Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 61
O Almoço de Natal


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa se o capitulo saiu ruim ou por erros... é que realmente não deu tempo de revisar dignamente (porque estou procurando emprego, we*). Mas ficou legal, JHSAHSAUHSAUHSA Cheio de diálogos, mas legal. Enfim, o próximo capitulo é o mais foda. VERDADE OOOOR DESAAAAFIOOO! HAHAHA VAI ROLAR MUITA MERDA. SE PREPAREM. AAAAAAAAAAAH, IDEIA, IDEIA, IDEIA. GENTE, IDEIA. VOU EXPLICAR AO FIM DO CAPITULO, OKAY? BOA LEITURA.

AAAAH, e agradeço imensamente os reviews *---* caso eu não responda, é que não deu mesmo, mas eu leio tooodinhos. E obrigada a Angelica por ter recomendado a fic, valeu mesmo flor.



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- E AIII BANDIPUUUUUUUUTOOOOO, FELIZ NATAL QUE O PAPAI NOEEEEL CHEGOU. – berrou Synyster, surgindo na sala. Abraçou Matt, olhou para a miniatura que carregava e riu, divertido. - ISSO É INJUSTO. MATT SEMPRE FICA COM OS PRESENTES LEGAIS. CADÊ O MEU?

Esperei que a testosterona daquele louco abaixasse, para que eu me aproximasse. Nem adiantou muita coisa. Ele deu um abraço tão forte, tão forte, que acabou me levantando. Concluiu a cena dando um beijo bem molhado no meu rosto.

- Que felicidade, Syn. – brinquei, ainda um pouco sem ar.

- Sua linda! – gritou, soltando-me. – AAAAAH, estou agitado. Estou animado. O que temos para almoço?

- Temos o que o senhor Brian DEIXOU de comer pra se embebedar de pinga.

- Pinga não. Conhaque. Lá tenho cara de cachaceiro, hum? – corrigiu, fingindo ser um cara muito respeitado e digno.

- Em qualquer das hipóteses... você é um idiota. – ironizou Matt, afastando-se. – Vou tomar um banho e já volto.

Filho da puta! Eu conhecia muito bem aquele ogro maldito. Estava realizando uma saída estratégica da sala, com intuito que eu e Syn ficássemos. NÃO. Por mais que meu frágil corpinho implorasse pra que eu possuísse aquele conteúdo delicioso... eu tinha uma honra. Ainda.

- Então, né? Seu presente. – comecei, sem graça, tentando ficar o mais distante possível de Syn. Pior que eu não conseguia. – Hum... aqui o seu. – avisei, entregando a ele um pacote médio.

- Aproveita e pega o seu. Isso, esse aí do lado. Olha cara, já vou avisando. Eu só dava lingerie para a minha ex-esposa, okay? Então fique feliz por eu comprar algo que não fosse isso.

Abri o pacote. E o que tinha?

- Um... Kamasutra? – indaguei, pegando aquele livro grosso e ‘cheio’ de conteúdo. Ér...

- Ah cara, você gosta de ler né? Falaram que o roteiro é bom. Tem algumas cenas de ação bem legais. É de arrepiar. – disse no maior entusiasmo, com um sorriso de orelha a orelha.

A princípio, achei que ele estivesse de zuação com minha cara. Mas, quando eu percebi que ele estava mesmo feliz por ter dado um livro “legal”, eu ri, tentando me controlar:

- Syn... Kamasutra é um livro de posições sexuais.

- Aquela vadia da livraria... me enganou. – praguejou, dando um soco no ar. – Eu sabia, mas eu achei que esse fosse diferente. Tipo um livro de ação e aventura... e que o nome fosse só por causa de alguma coisa que eu ignoro.

- Super diferente... porque as posições sexuais são feitas por... homens. – conclui, folheando aquele “livro”, e sentindo um súbito enjôo de posições tão nojentas. E eu não fui a única, acreditem.

- AI, CARALHO, VOU VUMITAR. – gritou, correndo pro banheiro. Droga, nem ao menos tinha tido a chance de ver o presente que ganhara.

- Ué, que aconteceu com o Syn? – chegou Zacky, com a cara toda amassada, vendo o amigo correr (com a mão na boca). Exibi um sorrisinho constrangedor, escondendo o livro debaixo dos embrulhos. Como conhecia bem nosso Bochechudo, ele infernizaria a vida de Syn eternamente por isso.

- Ele... está de ressaca. – menti, levantando-me. – Feliz Natal, Bolota... digo...

- Até tu, Brutus, fili mi? – brincou, abraçando-me. – Pode me chamar do que quiser... eu sei que sou gostoso.

- Opa... seu bumbum é um ótimo travesseiro. - concordei (ué, era verdade mesmo), dando um tapinha de leve.

- Viu? Vê se aquela tripa escorrida do Syn tem todo esse conteúdo. Sobras de gostosura, bem dizia a Baju. – disse com sarcasmo, arqueando a sobrancelha, afastando-se. – Embora eu saiba que você curte mesmo um cara mais magrelo.

- Por que diz isso? – questionei, curiosa. Se não me falhava a memória, eu nunca havia citado ou compartilhado aquela informação para ninguém. Minha tara por caras altos não tinha nada a ver, então... de onde ele tirou aquilo?

- Ah fala sério, Marie... rola um puta clima entre você e o Syn.

- NÃO. Não rola. – gritei, sem mesmo perceber. Tá, saiu um gritinho agudo, histérico... como se eu tentasse negar o óbvio. E se estivesse rolando, que mal teria?

- AAAAATÁ! E eu sou a Oprah. Porra Marie, desencana daquele boiola... Syn tá tão amarrado na sua, véio.

- Você conhece Syn melhor que eu. Sabe que ele é galinha, e troca de mulher como troca de cueca.

- Você é diferente. Olha... tu é escritora... linda, educada... não é uma vadia... pertence a uma espécie de mulher que SUMIU da Terra.

- “Espécie” que você e os meninos estão pouco interessados.

- Porra Marietta, não é assim também... – discordou, sentando no sofá.

- Lógico que é. Na boate, por exemplo. Vocês não vão atrás de meninas que são inteligentes e que tem algo a mais para oferecer do que o corpo. Vocês vão atrás das GOSTOSAS.

- Porque não queremos nada sério.

- E por que vou achar que dessa vez vai ser diferente? Não rola, Zacky. Se meu lance com Hugo acabar... eu vou ficar sozinha, na minha.

- Ah cara... lamento que você pense assim. Seria muito foda ter você na nossa família, como cunhada.

- Dispenso. – resmunguei, levantando-me. Já estava um pouco irritada com aquelas hipóteses, então, para não ser grosseira com Zacky (que só estava tentando ajudar), sai da sala. Trombei com Mel no meio do caminho, com a cara mais amassada e feia que lembro ter visto. Por isso, dei um berro:

- CARALHO, O QUE FIZERAM COM SEU ROSTO?

- Vai tomar no cu, vadia de quinta. – murmurou, afastando do rosto uma mexa de cabelo. – Que dia é hoje?

- Vinte e cinco. Natal.

- Ah tá... legal. Feliz Aniversário, Jesus. – resmungou, roçando os olhos.

- Vem cá, preciso falar com você. – sussurrei, para que ninguém ouvisse. Nem dei chance a Mel de negar. Agarrei-a pelo braço e empurrei para dentro do quarto.

- Qual é dessa vez? Quem morreu? – perguntou, toda preocupada, tentando se situar. Menina doente... bebeu mais que podia, novamente.

- Mel, Mel... dá um conselho. – pedi, andando de um lado para o outro. Eu só podia estar ficando louca: pedindo ajuda pra Mel. Deus, que decadência? – Devo ou não terminar com Hugo?

- Não deve. – respondeu, secamente.

- Ein?

- Não adianta eu falar pra você terminar. Você nunca me ouve, e é cabeça oca. E sempre é a meeeesma coisa.

- Fala sério, mew. – disse um pouco alto.

- Tô falando. Querendo ou não, você ainda gosta dele. Ér... ainda gosta, não é?

- Não sei. – confessei, sentando ao seu lado. – Syn é muito foda, cara.

- AVÁ QUE VOCÊ ESTÁ GOSTANDO DO SYN? Porra Marie... podia ser do Zacky, até mesmo do Matt, mas o Syn?

- Matt? Oh não, eu e ele somos completamente diferentes. – neguei, balançando a cabeça. Mel deu uma gargalhada, dando um tapa em minha cabeça:

- Você que pensa. Juro, juro para você... eu achava que tu estava gostando dele e não do Brian.

- Sério? – questionei, achando engraçado. Ah cara... fala sério. Eu e Matt, juntos?

- Sério mesmo. Enfim, quanto ao Syn... não acha que ele é meio galinha?

- Esse é o problema.

- Embora você seja diferente... muito diferente.

- AAAAH Best, estou depressiva. – murmurei, caindo em seu colo. – Não sei que fazer da minha vida.

- Faça o que te faça feliz.

- Terminar com Hugo... será que preencheria o que falta aqui? – perguntei, apontando para meu peito. Mel não respondeu, de imediato. Apenas sorriu, mexendo nos meus cabelos:

- Você não ama Hugo, só se acostumou com ele. Lembra? Certa vez, conversando, você disse que queria ter sido mais livre. E, quando pode... teve que casar com Hugo, para irem embora juntos. Não desconfio que você tenha sentido algo por ele... mas Marie, você já tem quase 24 anos. Não tá na hora de tomar um rumo diferente?

- E se eu errar e me arrepender?

- Olha ao seu redor. Tem como se arrepender? Estamos na Inglaterra. Você é uma escritora famosa. Conseguiu os atores dos sonhos para seus personas. Enriqueceu com a escrita, e melhor, está fazendo o que mais gosta fazer. E quem está aqui? Eu, e os Avengers. Hugo nunca esteve do seu lado. Sério, acorda amiga, está na hora de mudar!

Melissa podia ser piaradinha na maior parte do tempo, mas ela estava certa. Por coincidência, Matt havia dito a mesma coisa, em nossas conversas juntos.

Estava fatalmente presa ao passado e precisava mudar isso. Precisava de algo que completasse o que eu sentia tanta falta. Eu queria um homem... não o fantasma de um. Se fosse assim, me contentava com Jimmy.

Ah, e desculpa, ein Jimmy?

(---)

Por volta das 13h, nos reunimos todos a mesa. Matt pediu para fazer o “discurso”, com a taça de vinho erguida (no meu caso, refrigerante de limão, porque eu não chegaria perto de álcool tão cedo). Syn, aquela cabeçudo, mesmo depois de ter passado mal, estava mandando ver no resto de conhaque que tinha numa garrafa, perdida pela casa. Zacky comia as panquecas com os olhos, e Mel cambaleava, como se fosse dormir de pé.

Eis que Matt começou:

- Nós podíamos estar na casa de nossos familiares, ouvindo aqueles blábláblá de sempre, encarando os nossos primos fracassados que olham torto achando que somos maconheiros, xingando as tias velhas que beliscam as bochechas do rosto (e as outras também), inclusive aqueles tios chatos que perguntam onde os pais erraram na criação do filho, que agora é tão esquisito e tatuado. Tirando o Papa Gates, os demais são todos cusões. – uau, quanto amor familiar em uma data tão querida. Comovente. – Mas estamos aqui... reunidos... diante dessa mesa tão farta preparada pela nossa querida Marie... enquanto todos nós chapávamos na cama, devido a forte ressaca. Enfim... feliz Natal a todos esses filhos da puta... e vamos comer porque to com fome.

- Palmas, palmas, esse discurso me comoveu. – gritou Syn, batendo palmas (sozinho). – Esqueceu de falar dos presentes.

- Ah, sim... devo agradecer os 200 euros que gastei em presentes para todos. – riu, sentando-se. – Mentira, gastei menos, mas gosto de me gabar.

- Mel, acorda, fia. – murmurou Zacky, dando um tapinha no rosto dela.

- Ein? Oh... estou tão cansada. A noite foi longa. – murmurou, sonolenta.

- Consegui dormir bem até... só que uns barulhos estranhos na sala e no quarto atrapalharam... parecia gemidos. – começou Zacky, oferecendo-se de um montão de salada de batatas. – Se não estivesse chapado, diria que algum de vocês estava comendo alguém.

- Gemidos? – gritou Matthew, jogando o copo no chão, depois de se engasgar. – Ér... ér... ér... alguém me ajuda que vou morreu. – pediu, levantando-se. Geeente, ele começou ficar vermelho, sem brincadeira. Tentava respirar e não conseguia.

Syn e Zacky acharam que era brincadeira (até eu achei, no comecinho). Fizeram piadinhas, rindo, ainda comendo. Mas, ao perceberem que a coisa estava tensa, levantaram-se também, acudindo-o.

- Respira, respira.

- NÃO CONSIGO, CARALHO.

- Desculpa Matt, mas vou te encoxar. – avisou Mel, abraçando-o por trás. Começou a apertar a barriga, enquanto eu tentava manter a calma. A minha e a dele.

- Calma, calma, arrota, às vezes...

Graças a Deus ele começou a tossir, liberando a passagem entupida da garganta. E tossiu, tossiu, tentando beber alguma coisa por cima. Estava fatigante e incrivelmente vermelho. Até mais que o normal:

- Porra cara, cê tá bem mesmo? Podemos te levar no hospital... – começou Syn, procurando o casaco pela casa.

- Não... precisa... eu já... estou melhor. – gaguejou, todo trêmulo. – Já estou bem, ficam sussa... só me engasguei com o vinho.

Zacky não percebeu, mas eu notei a olhadela desconfiada que ele deu em Matthew. Não entendi porque... mas eu não ia dizer em voz alta, né?

E almoçamos... depois daquele susto. Acabamos planejando uma sessão de “Verdade ou Desafio” à noite, com direito a tudo que possamos imaginar: pipoca, batatas, salgadinhos, doces e muita besteira.

E o que rolou nisso? Bem, aí só no próximo capítulo.

(NOTA DA AUTORA: PESSOAL, NO PRÓXIMO CAPITULO, VAI ROLAR O VERDADE E DESAFIO. AGOOORA... DOU O DIREITO DE TODAS AS LEITORAS PARTICIPAREM. COMO? SIMPLES: TODAS PODEM FAZER UMA OU MAIS PERGUNTAS... QUE GOSTARIA DE PERGUNTAR PROS PERSONAGENS. POR EXEMPLO: O QUE VOCÊ PERGUNTARIA PRO MATT, NO CONTEXTO DA FIC? E PRO SYN? E PRA MEL E A MARIE? PODEEEM MANDAR A VONTADE QUE EU USAREI A DE TOOOODO MUNDO, OKAY? FORMA DE INTERAGIR SEM NNG FICAR DE FORA. E postei aqui porque tem gente que não lê notas, aí pode ficar de fora, então nem rola. Beijos e até amanhã. )


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