-Stefan? – Perguntei ainda ajoelhada no chão.

-Oi, amor. – Ele disse enquanto sentava-se em minha frente e colocava uma mexa de meu cabelo atrás de minha orelha. – Senti saudades de você.

Eu apenas continuei olhando para ele. Não sabia o que eu poderia dizer. Então, ele continuou.

-Desculpe-me se agi sem te dar informações e sinto muito por ter envolvido Jeremy em toda essa confusão, mas eu queria ter certeza de tudo para não te dar nenhuma informação errada. Tentamos ir o mais fundo possível nessa história e ainda não desistimos. Não queria que você ficasse sabendo de nada por enquanto, mas a minha teimosinha linda não consegue deixar nada despercebido, não é meu amor? Eu queria contar tudo o que sei até agora para você e falar algumas coisa a mais, então, o que você acha de darmos um passeio enquanto Caroline e Damon vão com Jeremy até a minha casa para que seu irmão conte tudo a eles? O que você acha?

Assenti. Ao que parecia, nunca mais a minha voz voltaria para mim. Eu estava muda.

Damon pareceu não gostar muito daquela ideia, mas não reclamou nem uma vez. Pegou a mão de Caroline e levou ele e Jeremy em direção a seu carro. Stefan ajudou-me a levantar e, depois, colocou a mão em minha cintura e me deu um beijo no cabelo, enquanto olhávamos os três seguirem em direção à Mansão Salvatore.

Então, Stefan se virou para mim e disse, com olhos cheios de esperança:

-Eu sei que nós fizemos as pazes, mas também sei que você não me perdoou completamente ainda. Sei que está agoniada com toda essa história sobre doppelgangers e que está transtornada por Katherine ser idêntica a você. E, principalmente, sei que está muito magoada pelo jeito como me comportei no dia em que ela voltou. Mas estou aqui porque eu te amo. Elena, você é a mulher que eu quero para sempre. E saiba que eu sempre estarei aqui para cuidar de você. Me perdoe novamente por toda a magoa que eu lhe causei, por ter estado ausente nas últimas semanas e por não ter te contado sobre a investigação que estou fazendo. Elena, você pode me dar uma segunda chance?

Pulei em seus braços. Dei-lhe um abraço apertadíssimo e um beijo carinhoso. Como eu poderia deixar de dar uma segunda chance àquele que tinha roubado o meu coração?

***

-Por que estamos aqui?

-Eu disse que queria explicar toda essa história e falar sobre outras coisas também, não disse?

-Sim, disse. Mas, Stefan...

-Meu amor, eu sei que uma campina com ruínas de casa não querem dizer muita coisa para você, mas dizem muito para mim.

Olhei para ele com uma grande interrogação em minha testa. Afinal, um monte de mato crescendo em meio a ruínas não podia dizer nada a ninguém, mesmo que esse alguém já estivesse vivo por 150 anos.

-Elena, - ele deu uma risadinha - te garanto que esse lugar é importante. Venha. - Ele me conduziu até um balanço que estava pendurado em uma árvore e que parecia estar ali por, no mínimo, 350 anos.

Hesitei em sentar no balanço. Aquela coisa poderia arrebentar a qualquer momento. Ele, percebendo, disse:

-Pode se sentar, não quebra. Tenho vindo muito aqui ultimamente, é o único lugar que posso me sentar. Confie em mim.

Sentei no balanço. Quando percebi que estava segura, olhei para ele com olhos curiosas e esperei que ele me dissesse tudo.

Essa era a verdadeira segunda chance que eu dava para Stefan. A partir disso eu saberia se eu o havia perdoado, se continuaríamos juntos e se eu poderia confiar em nele novamente.