Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 59
A noite agitada do Natal.


Notas iniciais do capítulo

MUAHAUAHSUAHSUA CARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA,AÍ TÁA CENA TÃÃÃÃO ESPERAAAADA. SEI LÁ, na minha humilde opinião, ficou quente de uma forma fofa, anyway.... UII, CAPITULO MEIA NOVEEEE,QUANTAS EMOÇÕES *----* Comentem ein? Beijinhos e boooaa leituuuura.



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Acordamos um pouco cedo (no dia 24) para organizar as coisas da ceia. As tarefas estavam separadas assim:

- Melissa: prepararia (com ajuda de Zacky) o arranjo, a mesa, a toalha, e o bolo de sorvete (porque ela fazia um muito bom).

- Zacky: ajudaria Mel com aquilo ali em cima e faria as batidas (alcoólicas ou não). 

- Synyster: faria o peru, as batatas assadas e ajudaria a lavar a louça.

- Matthew: prepararia a salada, o arroz, e a macarronada.

- Eu: faria as panquecas, batatas recheadas (aquelas que o Syn ia assar), torta de frango e... só.

E trabalhamos, todos juntos, quase a manhã toda. Algumas coisas, só foram ficar pronta no fim da tarde. E... dedicando um tempo para descanso, sentamos no sofá, juntos.

- Cara, tá sendo muito foda! – gritou Mel, batendo palmas (reparem que era a forma que ela demonstrava alegria). – Nunca tive um Natal tão divertido!

- Nós também não. Quando passávamos o Natal na casa dos nossos parentes... nenhum deles permitiam que chegássemos na cozinha. – lamentou Syn, bem humorado. – Achavam que éramos dementes. Tinha uma veia louca lá, esposa do meu tio, que queria arrancar minhas tatuagens com bucha de aço. Mandei-a tomar no cu.

- Ah vá, nada a ver isso. Vocês cozinham bem, pelo que andei provando. – animei, levantando. – Pois bem... agora as cinderelas irão deixar o trabalho porque temos que nos arrumar.

- A ceia começa às 10 horas, Marie.

- E já são seis horas. SEIS. Embora nada que eu faça vai mudar minha cara... tenho que, ao menos, estar apresentável, hunf.

Eu tratava minha feiúra com dignidade. Primeiro passo, admitir. Yeah.

- Sua boba. Bem gente, estamos indo. Até por volta das 9 horas... ou mais. – acenou Mel, sumindo comigo de vista.

Ao perceber que todos os meninos já não podia nos ouvir, murmurou:

- Que roupa você vai vestir?

- Surpresa até pra ti Mel. Até mais tarde. – e abrindo a porta, entrei no meu quarto.

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- Marietta, você está demorando demais, cara. – gritou Matthew, dando socos na minha porta.

- Eita nós, calma aii, fio! Estou terminando a maquiagem. – gritei em resposta.

- Tá, mas sai logo. Não sei por que vocês, mulheres, ficam passando massa corrida na cara. – resmungou, sentando na poltrona.

- Tá, pronto, estou aqui, tonto. – retruquei, abrindo a porta. Como a casa não era de andar, comecei caminhar pelos corredores, com aquele barulho toc toc do sapato.

Quando surgi na sala, totalmente diferente do que eu estava habituada, senti que os olhares dos meninos caíram sobre meu corpo (coisa que eles nunca haviam reparado). O vestido que eu escolhi para aquela ocasião era curto. Era vermelho, com uns detalhes. Muito ousado e sensual, mas longe de ser vulgar. E, para completar... salto (um sapato muito lindo que ganhei de Mel, no aniversário anterior).

De Zacky e Syn, eu já podia esperar algo (como um assovio baixinho), mas de quem não esperava uma reação tão estranha era de Matthew.

Sério... ele ficou olhando, de cima para baixo, como se... estivesse tentando achar a Marietta que conheceu no aeroporto. Olhava... olhava... mas sempre acabava encarando meu rosto, ou meu decote... ou minhas pernas, nuas.

Um pouco corado e totalmente sem graça, acabou cruzando as pernas sutilmente... e isso denunciava que alguma coisa havia acontecido. Isso, havia acontecido. Como encarar o fato que Matthew estava excitado, por minha culpa? Não, era estranho demais... não fazia sentido. Eu era magrelinha, com poucos atributos... Ou será que ele estava “animado” em ver Mel, que estava deslumbrante aquela noite?

Não fazia lógica. Foi na hora em que eu cheguei, que essa coisa tensa aconteceu. Mas, o que esperar? Ele era um homem...

 - Uau, Marietta, você está linda como sempre. – sorriu Mel, me abraçando. – Você sempre tem um ótimo gosto para as roupas de festa. Devia se arrumar assim sempre.

- Pra quê? Só datas realmente importantes valem a pena. – respondi, curvando-me sobre a mesa, para ajeitar o arranjo. Tentei disfarçar, depois daquele momento constrangedor. Só que eu não sabia que estava piorando a situação.

- Matthew... – começou Syn, sem que eu visse nada que estava acontecendo. – Matthew... Matthew, responde? MATTHEW, PARA DE OLHAR PRA BUNDA DA MARIETTA E RESPONDA.

- EIN? – berrei, virando-me rapidamente, tapando as pernas com as mãos.

Matthew estava vermelho. Muito vermelho. Fez de tudo para não levantar, ajeitando o casaco na “frente”, para que ocultasse algo. Eu... merecia... aquilo.

- Eu... não estava... vendo... nada. – gaguejou, coçando os olhos por debaixo dos óculos.

- Ér... bien... então até não começarmos a ceia, o que faremos?- perguntou Mel, apressada em mudar de assunto. Por isso que ela era minha melhor amiga. Em situações como aquela, sabia se virar. E me ajudar.

- Podíamos tocar um pouco. – sugeriu Syn, pegando o violão ao lado do sofá. – Vamos fazer uma roda de música e depois... feliz Natal.

- Ótima ideia. – sorri animada, sentando-me ao lado deles.

E ficamos, até aproximadamente 11 horas da noite, cantando todas músicas que conhecíamos. Matt ainda olhava para minhas pernas... mas tentei aceitar o fato com muita naturalidade, abaixando o vestido toda vez que ele tentava subir.

Não seria a primeira, nem a última vez.

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Quando bateu meia-noite, foi uma coisa muito fofa. Todo mundo se abraçando, desejando felicidades (embora quisessem mesmo comer porque estavam azuis de fome), agradecendo o feriado, e PA PA PA. Você deve estar surpreso porque não vou descrever isso com detalhes. Mas, vou descrever o que? A comilança que fizemos, até uma da manhã, com aquelas delícias que havíamos feito? E que, depois, sentamos na sala, e começamos a conversar e beber? Essa, talvez, seja a parte mais importante da história, visto que não lembro nem metade dela. Por quê? Eu estava bêbada. Veja como começou.

- Cara, o que é isso mesmo que vocês bebem com tanta vontade? – perguntei, apontando para a garrafa sobre a mesinha. Syn e Zacky já estavam bêbados, naquela altura. Mel, decadente, já estava dormindo.

- Conhaque. – responderam, só que não sei quem.

- Eu quero... – pedi. Matthew se levantou, tirando de mim o copo que Syn havia dado. Um copo cheio, por sinal.

- É muito forte... você vai chapar. – resmungou, fazendo uma careta (pelo menos, o que dava pra ver, já que os óculos tapavam tudo).

- Eu quero experimentar. – insisti, esticando a mão. – Só um gole, vai?

- Um gole... só.

Tá que eu bebi um gole. Acabei virando o copo todo, enquanto Matthew me chamava de irresponsável. Blá... uma vez na vida, outra na morte.

Passado um tempinho, quando a bebida começou fazer efeito, senti tudo girar... mas depois, a sensação passou. Senti vontade de sorrir... rir, sei lá. As pernas ficaram bambas, e eu já não estava tão interessada em saber se meu vestido subia, deixando minhas pernas a mostra. Acho que eu tinha... chapado.

(Narração em Terceira pessoa)

Matthew, o mais sóbrio da turma (que preferiu não beber muito, sabe-se lá porque), percebeu que Syn e Zacky estavam chapadássos, e a qualquer hora começariam falar merda. Não é a toa que, ao tentar levantar o primeiro, para levá-lo ao quarto, foi “carinhosamente” atingido por um jato de conhaque.

- Filho da puta! – gritou, agarrando-o com mais força. Depois de uma luta para chegar ao quarto, conseguiu, trancando-o lá dentro.

Fez a mesma coisa com Zacky (com quem teve mais dificuldade, por ser um pouco mais “cheinho”). Agora, era vez de Melissa, que já estava no décimo oitavo sono. Pegou-a no colo, ajeitou-a na cama, e saiu, voltando para a sala.

Aproveitou para tirar a camisa molhada e os óculos, tentando pensar no que faria. Agora, teria que resolver um problema maior: a amiguinha Marietta. Ao chegar à sala, deu de cara com ela, de pé, cambaleando um pouco. Estava confusa... e queria entender o que estava acontecendo.

- Cara, onde estão Syn, Zacky e Mel? – perguntou, sentindo que tudo rodava ao seu redor. – Eu não devia... ter... bedio... bebidu... bebido...

Estava levemente bêbada. Como não havia se acostumado em ingerir álcool, um copo de conhaque foi o suficiente para subir a cabeça.  Matt (sentindo-se culpado), tentou segurá-la. Mas ela insistia em se soltar, rindo (mas sem escândalos):

- Porra Matt... cadê a turma... não vai me falar que morreram? – perguntou, fazendo muxoxo.

- Não, ninguém morreu. Eles estão dormindo lá em cima. Vem, vou te levar... pro quarto...

- Nããão, eu quero jogar algo. – sugeriu, olhando para os lados. – Podíamos jogar UNO. Você sabe o quanto adoro UNO.

- Marietta, você precisa de um café. Como fomos idiotas de te dar bebida, você não é moça pra isso. – esbravejou, perdendo a paciência. Logo vou explicar: ele não estava ficando irritado com Marietta. Estava ficando irritado com ele mesmo, que não sabia o que fazer.

- Eu sou moça pra que, então? – desafiou, sorrindo. – Eu sei do que to falando, cara... eu só estou um pouco alta. Quem vê, pensa que nunca bebi algo nos meus 23 anos de vida...

- Marie... vamos comigo... sim?

- Tá, tá tá... – se rendeu, aproximando-se dele. – Antes que você comece me dar sermão como se fosse meu irmão mais velho.

- Não sou seu irmão mais velho. Eu sou um homem... e você... uma mulher.

- Uau, que legal você ter percebido isso, não? – ironizou, exibindo um pequeno sorriso.

Matthew até que estava tentando, mas não conseguia. Ficava cada vez mais excitado, pelo simples fato de estar perto de Marietta. Estava divina aquela noite, de uma forma que ele nunca teve o prazer de vê-la antes. Vestia uma roupa tão linda, tão curta, tão... tão... sensual. Tá, loucura... era a Marietta, sua amiguinha escritora! Mas... acima de tudo, ele era homem... e ela, uma mulher, e estava ainda mais naquela noite.

“Não posso fazer isso”, murmurou para si mesmo, abanando a cabeça. Marie olhava para ele curiosa, sem entender porque ele estava ali parado, olhando-a. Ele bem que tentou, mas não conseguiu.

O que ele fez? Bem... ele acabou empurrando a amiguinha sobre sofá, caiu sobre ela e... começou beijá-la, como se aquela fosse a última coisa que ele faria na vida.

PUTA QUE PARIU DAS NARRAÇÕES EM TERCEIRA PESSOA! QUE-ERA-AQUILO?

Geeeente... nunca imaginei que ele faria isso! Ele... ele... estava beijando a Marietta. BEIJANDO. E não era aquela coisa de “você é muita puta e vou te comer”. Que nada... era algo com sentimento, misturado com excitação e tudo aquilo que todos nós percebemos que está escancarado na cena. E a Marietta? Mesmo não entendendo porque Matthew tomara uma atitude tão “repentina”, estava gostando. Correspondia ao beijo, mesmo que levasse,mesmo lá no fundinho, a culpa de trair o marido. Mas ela estava traindo mesmo? Ou aquilo era apenas um devaneio de bêbada?

O clima esquentava cada vez mais, cada vez mais MESMO. Já não era mais o Matt mulherengo que estava ali, naquele sofá, quase tirando a roupa de Marietta. Era um cara diferente, que sem saber porquê, respeitava os limites da mulher que estava ficando. Temia machucá-la. Temia magoá-la. Temia fazer muitas coisas, que em outra ocasião, sequer pensaria.

Mas sua excitação não deixava. Continuava a percorrer as mãos pelo corpo dela, e a beijá-la, sem pensar em parar. Mas tinha que parar.

“Eu não posso transar com a Marietta dessa forma”, pensou consigo mesmo, parando com tudo. “Ela não é uma vadia... que eu devo me aproveitar, porque está bêbada. Ela é a Marie... pura demais pra ser suja por mim”.

Marietta não entendeu porque Matt, do nada, se levantou. Lógico que estava gostando do que estava acontecendo, mesmo que não conseguisse entender muita coisa. Mas, vamos ser sinceras... ela estava usufruindo daquele corpão de Deus Grego. Aqueles músculos, aquele tórax... Ah Deus, quem não iria gostar? Ainda mais ela, que tinha uma quedinha ANTIGA pelo vocalista favorito.

- Marie... vamos subir... você precisa de um banho. – sorriu ele, pegando-a no colo. Tentava se “acalmar”, ajeitando a calça (agora desabotoada). Okay, ela estava de roupa íntima muito provocante, mas ele precisava manter calma. MANTER CALMA!

Abriu a porta do banheiro (que ficava no quarto de Marietta), enfiou-a debaixo do chuveiro e ligou, vendo a água cair. É, isso devia manter sua atenção desviada, isso. Ér... não. Acabou depositando a atenção na água que começou percorrer todo corpo da moça... e que molhava a lingerie... que cada vez mais ficava transparente... muito... transparente...

Tentou mais uma vez resistir, mas NÃO CONSEGUIU!

- Eu juro... que tô tentando... ignorar... que você é uma mulher. – resmungou ele, conforme a beijava. Já não tinha controle qualquer sobre seu corpo. Queria, de qualquer forma, ficar ali, debaixo daquela água, beijando Marietta. Precisava daquilo.

- E por que você... não deixa de ser idiota... e aproveita... o momento? – sorriu ela, arranhando-o.

Pra que ela falou isso? Agora sim que a coisa ia pegar fogo, senhor santo das narrações! E bota fogo nisso, ein?

Gente do céu, cadê a Marietta? Deve ter ido junto com o copo de conhaque que tinha bebido.

----


Na cama, os dois continuaram se beijar. Era como se o mundo fosse acabar ali, ali mesmo...

Matthew, percebendo o estágio que estava indo as coisas, parou mais uma vez. Nem havia se dado conta que estava só de cueca e, Marietta, com a lingerie molhada. O sutiã estava desabotoado, mas grudado na pele.

- Eu não posso... – murmurou, levantando. – Desculpe mesmo, eu não posso. Você é tão... indefesa e... oh não... – resmungava, tropeçando nas palavras. Sua vontade era continuar. Era ficar ali, a noite toda, fazendo o que mais gostava de fazer. Mas dessa vez, era Marie. O sabor era diferente. Tudo era diferente. Ela era diferente... por isso acabou não fazendo nada.

Marietta tentou se levantar, mas sentiu tudo girar. Matt, percebendo que as roupas estavam molhadas, correu para o guarda-roupa, trazendo um conjunto de moletom.

- Marie... veste isso, antes que fique gripada.

Atá que ela ia conseguir se vestir daquela forma. O que restou fazer? Matt, isso mesmo, Matt teve que trocá-la, fechando o olho para que não a visse nua. NÃO PODIA VÊ-LA NUA, E NÃO O FEZ. Havia prometido para si mesmo que respeitaria, a cada minuto, a amiguinha escritora.

Deitou-a com cuidado, beijou-lhe o cenho e murmurou:

- Boa noite, linda. Bons sonhos.

Marietta sorriu, roubando-lhe um selinho:

- Você é um máximo. Admiro seu respeito por mim. Eu não me arrependeria de trair Hugo. Você é um cara que vale a pena.  

Matt sorriu, esperando que ela pegasse no sono. Sentiu-se aliviado, mesmo que tivesse perdido uma transa que poderia ter sido incrível. Mas nada valia a amizade de Marietta. Nem mesmo uma noite com ela.


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