Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 74
Nova vida! (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Oiii suas liiindas *----* Escrevi esse capitulo com enorme felicidade, porque é algo que todos esperavam, hoho! E quanto a promoção, eu já tenho o nome da ganhadora. Logo no outro capítulo, vocês saberão quem éé HAHAHAHA! Ah, e desculpem pelos erros de português, se houver HSUAHSA Agradeço imensamente aos reviews, pessoal,irei respondê-los (quando der, porque hoje a tarde vou atras de emprego ¬¬) Ah, queria deixar um recadinho para Rafahh88... que pra quem não sabe, é meu namorado *-* que me ajuda bastante nas cenas NC-18 HSSUHASSUHAHSHSSHUASUAHSUAS. Te amo, seu lindo *-* Bom, cheeega e vamos ao capitulo!

Ah e me pediram o vídeo do meu discurso como oradora da formatura, aqui está: http://www.youtube.com/watch?v=n5R6bXpcP7E
Ignorem que eu estava MEGA NERVOSA, okay?



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Só pra guardar esse fato totalmente cômico, quando eu e Matt chegamos à mesa... quem estavam dançando “Macarena”, no maior pique e, pra variar, chapados? Isso, Syn e Mel.  

- ISSO, VEM GATINHA. – gritou Mel para mim, batendo bumbum com bumbum.

- Levei fora da Marie... mas a Mel é meu eterno amor, nunca me abandona. – riu Syn, abraçando aquela doida que rebolava. – Né, meu pãozinho doce.

- OOOOOH SE É, SEU LINDO!

Nossa turma não é normal, fato!

A semana foi de uma puta agitação. Gravações para lá, gravações para cá. Ajustes de cenário, roupas, e contatos com o governo de Londres para permitir as gravações em rua. O pior de tudo, pra ser sincera, foi trombar com o Johnny Depp, nos bastidores. Minha cara queimava de vergonha só de lembrar o que tinha acontecido. Bem, mas não adiantava lamentar, nada mudaria o passado.

Tratou-me da mesma forma, talvez até mais amigável. Não tocou no assunto do jantar (ai que vergonha, outra vez), percebendo que fora uma experiência péssima em minha vida. Também não sugeriu uma dose dupla do encontro. Obrigada, Deus. Nunca fiquei tão feliz em levar um fora de um gato como o Johnny. Minha vida já estava uma loucura, não precisava de outro motivo pra torná-la pior.  

No domingo da outra semana, acordei com a campainha tocando. Quando abri a porta, dei de cara com Hugo. Estava daquela mesma forma, elegantemente trajado com uma camisa social e uma jaqueta. Olhava-me com ansiedade... ou talvez medo, sei lá. Meu coração disparou, sério. Agora eu entendia o quanto seria difícil... terminar tudo.

- Oi Marietta. – cumprimentou-me, olhando para dentro da casa. – Está sozinha?

- A menos que o bicho papão esteja... sim. – respondi com ironia, indignada como um homem tão rico pode fazer perguntas tão burras.

- Me referia à Melissa. – interveio, entrando (sem mesmo sem convidado) e fechando a porta. – Nosso assunto é particular.

- É, muito particular.

E sentei, no sofá, torcendo as mãos (agora geladas). Ele sentou na poltrona, longe de mim... como se evitasse algum contato comigo. Não precisava apelar Hugo... não teríamos contato nem se eu quisesse, pra começar.

- Então? – perguntou novamente, batendo o pé (várias vezes) no chão. Tudo bem, as palavras não queriam sair da minha boca, então fiz aceno para que ele falasse primeiro. Meu coração ia ser despedaçado... mas foda-se. – Muita coisa mudou desde que começamos namorar.

- Você é bom mesmo, ein? – concordei, com sarcasmo. Meu lado negro estava aflorado aquele dia, PQP.

- Você mudou muito.

- Eu mudei? – indaguei, exibindo um sorriso nervoso. – Mudei muito mesmo, pelo visto.

- Você mudou muito, muito mais que eu.

- Não vou me acostumar, nunca, pelo fato que você é cego com sua própria vida. Então, continue.

- Minha vida mudou, por isso. Tenho minhas prioridades agora... e você não está entre elas.

Uau! Eu sabia que ia ser doloroso, mas não a esse ponto. Chegar e falar na cara da mulher que você vive a 7 anos que ela não é prioridade em sua vida... é querer matar, só pode. E o que eu falaria, ein? “Oh Hugo, não se vá, eu te amo”. Te amo o pau no seu cu, desgraçado.

- Sua sinceridade comove. – sorri novamente, encostando-me no braço do sofá. – Então a mulher que você vive há tanto tempo... não vale mais que sua vida de viagens e executivos.

- Demorei muito para tomar essa decisão. – continuou, talvez ignorando tudo que eu estivesse dizendo. Não seria a primeira vez. – Conversei muito com a Camila para tomar essa...

- Camila? Sua psicóloga? – perguntei, lembrando-me que não existia nenhuma Camila na vida de Hugo, que não fosse...

- Não... minha secretária.

- E desde quando está incluso no currículo da secretaria “ouvir o chefe com seus problemas matrimoniais”?

- A partir do momento que ela se tornou mais que uma secretaria.

EEEEEEEEEEEEEEEEEPAAAAAAAAAAAAA! EU AQUI... PAGANDO DE SANTA, EVITANDO METER UM PAR DE CHIFRES BEM DADO NESSE FILHO DA PUTA... E ELE FEZ ISSO SEM AO MENOS PESTANEJAR?

PODEM DIZER, LEITORAS, QUE EU SOU UMA BURRA, E MEREÇO APANHAR! VAI, FAZEM UMA FILA PRA DAR UM SOCO BEM DADO NA MINHA FUÇA DE CHIFRUDA!

- Hum... que ótimo Hugo. Então, vamos fazer assim: antes que você seja o fodão da relação, pra pedir o divórcio e ficar com sua amante... é simples, eu peço. Não quero mais você. Você foi um estorvo na minha vida. Se mudei, foi por sua culpa. Não pude fazer tudo que eu quis fazer porque tinha “medo” de envergonhar o coitado do Hugo, que trabalha em suas empresas, dando o sangue por ela. Agora eu entendo o interesse que você tinha, de visitar o prédio de noite. Lógico, a sua vadiazinha estaria ali, para...

- Marietta, por favor, não torne tudo pior. – interrompeu, levantando-se. Estava levemente corado, mas continuava indiferente.

- Não vai ser pior.

- Eu não queria me separar de você...

Gente... cadê a faca numa hora dessas? Achei que só Matthew despertava em mim meus instintos mais homicidas. Engano!

- Você está de brinks com my face, só pode. Olha, Hugo... não sou mulher pra me sujeitar a esse tipo de coisa. Sou dona da minha própria vida, sou feliz aqui! Não vou suportar o fantasma do passado por mais nenhum minuto. Sai da minha vida... e meu advogado ligará quando estiver tudo pronto. – fui falando que nem descontrolada, tentando ver se eu não estava esquecendo algo. – Ah, sim, pode engolir sua casa em Bauru... e suas empresas. Não quero nada do seu dinheiro. Bem, pensando assim, foi até bom fazermos nosso trato pré-nupsial.

- Marietta... não quero que você pense que eu...

- Marietta, cara, vamos... ér... oi? – gritou Matthew, abrindo a porta sem pedir (ele podia, bjs). Não precisou de muito para sacar que estávamos em um momento tenso. Estava estampado em meu rosto. – Desculpe, eu não sabia... volto outra hora.

- Você fica, Matt. – pedi, voltando-me para Hugo. - O que tínhamos que conversar já acabou. Tchau Hugo. – murmurei, levantando-me. – Quando tudo estiver pronto... eu vou assinar.

- Você não quer... – tentou dizer, mas eu não permiti. Ele não ia brincar comigo por mais tempo. Era o fim...

- VAI EMBORA, INFERNO! SOME DA MINHA VIDA! VAI COM A SUA VADIA E ME DEIXE EM PAZ. – berrei, empurrando-o contra a porta. – SOME DA MINHA VIDA!

- Você está agindo como criança, não era pra reagir assim... – sorriu, ajeitando o cabelo. Gente... era pegadinha do Malandro, né? Não podia existir TANTO cinismo em um mesmo idiota.

Já Matthew, percebendo a estranha agitação, agarrou Hugo pelo colarinho. Prensou-o contra a porta e ameaçou, armando o punho:

- Criança, é a puta da sua mãe. Deixa a Marietta em paz. Se eu souber que você voltou a azucriná-la com esse seu papo de brocha... corto sua cabeça fora com um só soco.

- Você não seria capaz. – provocou, acirrando o punho também.

- Não? Nunca subestime M. Shadows, é só uma dica. – e levantando o joelho com rapidez... PÁ! Atingiu as bolinhas do meu ex-marido.

Geeente, senti a dor em mim, sério. Se já doía, quando era chute dado por mulher, imagine quando vinha de Shadows, tão forte e tão grande?

Agarrou Hugo pela camisa... jogou-o para dentro do elevador... e voltou para meu apartamento, fechando a porta com força. Cadê o Matt que eu conhecia?

- Você... está bem? – perguntou, ajeitando a blusa, com naturalidade. Eu, como vocês já devem ter percebido, além de magoada, estava com o orgulho ferido e me sentindo uma idiota. Supero isso daí também.

- Estou. – murmurei, passando a mão no rosto.

- Conte tudo que aconteceu. – pediu, sentando-me no sofá. Sentou ao meu lado, prestando atenção em tudo que eu dizia.

Suspirei, tentando manter a calma. Comecei a falar vagarosamente, torcendo as mãos e balançando as pernas.

- Pedi o divórcio.

- O divórcio?

- É.

- E a questão da...

- Ele disse que a secretária dele, a Camila, se tornou muito mais que uma profissional. Não é a toa que pediu conselhos da nossa vida... pra tal. E aí, como lidar? – forcei um sorriso, mesmo que meus lábios estivessem trêmulos.

- Marie... separação sempre é difícil, mas...

- É. – resmunguei, ajeitando-me no sofá. Não agüentei por muito tempo: grudei as palmas de minhas mãos no rosto e desabei a chorar, como uma criança. Deduzo que Matt tenha ficado com uma cara de tipo “Fudeu, que faço agora?”, mas a primeira atitude que teve, foi me abraçar.

- Marietta, por que chora, não era melhor? – perguntou, mexendo nos meus cabelos, como se fosse meu irmão ou meu pai.

- Aquele... desgraçado... brincou comigo. Eu sempre o respeitei como marido! Sabe quantas vezes eu poderia ter ficado com Syn? MUITAS! E ele vai lá... desce um par de chifres bem dados na minha cabeça, jogando pro ralo tudo que a gente viveu! – gaguejava, molhando toda a blusa de Matt com minhas lágrimas.

- Marietta, ele te disse isso?

- Não... mas não sou idiota. É óbvio.

- E o que fará agora, com essa nova... vida?

- Não... sei, pra ser sincera. – respondi, um pouco confusa, tentando enxugar os olhos com a manga do pijama. – Eu... sempre quis ser livre, e em certa parte eu sou... mas não sei como será viver completamente LIVRE desse laço.

- Hum... que tal ser a Marietta que você sempre quis ser? Liberte-se do passado. Viva o presente. Ein? - sugeriu, exibindo um sorrisão. Ai gente, só aquele ogro mesmo para animar meu dia.

- E como eu faria isso?

- Hum... deixe-me ver. – pediu, levantando-se do sofá. Percorreu a casa toda, e alguns minutos depois, voltou com um bloco de anotação com caneta. – Pronto... vai falando tudo que você quer fazer... que você não pode fazer, até hoje.

- Sério?

- Sério. E eu vou te ajudar a fazer tudo!

- São muitas coisas.

- Dane-se... temos uma longa vida juntos pela frente. Vai, comece.

Acabamos fazendo uma lista com poucas coisas, porque pelo que chegamos a conclusão, eu já estava mudada. Faltavam apenas 4 coisas... para que Marietta voltasse a vida!

• Compras roupas novas. • Tatuar uma águia enorme nas costas. • Beber absinto. • E fazer tudo que eu tivesse vontade, sem medo de nada. Sem medo de ser feliz.


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