You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 12
In Love




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Alice

Fui com o Dr. Cullen para o escritório. Ele começou a examinar-me e a fazer-me algumas perguntas e chegou à conclusão que eu tinha apenas uma constipação. Mas receitou-me medicamentos. Quando já estava tudo visto, saímos do escritório. O Jasper veio logo ter connosco.

- Então? – Perguntou preocupado.

- Jasper, podes ficar descansado, é apenas uma constipação. – Disse o Carlisle para o Jasper. Ele pareceu ficar mais aliviado com o que o Carlisle lhe tinha dito. De seguida, o Carlisle retirou-se educadamente e fiquei a sós com o Jasper.

- O que queres fazer, Alice? – Perguntou o Jasper sorrindo.

- Não sei, o que te apetece fazer. No outro dia, escolhi eu, hoje, escolhes tu. – Respondi.

- Queres ir jogar consola? – Perguntou-me.

- Nunca joguei. – Respondi corando.

- Eu ensino. É fácil e divertido. – Disse ele entusiasmado.

- Está bem. – Disse sorrindo. Fomos os dois para a sala e o Jasper ligou a televisão e a consola. Primeiro, ele jogou uma vez para exemplificar. Eu estive atenta ao que ele me dizia e depois comecei a jogar com ele. Era realmente divertido, jogar consola. Ainda não tinha ganho nenhum jogo mas isso não me interessava. O que interessava era que me estava a divertir.

Depois de estarmos um grande bocado a jogar consola, eu sentei-me no sofá um pouco cansada e o Jasper percebeu que eu não queria jogar mais. Ele desligou a consola e pôs a televisão num canal que estava a passar um filme. Começamos a falar sobre banalidades.

- O que fizeste, ontem? – Perguntou no meio da conversa. Eu, ontem, tinha passado a tarde toda à espera dele mas não sabia se havia de lhe dizer isso.

- Acordei tarde. – Comecei a responder. – E depois estive a ver televisão… - Continuei. – Estive à tua espera. – Respondi baixinho mas não baixinho o suficiente para ele não ouvir. Ele olhou para mim, visto que estava a olhar para a televisão.

- Desculpa. – Disse ele. – Eu era para ir ter contigo mas tive que ir com a minha avó às compras e acabei por chegar a casa tarde. – Disse ele um pouco triste.

- Não precisas de pedir desculpas, não és obrigado a vir ter comigo. – Respondi. Eu gostava muito de estar com ele mas não podia obrigar ninguém como era óbvio.

- Alice, porque é que ainda não percebeste que eu gosto de estar contigo e de ir ter contigo? Gosto mesmo muito. – Disse ele pegando na minha mão.

- Acho que foi por nunca ter alguém como tu. Alguém que realmente gostasse de estar comigo. Em toda a minha vida, nunca tive isso e ter isso agora é muito bom mas ainda há uma parte de mim que não aceita isso. Não é por mal mas…

- Alice, isso tem a ver com o que viveste mas quero que saibas que eu gosto de estar contigo, preocupo-me contigo. Sou teu amigo. – Interrompeu-me ele. Sorri quando ele disse que era meu amigo. Nunca tinha tido nenhum e gostava da sensação de sentir que finalmente tinha um amigo.

- Obrigada, Jasper. Obrigada por tudo. Tens sido um anjo na minha vida. – Desabafei. Ele riu-se com a parte do anjo. Quando percebi o que tinha dito, corei. Acabei por encostar a minha cabeça ao ombro dele.

- Não é preciso agradeceres. – Disse acariciando a minha bochecha. Continuámos a ver televisão. Passado um bocado, o resto da família do Jasper veio sentar-se na sala, connosco. Acabei por me desencostar dele, mesmo não querendo. Ia parecer um pouco embaraçoso se nos vissem assim. Era a primeira vez que via a avó do Jasper mas era uma senhora com o rosto um pouco redondo e com feições amigáveis. Simpatizei com ela, logo que a vi. Era uma pessoa muito querida.

- Então, esta menina é a namorada do Jasper? – Perguntou a senhora simpaticamente. Corei violentamente. Baixei as minhas feições para não verem o quão envergonhada eu estava.

- Não, avó. Somos apenas amigos! – Disse o Jasper atrapalhado. Por mais que aquelas palavras fossem verdade, magoou-me um pouco ouvir o Jasper a dizê-las. Porque é que eu tinha que me sentir assim? Não percebia nada do que me estava a acontecer e dos meus sentimentos. Eram uma mistela confusa. Queria falar com alguém para me poder ajudar a descobrir o que era isto mas não tinha ninguém com quem falar.

- Desculpa, querido mas pensei mesmo que fossem namorados. – Desculpou-se a avó do Jasper.

- Não faz mal, avó. – Disse o Jasper. O resto da conversa decorria normalmente. Eu apenas ficava a escutar. As minhas intervenções eram mínimas mas achava piada quando o Edward e a Rose se punham a discutir um assunto qualquer. Era divertido de ver e para além disso, mostrava que a família Cullen, era uma família normal, onde os irmãos discutem. Quando eu tinha família, não havia discussões apenas pelo facto de os meus pais e o meu irmão Ethan passarem muito tempo fora de casa e praticamente não conviverem comigo. Não discutia com o Sean porque não achava correcto. Desde pequenina que ela tratara de mim, por isso nunca achei correcto gritar com ele e dizer que ele não tinha razão mesmo que ele não tivesse.

Quando estava mais próximo da hora de jantar, a Esme pediu que eu a ajudasse na cozinha. Achei estranho o seu pedido mas disse que a ajudava e fui com ela. Também já estava um pouco farta de estar no sofá, apetecia-me mexer os músculos. Ela pediu-me que eu a ajudasse a acabar o jantar. A conversa começou a fluir. Era muito fácil conversar com a Esme.

- Gostas muito do Jasper, não gostas? – Perguntou ela, sorrindo. Sim, gostava, mesmo muito mas não sei se havia de lhe dizer. Quer dizer, ela podia ajudar-me a perceber todos estes sentimentos.

- Gosto, mesmo muito. – Respondi. – Esme, posso-lhe contar uma coisa? – Perguntei.

- Podes, querida. – Respondeu ela simpaticamente. Fiquei uns segundos calada para ganhar coragem, depois suspirei e comecei a dizer tudo o que sentia em relação ao Jasper.

- Quando estou com o Jasper, sinto algo diferente, algo que nunca senti. Mas sabe bem, sinto-me mesmo muito bem quando estou com ele. É como se todos os problemas da minha vida fossem afastados e nesse momento só existisse aquele presente. E quando não estou com ele, só desejo estar com ele, só penso nele. Tudo o que me vem à mente é o rosto dele e os momentos que passámos juntos. No outro dia, quando ele não foi à instituição, fiquei a tarde toda à espera dele e quando tomei consciência que ele não viria, a tristeza abateu-se sobre mim. Nunca pensei que ficaria tão triste, se ele não viesse. A partir daí, comecei a pensar e a tentar descodificar todos estes sentimentos, mas não consigo. É algo que nunca senti, não sei o que é. Estou carregada com um monte de sentimentos confusos. – Disse tudo de uma vez. A Esme ouvia-me atentamente. – Gostava mesmo de saber, o que sinto em relação a ele. – Disse sentando-me na cadeira que estava na cozinha e baixando a face.

- Querida, eu sei o que isso é. – Disse a Esme ternamente.

- O que é? – Perguntei. Queria mesmo saber o que era. Queria perceber o que sentia em relação a ele. Eu não conseguia perceber se o amava ou era apenas uma amizade. Nunca antes tive amigos ou namorados ou nada do género, não sabia o que se sentia em cada ocasião por isso estava muito confusa.

- Querida, tu estás apaixonada. – Disse a Esme sorrindo. – Isso é amor. Queres estar sempre com ele, queres constantemente tocar-lhe. Quando estão juntos, tudo se torna mágico e parece que existe um mundo só vosso. – Disse ela sorrindo. Eu sentia isso tudo, era verdade.

- Eu nunca tive amigos e quando consigo fazer amizade com alguém, tenho logo que me apaixonar por essa pessoa! – Exclamei. - Os sentimentos de amizade são estranhos para mim. Nunca antes tinha tido um amigo, por isso não sabia muito bem lidar com os sentimentos mas estar apaixonada é muito confuso. – Desabafei com a Esme. – Como é que sei que sou correspondida? E se não for? O que faço com estes sentimentos? – Perguntei.

- Querida, só sabes se és correspondida, quando mostrares os teus sentimentos a quem amas. Depois, essa pessoa, dirá também o que sente. Se não fores correspondida, tens de tentar ultrapassar. Claro que o que sentes não vai desaparecer por magia, vai demorar um tempo, mas com o tempo, vai começar a desaparecer e certamente vais-te apaixonar por outra pessoa.

- É tudo tão confuso! – Disse eu. – Até há pouco tempo, de todos os sentimentos que existem, os que tinha experimentado eram apenas a tristeza, a solidão e a rejeição. Toda a minha vida senti isso, e para mim são sentimentos fáceis de lidar, porque convivi com eles desde que nasci. Mas, agora, estes sentimentos são novos e muito confusos.

- Eu sei que estás confusa, querida. Mas com o tempo vais começar a perceber melhor esses sentimentos. – Disse a Esme ternamente.

- Eu não tenho coragem para lhe dizer o que sinto. – Constatei.

- Vais arranjar. – Encorajou-me ela. – Vamos levar a comida para a mesa? Está na hora de jantar. – Perguntou ela.

- Sim, vamos. – Disse sorrindo. Ajudei-a a levar tudo para a mesa, visto que a mesa já estava posta. Quando já estava tudo na mesa. Sentámo-nos. Eu sentei-me entre a Esme e o Jasper. Comi um pouco, não tinha grande apetite e estava a ficar cansada. Depois de todos comermos, fomos para o sofá à espera da meia-noite para abrirem os presentes. Eles falavam muito, e estavam muito animados. Gostava de estar com eles, a felicidade naquela família era palpável. A meia-noite chegou num instante. Pelo menos para mim. Eles começaram a distribuir os presentes e eu apenas assistia. Era um momento bonito, eles estavam tão felizes, faziam com que eu sorrisse também. Quando já todos tinham aberto os presentes, fui ter com o Jasper.

- Então, recebeste tudo o que querias? – Perguntei sorrindo.

- Quase tudo. – Respondeu ele sorrindo.

- O que falta? – Perguntei.

- Um abraço teu. – Disse ele, continuando a sorrir. Também sorri para ele.

- Se é só isso, eu abraço-te. – Disse abraçando-o. Aconcheguei-me a ele. Sabia sempre bem, estar nos braços dele. Sempre me senti bem, sentia-me segura e todos os meus medos desapareciam.

- Amo-te! – Sussurrou ele ao meu ouvido. Fiquei estática quando ouvi isso. Era tudo o que eu mais queria ouvir, e agora que estava a ouvir, não tinha reacção. Não conseguia reagir. Afastei-me um pouco dele para desfazer o abraço e olhar nos olhos dele. Nos olhos dele apenas via-se amor e um pouco de nervosismo. Percebi que ele também gostava de mim. Como tinha a certeza? Não sabia. Apenas percebi que ele gostava de mim, tanto como eu gostava dele. Aproximei-me do ouvido dele e sussurrei:

- Também te amo!

Ele afastou-se como eu fiz e olhou para mim. Eu sorri tímida e tive a certeza que ele também percebeu que eu gostava dele. Como tinha a certeza? Também não sabia. Mas ultimamente não tinha certezas de nada, apenas sentia e isso era bastante para mim. Nesse momento, ele beijou-me. Ele beijou-se com todo o carinho que tinha, com todo o amor que era possível um ser humano sentir. Os lábios dele eram quentes. Envolvi os meus braços em volta do seu pescoço e ele puxou-me mais para si. Ele beijava-me cuidadosamente, como se eu fosse uma boneca frágil que se fosse partir a qualquer momento. Parámos quando precisámos de ar. Ficámos a sorrir um para o outro, como se não acreditássemos que aquele momento tinha acontecido.

- Sério? – Perguntou ele como se não acreditasse.

- Sério. Estava com tanto medo que não gostasses de mim e te afastasses. – Desabafei.

- Eu também estava com medo que não gostasses de mim. Nunca gostei de ninguém como gosto de ti. Estar contigo, passou a ser uma necessidade e acredita que aquele dia em que não te vi, foi bastante doloroso para mim. Nunca pensei que fosse, mas foi. Não dormi de noite, porque não parava de pensar em ti e acordei mal-humorado. O meu humor só melhor quando te trouxe aqui para casa. – Disse ele sorrindo.

- O meu também não foi muito melhor. Passei a noite toda deprimida. – Disse rindo um pouco.

- Amo-te tanto! – Disse o Jasper outra vez, beijando-me de seguida. Retribui o beijo. Estava tão feliz. Só me apetecia tocá-lo e beijá-lo. Não me queria afastar dele. Fomos para o sofá e eu aconcheguei-me nele. – Queres dormir cá? – Perguntou ele sorrindo.

- E onde durmo? – Perguntei.

- No meu quarto, comigo. – Disse ele, continuando a sorrir.

- É uma boa ideia. – Disse rindo. – Os teus pais não se importam? – Perguntei.

- Claro que não.

- Então, está bem. – Disse sorrindo.

Ficámos ali aconchegados um no outro. Os outros ainda estavam a falar sobre os seus presentes e a vê-los. Ainda não tinham dado conta de nada.

- Alice? – Chamou o Jasper.

- Sim?

- Desculpa, não te comprei nada. – Disse ele um pouco envergonhado. – Não te dei nada no Natal.

- Deste, deste. – Disse-lhe sorrindo.

- Dei? O quê? – Pergunto ele curioso.

- Amor. – Disse beijando-o.

Depois de todos acalmarem e terem comentado as suas prendas, voltaram a sentar-se no sofá. A Rose foi a mais difícil de controlar, ela estava mesmo feliz com o que tinha recebido. Eu só me ria do comportamento dela. Estava a ficar sonolenta. Estava tarde e eu estava exausta. Não sei bem de quê mas acho que era um dos sintomas da constipação. O Jasper percebeu que eu queria ir dormir.

- Vamos para cima? – Perguntou carinhosamente, acariciando a minha bochecha. – Estás exausta. – Afirmei com a cabeça quase a adormecer. – Mãe! – Chamou.

- Sim, querido? – Perguntou ela vindo ter connosco.

- Podes arranjar um pijama para a Alice? – Perguntou.

- Posso, querido. – Disse ela sorrindo. A Esme subiu as escadas para me ir buscar um pijama.

- Achas que a tua mãe já percebeu que namoramos? – Perguntei.

- Não sei. Ainda não consegui perceber. – Disse o Jasper sorrindo.

- Toma, querida. O quarto de hóspedes é o último do corredor. – Disse ela.

- Não, não percebeu. – Sussurrou o Jasper ao meu ouvido. – Mãe! – Chamou.

- Sim, querido?

- Queremos dar-te uma novidade! – Disse ele sorrindo.

- O quê? – Perguntou curiosa.

- Começamos a namorar. – Disse o Jasper ternamente, olhando para mim.

- A sério? – Perguntou a Esme, como se não acreditasse.

- Sério. – Respondi meio envergonhada.

- Ohh, parabéns queridos! – Disse a Esme realmente feliz. – Boa noite. – Disse ela percebendo que eu queria ir dormir. – Durmam bem.

Fomos os dois para cima. Estava mesmo exausta, só me queria enfiar na cama e adormecer. Vesti o pijama na casa de banho do Jasper e depois deitei-me com ele. Aconcheguei-me no seu peito e adormeci. Dormi como nunca dormira. Dormi mesmo muito bem.


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Notas finais do capítulo

O capitulo porque todas esperávamos não era? O que acharam do capitulo? Espero mesmoo que tenham gostado é um dos meus preferidoss! (: (: Quero mesmooo muitooo agradecer a duas grandes amigas que recomendaram esta fic! Amei as duas recomendações! Obrigada, Sill e Mamita, muitoo obrigada mesmooo!
Fico à espera dos vossos comentários!
Beijinhos
S2