Os Caminhos sempre se Encontram escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Olha vem capitulo grande.. todas comemora...
Temos tres povs aki tah?????
momento merchan:
https://www.fanfiction.com.br/historia/227893/Sempre_Fui_E_Serei_Seu...
Short fic minha novinha.. ok??? bora pros meninos lindos...



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POV JONH

Havia cinco meses que eu parecia estar no céu, afinal a consegui ter o amor de May para mim. Ok, nem tudo são flores, pelo contrario há bastantes espinhos entre nós, mas posso te dizer até gosto, sempre soube da personalidade forte da pantera, uma das coisas que me seduziu.

Estávamos os dois deitados mais o intruso amado do Leo. Na verdade encontravámos jogados, sem força para sair dali, aquele sofá tem um poder de deixar os corpos moles sem vontade de levantar para nada. 

A sala de televisão com seu telão passava uma animação engraçada, rimos muito, a escolha foi por causa do Leo, que estava entre nós dois, o pequeno estava agarrado a minha namorada. Adoro chama-la assim.

As mãos dela alisavam os cabelos do pequeno com tranquilidade enquanto os olhos estavam presos no filme, de vez em quando eles riam de uma cena. O moleque tinha já tamanho de um cinco anos de idade, já sua mente estava muito além disso, era o chaveiro de todos, o que num faltava nessa casa era gente para ama-lo.

Fiquei vendo a cena dos dois ali com carinho mutuo, inevitavelmente uma ideia, que confesso já passou em minha mente antes, voltou mais uma vez: quando eu e May teremos nossos filhos, eu quero ter muitos. Será que ela tem a mesma vontade?

-Adoro os filmes da Pixar. – comentou Leo olhando para a pantera, que continuava alisando o pequeno xodó.

-Também curto leão. – comentou May com apelido que o menino adora, o fazendo sorrir largamente. – e você jonh?

-Gosto também. – falei mais para situação construida pela minha mente do que para pergunta real dela. Encarei seus olhos por uns segundos, ela me olhou um pouco confusa, contudo ela fechou os olhos por um momento, parecia verificar alguma coisa. Bem, eu sei, era os  meus sentimentos dentro dela, afinal tinhamos as nossas lamas pedaço um do outro, não havia segredos intimos entre nós. 

De repente abriu as pálpebras assustada e fechou o rosto para mim, seus olhos ficaram quase como fendas ameaçadoras. Com as nossas emoções e sentimentos partilhados, sinto uma frustração vindo dela.

-O que foi tia fera? – perguntou Leo sempre perspicaz alisando o braço dela.

-Nada pequeno. – ela desconectou olhar do meu e bagunçou os fios do cabelo dele. – Vamos comer algo gostoso?

-como o que?

-Como aquela torta de chocolate que a Avó Sarah fez ontem. –o rosto dela era mais sapeca do que o dele.

-Isso te fará perder a cara de brava? – o garoto disse todo carinhoso, ela assentiu dando um beijo na bochecha dele. Ele é terrível, ainda mais quando ele abre aquele sorriso encantador.  

Ela levantou de mãos dadas com pequeno passou por mim ignorando a minha presença, aquilo me deixou perdido, pois ainda sentia a raiva dela pulsando direcionada a mim.

Ao ver ela sair sem esperar por mim, não perguntei nada, pois o garoto estava bem animado falando sobre o filme e por conhecer bem a pantera é melhor não incomoda-la naquele momento. Ela precisa de espaço, algo que brigamos as vezes, ela diz que a sufoco estando sempre perto, então quando fica assim a deixou.

Chegando na cozinha Leo sentou na bancada com destreza, deu um impulso no banco e parou com leveza em cima do mármore, sem ajuda de ninguém. Temos observado a força dele esta superior do que de uma criança da sua estrutura física, seu jeito de se movimentar era como de um adolescente.

Pela previsão de Lunna a partir da sua pesquisa, o crescimento no primeiro ano é acelerado, depois vai “freando” aos poucos, também havia os relatos dos híbridos (Jules e Dhelis) o nosso garoto mais quatro anos estaria entrando na adolescência, aos seis já seria um adulto.

-Quero um pedaço bem grande tia. – disse Leo animado com olhos brilhando pela expectativa.

-Que fome de leão menino! – Implicou May colocando o prato com a torta ao lado dele, indo depois no armário pegando um pratinho pequeno para servir a fatia.

Nesse momento ouvimos o restante da família chegando, todos foram caçar um bando vampiros nômades, mais de cinco, que tinham aparecido numa boate no lado mais pesado da cidade, os olheiros descobriram que eles estavam “fazendo a festa”.Com o nosso bando, hoje bem numeroso devido aos meninos quileutes, já irmãos, sei que seria uma vitória fácil demais. 

Ficou eu e May com o pequeno, fazíamos revezamentos na função de babá, hoje pelo sorteio sobrou para nós a tarefa.

-tia corre com essa fatia, porque a mamãe tá chegando. – Leo falou ansioso. – Se deixar por ela vai ser um pedacinho pequeno. Vai tia!

-Aqui. – May colocou uma fatia generosa, chamado por ele de “fatela”. O garfo afundou no chocolate com vontade e rapidamente ele foi devorando. – Calma menino, vai engasgar assim. Come devagar, eu me viro com a sua mãe.

Ele estava engolindo pedaço grande, deu pra ver a garganta empurrando o bolo para o estomago, com a boca suja de chocolate. Na segunda garfada ele se controlou sob o olhar bravo da tia, eu só pude sorrir. Assim ele comeu mais devagar. Sem duvida May será uma mãe maravilhosa, ela é tão carinhosa com Leo, imagina com os nossos filhos. 

-chegamos. – Avisou Shang animada entrando na cobertura.

-cadê meu filhote? – perguntou Mel chegando a cozinha.

-Aqui mãe. – ele falou com a boca cheia.

-comendo chocolate. – a mãe observou pegando o garfo da mão do menino, que fechou os olhos e fez uma careta engraçada esperando um possível puxão de orelha. Na verdade ela sorriu e pegou um pedaço de chocolate, comeu. – Realmente Sarah se superou nessa torta de chocolate.

Os dois sorriram um por outro, a cumplicidade dos dois era linda de ver e eu invejava porque queria ter meus filhos para poder ter isso também. De novo sinto uma raiva me atingindo, era de May, que ouvi bufar.

-como foi a caçada? – a morena perguntou para os outros que chegavam ali, todos cumprimentando o pequeno mascote, fazendo carinho e dando beijos junto com abraços e brincadeiras. Alguns foram servindo um pedaço de torta, que começou a sumir. Outros foram contando sobre a batalha que tiveram contra os sanguessugas. Como eu previ foi bem tranquilo a luta.

Não prestei atenção no que era falado, pois minha atenção estava no sentimento emanado pela pantera. Por que aquela raiva?

-que cara de concentração é essa, urso? – Perguntou Shang ao meu lado bebendo um suco vermelho, pelo cheiro era morango.

-Estou aqui tentando entender a sua irmã. – sussurrei, mas sei que minha namorada ouviu, principalmente com revirar de olhos dela de impaciência.

-Esse negocio de dividir alma pode ajudar vocês, mas também pode atrapalhar não é? – A chinesa fez uma expressão preocupada no rosto que parece de porcelana.

-Pelo jeito sim. – eu estava me sentido perdido.

-Sarah chegou com o resto? – perguntou Lunna para May, tirando atenção dela de mim.

-ainda não. – a pantera respondeu sem humor.

-Essa reunião entre ela, Sanny, com seus dois hibridos, Landura, Hoger e Rick, deve nos preocupar? – Bella perguntou nervosa, mas Jake lhe deu um beijo na bochecha para acalmar, ela lógico se derreteu.

-Claro que sim. – respondeu Mel com sua tranquilidade de sempre bebendo um copo de água. – Afinal estamos esperando um ataque concreto do que restou dos volturi.

-Estaremos esperando por eles. – embry disse determinado, todos concordaram com eles.

Depois de mais alguns minutos em confraternização na cozinha as pessoas foram dispersando, já marcando mais tarde sairmos, coisa que gostamos de fazer juntos.

-Você agora só salva se tomar um banho. – Mel brincou com Leo, que sujou a mãe com um beijo de chocolate, isso a fez rir. – já pra debaixo do chuveiro mocinho.

-sim senhora. – ele bateu continência todo atrapalhado enquanto pulava para começar a correr.

Mel foi atrás rindo, a realização da maternidade estava fazendo muito bem a nossa irmã, sua beleza ficou mais evidente, a felicidade faz isso. Então percebi que havia ali só eu, May(que lavava o prato onde havia uma torta de chocolate) e Shang ainda bebendo seu suco, talvez no terceiro copo.

-Vocês agora se resolvam. – ela disse com sua voz calma enquanto andava pela cozinha em direção a porta. – Porque mesmo eu não sendo ligada por almas como vocês estou sentindo o clima pesado.

A tigresa piscou para mim e sibilou “Calma”, isso May suspirou pesadamente e sussurrou:

-Esse negócio de relacionamento dá muito trabalho. – ela fechou água que corria na pia, secou as mãos e me encarou. – Vamos para o meu quarto.

Não esperou por mim simplesmente passou desfilando na minha frente, só pude segui-la. Quando chegamos no quarto ela sentou na cama, atrás de mim fechei a porta, ela colocou os dedos nas têmporas, como se ali doesse,  e disse:

-eu te avisei que não sei namorar. – Não estava entendendo o que ela queria dizer, portanto ela continuou. – Muito menos casar e ter filhos. Você quer tudo e logo não é?

Nunca tinha visto May falando num tom meio histérico, descontrole daquele tipo não combinava com ela. Eu ia começar argumentar, porém ela nem permitiu:

-Jonh nunca pensei mais de uma semana no meu futuro na minha vida. – Os olhos brilharam de emoção, ela estava agoniada, ali era seu desabafo. - Gosto de ser livre, amo ser o que sou, que é uma pantera, não quero abrir mão do pouco que restou de mim para construir algo que nunca quis.

-Nunca te pediria isso. – nós dois sabemos que para ter filhos transformos tem que abrir mão da sua condição mística.

-Hoje  eu vi seu olhar para mim e Leo, senti a sua vontade chegar até mim. Sei que um dia você irá pedir. – Ela suspirou e terminou. – Não sei se vou poder te dar, acho que não.

Agora como uma onda sinto uma tristeza sufocante tombando por cima de mim, quase me tirando o ar, era dela junto com a minha. Puxei o ar com força, caminhei até ela, peguei as mãos dela de sua testa e falei uma verdade, algo que propus a ela desde primeiro dia de namoro.

-Vamos viver cada dia. – a expressão feita por ela é de cansaço. – Lembra que prometemos isso um para outro?

-Eu lembro Jonh. – Ela se levantou ficando na minha frente. – Você que esta querendo filhos, algo longo e duradouro. Apressando as coisas entre nós.

-Eu quero ficar com você para sempre. – confessei uma das poucas certezas que tenho.

-Isso me dá uma sensação que estou perdendo a minha liberdade. – Ela parecia sufocada.

-Se você não me quiser como namorado, ok. – mentira eu estava morrendo de medo de tudo acabar. – Mas você não vai impedir de eu ficar na sua vida, nem que seja como sempre fui: seu irmão.

Seus olhos prenderam os meus, logo consegui sentir o amor dela por mim, algo forte e incontrolável, em seguida o medo de estar sentindo tudo aquilo, era novo e desconhecido para ela. 

-Sabe que não sei mais viver sem você ao meu lado. – eu sorri com aquilo, ela me acompanhou no mesmo gesto. – Culpa sua me fazer apaixonar por você.

-Te amo. – falei pegando seu rosto entre as minhas mãos.

-Também te amo. – ela falou com um pouco de birra. – Mas, por favor, nada de fazer planos pra mais de uma semana.

-Ok, prometido. – meus lábios deram um selinho nos dela, que sorriu.

-Agora como sempre fazemos quando brigamos. – a malicia do seu tom de voz, já estava me esquentando. – Fazemos as pazes.

-Sempre. -  Caímos os dois em cima da cama já entre beijos quentes e mãos apresadas correndo em pelos corpos. Seja do nosso jeito, mas seja para sempre. 

POV SETH

Aos poucos os músculos iam acordando, minha consciência ia despertando, o cheiro mais delicioso existente no mundo, pelo menos para mim, invadiu minhas narinas, enchendo meus pulmões. Puxei o ar com força, fui entorpecido por aquele aroma maravilhoso, um gemido com gosto saiu dos meus lábios.

Logo meu corpo tomou noção que a minha loba dormia grudada em mim, a respiração tocava meu pescoço, fazendo uma cosquinha deliciosa, seu calor aquecia parte direita do meu corpo. Abri meus olhos, vendo primeiro o teto azul escuro, com vários pontos brilhosos, como Lunna brincava era o seu céu, em seguida virei meu pescoço para o “meu céu”.

Os olhos fechados, ainda pintados de lápis preto e delineador, pois ontem não deu tempo dela tirar aquele rastro de maquiagem, havia presa de nos amarmos, esgotamos as energias e só nos restou dormir, mesmo assim borrou muito pouco, na verdade ficou até mais charmoso. Ainda havia o ar saindo pesado e mesmo assim suave do seu nariz, típico de quem esta dormindo profundamente.

Os cabelos castanhos caiam embolados pelo meu braço direito e sobrava ainda para o lençol branco. Fiquei observando sua pele branca do ombro subir e descer, num ritmo profundo. Ela é linda, me sinto o cara mais sortudo de ter o amor dela. Mexi um pouco tentando ficar de lado, queria vê-la melhor, com todo cuidado consegui, ela gemeu um pouco contra gosto e apertou seu rosto contra o meu peitoral, fazendo uma manha engraçada.

-Já acordou lobinho? – a voz rouca dela de sono era arrastada, era claro que queria dormir mais.

-Volta dormir amor. – falei dando um beijo nos cabelos dela. Antes de ela falar algo meu estomago roncou alto, nos fazendo rir.

-Com esse monstro na sua barriga ficar quieto, talvez eu consiga. – ela voltou a esfregar seu rosto no meu pescoço.

-As vezes eu acho que você é uma gata e não uma loba. – impliquei apertando seu corpo mais contra o meu num abraço.

-Esta vendo o que você faz comigo? – a sonolência tingia as palavras dela, suas pálpebras fecharam novamente, a respiração tranquilizou, ela dormiu. Por sinal ela ama dormir.

Sorri como um bobo para aquilo, sem duvida minha namorada tem um lado meigo e doce comigo, algo especial só meu, como brinca Jonh sempre; “conseguiu amansar a fera mais fácil do eu.” O cara corta um dobrado com May, que tem medo de se entregar, afinal essa coisa de amor é novo para ela, mas ao poucos ela está aprendendo, se envolvendo com urso como o amor pede.

Para minha sorte Lunna é completamente entregue na nossa relação, coisa que ela confessou só ter feito comigo, afinal sempre gostou de ser solitária, nunca conseguiu se ver com ninguém.

De certa forma eu sabia como era aquilo, durante anos eu passei tentado ter um relacionamento com outra mulher, tentando amar mesmo, coisa que sempre soube que era capaz de fazer, contudo eu não conseguia, me frustrava, sem entender por que daquilo. Era como eu soubesse, de alguma forma não compreensível pela razão, que meu coração já pertencia alguém.

Voltei encarar minha adorável loba, dormia como um anjo, eu desperto e com fome, então tive uma ideia: vou fazer uma surpresa, um café da manhã. Assim com todo cuidado peguei um dos milhões de travesseiros, coisa da minha namorada dormir com uma montanha desses de todos os tamanhos, coloquei um entre nós, com intuito que ela abraçasse, para eu poder sair dali sem incomodar. Deu certo, ela apertou-o com força e continuou a dormir.

Segui para o banheiro, fiz minha higiene com calma, recolhi as toalhas caídas no chão, ontem depois do banho a deixamos ali, afinal não queríamos nada nos atrapalhando para o encontro dos nossos corpos, só de lembrar as sensações um sorriso apaixonante estúpido marca minha boca.

Coloquei uma bermuda e uma blusa branca, fui até a cômoda do lado onde durmo, peguei meu celular, verifiquei que era nove e treze minutos da manhã de um sábado, provavelmente todos dormiam, afinal saímos ontem a noite para uma festa, eu e Lunna viemos para casa as quatro da manhã, outros ficaram para curti mais.

Quando estava saindo, entretido com um aplicativo do celular, já com a porta aberta, minha loba resmungou de olhos fechados:

-Volta para mim logo. – sorri com ordem carinhosa.

-Sim senhora.

-Acho bom. – ouvi um rum no final, depois ela virou, jogando os seus cabelos.

Rindo daquilo sai do quarto indo em direção da cozinha, porém quando passei pela sala ouvi um som de risadas vindo da varanda, eram dadas com vontade, sendo impossível não rir junto. Haviam dois corações batendo fort e apressados, como são dos passarinhos.

Escutei uma conversa animado soando abafada, afinal estavam trancados do lado de fora. Enfim meus passos seguiram aquele som gostoso de ser ouvido, ainda mais quando tive a certeza de ouvir o pequeno (Leo) rindo com vontade.

Quando deslizo a porta de vidro vejo Sarah sentada com seu vestido sempre longo, hoje de cor vermelho escuro e cabelos cacheados presos numa trança, ao seu lado estava o Leo com sua energia de sempre e sagacidade. Os dois sentados na frente de vaso de terra enorme, lado a lado, com algumas mudas sendo plantas, ferramentas perto, as palmas das mãos sujas de marrom.

-Bom dia Seth! – Saudou Sarah animada ajeitando uma muda de flores lilás, ao mesmo tempo me lançou um sorriso terno e carinhoso. Bem seu jeito materno de ser.

-Bom dia tio! – o menino também me cumprimentou, mas sua atenção não era minha e sim a sua ação de cavar um novo buraco na manta marrom começava ficar verde.

Mesmo já estando no inverno, no mês de janeiro, a neve caindo ainda do céu, Sarah isolou energeticamente a varanda, então ali não era frio, era temperatura agradável, ela queria que o neto pudesse brincar ali, ter algum contato com a natureza naquela cidade repleta de concreto.

-Bom dia para vocês! Estão animados com o plantio hein?

-Gosto de plantar, cuidar das plantas. – Leo falou animado olhando admirado para muda que acabará de plantar, as folhas tinham uma tonalidade de verde escuro e tinha um cheiro bom. – Sinto prazer de ver algo que eu plantei, ver crescer.

-Você é um ótimo jardineiro querido. - A mulher nata em amar deu um beijo carinhoso na bochecha dele, que sorriu de maneira larga e contagiante. Os olhos multi coloridos viraram na minha direção, ainda acho fascinante como os da Bells também. Com sua típica atenção amorosa ela perguntou.  – Se divertiram ontem?

-Sim. – A noite foi super agradável, sempre que saímos todos juntos era diversão garantida. Um bando que chamava atenção pelo numero, infelizmente também pela beleza. Para os poucos solteiros isso era uma maravilha, já para ala dos comprometidos era indiferente, no máximo rola um ciúme.

-Sei que sim. – ela sorriu gentil, pelo sua expressão facial tranquila era certa na sua frase. – As energias de todos estavam bem elevadas e felizes.

-Como você sabe dessas coisas Avó? – Leo curioso indagou, confesso que eu também queria entender.

-Você sabe que todos nós temos uma energia não é? Como uma impressão digital, é sua e única, ninguém tem uma igual. – o pequeno assentiu. – Então eu envolvo a minha energia com os que amo, isso inclui meus filhos. Fico ligada a cada um deles, consigo pressentir o que sentem ou se algo vai acontecer com eles.

-Como uma premonição? – Perguntei interessado.

-Somente em coisas muito intensas, porque sinto as energias também que estão perto de vocês, do que os cercam. Toda ação produz energia, mesmo que minima. Então pressinto coisas que acontecerão nos próximos poucos minutos. – Ela puxou o ar um pouco frustrada. – Infelizmente num posso manter esse laço sempre, pois me gasta muita energia minha. Enfraqueço.

-Que incrível vó. – o moleque estava boquiaberto. É era impressionante aquilo. -você consegue fazer com qualquer pessoa?

-Sim, só preciso buscar a energia dela, através de uma foto ou algum objeto me ajuda. Mas conhecer a pessoa e ter um vínculo com ela me facilita. O amor então melhor ainda.

-Uau. – Leo disse empolgado. – Pena que num tenho um poder legal assim.

-Você é ainda muito novo para sabermos. - bondagem e gentileza são palavras essenciais para descrever Sarah.

 O bico de frustração do garoto nos fez rir, ai o som do meu estomago roncando, fez agora os dois rirem de mim, com meu bom humor de sempre os acompanhei.

-Lá na cozinha tem uma torta de presunto de Parma que fiz de café da manhã. Uma receita italiana. – Sarah me comunicou.

-Tá uma delicia tio. – Leo disse como sempre traquina, pela carinha dele deveria esta sem duvida.

-Obrigada.

Antes de eu seguir pelo meu caminho Sarah me chamou e pediu:

-Não seja dura com a sua irmã.

Sinceridade aquela mensagem não fazia sentido, mas logo a mãe de todos falou;

-só me prometa.

Respirei fundo, algo em mim, talvez a minha intuição dissesse para aceitar aquelas palavras.          

-Vou tentar.

-Ah tem uma bandeja no armário em baixo do armário na terceira porta. – ultima dica dela, sim ela sabia que eu ia preparar um gesto romântico para Lunna. Ela veio com uma rosa na mão e me entregou. – Para dar um toque mais apaixonado ao café.

-Obrigada. – Não conseguia não rir, peguei a flor nas mãos dela agradeci mais uma vez com maneio de cabeça.

Segui para cozinha, numa missão de caça para fazer um café para minha loba dorminhoca. Separei um copo bonito enchi de água e coloquei o presente de Sarah, depois, lembrando das coordenadas dela peguei a bandeja de fórmica, com fundo azul e margem de madeira clara.

Coloquei o enfeite de flor e fui colocando varias coisas gostosas para comer, nada de doce, Lunna não é fã desse tipo de comida. Peguei um pedaço da tal torta dita por Saran, em seguida fiz uns ovos com bacon, algo que amo.

Assim fui colocando a frigideira no fogo com as fatias de bacon começando a fritar, ouço os passos no corredor, mesmo lentos e tentando serem delicados consigo ouvi-los muito bem. Puxo o ar e sinto o cheiro: Leah.

Mas havia algo “sujando” o seu perfume, era de humano, mais especificamente masculino. Ela estava com alguém isso era certo, ouvi-la puxar o ar com força antes de abrir porta e um pequeno resmungo.

Depois de uns segundos, com o barulho da chave contra a fechadura, surge a minha irmã com cabelos embolados, cara amassada e roupas mal colocadas, não gostei daquilo. Sei que ciúme bobo de irmão, mas eu fiquei meio bravo, agora era assim sempre sai com caras diferentes, pois esse cheiro que este impregnado nela não é o mesmo de outro dia que ela chegou quase na mesma maneira. Me preocupo com ela, essa cidade é um monstro perto da reserva.

-virou moda leah? – Perguntei de cabeça baixa terminando de fritar meus bacons.

-oi pirralho. – A voz dela tentava passar uma normalidade. – Já acordado?

-Leah são quase 10 horas da manhã – disse verificando o relógio redondo que repousava na parede da cozinha. – Não gosto nada desse seu novo comportamento. Some no final da noite, com cara que não conhecemos sempre um diferente do outro não é?

-Ei! – ela chamou minha atenção com tom de voz brava. – Você não toma conta de mim, você não tem direito nenhum sobre a minha vida, muito menos do horário que chego ou com quem saio.

Me irritei com aquilo, porque sabia que ela tinha razão, porém ainda fico preocupado. Posso num falar smepre para ela, mas amo a minha irmã demais, temo por ela.

-Tenho medo que você se machuque. – confessei minha maior preocupação em relação a ela sempre saindo.

-Fedelho, eu sou uma loba. – ela caminhou até a fruteira e pegou uma maça. – Outra coisa você não precisa se preocupar comigo, sou bem grandinha.

-O que você espera saindo assim sem rumo e sem ninguém certo? – terminei meus ovos fritos mexidos, coloquei num prato e encarei. – Tenho medo de você se perder pela vida.

Ela suspirou, pegou a minha mão, algo incomum qualquer ato de carinho dela, porém noto-a tentando mudar isso. Contudo não mudamos da noite pro dia, levasse tempo.

-Quero me conhecer Seth. – Os olhos dela ficaram brilhosos. – Nem que eu tenho que me perder pelo caminho e depois quem sabe me achar.

-Leah... - eu ia argumentar, entretanto ela me interrompeu.

-Aqui meu irmão eu posso ser uma pessoa diferente, eu posso tentar experimentar ser outra Leah. Não quero ser amargurada, quero viver e isso acarreta cometer alguns erros que eu faça, sabe? 

Olhei fundo em seus olhos algo me chamou atenção havia uma esperança, vida, vontade de viver. Conjunto de coisas cintilavam em sua Iris, algo não havia quando estávamos lá na nossa terra, onde havia um sombra constante nela, já aqui renascia minha irmã. Não tem jeito, eu tenho que aceitar esse momento da vida dela, estar sempre ali por ela.

-Prometa que não vai ser perder muito. – pedi apertando a mão dela, que sorri para mim e revira os olhos. – Não vá tão longe que eu num possa te buscar.

-sim pirralho. – ela me puxou para um abraço. Agora eu que sorria.

Ficamos ali presos naquele afago, mesmo não sendo comum não foi estranho, foi um compromisso e certeza que temos um ao outro sempre. Afastamos-nos e hábitos antigos voltaram:

-Como Lunna aguenta você ciumento desse jeito? – humor ácido acompanhado com leve soco no meu ombro. – só pode ser o tal imprinting. Eu reclamaria com os anciões se arrumarem um cara chato como você.

-Também te amo Leah. – rindo fui em direção a bandeja terminando de arruma-la.

-Olha que irmão romântico eu tenho. – Ela roubou um pedaço de bacon. – e prendado.

Rindo confiro se coloquei tudo que queria ali, faltava o suco de uva preferido da minha namorada, dei mais uma conferida, tudo certo. Por fim sai carregando com as duas mãos o meu presente dessa manhã para Lunna, sinto a chata da minha irmã atrás, mesmo sem perguntar ela me explica a perseguição.

-Vou abrir a porta para você.

-Nossa. Essa bondade me assusta. – arregalei de maneira irônica minhas sobrancelhas. – esse bom humor eu num reconheço.

-Tive uma ótima noite moleque. – ela passou por mim e parou com mão na maçaneta, seus olhos eram maliciosos.

-Me poupe dessa cara de satisfação. – resmunguei com nojo. Imaginar sua irmã se dando bem é nojento.

Ela não respondeu só abriu a porta, dando espaço para eu entrar, sem dizer nada fechou, nem tive tempo de agradecer.

Lunna ainda dormia, sem a minha presença o corpo dela estava esparramado, sua barriga para baixo, uma perna esticada e a outra flexionada, os travesseiros por todos os lados. Suas costas nuas brancas tinham o meu presente de natal desenhado; uma tatuagem do meu lobo cor de areia e símbolo Quileute. Minha fera adorou, sempre ronrona como um gatinho com aquilo, foi um carinho mais para ele do que pata mim, mas amei do mesmo jeito.

Por sinal a festa de Natal na nossa casa foi fantástica, fizemos com todas as tradições possíveis, afinal era primeira de Leo, Sanny e os híbridos antes dos Volturi, como também de vários casais ali, eu e Lunna éramos incluídos na lista. Foi maravilhosa, alguns outros filhos de Sarah vieram, foi um encontro muito legal, será sem duvida uma ótima lembrança e já querendo esse ano tenha outro, quem sabe esse minha mãe não vem.

Coloquei a bandeja na escrivaninha com cuidado, para não derrubar os livros e caderno de anotação dela. Tinha que acordar aquela bela adormecida. Assim fui até seu corpo de bruços, suas costas subiam e desciam num ritmo tranquilo, com corpo suspenso pelos meus braços, não queria por o meu peso em cima dela.

Abaixei meu rosto até sua pele, pondo meus lábios meio da coluna dela com muito cuidado, pois tinha medo dela se assustar e me dá um golpe, não quero uma loba raivosa em cima de mim. Dessa forma comecei com beijo casto, um arrepio surgiu, depois dei outro agora subindo, esse era mais molhado e aproveitando para cheira-la, aponta do meu nariz esfregava com profundidade.

Isso a fez respirar fundo, outros indícios eram visíveis dela estar despertando, assim segui com minha trilha de beijos pela sua coluna, aproveitando para dar pequenas mordidas ali também, ela soltou um gemido no momento que mordisquei seu pescoço. Minhas pernas estavam envolta do quadril dela.

-Bom dia, bela adormecida. – sussurrei no ouvido dela, minhas mãos alisavam seu corpo nu.

-Bom dia Lobo. – mesmo com voz de sono, consegui perceber que ela colocou seu tom sexy.

-esta com fome? – perguntei entre beijos o rosto dela, que estava de lado para mim.

A risada fraca dela entrecortada por um gemido me divertiu, ainda mais ela virando o corpo para ficar de frente para mim e capturar meus lábios com os dela. Suas mãos foram com vontade na barra da minha blusa, ela tirou e roçando na minha boca disse;

-to com fome de você.

- E eu tenho sempre fome de você. – respondi pegando a cintura dela e virando para mim definitivamente, isso a fez dar um sorriso pecaminoso de tão satisfeito.

A partir dali os nossos corpos imprimiram as nossas vontades, sempre incansáveis, que só sucumbiam ao cansaço físico, porque o amor, esse era incontrolável. Os sons do quarto eram os estalos de lábios e línguas se encontrando, gemidos mostrando a satisfação e vontade de mais, juras de amor falávamos um para outro como incentivo e também porque aquilo transbordava em formas de palavras.

O café ficaria para quando o intervalo surgisse, demorará um tempo, bem, não ligo de comer comida fria.      

POV QUILL

O som alto, as luzes brilhantes, o cheiro de feminino estava por todos os lados, conversas vinham de todos os lados, com alguns gritos, nessa combinação ainda odor do álcool era um elemento a mais.

Contudo nada daquilo importava para mim, nenhum desses fatos prendia a minha atenção, com ninguém eu conseguia manter um dialogo com mais de dois minutos ou cinco frases seguidas. A nove meses eu comecei a ser destruído pela negação de Claire ao nosso amor, sei que ela me ama, até como eu desejo que é como homem, todavia ela queria viver.

Muitos criticaram a minha decisão de vir com os meninos da matilha para cá, lembro-me do meu avô falando “Você tem que lutar, seu lobo pertence a ela, ele a escolheu.”. Posso até ter esse direito místico, contudo o amor vai além de “do que o destino determina”.

Na verdade o amor é algo traiçoeiro, ao mesmo tempo em que te leva ao céu, ele carrega você para o inferno. Somente um sorriso dela e lá estava eu no paraíso, ainda mais se eu fosse o motivo daquela curva linda dela. Porém o dia que ela disse queria a liberdade de viver um pouco, tudo dentro de mim ficou escuro e vazio, juro que dor se tornou um buraco negro em minha alma.

Um pedaço meu foi junto com ela e sua sede de viver, cada detalhe daquela despedida esta marcado em mim, consigo fechar os olhos e ver como ela sofria de certa maneira se afastar de mim. Como poderia eu falar a uma menina de 16 anos para não desejar conhecer o mundo? Priva-la de viver coisa que ela anseia? Seria uma maldade, não seria amor.

Sai arrasado do nosso ultimo encontro, lagrimas escorriam em ambos os rostos, mas cada um estava magoado da sua maneira, prometi esperar por ela, já a minha menina (sempre será) pediu para eu viver as experiências da vida, pois isso era o que ela faria. Portanto combinamos de não manter contato um com outro, ela deduziu que seria mais fácil para ambos, eu só concordei.

Não foi nada fácil, não esta sendo, entretanto nos últimos meses eu estava conseguindo sobreviver, mesmo meio me sentido sem um pedaço importante de mim, eu continuava, ainda mais com o carinho da nova família que encontrei.

As vezes no meio da noite, olhando para teto esperando o sono vim imaginava como estava a vida dela. Será que pensa em mim, como penso nela? Ficar imaginando a vida dela me reconfortava e também me frustrava, eu não estava por perto para saber, não poderia ligar para conversar. Conrinuava sobreviver, ter vida suspensa. 

Porém a uma semana pra cá sinto um chamado, meu lobo esta inquieto, mesmo o liberando quase todo dia nos treinamentos, eu sentia que ele queria correr sem rumo, acho que para buscar a sua companheira, por amor eu o segurava, eu respeitava a escolha dela.

-Quill, pelo amor de deus para de ficar ai perdido no seu mundinho. – A voz irritada de Embry me alcançou. – olha quanta mulher linda a sua volta.

Não fiz o que ele pediu, somente baixei minha cabeça e beberiquei minha cerveja.

-Cara, estamos aqui para tentar te animar. – Jonh falou colocando sua mão no meu ombro.

-Sei disso. – resmunguei e suspirei. – Mas algo esta me incomodando.

Minha mão foi em direção ao meu peito, comecei a massagear ali, tentando libertar a dor dali, era inútil.

-Imagino a dor que você sente. – Seth sempre foi solidário a mim, pois ele me entendia melhor que todos o caras, ele era imprintado como eu.

-Mas também entendo a necessidade de espaço dela. – Jake tinha um olha solidário a minha direção. – Acho que se Bella não tivesse a minha ausência, não teria percebido a extensão do nosso amor.

-Será que ela irá perceber isso meu irmão? – perguntei derrotado de ombros caídos.

-quem sabe. – Sei o quanto Jake não é do tipo de falar o que pensa e não o que você gostaria de ouvir.

Estávamos num tipo de boate de stripper chique, tinha fachada de burlesco, as mulheres não tiravam tudo e nem se exibiam num pole dance, faziam shows sensuais, tipo burlesco, nada era explicito, aqui era um dos lugares mais chiques da cidade, só a nata esta aqui para se divertir nos prazeres masculinos. Lógico que tinham algumas meninas que faziam programas, tudo muito sutil. Embry tinha esperança de eu me animar com aquilo, com as danças, com a sensualidade fresca oferecida.  Mas nada eu queria e muito menos ninguém.

Você deve perguntar motivo de eu ter vindo. Somente porque meus amigos estavam preocupados comigo, ai o esperto do Embry quis vim num lugar como esse, com pretexto de me animar, acho que na verdade ele queria vim e ponto, eu era uma desculpa. Nem me importei, quis muito me animar, embriagar com aquela áurea de sexo fácil, contudo não consegui.

Os caras não quiseram me deixar sozinho com o solteiro e indócil do meu amigo de infância, então os comprometidos me acompanharam num rock cueca. Bells ficou enciumada, porém foi convencida por May e Lunna que tava tudo bem, pois saberiam caso aprontasse. Havia algo escondido nos olhares cúmplices delas, para saber a “arma secreta de espionagem” a namorada de Jake tocou as irmãs, assim elas conversaram mentalmente graças o poder de hibrida dela, que a cada dia mais desenvolvido.

Assim nos encontrávamos sentados numa mesa a beira do palco com algumas garrafas de bebidas na nossa mesa, mas nem ficar bêbado meu metabolismo de lobo deixa, seria uma tentativa de fugir da dor, não é? Os comprometidos nem prestavam atenção nos shows, muito menos os olhos furtivos das mulheres lançados a nós.

-Não acredito que estamos aqui e você vai ficar de bode Quill. – Embry estava brigando comigo, mas seus olhos estavam maliciosos na direção da loira que dançava numa taça. – Pior são vocês curtindo a fossa junto com ele. Olha quanta mulher linda nesse local.

-Ele precisa de apoio, aqui estamos. – Seth falou tranquilo, olhou para o show como olhasse para uma vitrine de sapato femininos, sem interesse.

-A gente veio sair com ele, e não trair nossas namoradas. – Jonh completou bebendo sua cerveja.

-Vocês são umas vergonhas para os homens. – Embry impaciente disse, voltou toda sua atenção para loira.

Meus amigos iam retrucar, porém escutamos o martelar de três corações bem conhecidos e particulares, primeiro era de um híbrido, o pulsar era duas vezes mais acelerado que de um humano comum. Já o segundo é forte e ritmado, era de transformo, é mesmo do meu peito. O terceiro era bem fraco, tão baixo o martelar que era difícil até para os nossos ouvidos privilegiados. Todos quase ao mesmo tempo lançaram os olhos de caçadores para a entrada do estabelecimento, então três figuras por nós conhecidas surgiram: Sarah, Shang e Sanny.

A mãe de todos, até minha afinal ela me chama de filho, sentia amado por ela como tal. Ela caminhou na frente vindo em nossa direção com sorriso lindo nos lábios, com as duas atrás dela, os olhos verdes do ser magnânimo eram curiosos para o ambiente, já a oriental estava quase nos calcanhares da hibrida, estava a protegendo.

Mas no meio do trajeto vimos um homem sair de uma porta, era um senhor de uns cinquenta e poucos anos, vestindo roupa toda preta, atrás dele havia dois homens bem grandes e musculosos, eram os seus seguranças. Puxei o ar para capturar a sua essência: eram humanos. O homem era de traços grosseiros, mas estava bem arrumado.

Ele marchando em direção a Sarah alertou a todos, ficamos de pé, porém antes de intervimos o homem se ajoelhou perto da mãe de todos nós, ela sorriu sempre gentil;

-Minha Salvadora. – aquilo nos surpreendeu. – soubesse que viria ao meu lugar de trabalho teria feito um banquete para lhe receber.

-Que isso Finn. – ela pegou as mãos dele e o levantou. Olhar dele era admirado.

-Continua linda meu anjo. Não envelheceu um ano sequer.

-Obrigada.

-Qual o motivo da sua vinda? – o senhor perguntava todo solicito.

-Vim falar com meus filhos. – ela apontou seus dedos finos na nossa direção.

-Não sabia que eram seus. – o homem parecia ter um ponto de interrogação da cara, era até um pouco cômico. Acho que fazia contas mentalmente como aquela mulher de aparência de 35 anos ter cinco homens daquele tamanho como filhos.

-Se você puder nos dar licença. – pediu Sanny aos dois e falou para Sarah. – Será em poucos  minutos.

 -Ah sim. – ela agradeceu com um gesto delicado, com as mãos ainda ligadas ao homem disse. – Precisa falar rapidinho com eles, prometo não atrapalhar.

-Nunca atrapalharia. – olhar dele era emocionado, com as mãos juntas ainda ele beijou-as e disse. – Rezo para senhora todos dias, agradecendo por ter me salvo daquele demônio chupador de sangue. Minha vida é da senhora.

-Faço meu dever. – Sarah sempre muito simpática.

Ouvindo a frase ela foi se soltando dele com cuidado, ele deixou um pouco contrariado os dedos soltos, em seguida Sarah veio até nós, com seus passos calmos, sempre tinha impressão que ela flutuava, mas era na verdade seus pés tocavam com delicadeza o chão. Sanny já estava ao seu lado e Shang de outro.

-Olá meus filhos. – Abraçou cada um de nós, eu fui o ultimo, enquanto ela me acolhia em seus braços escuto Jake perguntar;

-Está tudo bem em casa?

-Está sim. – respondeu Sanny calmamente.

-Então vieram ver um show diferente? – brincou jonh.

-Não. – Sarah riu e se sentou de mãos dadas comigo. O carinho dela era acolhedor me fazia bem. Ok, sou meio carente de mãe, a perdi muito cedo, portanto sinto muito feliz de Sarah ter me aceitado como mais um de seu bando de filhos. Quero que minha menina a conheça. Pronto meu peito aperta em pensar nela, será que ainda a veria?

-Mais cedo do que imagina. – Sanny sorriu com uma alegria genuína. A encarei sem entender, ai ela esticou sua mão, na sua palma estava meu celular.

-Você esqueceu ele em casa. Não poderia deixar que isso acontecesse – Sarah começou a explicar.

-Por que é muito importante ter o celular aqui? – Seth era tão curioso como todo mundo.

-De acordo com Sanny... – Shang tinha uma animação contagiante na fala, mas foi interrompida:

-Ele tocará. – O ser magnânimo falou, como mágica o aparelho começou a chamar. – É a ligação             que você sempre esteve esperando por todos esses meses. Ainda mais com a resposta que você sempre quis esses anos ouvir.

O aparelho tocou a segunda vez, demorei em processar as palavras dela; mais um toque:

-Atende Quill. – ordenou Jake, esticou os olhos para o visor e disse. – É a Claire.

Aquilo me arrancou da paralisação momentânea, me deu impulso para deslizar meu dedo na tela, atendendo em seguida;

-Preciso de você Quill. – aquela voz tocava no fundo da minha alma, me chamava. Só pude responder.

-Onde você esta? –perguntei um pouco ansioso.

-Estou na rodoviária de Manhattan. – havia receio no timbre dela.

-Vou busca-la. – informei apressado.

-Busquei durante dois dias por você. – minha menina tinha emoção na fala. – algo me chamou para cá.

Era um milagre, só podia ser. Um sorriso rasgava a minha boca, elevando a curva para cima, meu peito num aguentava de felicidade, parecia que ia meu coração voar apressado pelas minhas costelas, ia abrir meus músculos a força, romper a pele e buscar pela sua amada.

-Estou te esperando. – ela me informou.

-Ok.

O celular ficou mudo, antes que pudesse falar algo fui informado.  

-Eu a senti querendo falar com você. – Agora dizia Sarah, aquilo nos assombrou. – Senti uma energia de amor em sua direção filho, misturada com algo desesperado, já fazia uma semana, não sabia o que era. – ela me olhava com amor de mãe. – como não a conhecia, fiquei perdida, mas foi aumentando essa energia a sua volta, por isso aflição em você. Então Sanny me ajudou ontem, envolvemos a energia dela e a chamamos para NY.  

-Eu a trouxe pra cá. – Sanny falava um pouco vitoriosa para todos. – A vi chegando hoje, mas ela mudou muito de ideia no caminho, ela esta confusa. Sem duvida ela precisa de você.

Respirei fundo, levantei e comecei andar, sair dali e ir atrás dela;

-Eu preciso dela. 


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Notas finais do capítulo

Gente... esse foi o penultimo capitulo....
proximo só jake e bella voltando onde tudo começou...
vms ter mta coisa nesse capitulo.. mto romance e mta ação;;; o que a miss aki vai aprontar??? aguarde....
jah to sofrendo que tah acabando...