-Você está chorando? – Ele me perguntou.

-Me desculpe, mas eu não consigo não chorar quando vejo A Bela e a Fera. É muito lindo.

-Você é adorável, você sabia disso? – Ele me abraçou e beijou meu cabelo. – Sabe o que eu estava pensando?

-Em como meu rosto fica inchado e vermelho quando eu choro?

Ele riu baixo e secou meus olhos, me deu outro beijo no cabelo e disse.

-Hoje faz exatamente um mês que nós tivemos nosso primeiro beijo. E eu sei que nunca te pedi isso oficialmente, apesar de todos já nos rotularem como isso. Elena, você é a pessoa mais linda e adorável do mundo, e eu gosto muito mesmo de você.

-Você está me pedindo em namoro? – eu senti minhas bochechas ruborizando.

-Acho que eu não sou muito bom com as palavras... bem, não é exatamente isso. Estou pedindo para você aceitar que hoje seja nosso aniversário de um mês de namoro. Não sei quanto a você, mas desde o primeiro dia eu soube que você era especial, e bom, o beijo na cafeteria foi o meu pedido de namoro, e...

Eu comecei a rir.

-O que foi? – Ele perguntou.

-Você fala como se pra mim fosse diferente, como se eu fosse achar um grande problema comemorar um mês de namoro com você.

Ele sorriu e disse.

-Ótimo. Agora tenho uma desculpa para te dar um presente sem que você me ache muito estranho. Não saia daqui, vou buscar no meu quarto.

-Ai meu Deus, Stefan! Eu não tenho nada para de dar em troca e...

Mas ele já tinha saído da grande sala da mansão Salvatore e eu me convenci que reclamar não adiantaria nada. Lembrei-me da primeira vez que estive ali: o primeiro dia em que conheci Stefan, o dia em que ele me mordeu, no dia que ele pensou que eu fosse Katherine.

Bom, pelo menos isso tinha mudado. Ele não falara mais de Katherine e nunca mais tinha me mordido. Pelo menos não para sugar meu sangue, só algumas mordidinhas inofensivas e carinhosas...

Dei uma risada e não percebi que ele voltara.

-Perdi alguma coisa?

-Nada, só lembrando como as suas mordidas mudaram desde que nós nos conhecemos...

-Ah, isso. Bem, está aqui.

Ele me entregou um buquê de rosas vermelhas. No meio delas tinha um único botão de rosa. O buquê veio acompanhado de um bilhete escrito: “Para única que importa em minha vida”.

Eu me emocionei e ameacei a chorar. Ele me disse:

-Abra o botão.

Fazendo o que ele dizia, descobri um colar escondido no meio das pétalas. Era uma gargantilha de metal, com um fecho. Abri e encontrei uma foto nossa ali dentro, junto com uma espécie de planta.

-O que é isso? – perguntei.

-É verbena. Lembra o que eu te falei sobre a verbena, não é? Quero mantê-la segura, Elena.

-Obrigada, isso tudo é muito lindo. Queria ter alguma coisa para retribuir, mas não fazia idéia de que dia era hoje.

-Que tal um beijo, então?

Sentei mais perto dele e o beijei, um beijo com uma intensidade que nunca existira entre nós. E foi nesse momento que percebi que eu estava apaixonada por ele. E bom, não sabia se ele sentia da mesma forma que eu, mas sabia que ele gostava de mim. Muito.

Nossos beijos continuaram com ardência. Ele me puxou para seu colo enquanto mordiscava minha orelha. Soltei um suspiro.

Ele me olhou nos olhos e perguntou de um modo muito amável:

-Você quer?

Balancei a cabeça afirmativamente, enrubescendo de novo.

Ele me deu um beijo e disse:

-Vamos lá para cima, o sofá não é muito decente.