De Volta ao Ponto de Origem escrita por estherly


Capítulo 3
Aniversário...


Notas iniciais do capítulo

Não devia estar postando... Mas estou animada. XD
Espero que gostem.



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- Ei vampira. Anoiteceu, está na hora de acordar. – disse uma voz. Abri os olhos. Na minha visão apenas dois olhos cinza. Nublados como minha vida.

- Filho? – perguntei. Devo estar ficando louca. Ou acordei de um sonho onde meu filhote era seqüestrado. Qual o certo? A primeira ou a segunda opção?

- Sou eu Rosa. – disse o meu pintor. Merda, era a primeira. Passei a mão no seu rosto, era tão bom sentir aquela pele.

- Senti sua falta. – eu disse.

- Eu também senti Rosa. – disse ele me beijando.

            Era tão bom sentir aqueles lábios contra os meus. A maciez dele se movendo sobre a minha num ritmo perfeito. Não sei quanto tempo ficamos ali. Apenas ficamos até o oxigênio terminar.

- Vamos comer algo. – convidou ele puxando-me pela mão.

- Onde está os meninos? – perguntei. Mesmo tendo 35 anos de idade quanto Al Matthew e Scorpius, eu os chamava de meninos.

- Dormindo. – disse.

- Matthew está aqui? – perguntei espantada.

- Sim, por quê? – perguntou o pintor.

-Por nada. – menti. Na verdade era sim por algo. A presença de Matthew me incomodava. Ele percebeu algo e não comentou nada, apenas me deu um selinho e me puxou para a cozinha. – Que horas são?

- Duas. – respondeu ele xeretando a geladeira. Não podia ser. – Olha, está com uma cara boa. – disse ele sobre a gelatina com creme de leite que eu fiz. Ele me serviu e serviu a si. Empurrei o prato e com os braços cruzados na mesa, afundei a cara. Não queria comer nada. Não hoje. – O que houve Rosa? – perguntou ele segurando minha mão e fazendo carinho no anel que ele me deu. – Não tirou ein. – comentou ele falando sobre a rosa no meu dedo. Sorri de lado.

- Me sinto segura. – eu comentei analisando a rosa vermelha no meu dedo.

- É por que eu estou contigo. – respondeu ele. Fiquei vermelha. – Está uma delícia.

- É bom que esteja. Eu que fiz. – eu disse. Ele riu e colocou um pouco na colher e esticou-a para mim. – Não quero. – eu disse. Minha barriga roncou na hora, mas eu não liguei. Não estava com vontade de comer nada. – Com licença. – pedi saindo dali.

            Fui para o quarto do Chad. Justo hoje. Eu mato o desgraçado que seqüestrou meu filho. Justo hoje, no aniversário de dez anos. Nas minhas mãos, está o presente que ele pediu para mim. Iria poder entregar para ele né? Vi a porta ser aberta e Scorpius ficar parado ali, me olhando.

- O que houve rosa? – perguntou ele. Olhei para a caixa do quebra cabeça que Chad pedira. – É aniversário dele? – perguntou ele. Assenti com a cabeça e vi ele sentar do meu lado. – 10 ou 11 anos? – perguntou ele entrelaçando nossas mãos.

- 10. – eu respondi olhando para o presente. – Estávamos passeando no centro quando ele entrou numa loja. Eu fiquei do lado de fora. Estava indo buscar-lo pela orelha por ter demorado muito quando ele voltou bobo da vida por que achou o presente de aniversário.

- É esse. – dedurou ele.

- É. Ele começou a pular feito uma pipoca. E então, a minha raiva passou. Ver aquele menino feliz da vida me fez esquecer os meus problemas. Ele me puxou pela mão e me mostrou o presente. Eu imaginei uma coisa grandiosa e cara, embora o dinheiro não seja o problema, mas... – eu contava e senti os dedos dele fazerem pressão nos meus. Uma sensação boa. – Quando vi, fiquei em choque. Era um quebra cabeça. De mil peças. Eu disse que iria comprar e dar de aniversario. Ele ficou bobo. E aqui está. – eu disse sacudindo a caixa.

- Me perdoe. – pediu ele. O olhei confusa. – Me perdoe não ir atrás de você. Na época a carreira havia subido na minha cabeça.

- Me perdoe. – eu pedi segurando seu rosto com a outra mão. – Me perdoe não contar que estava grávida. – eu pedi.

- Está perdoada. – disse ele se aproximando de mim. Iria sentir aqueles lábios se alguém não tivesse aberto a porta.

- Desculpe. – disse Matthew. – É que eu ouvi vozes.

- Sem problema. – eu disse olhando para ele. Voltei a olhar para o meu pintor. – Fiquei com fome agora. – eu disse. Ele riu e beijou minha testa. Se levantou e me puxou pela mão entrelaçada. Fiz um sinal e chamei Matthew.

            Nos sentamos na mesa. Eu peguei o pote com gelatina e comi. Realmente estava bom. Vi Scorpius pegar o pote com gelatina da geladeira e dois pratos. Jogou um para Matthew. Eu comia silenciosamente e vi Scorpius entrelaçar nossos dedos novamente. Sorri discretamente. Ciumes?

- Descobriu alguma coisa enquanto eu dormia? – perguntei.

- Apenas que você fala enquanto dorme. – disse Matthew. Fiz uma careta.

- É mentira. – disse Scorpius me consolando. – Eu nunca ouvi você falar dormindo. Não que eu me lembre. – disse Scorpius Ergui a sobrancelha para Matthew, ele estava vermelho. O clima começou a ficar tenso. Não sabia o que fazer.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! – gritou Alvo. Fomos correndo até o quarto dele.

- Al, o que houve? – perguntei ajudando ele a se levantar do chão.

- Eu... Tive um sonho ruim. – disse ele atordoado.

- Venha tomar um copo de água. Vocês podem ir dormir. – eu sugeri. Puxei ele para a cozinha. Vi que Scorpius nos acompanhava.

- Que diabos é isso? – perguntou Scorpius indo pegar uma carta que estava no chão, na porta.  Esperei pacientemente na mesa tanto Scorpius trazer a carta quanto Alvo se acalmar.

- Mais uma. – eu disse cansada de tudo aquilo. Scorpius abriu a carta e lia. Conforme lia sua careta de confuso aumentava. Peguei a carta dele e suspirei. Mais letras sem sentido.

“VLEAPNOERGMOTCOOTDOIE”

- O que significa isso? – perguntei preocupada.

- Alguma coisa. – afirmou Alvo olhando a carta. Suspirei.

- Amanhã vemos com mais calma. – eu disse. Eles concordaram com a cabeça. Colocaram as coisas na pia e foram para os quartos. Alvo para o dele e Matthew para o do Larry. Olhei para Scorpius. Ele me analisava. Peguei na sua mão e o puxei para o quarto. Fechei a porta e deitei. Vi ele me olhar confuso. – Durma comigo. Apenas dormir. – eu disse. Ele assentiu com um sorriso e deitou ao meu lado.

            Ficamos de frente um para o outro. Não conseguia dormir com ele ali. Eu não queria transar com ele, apenas saber que ele estava ali. Uma mão dele se entrelaçou na minha e a outra alisava meu braço. Senti a mão dele subir para meu ombro e contornar minha nuca. Ele me puxou para um beijo.

            E, mesmo não querendo. Eu senti ele dentro de mim. Maravilhoso, parecia a primeira vez. Dormimos juntos. Como antes.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
"Eu sei que você dormiu maravilhosamente bem. – disse Al.
— Como assim? – perguntei querendo não pensar que era sobre o que eu fiz de noite.
— Eu e os vizinhos ouvimos a sua noite maravilhosamente bem. – respondeu Alvo ainda comendo o cereal."
"- Por que eu não quero! Você é apenas um conhecido. – respondi.
— E se eu não quiser ser apenas um conhecido? – perguntou ele. Engoli em seco e não respondi."

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