Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 147
Cartas


Notas iniciais do capítulo

Hoje é dia do Orgasmo... e aniversário do M. Shadows. EEEEEEPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! TEM ALGUMA COISA ERRADA NESSA PORRA? HSUHUHAUSUHASHAUHSUHAUSHUAHSAS
M. você é foda. Você me inspira. Não sei como agradecer por ter me cedido seu rosto para meu personagem, ter cedido sua imagem para criar essa fic e principalmente, por ter cedido sua voz para eu viajar. De boa... você me inspira. Sempre, Shadows, feliz aniversário ♥
O cap tá meio curtinho porque gente... TO FICANDO LOUCA. LIVRO, FACULDADE, JORNAL.... AAAAAAAH *-* PROMETO QUE DEPOIS QUE TERMINAR O LIVRO, VOLTO NORMALMENTE...
BEIJOS *-*



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Aquela noite foi a pior da vida de Matthew. Não conseguia pregar os olhos, acreditava que a qualquer momento, surgiria Melissa correndo pelo corredor, gritando que a previsão do médico havia se confirmado. Que Marietta havia morrido.

O tempo passava vagarosamente... tanto que, ao olhar o relógio, vira que não era nem meia noite. Havia mais algumas horas para que sua menina vivesse... ou morresse.

Não aguentava ficar naquele transe. A imagem de Marie, a imagem de Jimmy e até mesmo a de  Johnny aterrorizaram seus olhos por inúmeras vezes. Delírios de sua mente conturbada e fraca... porque naquele momento, Matthew estava fraco.

- Preciso parar, eu preciso desligar! – gritou consigo, acertando na parede um soco. Voltou a gritar, só que desta vez de dor.

Não adiantava, meu querido, ficar desta forma. Não havia solução a não ser esperar...

- O... que... minha menina... faria agora? – soluçou, voltando a chorar. Estava aterrorizado, precisava de alguma coisa que aliviasse seu coração, qualquer coisa que... ei... perai. O que Marietta realmente faria?

Matthew estalou os dedos quando sentiu que havia encontrado a solução. Isso... a solução, não havia nada mais óbvio!

Correu qual louco pelos corredores do hospital. Empurrou enfermeira, médico, até um travesti que tomava soro. É, ninguém aguentava o furacão Shadows, que tomava toda a força na esperança de esquecer. Precisava esquecer ao menos por um segundo.

Roubou (isso, roubou sem que qualquer pessoa visse) um caderno da recepção do hospital e uma caneta. Voltou a correr, só que desta vez, procurou um novo refúgio. Era justamente em frente do quarto de Marietta, que embora fosse proibido a passagem, não havia ninguém ali para impedi-lo.

Não teve coragem de olhar pela janela de vidro. Seu corpo estremecia só de pensar em presenciar algo ruim. Não... continuaria com sua menina sorridente e saltitante, que gritava em tom estridente “OOOOGRROOOO ENGIBIZADO!”. Precisava disso para continuar.

Sentou-se ao chão, abriu o caderno sobre o colo e começou a escrever, com uma letra bem garranchosa (levemos em conta que ele estava fazendo o possível para embelezá-la).

“Marie. Eu não tenho o mesmo dom que você, eu sei... e é certo que encontrará tantos erros aqui que você vai pirar quando acordar. Isso se você acordar.

Sabe... sou um idiota mesmo. Eu prometi a vida inteira que nunca choraria por ninguém além de Jimmy e Johnny. E olha só esse tonto aqui... está com os olhos inchados. E se eu continuar, com certeza vou borrar toda essa porra aqui com lágrimas. Porque...

Oh pelo amor de Deus, Marie... porque fez isso comigo? Quer realmente me castigar? Eu estou morrendo, é serio...

Não sei se um dia essa carta chegará às suas mãos mas... por favor, não me deixa. Eu fui um filho da puta de não ter dito tudo antes. Quer que eu diga, quer que eu realmente diga o que você é para mim? VOCÊ É TUDO! PRONTO, OLHA QUE PORRA DE PROGRESSO, M. SHADOWS ESTÁ PARECENDO UMA BICHINHA, COITADINHA! CARALHO! VOCÊ FOI FAZER ISSO COMIGO, PORRA, VIREI FRANGA!

Não, não... eu não... não estou te ofendendo, é serio. Já te ofendi e te agredi demais. Só retribui com grosseria aqueles sorrisos que você me dava. Mas sabe... eu prometo que se você sobreviver, minha linda... eu te deixo em paz. Pra sempre.

Ér... desculpa mas não vou conseguir escrever mais. Não estou acostumado e... estou molhando todo o papel. Só que... antes de terminar, eu queria te falar algo.

Eu menti pra você...

Menti quando disse que te odiava.

Menti quando disse que você não era importante pra mim.

Menti quando disse que nunca tínhamos feito amor porque... fizemos. Fizemos. Sinceramente? Me arrependo de ter submetido você a minha sujeira, ao meu corpo, ao meu desejo... mas cara... foi a melhor sensação da minha vida! Nunca fiz amor, nunca... e você... ah... eu vou morrer levando aquele desejo de tê-la comigo novamente. Foi a melhor passagem da minha vida.

Desculpa por estar falando isso só agora mas... por favor... não me deixa.

Te imploro...”

Matthew não concluiu a carta. Cobriu o rosto com a mão e voltou a chorar.

- Te imploro. – murmurou.


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