Ele era mau e ela sabia.

Ele machucava as pessoas por prazer.

Ela não se importava.

Ele achava que ela era delicada e frágil, como um beija-flor.

Ele sentia um impulso louco de protegê-la.

Damon sentia uma raiva louca de Matt, que sempre protegia Bonnie do mal.

Dele.

Ele se odiava por fazê-la chorar.

Ela se odiava por chorar na frente dele.

Damon não se sentia mais atraído por Elena.

Na verdade, ele sentia raiva. Raiva por tê-lo desprezado e ficado com seu irmão Stefan. O preferido da mamãe. O melhor em tudo.

Aí ele conheceu Bonnie melhor.

Ela era tudo o que Katherine não era.

Delicada, pequenina e poderosa ao mesmo tempo.

Era perfeita para ele.

Eles se completavam.

Eles se amavam.

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Bonnie estava sentada no chão do seu quarto. Lágrimas prateadas escorriam pelo seu rosto, ela soluçava baixinho.

Ela escutou uma batida na janela. A garota se virou e viu uma sombra na janela, com os olhos azuis pelos quais ela chorava. Olhos que, se fosse para morrer olhando eles, ela morreria de novo e de novo...

Bonnie limpou as lágrimas e falou, a voz meio trêmula.

- E-entre.

Damon sentou-se ao lado dela no tapete e apertou as mãos dela, que antes se agarravam ao travesseiro.

- Por que chora, Anjo? – Damon usava o apelido que havia inventado para ela, olhando em seus olhos inchados.

- Eu n-não estou chorando...  – Ela disse, tentando enganá-lo inútilmente, derramando uma ou duas lágrimas, que ela amaldiçoou.

Damon limpou as lágrimas com o dedo indicador.

- Não chore... Eu estou aqui. Sempre vou estar. – Damon sorriu, sabia que isso era uma promessa. Uma promessa que ele ia tentar cumprir.

Bonnie olhou para ele com os olhos grandes amendoados. Os cachos ruivos a fazendo parecer uma fadinha.

- Promete? – Disse, limpando as lágrimas, que não caíam mais.

- Sim. – Damon a beijou suavemente nos lábios. Ignorando o sangue pulsante embaixo da pele dela. Um dia, ela seria como ele. Ela seria dele.