Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 30
Sempre estaremos aqui.


Notas iniciais do capítulo

SÁÁÁÁBADOOOO, ALELUIA SENHOR, ALELUIA PAI, ALELUIA IRMÃOS n Dia de não fazer PORRA nenhuma, e eu precisava realmente compartilhar isso com alguém. Amanhã pdoe ser que eu não post, porque tenho que terminar a discussão do meu TCC, oh Ceuz ¬¬' E ver se resolvo tarefas do cursinho. Okay?
Beleza então... boa leitura rs. AAAAAH tááá chegando, a próxima cena as ganhadoras da promoção VÃÃÃO SURGIR, MUAHAUA /risadamaléfica.



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AAAAh Marietta, sua cachorra, você tinha realmente que usar o trecho mais fodelástico de So Far Away para descrever aquele momento?

EU PRECISEI!

Só sei que lá estava eu, agarrada naquele cara. Ele era tão “grande” que meus braços mal podiam envolvê-lo. E ficamos assim por um bom tempo, até que eu resolvesse parar de ser idiota, e deixasse-o ir embora.

Minha reação foi um pouco brusca. Larguei, passei a mão pelo rosto (para ver se havia alguma lágrima maldita pelo rosto) e suspirei, lendo nas faces dele o que pensava:

- Eu gosto... dessa música. – sorri, um pouco acanhada.

Ele não respondeu. Continuou a me olhar, de uma forma estranha, como se estivesse me analisando. Tempo depois, após sorrir de uma maneira divertida, agarrou minha mão:

- Valeu mesmo, não vou voltar te decepcionar... amiga.

- OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOWN! - gritaram Zacky, Syn e Mel em coro, na porta do quarto. CARA, QUE VERGONHA DO CARALHO!

- EU FALEI, NÃO FALEI?! ESSE CORNO ACORDOU, VEJAM SÓ! VIU, MEL E MARIE, EU NÃO ME DROGUEI... – e tratou de acrescentar, corando ligeiramente - ... hoje.

- Que foda, cara... você tá vivo. Agora eu e Syn podemos te castrar, FILHO DA PUTA! – gritou Zacky, fechando a cara. Mas sua zanga não durou muito tempo, já que Matt correu em sua direção e na de Syn para abraçá-los.

- Se você me fizer chorar, lazarento, aí sim você morre. – resmungou Syn.

Sabem aquela foto que The Rev está abraçando os amigos? Vi aquela cena diante de mim, com um cara que quase nos deixou. Não, definitivamente, fiz a melhor opção, a de me arriscar por ele. Syn e Zacky eram tão bons... não mereciam perder outro amigo. O mundo não estava preparado para perder outro Avenger. Nem eu.

(...)

Saímos do hospital por volta das oito e meia da manhã, do sábado. Todos nos reunimos no meu apartamento: eu, com a perna engessada. Matt, proibido de comer qualquer coisa que arda. Syn, Zacky e Mel, rindo da nossa cara, depois do susto. Ai Deus... antes rir do que chorar, enfim.

- Temos que comemorar a nossa saída. – sugeriu Matt, sentando no sofá. Zacky acenou, sorrindo.

- Essa ideia agrada! Pra onde vamos? Pra aquela boate...

- NÃO, nem pensem que vou chegar numa boate como aquela com perna engessada. Capaz de um maníaco sexual do gesso vir querendo me agarrar. – brinquei, deitando no sofá, apoiando meu pé engessado sobre o colo de Matt. – Além que... fala sério ein, que mico vou pagar.

- Deixa de ser boba, Marie! Lá ninguém vai reparar se você está bem ou não. – gritou Melissa, dando pulinhos felizes. – Ah vamos, quero festar, quero tirar de mim esse cheiro e clima de hospital, argh!

- A UTI fede remédio. – resmungou Syn. Zacky deu-lhe um tapa na cabeça, gargalhando:

- Mané, é uma UTI!

Todos nós rimos. Syn, de fato, era lerdinho às vezes, mas isso o deixava tão, mas tão fofo! Tá, talvez eu não tenha dito que, depois de quase morrer, meus sentimentos para com Syn começaram mudar. Fui retribuída. Mas não, eu não poderia fazer nada. Por mais que sentisse algo por Syn, havia Hugo, o homem que sempre amei. E, olhando para a porta, suspirei, pensando o quão bom seria se ele surgisse, e me implorasse perdão, depois de ter percebido que não seria nada sem mim.

Isso nunca aconteceria.

O telefone tocou, e todos nós demos um pulo de susto. Pedi para que Mel atendesse, mas Syn tomou a frente, junto de Zacky:

- Casa da salada, qualé o pepino? – riram, junto de nós. Quem quer que fosse que estivesse ligando... teria rido também. A menos que esse alguém fosse...

- Marie, estão batendo na porta. – apontou Matt, se levantando, pousando cuidadosamente minha perna na almofada do sofá. – Eu atendo. Syn, Zacky, param de dar trote, aff.

Juro que quis morrer quando Matt, ao abrir a porta, deu de cara com meu marido, Hugo, com o celular na orelha. Olharam-se por um tempo, e Hugo, fino e pomposo, desligou o celular, dando uma olhada de esgoela para dentro do apartamento.

- Marietta está? – perguntou. Matt fechou a cara.

- Serve aquela ali deitada? – respondeu com grosseria, dando passagem para que ele passasse. Olhei-o com surpresa, quase caindo do sofá. O que ele estaria pensando de me ver ali, no meio daquela muvuca?

- Hugo, que faz aqui? – gritei, tentando me levantar. Mel me auxiliou, com as faces pálidas.

- Eu disse que viria, Mel não lhe disse?

- Lógico que eu disse, Hugo. – resmungou, acenando. – Mas não sabíamos quando.

- Muito legal você... veio visitar sua esposa acidentada depois que saiu do hospital. – ironizei. Percebi que Matthew se juntou aos amigos, e todos, sem exceção, olhavam sérios para nós. E, possivelmente, não tirariam o pé dali até que eu pedisse. E eu não o faria.

- Odeio hospital, e vejo que não foi nada grave, já está em casa. – murmurou com indiferença, olhando para os lados. – Quanto tempo pretende ficar “aqui”?

- Vou fazer o filme. – contei. – Com M. Shadows. Ficarei por um bom tempo. E você?

- Voltarei para Nova Iorque, passarei alguns meses por lá. Eu e meus sócios estamos pensando em instalar uma filial por lá.

- Interessante. – resmunguei, sem ter qualquer assunto. – E nós, como vai ser?

- Isso não é assunto de tratarmos aqui, diante...

- São meus amigos. Possivelmente irão saber de tudo quando eu estiver a ponto de virar homicida.

Silêncio, foi isso que recebi. Matt, Zacky, Syn e Mel nada falavam. Ficaram ali, olhando-nos, sem saber o que fazer. Hugo deu um giro com os calcanhares, e como se estivesse fugindo de mim (antes que eu sugerisse a separação), saiu pela porta.

- Boa sorte Marietta. Estou atrasado... volto daqui umas semanas, para a convenção. Até. – e sem mesmo esperar qualquer resposta minha, sumiu pelos corredores. Matt fechou a porta com agressividade, e olhando para mim, esperou que dissesse algo.

- Até mais... morfético, morra queimado desgraçado que... eu tanto amo. – praguejei, colocando a mão no rosto.

- Que sujeitinho chato esse seu marido, ein Marietta? – começou Zacky. – Como é que alguém tão legal...

- Hugo não era assim. – contou Melissa, abraçando-me. – Era muito gente boa, sabe? Mas...

- Mudou. Mudou e pra pior. Eu não sei por que continuo insistindo nisso.

- Se você permitir, eu soco ele até pedir perdão, que tal?

Todos nós rimos. Matt agiu tão “Jonathan Harrington” naquela hora, que era tão... foda. Por um minuto, me esqueci de Hugo, aquele que me deixara na mão de quatro pessoas que sabiam me entender melhor.

- Marie... estamos aqui contigo, não é Matt? – sorriu Syn, correndo também para o sofá. Todos se uniram em minha volta, tentando me consolar.

Matt exibiu um sorriso diferente dos demais, e, aproximando-se de meu ouvido, cantarolou:

- “You know I'll never leave this place”.

Sorri. Estava feliz que, por mais que eu passasse por problemas… que todos aqueles, presentes naquela sala, ficariam no mesmo lugar. E passaríamos por muita coisas juntos... até que o mundo morresse*.

* Referência à música cantarolada por Matt, Tonight the World dies.


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