Dammit, I Love You. escrita por Giii_Poynter


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY. Bom, respirem fundo e se preparem porque aí vem momentos de tensão.



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Romeu PDV

Acordei com uma terrível dor de cabeça e sem fazer a mínima ideia de onde estava.

- Olha só quem acordou... – Ouvi uma voz feminina atrás de mim e, quando abri os olhos para ver quem era, me deparei com Carolina.

Arregalei os olhos e, com o susto, acabei caindo no chão.

Olhei ao meu redor e tentei identificar onde estava.

- Você ta no meu carro, Romeu. – Carol viu minha cara de confuso e explicou. – Não se lembra de ontem à noite? Foi mágico.

- O-Ontem à noite? – Gaguejei.

Foi aí que eu percebi que ela só estava usando uma lingerie preta e que eu estava só de boxer.

- Peraí, o que aconteceu ontem à noite? – Perguntei.

- A gente transou, Romeu... – Ela ergueu uma sobrancelha, surpresa por eu ter esquecido.

- O QUÊ?! – Dei um pulo e acabei batendo com a cabeça no teto do carro. – Ai meu Deus... Não, não... Como eu posso ter feito isso?

Me esforcei para lembrar da noite passada e algumas imagens se passaram pela minha cabeça.

Eu estava ferrado.

- Meu Deus, a Julieta nunca vai me perdoar... – Pus as mãos na cabeça, desesperado.

- Peraí! – Carol gritou, irritada. – Você está comigo e ta pensando na Julieta?!

- Eu não podia ter feito isso com ela... – Falei. – E-Eu tenho que ir.

Comecei a colocar as minhas roupas, mas ela agarrou o meu braço.

- Pra que você vai, Romeu? Fica aqui comigo aproveitando essa deliciosa tarde de domingo! – Ela pediu, tentando parecer sedutora.

- Não, Carol. Eu não posso ficar. – Falei. – Olha, vê se me esquece, ok? E não conta pra ninguém o que aconteceu aqui, por favor.

Saí do carro enquanto ainda vestia minha camisa e fui correndo para casa.

Eu não teria coragem de esconder isso da Julieta. Não mesmo. Eu tinha que contar a ela. Mesmo que isso arruinasse tudo.

Julieta PDV

Estávamos todos tomando café-da-manhã no maior silêncio.

- Eu to preocupada. – Helena disse. – Vocês sabem aonde o Romeu foi? Ele não aparece desde ontem.

- É mesmo. – Rafa franziu o cenho. - Julieta, você não sabe de nada não?

- Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe. – Falei, dando uma de criança.

- Epa, alguém aí está irritada. – Gabe ergueu uma sobrancelha. – O que houve?

- Eu realmente não quero falar sobre isso agora. – Dei uma colherada no meu cereal e o levei à boca.

Logo depois, a porta da sala se abriu e Romeu apareceu.

Ao me ver, uma onda de tristeza percorreu seu rosto e ele olhou para baixo.

- Graças a Deus! – Helena exclamou. – Aonde você se meteu, garoto? Eu tava preocupada!

Eu estava com muita raiva de Romeu, mas admito que também estava preocupada e, ao vê-lo passar por aquela porta, meu coração deu um pulo no meu peito.

- Não é da sua conta. – Ele respondeu à Helena. Depois, se virou para mim e perguntou:

- Julieta, será que eu posso falar com você?

- Com licença. – Bufei. – Eu perdi a fome.

Levantei da mesa e fui para o meu quarto, mas percebi que Romeu vinha atrás de mim.

- Julieta, por favor, me ouve! – Ele pediu, entrando no meu quarto e fechando a porta atrás de si.

- Por que? Veio pedir desculpas?

- Não. – Ele disse, me intrigando.

- O que você quer então? – Pus as mãos na cintura, irritada.

Ele respirou fundo e chegou mais perto de mim.

- Julieta, você sabe que eu nunca quis te magoar. Nunca foi a minha intenção. Você é a melhor namorada que eu já tive. – Ele começou.

Franzi o cenho, confusa.

- Romeu, o que...?

- Me deixa falar. – Ele pediu. – Eu só preciso... Tirar a culpa do meu peito e confessar uma coisa.

Romeu respirou fundo e eu esperei ele continuar.

- Ontem à noite... Eu estava muito irritado por causa da nossa briga, então depois que eu saí daqui, eu fui para a praça aqui perto. – Ele falou, olhando para o chão, nervoso. – Eu tava bêbado e, o que eu queria era que você me pedisse desculpas porque eu já estava cansado de ser sempre o que faz as coisas erradas nessa relação. Mas... Eu acabei fazendo o contrário.

- Hã? – Perguntei, confusa. – Romeu, você ta me deixando nervosa.

- Julieta, me desculpa, me desculpa. Eu não queria ter feito aquilo. – Ele falou, mordendo o lábio.

- Do que você ta falando? – Me aproximei dele.

- Ontem... – Ele começou a explicar, ainda sem olhar nos meus olhos. – Eu encontrei com a Carolina na praça e... Como eu já disse, eu tava bêbado, não pensava nas conseqüências do que eu tava fazendo.

Lágrimas começaram a correr pelo meu rosto quando eu percebi o que ele estava querendo dizer.

Mas eu precisava ouvir de sua própria boca.

- Romeu, o que você fez? – Perguntei, mais lágrimas caindo pelo meu rosto.

Ele me olhou, chorando também.

E voltou a olhar para o chão ao responder minha pergunta:

- Eu transei com a Carolina.

Uma dor terrível atravessou meu peito como se alguém tivesse me apunhalado.

Não consegui mais me controlar e acabei caindo sentada na minha cama com as mãos no rosto, lágrimas correndo desesperadamente dos meus olhos.

- Eu... Não acredito nisso. – Consegui falar, através de soluços. – Depois de tudo o que eu te disse... Depois de eu dizer que te amo! Você ainda teve coragem de fazer isso comigo?

- Julieta, por favor... – Ele se ajoelhou na minha frente também com lágrimas caindo sobre seu rosto.

- Não me toca! – Gritei, olhando nos seus olhos. – E com a Carolina ainda por cima! Eu não acredito nisso!

- Por favor, me perdoa... Eu não quis te magoar...

- Não quis?! – Falei. – Então por que fez?

- Eu já disse! Eu estava bêbado!

- Romeu, isso não é desculpa! – Me levantei, furiosa.

Ele veio atrás de mim, seus olhos pedindo por perdão.

- Eu realmente pensei que você tinha mudado! E pior ainda, eu realmente pensei que você gostava de mim... – Disse, mais lágrimas descendo dos meus olhos.

- Mas, Cookie... – Ele tentou usar meu apelido carinhoso, causando ainda mais dor no meu peito. – E-Eu gosto de você. Gosto como jamais gostei de nenhuma garota.

- Desculpa Romeu, mas uma pessoa que gosta da outra, não faz o que você fez comigo. – Falei. – Eu... Eu considerava você o amor da minha vida!

Ele fechou os olhos e respirou fundo.

- Por que você fez isso comigo? – Gritei. – Por que?

Uma onda de raiva percorreu o meu corpo e, quando percebi, já estava socando seu peito repetidas vezes.

- Ei, ei. Para, para. – Ele falou, tentando me acalmar. – Por favor Julieta, se acalma.

Ele me abraçou forte e começou a chorar no meu ombro mesmo enquanto eu tentava me desvencilhar.

- Por favor, vamos simplesmente esquecer isso e seguir em frente.

- Não tem como, Romeu... – Falei, ainda em seu abraço. – Eu confiava em você. E o que você fez comigo... Eu nunca vou esquecer. Porque... Essa dor de ser traída pelo garoto que eu amo é maior do que o meu desejo de te perdoar.

Tentei novamente sair de seu abraço, mas ele me apertou mais forte contra si, soluçando em meu ombro.

- Eu não posso viver sem você... – Ele disse, entre soluços.

Ao ouvir aquilo, meu coração se quebrou e a vontade que eu tive foi de perdoá-lo ali mesmo. Mas eu não podia. Simplesmente não podia.

- Então, você devia ter pensado nisso antes de fazer o que fez. – Falei, finalmente me desvencilhando de seu abraço e com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- Por favor, Julieta... – Ele pediu mais uma vez, olhando nos meus olhos.

Ao ver aqueles olhos azuis brilhantes, a dor atingiu meu peito novamente e eu senti minhas pernas tremendo.

Neguei com a cabeça e fechei os olhos, tentando me agüentar em pé.

Mas, ao ouvir seus passos até a porta e, a mesma se fechar lentamente, não me agüentei mais e caí no chão com as mãos no rosto.

Eu me sentia como se meu mundo tivesse caído, simplesmente assim.

Helena PDV

Quando Romeu e Julieta foram para o quarto, todos nós nos encaramos, intrigados.

- O que será que aconteceu? – Gabe perguntou.

- Ah, não deve ser nada demais. – Rafa respondeu. – Vocês conhecem esses dois. Vivem brigando e depois fazem as pazes.

Mas, foi só Rafa dizer isso, que ouvimos gritos vindo do quarto.

Arregalei os olhos e, quando percebi, Joanna já tinha ido até a porta do quarto deles, tentando ouvir alguma coisa.

É claro que todos nós a acompanhamos.

- Meu Deus... – Ela murmurou. – Parece que dessa vez a coisa é séria.

Estávamos fazendo o maior silêncio para tentar ouvir, porém o celular de Gabe começou a tocar.

- Alô? – Ele sussurrava no telefone. – Oi querido. Eu to meio ocupado agora. Será que posso te ligar mais tarde? Ok, ok. Beijos, tchau.

- Certeza que agora eles já devem ter percebido que estamos tentando escutá-los. – Joanna comentou, revirando os olhos para Gabe que lhe mandou um sorriso amarelo.

- Era o Tadeu. – Ele tentou se explicar. Tadeu havia pedido Gabe em namoro na noite anterior e é claro que Gabe já havia contado a metade da cidade sobre isso.

Ouvimos mais alguns gritos até que tudo se silenciou por alguns minutos.

- Será que eles se mataram? – Rafa perguntou, fazendo Joanna pôr o dedo indicador na frente dos lábios, pedindo silêncio.

Então, ouvimos alguns passos vindo em direção da porta e, antes que pudéssemos sair correndo dali, Romeu apareceu com os olhos cheios de lágrimas.

Eu nunca tinha visto meu irmão chorar. Nunca.

Ele estava tão chateado e transtornado que nem reclamou conosco por estarmos ouvindo sua discussão com a Julieta. Ele simplesmente nos ignorou e se trancou em seu quarto.

Todos nós nos olhamos, apavorados. Afinal, aquilo era uma coisa que nós nunca tínhamos visto antes.

- Ok. Meninas, com a Julieta. Meninos, com o Romeu. – Joanna organizou e me puxou para o quarto de Julieta.

Gabe vinha conosco, mas eu o empurrei para o quarto de Romeu junto com Rafa.

Meu coração se apertou ao entrar no quarto e ver minha melhor amiga ajoelhada no chão e com as mãos no rosto, chorando desesperadamente.

Corri em sua direção e fui abraçá-la.

- Meu Deus Julieta, o que aconteceu? – Perguntei, sentindo lágrimas em meus olhos também. Eu não agüentava ver meus amigos chorando.

Ela não conseguiu falar nada. Simplesmente me abraçou de volta e continuou chorando.

Eu e Joanna a ajudamos a deitar na cama e se acalmar.

Ela parou de chorar um pouco, mas quando foi nos contar o que tinha acontecido, suas lágrimas voltaram.

Quando Julieta terminou de nos contar o motivo de sua briga com Romeu, um ódio percorreu meu corpo.

Eu não falei nada.

Levantei de sua cama e fui andando em direção ao quarto de Romeu, decidida.

Ao chegar lá, o encontrei sentado na cama e contando toda a história para Gabe e Rafa.

- Romeu. – Eu o interrompi.

Ele parou de falar e olhou para mim.

E foi aí que eu dei um tapa na cara do meu irmão.


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Notas finais do capítulo

E aí? O Romeu é um puto, não é? Pois é, também acho. Reviews?



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