Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 47
Pesadelos, 2.


Notas iniciais do capítulo

TRAAAAAAAAAAGÉÉÉÉDIAAAAAAAAAAAAAS HAHAHAHAHA. Eaí menines, chutam? Marie vai embarcar? Matt está errado? Syn está errado? Marie vai morrer? EIN EIN, CHUTEM AIII PESSOAAAAL, MUAHAUAHAUA!



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(Terceira pessoa, ainda).

Logo pela manhã, Matthew se reuniu com Zacky e Syn, no restaurante do Hotel. Não dissera sobre o pesadelo para ninguém. Não daria o gosto de mostrar que estava preocupado, ou melhor, assustado.

“Para de ser idiota, Matt”, pensou consigo mesmo, olhando para os amigos. “Marietta não vai viajar. Então, para que tanta preocupação? Logo logo ela surge com aquele sorriso irônico e começa descer porrada em todos. Tomara... que isso ocorra”.

- Matthew, que há?- perguntou Zacky, percebendo a estranheza (além do normal) do amigo. O rapaz não respondeu de imediato. Ajeitou os óculos primeiro e depois sorriu:

- Sono. Dormi mal pra caralho.

- Então somos dois, Matt. – começou Melissa, se aproximando do grupo. Digamos que ela tinha o dom de surgir do nada... e entrar nas conversas que dela não fazia parte.

Pegou uma cadeira de uma mesa vizinha e sentou-se ao lado de Syn. Roubou-lhe o pãozinho, a xícara de chá e um pouco de manteiga.

- Eu nem queria comer mesmo... – resmungou ele, acenando com a mão para o garçom. – CAFÉ COM CONHAQUE.

- Estou me sentindo morta... ao menos preguei os olhos hoje.

- Coincidência, não? – sorriu Matt, com ironia, abaixando um pouco o RayBan que usava. Mel fez uma careta, junto de seus amigos. As olheiras estavam horríveis.

- Credo cara, passa um pó nessa merda, tá parecendo um panda. – riu Zacky, antes de ser atingido por um pedaço de bolo voador.

- Que tempo horrível é esse? – murmurou Syn, olhando pela janela. Não dava pra ver absolutamente nada. A neve cobria boa parte do chão lá fora.

- Nevasca. Esse inverno promete.

- Espero que o vôo da Marietta não saía nesse tempo... – sussurrou Mel, para si mesma, passando manteiga no pão. Matt, julgando ter ouvido errado, jogou a xícara de café sobre a mesa.

- Vôo de quem? – repetiu, quase berrando.

Melissa tapou a boca com as mãos, como se houvesse dito besteira. Tentou desvencilhar dos Avengers, mas não conseguiu. Matt estava a ponto de ter um colapso nervoso, se não contasse o que estava acontecendo.

- AH NÃO ME OLHEM ASSIM! – implorou, juntando as mãos. – Marie... está muito brava comigo... e me fez prometer que nada diria...

- MELISSA, FALA LOGO ESSA PORRA! – berrou, agarrando-a pelos dois braços.

Tudo bem, esse sim era um bom momento para ter medo do Shadows.

- Ela foi pro Brasil... passar o Natal com a família dela. – contou, mesmo que obrigada. – Ela quer dar um tempo daqui... e vai voltar com cabeça fria, e quem sabe, nos perdoe pelo caso do cinema, hum?

Matthew não ouviu mais nada que Melissa disse. A frase “ela foi pro Brasil”, já era suficiente para bater o desespero. Não... não estaria louco... aquele sonho foi real...

- CARALHO, PRECISO SALVAR A MARIETTA. – berrou, jogando a cadeira no chão. Saiu correndo, trombando em tudo que estava pela frente, enquanto Syn, Zacky e Mel tentavam segui-lo, sem mesmo saber o lugar que estava indo.

- Matt, deixa de ser idiota! – gritou Zacky, puxando-o pelo braço, já no carro. – Explica o que aconteceu!

- Pode ser loucura, vocês vão achar, mas eu sabia que Marie ia viajar. ELA VAI MORRER SE EMBARCAR NAQUELE AVIÃO!

Syn não agüentou, e deu uma gargalhada muito alta. Mel continuou séria, e Zacky, meio termo. Vamos ser sinceros: era difícil crer em alguma coisa daquelas, né?

- Conta outra, cara. – gaguejou Syn, tentando se controlar. Matt acirrou o punho, dando partida no carro (um que era do hotel, pra aluguel).

- Pau no seu cu se não acredita em mim. Melissa, vai comigo, não?

- Ah gente, que palhaçada isso, cara. – riu Syn, dando um tapinha nas costas de Melissa. – Vai falar que você...

- Vamos Matt. – murmurou, ignorando o que o guitarrista dizia.

Com a maior cara de taxo, deixou de rir. Viu que... não era momento para brincadeiras, e que, talvez, Matt estivesse certo. TALVEZ. Entrou no carro junto de Zacky, e a caminho do Aeroporto (uma hora segura para começar o questionamento), começou a perguntar:

- Como você...?

- Sonhei com isso essa noite. Por que acha que não dormi direito? Jimmy e Johnny estavam comigo... quando os caras da TV deram a notícia...  Marietta morria no acidente aéreo. – explicou, trêmulo.

- Mas Matt... numa hora dessas, ela já deve ter partido.

- Não Melissa, ela NÃO pode ter partido.

- E se mandássemos uma mensagem pra ela... porque se ligarmos, pode ser que não saibamos explicar, ela vai achar que é zueira... e vai ficar nervosa a toa. – sugeriu Syn, ainda descrente dos dons “videntes” do amigo. Melissa assentiu, pedindo o celular de Matt emprestado. Digitou algumas palavras, um pouco sem nexo, e enviou, com a esperança que Marietta cedesse e entendesse.

- O que você escreveu? – perguntou Matt, ultrapassando um caminhão na rodovia. Todos viram a morte raspando por ali... sério.

- Que... você... precisava muito dela, e que não era pra ela embarcar antes que chegássemos.

Matt deu um suspirou, passando os dedos por debaixo do óculos. Ou os olhos lacrimejavam, ao pensar na morte trágica da amiguinha... ou coçavam, devido a falta de descanso noturno.

 “Vamos, Marie... eu não posso enterrar um terceiro amigo!”, pensou, atolando o pé no acelerador.

Acompanhando os 150 km de sua freqüência cardíaca, ele continuou a correr pelas rodovias de Londres.


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