POV JAKE

Anos se passaram, muitas coisas aconteceram nesses dez anos que fui embora da Reserva, varias reviravoltas aconteceram, sai daqui pensando que não teria mais o amor de Bells, agora volto com ela como a minha namorada. Bem, esse é o nome que a sociedade nomeia, porque para mim ela é a minha Bells, nenhuma nomenclatura será suficiente para significar meu amor por ela.

Estar aqui nessas terras é maravilhoso, meu lobo se sente em casa, ainda mais tendo a companheira dele. Sim, descobrimos que por ser alfa eu tenho “direito de escolha” para mulher que meu coração pedir, pelo menos algo de bom da minha condição de lobo não é? Portanto Bella é a minha escolhida e meu lobo a ama tanto quanto eu.

O cheiro da mata daqui não tem em nenhum lugar do mundo, olha que eu andei, na verdade vaguei por algumas durante meu período de solidão. Posso garantir nenhuma floresta será tão a minha casa quanto aqui, isso ficou claro ontem quando corri em forma de lobo, lógico com Bella ao meu lado.

Ela conseguia correr ao meu lado, os cabelos dela balançavam selvagens ao vento, seus movimentos eram elegantes, algo inimaginável para a desastrada de uma década atrás, o mais lindo era o sorriso travesso na nossa pequena competição para ver quem era mais veloz. Os meus irmãos que ficaram aqui, da matilha de Sam ficaram espantados com as mudanças físicas dela, da sua forma hibrida.

Algumas implicâncias surgiram deles, como a chamando de vampira fajuta, eu não gostei daquilo, já Bells ficou rindo. Sem duvida ela mudou muito quando ficamos separados, a confiança e auto estima tomaram lugar da sempre fragilidade de adolescência, agora ela é uma guerreira.

Quando mostrei a eles, através dos pensamentos ligados entre eu e Sam, a forma furiosa que ela luta contra os sanguessugas, eles ficaram espantados e eu orgulhoso. E quando eu mostrei a morte do telepata? Eles piraram, arrancando risadas de todos. Ao mesmo tempo em que minha Bella continuava sendo a mesma, as mudanças ocorridas só a melhoraram, só me fizeram ama-la mais.

Agora ela fazia parte de nós, era parte da nossa tribo, ela era minha, só minha. Como tal ela estava aqui comemorando o noivado do Quill e Clair com toda a minha grande família. Ah sim, meu irmão depois da ligação do seu imprinting no dia que Embry inventou de todos irmos todos num clube de stripper, ele foi busca-la e não se largaram mais. Depois de quinze dias decidiram casar e aqui estamos nós na reserva Quileutes celebrando o noivado.

–Os filhos de Sam e Emily são lindos. – Bella falou rindo chegando perto de mim dando um abraço e vendo os três crianças com os traços misturados do casal.

–Sim, são lindos.

A encarei seus olhos tinham lentes castanhos claros como eram quando humanos, afinal havia muitos humanos aqui que nem sonha o mundo sobrenatural existir, muito menos um ser único como a minha Bells. Havia uma tristeza ali, sei bem o motivo daquilo.

Um dia que estávamos passeando num parque junto com Leo, que brincava com varias crianças, ela me confessou que faria de tudo para poder me dar um filho, pois ela tem certeza que eu seria um pai excelente, como também sei que ela seria uma mãe perfeita. Porém ambos sabemos que o veneno do vampiro congelou seu corpo, ele havia parado de envelhecer.

Assim toda vez que ela vê crianças, principalmente de quem conhecemos noto essa sombra desagradável. Já falei varias vezes que basta ela na minha vida, isso já me faz completo, não preciso de mais ninguém só ela.

Meus braços envoltos dela apertaram mais seu corpo pequeno e sussurrei no ouvido dela;

–Eu te amo. – escutei o sorriso dela e coração acelerar. – Não preciso de mais ninguém para ser feliz só você. Basta ter você aqui e não há necessidade de mais nada.

–Esta na minha cara né? – ela resmungou rindo e esfregando as mãos de leve nas minhas costas.

– Sempre. – alisei a pele branca com a ponta dos meus dedos, os olhos se fecharam perante meu toque. – Esqueceu que você muito fácil de eu ler?

–Não fique se gabando. – o rosto dela fez uma expressão marota. – Sei te ler também muito bem senhor Black.

–Claro, Claro. – beijei levemente os lábios, logo escutei um pigarro e um comentário do meu “amado” cunhado.

–Vão para casa! – todos riram do comentário e eu só pude fuzila-lo com meus olhos. É muito abusado.

Antes que eu pudesse mandar Paul para um lugar bem “agradável” como o inferno, escuto Emily chamando todos para comermos. Rindo Bells me puxou para sentarmos numa mesa onde estava Embry, Seth e Lunna, únicos que vieram de Nova York. Os outros ficaram em nossa casa de vigilância, pois Sarah esta sentindo que algo se aproxima, mas não quis atrapalhar por completo nossos planos de vinda, só pediu para tomarmos cuidado. Nos últimas semanas esta havendo alguns ataques na grande cidade, os nômades estão um pouco mais abusados, pois não há mais o medo dos Volturi, porém estamos contendo eles mais rápido do que os italianos faziam, isso gera medo neles. Esta tudo sobre controle.

Estamos aqui dois dias, nada aconteceu, temos feito ronda junto com a matilha de Sam, nada encontrado. Então eu e Bells resolvemos essa noite irmos a montanha onde demos nosso primeiro beijo, onde dormir com ela a primeira vez, e dessa vez não teria sanguessuga enxerido de espectador.

–Sorte que não engordo. – Lunna falou comendo o terceiro prato do cozido dos deuses da Emy, eu e os meninos estávamos no nosso quarto e de olho na torta de morangos. – Num posso morar aqui Seth, eu ia ser a primeira loba com sobre peso.

–A gente corre um pouco depois e ... – o moleque, pode passar anos ele será sempre o moleque, fez uma cara safada. Isso nos fez rir.

–Adorei o plano. – ela respondeu toda feliz.

Seguimos comendo e conversando animados, Embry contando que iria a Port Angels numa festa para solteiros, esse não tem jeito. Já o casal de lobos iria correr e depois só Deus sabe, não queria nem saber, só avisei a Seth ficar longe da montanha que eu ia com a Bells.

O noivado seguiu animado, como todas as festas da reserva, a felicidade estava em todos, meu pai era um dos mais animados, afinal ele falou que não havia presente melhor do que minha presença ali ainda mais com a Bella, que por sua vez estava muito contente em ter Charlie por ali também. Obvio que os dois coroas ficaram ali fofocando como duas velhas sobre tudo.

Mas não havia ninguém mais exalando alegria do que Quill e Clarie, era visível a diferença entre meu irmão hoje e a uma semana atrás. O amor tem a magia milagrosa de nos transformar, de nos fazer melhores.

–Estou doida pra fugir logo daqui com você. – Bells sussurrou no meu ouvido, apertando de leve os fios de cabelo da minha nuca, quando estávamos dançando. Sim, agora dançamos.

–Então somos dois. – dei um beijo no ouvido dela.

–O que esta nos segurando aqui? – agora ela se afastou da minha orelha com uma expressão de menina travessa, quase agarrei ali mesmo, sem duvida levaria um tiro do xerife.

–aonde esta a timidez dessa mulher meu deus? – impliquei com ela que riu. – anos atrás ficava vermelha por qualquer coisa, agora convida, não, na verdade intima um lobo a fugir com ela. Como as coisas mudam não é?

–Você que me fez assim, o seu amor meu lobo. – seus lábios macios cobriram o meu delicadamente.

–boa mudança. – resmunguei entre outro selinho e outro.

–Ei. – Lunna nos interrompeu. – Desculpa atrapalhar toda essa paixão caliente.

Rimos do comentário dela, que nos acompanhou e em seguida continuou:

–Bella vai precisar de mim? – não entendi aquela pergunta, fiquei realmente confuso.

Mordendo lábio em duvida, ela me encarou com seus olhos com lente, como se tivesse pensando, juro que deveria ser algo complicado porque a duvida desenhou no seu rosto.

–Acredito que sim. – ela respondeu com olhar cheio de significado para irmã, dando um passo para trás, mas automaticamente peguei sua mão.

–Você precisa de que? – perguntei.

–Nada Jake. – ela respondeu sem olhar nos meus olhos. Ela me escondia algo.

–Por que você não fala isso me olhando?

–Jake... – ela mordeu os lábios novamente, constrangimento surgiu ali na sua face.

–Você não precisa esconder nada de mim. – peguei as mãos dela, isso a fez fechar os olhos.

–Não quero que você veja o monstro que sou. – sua voz era um fio de medo e vergonha.

Assim entendi toda a conversa das duas, Bella precisava de sangue, tinha preferência por de transformo, algo tão comum na transformação dela através de transfusão de sangue de seus irmãos. A comida humana, aquela comida por todos nós, a alimentava, mas não a deixava forte como o sangue.

Houve um silencio estranho entre nós, mas logo a loba tentou dissolver esse constragimento.

–Ela não vai demorar nem cinco minutos lobão. – Lunna puxou Bella de mim rapidamente. – Prometo entrega-la em breve. Vai La conversar com seus irmãos.

Nem pude falar nada, pois as duas já tinham sumido entre os convidados, eu poderia sim atrás delas, os cheiros eram bem fortes, mas pelo jeito Bells não me queria por perto agora. Nesse momento percebi Seth por perto junto com Embry.

–Não fica com essa cara irmão. – Embry falou calmamente ao meu lado.

–Não consigo entender o porquê de Bella esconder isso de mim.

–Ela tem medo de você a ver como uma sanguessuga. – explicou Seth, o encarei numa pergunta muda como ele sabia disso. – Lunna me contou.

–Eu amo de qualquer jeito. – disse um pouco irritado. – Não acho que ela é um tipo de vampiro.

–Mas ela é. – embry afirmou e eu rosnei. – Num adianta ficar rosnando para mim é uma verdade.

Nunca tinha pensado em Bella assim, ela era o meu amor, isso é independente do que ela se tornou. Nem quero pensar nisso, é a minha Bells e pronto.

–Isso não me importa. – sentenciei.

POV BELLA

Enquanto eu puxava o sangue quente das veias do pulso de Lunna, fiquei com pensamento de que deveria evitar de ficar me alimentando daquela maneira. Porém a cada dia percebo que preciso mais e mais de sangue, cada vez que meu dom fica mais forte e evolui.

Cheguei a questionar Sarah o motivo desse aumento de apetite, então ela me confidenciou que ela já tinha vivido aquilo, mas com anos, coloque ai décadas de treino e meditação, ela conseguiu controlar melhor, só tomando sangue quando havia uma batalha importante.

E quando estou com “fome de sangue” tenho medo de me descontrolar e acabar mordendo Jake, decepciona-lo em ver como no fundo sou uma sanguessuga. Ainda tem a teoria de Shang e Lunna que Jane, a maldita que me mordeu, é de uma espécie que quando tem um vinculo afetivo com seu parceiro o sangue fica como La Cantante. Eu sou muito azarada mesmo não é?

–A noite vai ser boa com o lobão hein? – Lunna brincou comigo enquanto drenava seu liquido vermelho.

–Tenho certeza que será. – limpei a boca com as costas da mão.

–Amiga, você sabe que te amo e não me importo de alimentar você. –Os olhos azuis sempre espertos mostravam que ela iria repetia algo que ela insistiam comigo algumas semanas. – Uma hora você vai ter que se alimentar do seu lobo.

–Eu sei. – bufei irritada. – Mas vou evitar o máximo.

–Bem, você que sabe irmã. – ela olhou para as marcas dos meus dentes na sua pele branca sendo rapidamente cicatrizada.

–Eu não vou precisar me alimentar daqui a cinco dias a uma semana. – argumentei, ela só revirou os olhos. – Não vou usar meu dom para nada.

–Assim você espera. – ela passou a mão pelos meus ombros me voltando para festa. – vou torcer que nenhum sanguessuga cruzar o seu caminho.

Ah sim, isso é outro problema, quando uso muito meu dom, quando o levo ao limite, é como combustível de uma maquina, eu gasto e fico com sede de novo. Estou perdida, mas eu não posso ser tão azarada. Posso?

–eu não sei o motivo da sua resistência de morder o lobão. – Lunna comentou moleca do meu lado, a olhei sem entender. – Eu acho que seria super sexy você o morder.

–Esse lado canibal seu eu num conhecia. – brinquei.

–ah Bells, fala serio. – ela parou na minha frente. – Acho até que daria um gás na hora.

Imaginar aquilo, nem que por um segundo me deixou super vermelha, fazendo a loba, minha melhor amiga, rir alto.

–Se pensar nisso te deixou igual um camarão no fogo, já consigo o ver que seria show. – nunca vi pessoa mais empolgada que ela, para falar qualquer assunto. – Bells, sei do papo “nãoqueroqueelemevejavampira”, mas que deve ser uma delicia deve. Afinal a dor e o prazer andam, as vezes, lado a lado. Além que uma mordinha sempre anima, imagina se vai te dar mais estimulo. Ih se fosse eu já tinha cravado meus dentinhos belíssima na pele morena de Seth.

–Lunna, você é maluca. – voltei andar, agora ela do meu lado. – Eu tento ser normal na medida do possível.

–O normal é chato, querida. Além de que não somos como a maioria, nem 100% humanos nós somos.

–Irmã, eu já te contei como Jake lutou para manter a minha humanidade, ele ver no monstro chupador de sangue pode deixa-lo triste, decepciona-lo e morreria se isso acontecesse. – Falei de um medo recorrente em mim.

–Acho que isso é uma dedução errada sua. Mas não é dia para discutirmos isso. – A encarei sorrindo, esta qualidade de mudar de assunto quando preciso é algo admirável na loba. – Qualquer coisa me liga, se precisar se alimentar. Sigo seu cheiro, afinal convivo com ele anos não é?

–Você vai me salvar? – brinquei dando um abraço nela. Uma coisa que aprendi com a minha família, mostrar afeto.

–Sempre não é? Coisa de lobo.

POV JAKE

–A vista daqui a primavera é linda. – Bells comentou enquanto eu a abraçava por trás.

Realmente a visão dali de cima era linda, ainda mais tudo florido e vários tons de verde espalhados pela paisagem. O vento batia frio, mas não incomodava nenhum de nós dois, eu aquecia os nossos corpos, como também Bells não sentia frio como uma humana normal.

–Sentiu saudade daqui? – perguntei no ouvido dela, ouvi-a gemer de leve e alisar meus braços.

–Por um tempo, quando estava longe de você eu repensava aquela noite que passamos juntos e nosso beijo.

–Foi a primeira vez de muitas coisa não? – brinquei e ela riu, um som que amo.

–Sim, foi a primeira vez que percebi que te amo. – Ela virou seu corpo para de frente do meu corpo. – Depois daquele beijo, tudo explodiu em mim. Todo sentimento que neguei por tanto tempo.

Enquanto falava os dedos finos dela alisavam o meu rosto, aquele toque delicado dela me fazia já ficar entregue, ela me domina com um gesto. É ela é a dona do meu coração, de todo meu ser. Sorri com isso, lógico que ela viu:

–Porque desse meu sorriso? – senti as pontas dos dedos nos meus lábios, os beijei.

–É seu? – impliquei, ela sorriu e corou.

–Tem um sorriso. – eu ri. – Esse! É só meu.

–Você sabe que tem que levar o resto não é?

–Sem duvida. – os braços dela enlaçaram o meu pescoço, rapidamente as nossas bocas se encaixaram num beijo que disparou o fogo do desejo no meu corpo. Passei minhas mãos afoitas pelas costas dela, alisando e apertando, a senti se moldando mais e mais ao meu corpo.

Não podia mais esperar, a peguei pela cintura a puxando, isso a fez prender as pernas na minha cintura, já sentia a minha bermuda me incomodando pelo aperto.

Sem mais demora, sem cortar o beijo que estava num ritmo alucinante e intenso, entrei na barraca montada por mim. Sentei no colchão com Bells grudada em mim, que começou esfregar seu quadril no meu. Aquilo só podia ser tortura.

–eu te amo. – ela falou beijando meu pescoço.

–Te amo mais Bells. – respondi gemendo, afinal ela tinha dado uma lambida no mínimo pecaminosa ali.

–Você tem o melhor cheiro, o melhor gosto. – senti ela esfregar de leve os dentes na minha pele. Aquilo gerou um arrepio, minhas mãos só foram tirando as roupas dela, que não ficou para trás e fez o mesmo.

Em questão de alguns minutos, sem deixarmos de nos beijar e tocar as peças de roupas saiu. Bella olhou para meu corpo e disse sensualmente na minha boca:

–Você é lindo. E como é tudo meu. – as unhas dela arranhavam as minhas costas e meu peito. – quero sempre só para mim.

–Só seu Bells. – mordi o lábio inferior, isso a fez gemer, aquilo só me fez pegá-la pela cintura e ligar as nossas intimidades de uma vez, nós dois gememos juntos.

Nossos corpos se movimentavam se completando, hora mais lento e profundo outro momento mais intenso e rápido. Enfim era perfeito de qualquer forma, nós éramos um do outro por inteiro.

Percebi o corpo branco de Bells se contorcer, o prazer estava vindo, eu segurei a minha vontade para chegar o clímax com ela, porque assim era perfeito. Os espasmos dos músculos dela eram sentidos por mim, o cheiro era mais forte, seu coração ficava mais acelerado, seus olhos eram de puro deleite, ela ficava mais linda quando a onda de prazer a inundava.

–Jake. – ela ofegou no meu ouvido, apertei o corpo dela contra o meu. – Te amo.

–Também te amo. – respondi a beijando também com a pulsação acelerada.

–Te quero sempre. – disse entre meus lábios. – Sempre vou quer.

–Que bom. – eu disse a deitando no colchão, movimentei ainda dentro dela, mostrando o quanto eu realmente queria. – Eu não me canso de você Bells.

Ela sorriu com um rosto repleto de desejo, corou ainda levemente, aquilo me enlouqueceu e voltei ama-la. Ela era minha e eu dela para sempre.