Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 54
A viagem à Manchester.


Notas iniciais do capítulo

Ignorem a quantidade de dialogos, é que fui seguindo o embalo e deu que deu HUASHUSUHAUSH Entããão, a venceeeedora vai surgir no... segundo capítulo da viagem, ou menos. ^^ MUAHAUAHAUAHAU queeeem serááá *(66) Fico muito feliz por todas terem participado (ou quase todas) ttt E pelos reviews *---* então... boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130789/chapter/54

Dia 20 de dezembro, um pouco mais tarde.

Quando desci para almoçar (porque estava com uma fome do cão), encontrei Mel e os meninos sentados numa mesa perto da janela. Sobrava um lugar... e, como sempre, era o meu.

Cheguei animada, sorrindo, me sentindo muito bem. Dei um beijo no rosto de cada um e me sentei, radiante:

- Olá meus amoreeees...

Todos, TODOS, olharam para mim, de esgoela. Repreendiam-me com o olhar, como se eu houvesse feito algo errado. Desde quando transar com meu marido é algo errado, hunf?

– Ah cara, fala sério, que foi? – perguntei, roubando do prato de Matthew um pedaço de carne.

- Nada, oras. – resmungou Syn, enfiando dois pedaços de batata na boca.

- Ah tá, como se eu não conhecesse vocês. – revidei, olhando-os sem parar. Ora pros meninos, ora para Mel.

Depois de um tempinho (o suficiente para eles contemplarem minha cara de curiosa), começaram a rir:

- Estamos brincando com você, sua maluca. – confessou Mel, largando o garfo. – Então, me conta... COMO FOI A NOITE?

- Mew... que homem é aquele? Ele é tão... – comecei, sendo bruscamente interrompida por Zacky, que cuspia a coca-cola que bebia (ou tentava). Nota nada irônica: ele cuspiu por ser Coca, mas se fosse conhaque... tá parei.

- Estamos comendo, cara, que nojo!

- Foda-se vocês... tive que aguentar coisas piores quando estavam bêbados. Agora ficarei aqui, fazendo vocês saberem da minha noite quente. – provoquei, cruzando os braços.

Mel riu, empolgada. Adorava saber, com detalhes, aquelas coisas (como a boa tarada que ela era). E eu, a melhor amiga, não lhe privaria de nada (mentirosa). E lógico, usaria aquilo para irritar aqueles tontos que eu tanto gostava.

- Então, Mel... ele pediu para que eu vestisse a lingerie que ele mais gostava...

- E o que você fez depois?

- Oras... eu...fiz questão de vestir. – sorri, fazendo uma cara meiga. – E de tirar, depois, bem lentamente...

- Tá, chega, muita informação pra uma pessoa só. – gritou Matt, tapando os ouvidos. – Vou ter um revertério, por favor, chamem a “bulância”.

- Então... aí... depois de me beijar e daquelas coisinhas que a gente sempre faz antes... – continuei, tentando NÃO RIR com o que Matt havia dito.

- Que carinhosamente chamamos de preliminares... – interrompeu sim, apoiando o queixo na mão. Ele estava prestando atenção na conversa, o que não era pra acontecer.

- Syn, para! – gritamos em coro.

- Ué, você tá falando pra todos nós, não? Estou interessado em saber. Quero saber lidar com mocinhas puras como você... quando eu achar uma.

- Nas zonas que você frequenta, a única coisa pura que podemos encontrar é a pinga.

Puts, essa não resisti. Esqueci de Hugo, de Mel, do caralho a quatro... e gargalhei, alto, muito alto, junto de Zacky e Matt. PQP, GENTE, AR, AR, CADÊ MEU AR?

Os caras do restaurante ficaram olhando, mas pau no cu deles... eu ia continuar rindo.

- Essa foi foda... – gaguejou Matt, num intervalo de gargalhada e outra.

- Meu lado comediante falando sempre mais alto. – gabou-se aquele fofinho bochechudo, pondo a mão no peito. Syn, como não era tonto nem nada, sorriu também, imitando a pose gay do amigo:

- Seu lado palhaço, corrigindo.

- Então... – tentei continuar, sem dar bola pros meninos que discutiam. E para minhas gargalhadas, que queriam continuar saindo, mesmo depois da pausa forçada. – Ele me convidou... para passar com ele... os feriados.

- QUE LINDO CARA! – berrou Mel, batendo palmas.

Matthew, que deixara de sorrir do nada, cutucou-me. Estava com o cenho franzido, os olhos semicerrados, como se estivesse mal humorado (ou bravo) comigo. Deixei de entender Matthew quando o conheci. Vai entender.

- Hey, senhorita “uma noite quente com o amor”, e a gente?

- O que tem?

- O que tem, o que tem... tínhamos combinado de irmos a um chalé em Manchester.

- Não, vocês tinham combinado. Eu não tinha nada certo ainda.

- Mesmo assim, havíamos incluído você. – voltou a resmungar. – Não que eu me importe... mas... você podia levar seu marido, se quisesse. Pelo menos passaríamos todos juntos.

- Tá louco cara? – cochichou Synyster, beliscando o braço do amigo. – Você vai levar pro nosso chalé aquele otário?

- U-hum... – pigarreei, acenando. – Hello? O Otário é meu marido, ainda.

- Não importa. Continua sendo tudo isso e muito mais. – concordou aquele ogro tatuado, exibindo um meio sorriso (aqueles de canto).

Não tinha como resistir a um pedido desses, não? Vocês podem estar se perguntando: mas eles nem falaram nada. Vão por mim... eles queriam minha companhia. E eu queria a deles.

- Tá ta tá... vocês venceram. Eu vou com vocês pra Manchester, melhor assim? E quem vai dirigindo, já pra eu fazer meu plano de saúde?

- Engraçadinha. Quem vai dirigindo sou eu, Matthew Sanders, o piloto profissional de rodovias e estradas. – brincou, erguendo um dos braços e mostrando seu bíceps. E que bíceps. (Momento todos babam, solteiras, viúvas, casadas).

- Xii... da última vez que andei com você, eu quase morri do coração!

- Ui... o que andou rolando nesse carro, ein Marietta? – piscou Mel, tentando me provocar. E conseguia.

Com as maçãs do rosto um pouquinho coradas, tapei meu rosto, com vergonha:

- Fica quieta, Melissa.

Podemos dizer que assim: sempre fui menina de interior, mesmo que estivesse bem longe da minha cidadezinha pacata. Fui criada em uma família tradicional, sem muitos luxos. Muitas coisas, com o tempo, fui mudando, como o fato de morar sozinha sem depender de homem. Só que, com esses assuntos de sexo e tals, eu ficava (e ainda fico) MUITO sem graça. Nada que eu disse, anteriormente, sobre Hugo era verdade. Eu fiz isso pra provocar os meninos. Nunca, nunca contei pra ninguém sobre minha vida pessoal. Sou meia fechada, percebem?

E como o Matthew deixava-me estranhamente encabulada... qualquer coisa que dissessem a nós dois eu... puft! Corava.

Tá, agora deixa eu voltar pra narração.

- Bem, então tá combinado. Marie, fala com seu marido, enquanto a gente liga certinho pra lá e vê o que acontece. Esse Natal promete ser... fooooodáááástico. – festejou Zacky, levantando-se. – Bem... será que rola uma boate conosco hoje?

- Não to afim, Zacky. Podíamos guardar essa nossa empolgação para alguma boate de Manchester. – sugeriu Mel.

- Opa... boa ideia. Então, teríamos que ir pra lá mais cedo. Que tal partirmos amanhã?

- AMANHÃ? Oh não, não dá tempo nem de ajeitar minhas coisas. – gritamos (eu e Mel), agitando as mãos. No meu caso, não eram as roupas, e sim os livros. Já da Mel, era metade do mundo da moda, mas anyway.

- Meninas, nós vamos passar o feriado, não a vida lá.

- Mesmo assim, Matthew.

- Tá, vamos partir dia 21, sem choro!

- Tudo bem, aí é razoável.

- Okay então. Agora... se me dão licença... vamos treinar. – despediu-se Matt, levantando-se. Zacky e Syn acenaram e saíram, junto dele.

- Marie, acha mesmo que Hugo vai querer viajar conosco? - perguntou Mel, quando todos já estavam longe.

Eu abaixei a cabeça, olhando para o prato de Matt, e sorri, um pouco triste:

- Eu acho que ele nem vai estar aqui, pra começar.

Triste realidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!