizinhos, e continuaram a gritar.

- VOCÊ FALA ISSO POR QUE A VIDA NÃO É SUA – Chelsea falava.

- ISSO POR QUE A VIDA É MINHA. VOCÊ E ELISE NÃO SABEM O QUE É ANTI CONCEPCIONAL, OU SEI LÁ, CAMISINHA? –  Grace soltou, sarcástica. Agora sim ela se meteu comigo.

- COMO ASSIM EU NÃO SEI? SÓ POR QUE ESTÁ DISCUTINDO COM CHELSEA NÃO PRECISA ME BOTAR NO MEIO, OK?

- AH ELISE, NÃO VENHA COMO SE FOSSE UMA SANTA! EU SEI QUE VOCÊ QUER ABORTAR. AFINAL, QUAIS SÃO AS MALDITAS DAS CONDIÇÕES QUE VOCÊ, EU, CHELSEA, MARK, DE CRIARMOS UMA CRIANÇA? JUSTIN NUNCA VAI ASSUMIR ESSE MENINO. OBVIO, VAI ESTRAGAR A CARREIRA DELE POR INTEIRA, ESQUECEU DESSE PEQUENO DETALHE?

- PAREM DE GRITAR VOCÊS TRÊS – Mark perdeu a paciência – VOCÊS ESTÃO ESTRESSANDO TUDO E TODOS, MEU DEUS!

- AH, CALA A BOCA – Eu, Chelsea e Grace falamos ao mesmo tempo.

Mas infelizmente, Grace estava completa de razão. Completa. Quais eram as chances de que tudo isso fosse só um pesadelo? Eu... não quero estragar a vida de Justin. Não, não, isso não é possível. Já estraguei a vida de tantos só fazendo besteiras.

Meus olhos lacrimejaram. Chelsea e Grace não paravam de gritar uma com a outra. Será que é possível três meninas, solteiras, morando sozinhas, serem tão estúpidas?

Uma lagrima caiu. E bem na hora, as meninas pararam de gritar uma com a outra. Elas me olharam perplexas. Perceberam que eu ainda estava grávida, e que estava mal. Muito mal.

- El... – Chelsea falou.

- Grace está certa – Falei – Quais são as minhas condições para criar um filho? Quais?

- Amiga – Grace segurou minhas mãos – Eu... só estava falando da boca pra fora. Te juro...

- Não, não estava. Eu...

A campanhia tocou. Juntei as minhas sobrancelhas. Ninguém esperava alguém á essa hora. Será que era algum cliente das meninas á essa hora? Não...

Corri para a porta, e a abri sem mais demandas. Entrei em choque ao ver quem era. Justin.  E ele segurava o documento falso do aborto de Chelsea nas mãos. Que droga, onde ele achou essa bosta?!

- Parabéns, mamãe – Ele falou sarcástico para mim, jogando o papel na minha cara.

- Ei, cara – Mark caminhou na direção de Justin. Estava pronto para dar umas porradas nele, tenho certeza.

- Calma Mark – Pus minha mão na frente dele – Vamos ouvir o que Justin tem a falar – Disse.

Justin trincou os dentes. Ele estava furioso! Como assim? Ele deveria é estar preocupado ou alguma coisa do gênero! Mas por que tanta grosseria? Para que?

- O QUE EU TENHO A FALAR? – Justin pôs tudo para fora – ESSE ONIBUS PRETO NA FRENTE DO SEU PREDIO É O MEU ONIBUS. E QUANDO EU SAIO DELE PARA TE CUMPRIMENTAR, EU VEJO ESSE DOCUMENTO CAIDO, COM O SEU NOME. E SABE O QUE MAIS? ESSE DOCUMENTO AFIRMA QUE VOCÊ ACABOU DE ABORTAR UMA CRIANÇA. ABORTO ELISE, ABORTO!

- PODE ME DIZER O QUE VOCÊ TEM HAVER COM A MINHA VIDA? PODE?

- EU TENHO TUDO HAVER, POIS FIZ SEXO COM VOCÊ

- GRANDE MERDA, VOCÊ, E MAIS UM BILHÃO DE MENINOS DO MUNDO INTEIRO. SABE QUANTOS PARCEIROS JÁ TIVE NA MINHA VIDA JUSTIN?

Ele inchou o peito. Eu estava com a razão. Com a completa razão ali.

- POR QUE TEVE QUE ABORTAR? ISSO É HORRIVEL... – Ele continuou a gritar.

- OLHA, O QUE VOCÊ AINDA ESTÁ FAZENDO PARADO NA MINHA PORTA BIEBER?  - Falei ainda estressada, e tentei fechar a porta na cara dele, mas Justin numa espécie de atitude ninja botou o seu pé na frente da porta – Tire seu pé.

- Não.

- Por que?

- Queria ouvir sua voz, mesmo gritando comigo.

Meu coração estremeceu. Ouvi Chelsea e Grace suspirando, e Mark deu dois passos para trás, mas estranhei Justin. Fiz um gesto com a cabeça, pedindo para que os meus três amigos saíssem da sala. Os três saíram apressados, e Mark tratou de carregar minha mala para o meu antigo quarto.

Suspirei. Abri a porta meio devagar, e olhei de novo para os olhos castanhos claros de Justin.  Dessa vez estavam serenos. Amém, minha garganta não agüentava mais gritar com ele.

- Posso entrar? – Pediu.

- Pode.

Justin entrou na minha casa observando os mínimos detalhes. Parecia bem curioso para saber como era a minha moradia. Mas a casa estava bagunçada, e estava fedendo a mofo. Claro, eu sempre que organizava tudo. As meninas nunca ligaram para arrumação. Agora que moro longe, elas viraram a casa de pernas para o ar.

Ele se sentou no meu sofá favorito, e apoiou uma parte de seus braços nas suas pernas, curvando suas costas. Me olhou de novo. Tranquei a porta, e fiquei de pé para ele.

- Como conseguiu subir para cá? – Perguntei, franzindo o cenho.

- O seu porteiro é bem velho. Deu para driblar ele fácil.

- Ah.

- Não queria ter gritado com você... – Ele abaixou a cabeça, olhando para os seus pés.

- Querer, você queria. Mas devia ter pensado duas vezes, é o que eu acho.

- Eu só pensei que...

- O filho era seu. Não é?

Justin levantou a cabeça, e me ohou. ‘O filho é seu’ , era o que eu queria falar. Mas quem disse que a coragem deixava algo sair da minha boca?

- Pensei exatamente isso – Ele suspirou – E... estava certo?

Está certo.

- Não.

O clima ficou tenso. Justin se levantou do sofá, e foi para a porta com a cara fechada. Estava com as mãos nos bolsos da frente. Quando pensei que ele mesmo ia destrancar a porta e sair, ele se virou para mim.

- O filho então era de quem?

- De alguém – Dei ombros.

- Você nem sabe de quem é o pai! – Bufou – Como quer uma vida assim?

‘Uma vida assim. Ok Justin, eu passei em Harvard e desde então não faço sexo com mais ninguém praticamente. Chelsea usou meu nome para poder abortar pela sétima vez no mês, portanto esse documento pertence tecnicamente á ela, não á mim. Então, eu ainda estou grávida, e de você. Vou ter um filho seu, Justin Bieber’, queria ter falado isso. Queria.

- Eu não tenho mais uma vida ‘assim’ – Foi tudo que eu falei.

- Ah – Ele levantou as sobrancelhas – Interessante.

- Eu sei – Respondi sarcástica.

- ‘Eu sei’ – Ele me repetiu, estressado – EU SEI É A ÚNICA MERDA QUE VOCÊ SABE FALAR?

 - Ah, vai gritar de novo Justin? – Revirei os olhos – Eu tenho vizinhos, sabia?

- QUE ELES VÃO A MERDA – Ele levantou os braços – ELISE, EU POSSO TE AJUDAR

- PODE ME AJUDAR COMO? CRIANDO O SEU...

Quase saiu. Quase. E ele percebeu, tanto e franziu de novo o cenho. Se aproximou de mim, e me observou de cima para baixo.

- Engordou, Elise?

- Cale a boca – Me aproximei dele – Estava grávida á duas horas atrás.

- Estava?

- Estava. Sabe conjugar os verbos no passado Justin?

- Tem certeza?  - Perguntou – De quantos meses estava grávida?

- Dois e alguma coisa – Respondi.

- Engraçado... por que foi dois meses e ‘alguma coisa’ que transamos duas vezes no mesmo dia. E pelo que me lembre, não usamos nada para nos prevenir. Estou certo?

Abaixei minha cabeça, e cruzei meus braços. Precisava contar para Justin sobre o nosso filho. Não era certo esconder isso dele. O problema é que eu me preocupava. Justin nunca ia estar presente na vida desse bebê, sem contar que ele ia perder milhões de fãs se descobrissem se ele traiu Selena. E ainda por cima com uma prostituta. Não. Ele não iria saber desse bebê jamais. Agora, como eu vou conseguir driblar esse moleque? Será que ele ia conseguir descobrir de alguma forma?

- Então o que você queria falar comigo? Acha que eu sou burro, é? Elise, eu sei que tinha algo sério acontecendo. Agora só preciso que você me conte.

Ok, agora tenho que inventar algo rápido.


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Notas finais do capítulo

Entãaaaaaaaaao gostaram? No proximo capitulo o pau vai comer de novo. E quem sabe alguma coisa caliente vai rolar hein? kkk depende de vocês gatchenhas, se deixarem reviews. Obrigada por lerem, e até semana que vem. Beijos s2