Intrometida escrita por alineranieri


Capítulo 17
Lenda




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Um mês se passou desde o incidente com A Outra. Um mês se passou e meu estômago ainda doía de lembrar tudo o que acontecera: a reação de Stefan, saber que ela ainda estava viva, saber que ela era idêntica a mim, saber que talvez eu tivesse que seguir o destino das doppelgangers...

Isso era o que mais me amedrontava.

Damon havia me dito mais algumas coisas desde aquele dia. Ele havia feito uma pesquisa. Aparentemente, eu descendia de uma família chamada Petrova. A história tinha ligação com a Bulgária. Ao que parece, em uma cidadezinha de lá, havia uma lenda que girava em torno dos Petrova.

Segundo essa lenda, há muitos anos, ainda na idade média, uma mulher chamada Charlotte havia casado com um bruxo poderosíssimo. Enquanto casada, Charlotte teve um envolvimento extraconjugal com um ser sobrenatural, que tinha forma de homem e hábitos de animais.

Charlotte, então, engravidou desse ser sobrenatural. Seu marido, ao descobrir a traição de sua mulher, amaldiçoou-a e ao bebê. A maldição era sobre as doppelgangers e o objeto que deveria ser protegido. A criança amaldiçoada foi a primeira das doppelgangers Petrova. Seu nome era Margarett.

Charlotte morreu no dia em que Margarett nasceu, deixando para a criança apenas o objeto que ela deveria proteger até que a próxima das doppelgangers nascesse 500 anos depois.

E isso foi tudo o que Damon descobriu. Somente essa lenda.

Para mim era insuficiente. Por mais medo que eu tivesse da Outra ou do que ela poderia ter reservado para mim, isso estava diretamente ligado ao meu futuro, ligado ao que seria de minha vida e eu precisava saber mais. Basear-me em uma lenda que existia desde o século V era muito pouco, e eu nunca saberia até que ponto a lenda era verdade.

E mesmo que fosse tudo verdade, ela ainda era muito vaga. Não explicava como nem o que eu teria que proteger. Muito menos porque eu teria que proteger esse objeto.

Isso estava me deixando maluca. Stefan já percebera que algo estava errado comigo, mas não podia confiar nele. Não com isso. Não interessava que eu e ele tivéssemos feito as pazes e tudo entre nós estivesse bem. Eu não podia correr o risco de confiar em Stefan com uma coisa dessas depois de saber o que a Outra fazia com as emoções dele.

Não. Isso era assunto meu.

Sorte minha que Damon e Caroline estavam dispostos a me ajudar na busca por informações.

Mas mesmo com meus amigos do meu lado, ainda havia muitas questões mal resolvidas. A principal delas, a que eu mais evitava descobrir a resposta – mesmo que no fundo eu já soubesse qual era a única solução – era como eu faria para sobreviver por 500 anos.

É, eu sabia o que eu teria que fazer. Mas nunca quis isso para mim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?