You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 11
My Feeling Are a Mess




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Jasper

Estava a desesperar. A Alice não me saia da cabeça. Queria ir ter com ela mas provavelmente a minha mãe não me deixaria porque era véspera de Natal e tinha que a ajudar e também porque a minha avó estava aqui. Ontem, não tinha ido ter com ela. Não porque não quis mas porque tive que ir sair com a minha avó. Ela foi fazer as últimas compras de Natal. Passei o dia todo entediado. Só queria ir ter com a Alice e a minha avó nunca mais acabava com as compras. Acabámos por chegar a casa só à noite e não pude ir vê-la.

Acordei de mau humor. Não tinha dormido grande coisa porque passei a noite a pensar na Alice. Tinha medo que ela pensasse que eu já não queria ser amigo dela.

- Esse mau humor é todo por causa da Alice, querido? – Perguntou a minha mãe. Ela conhecia-me demasiado bem.

- Não, claro que não. – Disse tentando disfarçar.

- Querido, não vale a pena disfarçares, sou tua mãe e conheço-te desde que nasceste. – Disse ela acariciando a minha bochecha.

- Sim, é. Eu, ontem, queria ir ter com ela mas como fui com a avó fazer as “últimas compras de Natal” não consegui ir vê-la. – Disse meio triste. Não sabia o que se estava a passar comigo. Passei um dia sem ver a Alice e já sentia a falta dela. Estava confuso.

- Óh, querido, estás apaixonado e ainda não deste conta disso. – Disse a minha mãe ternamente. 

- Mãe, já te disse que não estou apaixonado por ela. Gosto dela apenas como amigo. – Disse mais para me convencer do que para convencer a minha mãe.

- Querido, lembra-te, conheço-te desde que nasceste. Se não estás apaixonado por ela, porque é que tens tantas saudades de estar com ela? Estiveste com ela apenas há dois dias e já estás com saudades. Tu não vês os teus amigos da escola há mais tempo e não sentes assim tantas saudades deles.

- Ó mãe, estou tão confuso. – Disse sentando-me numa cadeira que estava na cozinha.

- Eu sei, meu querido. Apenas não sei porquê. – Disse ela.

- Eu nunca senti isto por ninguém como sinto quando estou com a Alice. Eu sinto necessidade de estar com ela, de a fazer rir, de a fazer feliz. De a proteger de tudo e todos. Fico triste quando a vejo chorar e só me apetece pô-la ao meu colo e fazer com que a dor dela passe. Fico feliz quando a vejo rir. Quero que ela se esqueça do passado e passe apenas a viver para o presente, com um sorriso na cara. Adoro tudo nela. Ela é simplesmente adorável. Mas não sei. Ela é frágil, tenho medo de a magoar, tenho medo de ser aquele que estrague tudo e faça com que ela seja infeliz. E para além disso, nem sei se ela gosta de mim.

- Querido, se sentes necessidade disso tudo, nunca a vais fazer sofrer. Todos os rapazes deviam ser como tu e preocuparem-se tanto com a amada. Tenho orgulho em ter um filho assim. E querido, se ainda não percebeste que ela gosta de ti tanto como tu gostas dela, é porque andas a dormir. Já toda a gente percebeu. – Disse ela.

- Tens a certeza? Ela disse-te algo? – Perguntei esperançoso.

- Tenho a certeza mas ela não me disse nada. Ela só se abre contigo. Só deixou que tu te aproximasses. Ela não fez isso com mais ninguém. Sempre que uma das crianças chama por ti e tu vais, deixando-a sozinha, o sorriso dela desaparece do seu rosto e ela fica triste. Ela adora estar contigo e quanto aposto que neste momento, ela sente-se como tu. – Explicou a minha mãe. Fiquei pensativo. Será que isto era verdade? Queria que fosse. Só desejava aconchegá-la no meu colo e afastá-la de toda a dor. Queria faze-la feliz. Queria que ela fosse a rapariga mais feliz do mundo. O telemóvel da minha mãe tocou e ela foi atendê-lo. Fiquei sentado no mesmo sítio a pensar. Será que ela sentia o mesmo que eu? Será mesmo? Olhei para a minha mãe e ela estava com uma cara preocupada. O que se tinha passado?

- O que se passa, mãe? – Perguntei quando ela desligou o telemóvel.

- Sabias que a Alice está sozinha na instituição? A Ellen acabou de me ligar para desejar um bom Natal e disse-me que estava com a família na Flórida.

- Sabia que não estavam lá mais crianças mas pensava que a Ellen estava com ela.

- Não, não está. – Disse a minha mãe preocupada. – Querido, já venho. – Disse saindo da cozinha. Fiquei à espera dela no mesmo sítio onde me encontrava. Passado um quarto de hora, a minha mãe entra na cozinha outra vez. – Querido, queres vir buscar a Alice comigo? – Perguntou ela sorrindo. – Olhei confuso para ela. – Não queres que ela passe o Natal sozinha, pois não?

- Não, mas estás a falar a sério? Ela vai passar o Natal connosco? – Perguntei entusiasmado.

- Vai, todos concordaram. Só se tu te opores, é que ela não vem. – Continuou a minha mãe a sorrir.

- Mãe, claro que não me oponho.

- Calculei. – Disse ela rindo. – Vamos?

- Sim.

Fomos os dois em direcção à garagem e a minha mãe dirigiu até à instituição. Quando entrámos na instituição, estava tudo muito silencioso. Só se ouvia a televisão a trabalhar. Entrámos na sala e deparamo-nos com a Alice embrulhada em dois cobertores a dormir.

- Ela não está com muito boa cara. – Disse a minha mãe preocupada.

- Achas que a acorde? – Perguntei.

- Sim, acorda-a.

Cheguei-me ao pé dela e comecei a acariciar-lhe a bochecha.

- Alice. – Chamei-a. Ela remexeu-se mas continuou a dormir. O cabelo caiu-lhe para os olhos. Afastei-os de seguida e prendi-o na orelha. Sentia-a um pouco quente. Voltei a pôr a mão na testa dela e vi que ela estava mesmo quente. Devia estar com febre. – Mãe, ela está quente. – Disse-lhe. A minha mãe chegou-se ao pé da Alice e meteu a mão na testa.

- Ela está com febre, Jasper. – Disse a minha mãe preocupada. – Acorda-a, o teu pai vê se ela tem algo de grave em casa, mas deve ser só uma constipação. – Continuou a minha mãe.

- Alice, acorda. – Disse perto do ouvido dela. Ela foi acordando aos pouco. Piscou os olhos várias vezes e depois abriu-os e olhou para mim. Um sorriso formou-se no rosto dela.

- Jasper… o que fazes aqui? – Perguntou ela ensonada.

- Vim, buscar-te. – Disse-lhe.

- Buscar-me? Vais raptar-me? – Perguntou ela ainda com sono. Ri-me.

- Não, Alice, mas fiquei a saber que estavas aqui sozinha e a minha mãe propôs que viesses passar o Natal em nossa casa. O que achas?

- Não quero incomodar. – Disse ela.

- Querida, não incomodas nada. – Disse a minha mãe ternamente.

- Mas o Natal é para ser em família e eu não sou da família. – Continuou ela.

- Querida, pensa como se fosses. – Disse a minha mãe. A Alice abriu um sorriso tímido. Ela ficava tão adorável quando ficava tímida.

- Ok, mas eu não quero mesmo dar trabalho.

- Alice, não vais dar trabalho. – Disse-lhe eu.

- Pois não, agora vai lá tomar um duche rápido e vestires-te para irmos para casa. – Disse a minha mãe.

- Ok.

Ela levantou-se do sofá e foi tomar um duche rápido que não foi assim tão rápido. Demorou quase vinte minutos e depois foi ao quarto vestir-se. Quando já estava pronta veio ter connosco.

- Vamos? – Perguntou a minha mãe.

- Sim, vamos. – Disse. Fomos em direcção ao carro.

- Têm a certeza que não vou incomodar? – Perguntou a Alice.

- Alice, querida, claro que não incomodas. – Disse a minha mãe sorrindo. – Querida, estás doente? – Perguntou a minha mãe.

- Deve ser só gripe. – Disse ela.

- Mas estavas quente há bocado. Quando chegarmos, o Carlisle vai ver se está tudo bem contigo, está bem?

- Não vale a pena. Deve ser apenas gripe, não vale a pena o Dr. Cullen ver-me na véspera de Natal.

- Querida, ele não se importa e se depois piora? É melhor tratar já. – Disse a minha mãe.

- Ok. Obrigada por tudo, Esme. – Disse ela sorrindo tímida.

- De nada, querida. – Disse a minha mãe.

O resto da viagem foi feito em silêncio. Quando chegámos, a minha mãe foi perguntar ao meu pai se podia ver a Alice. Ela estava pálida e estava a tremer. De vez em quando tossia ou espirrava. Passados uns minutos o meu pai veio ter connosco.

- Olá, Alice. – Disse ele a sorrir.

- Olá, Dr. Cullen. – Disse a Alice.

- Chama-me Carlisle, apenas. Ouvi dizer que estavas com febre.

- É só gripe. Não vale a pena incomodar-se. – Disse ela.

- Não faz mal, é rápido. – Disse ele. – Vamos para o escritório.

A Alice aceitou contrariada ser vista pelo meio pai. Foram os dois para o escritório e eu fiquei no sofá à espera que ela saísse para saber se estava tudo bem com ela. A minha mãe veio sentar-se ao meu lado.

- Mãe, achas que ela tem algo grave? – Perguntei preocupado.

- Não, querido. Mas ela precisa de ser medicada se não apanha uma pneumonia. Vais ver que não é nada de grave. – Acalmou-me a minha mãe.


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Notas finais do capítulo

Mais um ponto de vista do Jasper! (: (: O que acharam de este ponto de vista? Ele é um fofo não é? *.* Sinceramente espero que tenham gostado, eu adoro estes capitulo (o ultimo que postei, este e o próximo) ^^ Fico à espera dos vossos comentários e quem sabe, de umas recomendações! :p
Beijinhos a todas!
S2