Ele me colocou delicadamente na cama, sem desviar os olhos dos meus. Eu estava nervosa e ele podia perceber, e por isso e foi o mais cuidadoso possível.

Mas eu não deixaria que o meu nervosismo estragasse o momento. Eu o amava e confiava nele, não havia motivos para que aquilo não acontecesse. Eu estava pronta.

Nossos beijos foram delicados, assim como todas as nossas carícias. Nunca pensei que eu conseguiria encontrar um homem tão gentil. Mas consegui, e tinha sorte por isso.

Stefan.

Seu nome, seu rosto, seus beijos, seus toques em minha pele. Era tudo o que eu podia pensar.

E no meio de todo o frenesi em que nós dois nos encontrávamos, foi, também, tudo o que eu pude sussurrar.

-Stefan.

Vi um sorriso discreto em seu rosto e uma luz de alegria nos seus lindos olhos verdes. Então ele também sussurrou em meu ouvido:

-Elena. – E o tom doce em sua voz foi o suficiente para me levar a um universo onde eu não era mais dona de minhas próprias ações.

***

-Elena? Elena, por favor.

-Não. – resmunguei, ainda me escondendo debaixo dos lençóis.

-Você não vai sair daí, não é?

-Exato.

-Tudo bem, então.

Vitória!

Não, espere, o que ele está fazendo?

-O que você está achando que vai fazer?

-Se você não quer sair de baixo do lençol, eu entro embaixo dele também. Mas você não vai ficar me ignorando.

-Stefan! – Eu resmunguei.

-Elena! – Disse ele, no mesmo tom que eu, para me caçoar.

Virei para o lado e escondi o rosto no travesseiro.

-Elena, – seu tom era de reprovação agora – você sabe que não precisa se esconder de mim. - Começou a morder meu ombro ainda nu.

-Eu preciso sim, eu perdi o controle, eu, eu...

-Você foi maravilhosa. – E suas mordidas foram subindo pelo meu pescoço.

-Eu gritei, Stefan. – Minha voz falhou. - O quão estúpida eu posso ser?

-Você não é estúpida. – Ele havia chegado à base da minha orelha e falava baixo. - Você é linda e sexy e você não faz idéia do quanto é bom para mim ouvir a mulher que eu amo gritando o meu nome.

Eu gelei.

-O que você disse?

Ele pareceu confuso. Afastou-se do meu rosto e me encarou.

-Que você é linda. Mas você já sabe disso.

-Não, não. Depois disso.

Ele parou para pensar e depois de um tempo ficou tímido e não disse mais nada.

-Você me ama? – eu perguntei.

-Bem, eu... Ah, tudo bem, eu já falei mesmo... É claro que eu amo! Eu só não queria falar nada pra você não achar que eu estou me precipitando com as coisas...

Eu abri um sorriso enorme e pulei em seu colo, prendendo seu corpo à cama.

-Como você é besta. Eu jamais pensaria uma coisa dessas! – Abaixei meu rosto para perto do seu, nossos lábios se tocando. – Eu também te amo, Stefan.

Ele sorriu e me virou na cama, tomando a mesma posição em que eu estava.

-E isso não é ótimo?

E me beijou com uma paixão ainda maior do que eu jamais imaginei ser possível. Quando parou foi para dizer.

-Acho que vou tomar um banho.

Sério que ele estava estragando o momento para ir tomar banho? Ele não tinha outra hora para fazer isso? Fiz uma cara feia e disse:

-Então tudo bem, né...

Ele riu e disse:

-Eu não disse que ia tomar banho sozinho.

E a última visão que tive do quarto de Stefan naquela noite foi de cima de seus ombros.