POV LUNNA

–Nunca poderia recriar essa sensação tão boa. – Sanny dizia deitada na espreguiçadeira ao meu lado, de olhos fechados, com o sol tocando sua pele muito branca. – O calor do sol é maravilhoso.

–Engraçado que você não queima não é? – impliquei com minha irmã, enquanto brincava com cabelo de Leo, o filho adotivo de Mel no meu colo, o xodó de todos. – Durante esses 15 dias de liberdade sua você toda manhã está aqui. Já deveria estar moreninha.

–Eu controlo a tonalidade da minha pele. Na verdade posso ter a forma que quiser corporal.

–você é um espanto.

–Sempre fui não é? – ela riu baixo.

–Desde pequena. – Ela sempre foi incomum, uma pessoa além da capacidade mental dos outros, uma inteligência superior, muito intuitiva. Sempre única.

Fiquei encarando minha irmã por alguns segundos, o ser magnânimo, com seus inúmeros dons, uma surpresa a cada dia. Depois da batalha contra os italianos ela não perde um dia sequer em ficar ao ar livre, afinal foram anos trancada numa masmorra, Aro não deixava ela solta, era a joia dele, guardada como tal.

–A liberdade é maravilhosa. – Sanny resmungou puxando o ar num suspiro longo.

–San. – a chamei, que me encarou calmamente. – quantos dons você tem?

–156. – o numero me espantou, vendo isso ela emendou. – recordo de cada dor, de cada mordida, por isso guardo o numero.

–Você foi muito forte. – elogiei, ela sorriu suave voltando a ficar de olhos fechados para o sol. Sempre fora assim, uma tranquilidade em pessoa, enquanto sou agitada e rebelde, Sanny sempre foi oposto. – Pensar que você fez isso para me proteger...

Porque o martírio de minha irmã começou com sua intuição, sua visão da caça dos Volturi por um transformo, quando ele fossem me pegar, ela se ofereceu para me proteger. Sim, sinto um pouco de culpa, como se ela tivesse sofrido por minha razão.

–Faria tudo de novo. – ela respondeu de olhos fechados. – Somente eu poderia sobreviver a toda transformação.

Já havíamos discutido isso durante esses dias passados, somente ela com seu cérebro privilegiado junto com seu dom de aprender e aperfeiçoar tudo que lhe é ensinado, aliado a magia de Landura, somente com a junção desses fatos, que dava como resultado Sanny, que foi capaz de haver aquela vingança coletiva, a destruição de Aro.

–Lua. – minha irmã chamou. – fiz por amor a você. Não me arrependo, porque sei que você faria o mesmo. Ou não é?

–Sim faria. – confessei o obvio. – Mas saber que você viveu todos esses anos trancada, sendo maltratada corroem meu coração.

–A vida é feita por sacrifícios, que quando são pelos que amamos é muito mais valioso. – a olhei resmungando com a frase dela. – Além que alguém bom tinha que se tornar o ser magnânimo, afinal imagina se todos esses dons caíssem em mãos más?

–Seria o nosso fim. – sentenciei derrotada.

Leo mexeu no meu colo, ficou em pé de frente para mim, seus pezinhos, que tinham a dois dias aprendido a andarem, se firmou na minha perna. Seus olhos esverdeados me encaram espertos, em seguida seus braços passaram pelo meu pescoço, ele me abraçou forte, ficou falando que não gostava da tia Lua triste e sim rindo. Como ele soubesse da minha chateação, deduzindo que precisasse de conforto.

–Obrigada Leo. – falei afagando seus cabelos.

–Híbridos são bem sensíveis. – Sanny falou e riu do carinho do pequeno, que tinha 15 dias, mas aparentava ter quase um ano.

–Eles também crescem bem rápido. – Aquilo me assustou no primeiro momento, contudo o Jules e Dhelis garantiram que ele vai parar de crescer daqui a cinco a seis anos. Seu amadurecimento intelectual é mais acelerado ainda, testes feitos por mim mostravam inteligência já de uma criança de quatro anos. – Mas voltando o papo que “são sensíveis”.

–Hum. – ela já começou a rir. Ela me conhece, sabe que ainda não perguntei sobre Jules.

– Você e o Jules estão juntos a quanto tempo? – Leo sentou no meu colo novamente e voltou a brincar com a minha mão, ele adoro estalar meus dedos.

–Bem, juntos como namorados, a duas semanas. – ela foi sentando, enfim ela sabia que meu inquérito estava só começando.

–Como assim? - Meu tom assustado fizeram o “cracs” das minhas articulações pararem, o pequeno xodó o alertou.

–você acredita em amor a primeira vista?

–eu não acreditava até aparecer Seth na minha vida, mas no meu caso foi o imprinting. – a encarei por um segundo. – Você sofreu essa magia por ele?

–Não. – a tristeza apareceu nos olhos verdes escuros da minha irmã. – A minha parte loba foi trancada dentro de mim, como eu a tivesse negado. Como ela fosse sufocada dentro dos vários venenos de vampiros que correram no me sangue.

–sinto muito. – respondi sentida. Não consigo imaginar a minha loba presa, chega me sufocar. A cena que imaginei foi uma loba acuada entre vários vampiros a cercando, mas sempre lutando.

–é mais ou menos isso. – Sanny respondeu lendo meus pensamentos. A olhei indignada com a invasão mental. – Desculpa, mas você ficou em silencio fui ver o que pensava. Além que eu sabia que era sobre mim, você sempre faz quadros mentais muito ilustrativos.

–Acho que tenho que tomar isso como elogio não é? – sorrimos uma para outra, sempre fomos assim cúmplices e nos perdíamos na conversa. – Mas voltando. Como assim esta namorando a poucos dias? E que historia é essa de amor a primeira vista?

–Eu era uma joia para Aro, poucos sabiam da minha existência, eu vivia trancada. Os vampiros que “doavam” seus venenos para mim, eu deletava a memória deles sobre minha existência. Antes de eu ter esse dom, Aro mandava matar todos que me servissem, pois não precisava deles mais. Assim Jules só foi me conhecer a pouco de cinco anos, quando finalmente Aro o deixou me ver, por confiar muito nele. Lembro o primeiro dia que nos vimos, quando nossos olhos se encontraram, algo dentro de mim mudou e vi que nele também, era como tivéssemos nos encontrado a muito tempo perdidos.

–que coisa hein? – aquilo era impressionante. Leo parou de brincar com minhas articulações e passou a prestar atenção em Sanny.

–Não quis demonstrar o quanto ele me afetava emocionalmente, temia por ele, não sabia como Volturi iriam reagir aquilo, ainda eu temia daquele sentimento tão intenso me enfraquecer, deixar meu foco em me fortalecer desviar. Além de que era raro momentos sozinha, sempre havia alguém por perto. Mas mesmo não trocando uma palavra direta ou sem nos tocar já nos amávamos de alguma maneira. Assim passaram dois anos, contudo ele foi ganhando mais e mais a confiança do trio de italianos, por fim eles começaram a confiar nele a levar os vampiros para mim, ficamos mais próximos, ele pode tocar a minha pele, cuidar de mim, algo mágico para nós. Lógico que Aro descobriu a paixão de Jules por mim, Edward viu na mente dele e o delatou.

–Esse graças a Bella esta morto. Oh ser chato.

–Sim ele foi um grande problema, quase descobriu o nosso plano. Para possibilitar a presença de Jules junto a mim, falei para os volturi que o amor era unilateral, vindo dele somente, que eu não tinha aquele tipo de sentimento, mas que ele era de grande valia para mim, pois conhecia todo o processo passado por mim. O intitulei como meu servo, Aro adorou a ideia, enfim ele sempre gostou dessa coisa de submissão, e no fundo os vampiros sempre acharam que hibridos eram sub espécie, serviam para servi-los. Jules foi encontrado por Landura, que viu ele nos meus pensamentos, pois a magia dela em mim nos criava um vinculo. Ela contou a ele todo plano, trazendo ele para o nosso lado, isso me ajudou mais ainda, pois se tornou uma ponte entre eu a bruxa e os outros membros da vingança. Então não nos tocamos ou trocamos palavras de amor, ficamos focados no plano, para nos libertarmos dali.

–Então você quer me dizer que beijo e algo mais só foi rolar depois que você foi solta?

–Sim. – ela ficou um pouco corada, isso me fez soltar uma gargalhada.

–O ser magnânimo ficando vermelha por causa das saliências com o namorado.

–Lua, você não muda não é? Sempre implicante. – de repente minha mente foi invadida por uma imagem da gente quando era pequena, numas das férias na praia, eu implicando com ela ter arrumado um namoradinho na escola. Era impressionante como a lembrança era real, eu conseguia sentir os detalhes de tudo a minha volta, o som das ondas, o cheiro da maresia, nossos pais sentados sorrindo para nós, a sensação da areia embaixo dos meus pés. Era como eu tivesse voltado no tempo.

–Uau. – falei, no mesmo instante eu voltei a onde estava, encarei minha irmã que sorria. – Isso é incrível. Poder voltar.

–Na verdade é uma lembrança sua junto com uma minha. Por isso tantos detalhes. Quando eu ficava sozinha por completo, na verdade quando Edward não estava perto de mim eu fazia revivia nossos momentos juntas, isso me reconfortava.

–Imagino. – ficamos um segundo caladas, mas eu não ia perder o foco. – E você esta feliz com ele? Era tudo que você imaginava?

–Bem melhor. – ela falou com uma malicia engraçada.- Nenhuma das minha ilusões foi melhor do que a realidade.

–Você também pode criar realidades alternativas não é?

–Sim. – ao terminar de falar, me vi numa floresta desconhecida com Leo no meu colo e Sanny ao meu lado, contudo essa era bem diferente. As folhas eram brancas, mas não de neve e sim essa era cor delas, os troncos de arvores eram coloridos em manchas, iguais quando se mistura varias tintas numa palheta de artista. Tudo era silencioso e tranquilo a nossa volta. A natureza era linda e surreal, havia flores super diferentes em seus formatos e coloridas sem igual. Comecei a escutar um som de água correndo era próximo, busquei a origem do barulho, só via plantas e arvores, achei estranho, então minha irmã vez um gesto sutil com a cabeça, apontando para cima. Fiquei chocada, no lugar do céu havia água, como um lago transparente.

–surreal. – sussurrei vendo os peixes coloridíssimos nadando.

–quem mais que você quer que esteja aqui? – Sanny pergunta, quando volto a minha atenção a ela, vejo atrás dela Seth sorrindo.

–como pode isso tudo ser irreal? – pergunto vendo meu imprinting caminhando até a mim, consigo sentir seu cheiro perfeitamente.

–Ilusão minha cara. – nesse momento tudo some, percebo que estou novamente na varanda da nossa cobertura em Manhattan, com o xodó no meu colo.

–eu quero de novo. – Leo disse feliz batendo as palminhas.

–Outra hora te levo lá. – Sanny disse olhando para o garoto.

–Tudo impressionante. Mas nada se compara a realidade não é? – voltei ao foco da conversa.

–Sim, nada. – ela suspirou apaixonada. – Ele é maravilhoso comigo, estou muito feliz com ele.

–Isso é o mais importante. – sorri para minha irmã. – Você decidiu se vai ficar aqui conosco?

Sarah havia convidado ela, Jules e Dhelis para morarem com a gente, afinal para nossa mãe quanto mais filhos melhor.

–Por enquanto sim, acho interessante ficar unidos, pois a retaliação vai acontecer, não sabemos se demorará meses ou anos, até quem sabe décadas. – suas mãos vieram até as minhas, pegando com carinho. – Ainda há você minha irmã, não quero ficar longe de você.

–Também não San. – sorrimos uma para outra. Leo colocou sua mão pequena por cima das nossas, rimos com aquele gesto.

Em meio ao nosso momento escuto alguma das minhas irmãs chegando da corrida matinal. Leah, Shang e Mel chegaram até o portão da varanda, o pequeno saiu do meu colo num pulo, saiu correndo para o colo da mãe. Mesmo que todas nós estivéssemos exercitando a maternidade com pequeno Leo, foi Mel que ele escolheu como a sua mãe oficial, nem preciso falar o quanto a leoa ficou feliz com isso.

–Quanta saudade de você. - a loira disse apertando o pequeno em seus braços. – Estava aqui pegando sol?

–Estava aqui com as tias, a tia San nos levou para um lugar muito legal. – a empolgação dele nos fazia rir.

–Me conta tudo, quero saber. – ela pediu saindo com ele no colo. – conta enquanto comemos pode ser?

– pode mamãe.

Saíram os dois felizes, a voz de Leo contando os detalhes era muito fofo. Leah e Shang contaram sobre a saída delas ontem a noite, para uma festa só de solteiros, quis ir mas o meu lobinho agarrou um ciúmes, que deixei para lá, a minha cunhada adorou. Os meninos de La Push solteiros (Quill e Embry) foram e falaram comigo mais cedo no café da manhã, que ficaram impressionados como a loba esta solta e curtindo a vida.

Pelo relato de Seth a sua irmã sofreu muito tempo amargurada, sofrendo por ter sido rejeitada, porém quando veio para cá quis largar tudo, pelo jeito conseguiu. Lembro quando Bells me contava sobre a minha cunhada, rancor e magoa eram palavras constantes sobre ela. Bom que a coisa mudou.

–Será que Seth vai querer sair com a gente hoje? – Shang perguntou para mim.

–Bem, hoje não tem publico específico como ontem. Então eu vou. – disse determinada.

–Qualquer coisa eu convenço o pirralho. – Leah piscou para mim. – Ontem achei um absurdo ele ter feito maior cena para você não ir.

–Olha foi bom eu não ter ido. – respondi coçando a nuca.

–Ih, quando ela faz isso que alguma coisa tem. – observou Sanny. – Qual o real motivo de você não ter ido ontem Lua?

–Que isso San. – tentei mostrar ofensa, mas ela me conhece.

–Quando você coça a nuca é porque você quer esconder alguma coisa.

–Odeio quando você me entrega. – revirei os olhos. Agora as três estavam esperando a minha confissão. - Tá bom, eu falo. Eu ia achar um monte de caras que eu já fiquei, sei como Seth ia ficar louco.

Elas riram alto daquilo, fazer o que era uma verdade, lembrada por May, que também não foi pelo mesmo motivo. Afinal ela e Jonh estão começando a namorar, ela não queria enfrentar a tentação e a situação de algum ex peguete entrar no caminho dela, que ainda esta aprendendo esse negócio de amor.

POV BELLA

Fazia já um mês de paz em nossa casa, nenhum olheiro ligou para reportar algum ataque de vampiro, por sinal parece que eles sumiram da face da terra. Ah como eu queria que isso fosse verdade.

Mesmo com essa tranquilidade toda estamos treinando todos os dias forma de ataques agora com mais híbridos e o ser magnânimo. Com meu dom eu podia criar uma rede de comunicação mental, isso auxiliou e muito o nosso ataque, quando necessário a irmã gêmea de Lunna refinava esse contato mostrando o futuro ataque. Por sinal Sanny é um amor de pessoa e ao mesmo um espanto devido seus dons. Tínhamos como objetivo nos fortalecer quanto exercito, pelo o entrosamento de todos isso seria fácil.

Tínhamos acabado de treinar, ainda estávamos na nossa “arena” no topo da cobertura, os transformos tinham ido cada um para uma baia, sim tivemos que instalar isso, afinal tínhamos muitos namorados ciumentos, que não queriam a nudez exposta entre nós. Bem, eu só tinha olhos para meu sol, não me interessava em nada ver os corpos dos outros.

–Tia Bells. – Leo me chamou correndo pelo tatame. Abaixei na sua altura, ele se jogou no meu colo, o peguei com força e girei, com a risada dele estourando no ar. – Adoro ver você lutando com os lobos.

Aquele menino de aparência de três anos só tinha um mês de vida, porém parecia viver conosco desde sempre. Olhar para ele faz meu coração apertar, afinal nunca poderei dar um filho pro Jake, mesmo ele falando que não precisa de mais ninguém alem de mim. Contudo sei que ele queria ser pai, seria um excelente.

–Eu queria ser um leão como a minha mãe. – Leo disse com rosto triste num bico.

–Você será forte e ágil como eu, Jules e Dhelis. – um sorriso tímido surgiu na boca rosada.

–eu sei, a Avó Sarah me falou isso. – havia um contra gosto ali e uma ideia não dita, mas logo captei.

–Ser fera é muito mais legal não é? – ai ele sorriu com vontade, não aguentei e fiz cócegas na barriga dele. – viu como sou poderosa? Consigo fazer você ficar fraco de cosquinha.

A risada dele ecoava na grade de treinamento, arrancando risos de todos.

–ok tia Bells você é muito poderosa. – ele dizia tomando fôlego. Parei e o encarei. – Você me ensina lutar como você?

–quando tiver idade para isso eu terei maior prazer. – respondi, mais um sorriso.

–Na verdade quando ele tiver tamanho não é? – implicou Shang roubando ele do meu colo. – Porque esse menino daqui a pouco esta maior do todas nós.

O crescimento acelerado dele alertou a todos, mas é normal da condição hibrida dele. Era o chamego de todos aqui, era o centro das atenções e do amor de todos.

–Passar vocês na altura não é difícil. – implicou Jake chegando ao meu lado já passando os braços quentes na minha cintura. – Afinal vocês são bem baixinhas.

–Podemos não ser altas como você, mas somos bem fortes. – disse Shang perto de nós, brincando com Leo.

–Sei disso. – ele beijou meu rosto. – A minha baixinha aqui mostrou essa força no treino hoje.

Revirei os olhos, tudo isso porque sem querer torci a pata do lobo do Embry, mas foi um erro de cálculos e força, contudo ele já está ótimo.

–Na verdade ela mostrou poder quando acabou com ex dela. – May comentou chegando de mãos dada com jonh, que por sua vez não largava da pantera para nada, a fazendo reclamar por espaço. Por mais que ela ficasse irritada com ele por ser um pouco grudento, ela cedia e gostava de todo aquele amor.

–Ela foi impecável naquele dia. – elogiou Shang com Leo ainda em seu colo, porém foi por pouco tempo, logo ele correu até Mel.

–Sem duvida. – meu sol reforçou afirmação da tigresa no meu ouvido e dando um beijo. Aquele simples gesto me arrepiou.

–Ih sobramos, ouve o coração de Bella acelerar? – Perguntou May marota para meus irmãos ali perto, todos assentiram. – Então vamos deixar os pombinhos.

Eu ri daquilo, muito mais quando cada um foi indo embora, Jake virou meu corpo, antes de costa para o dele, agora de frente. Sua boca veio até a minha com carinho, ele sabe que tenho vergonha de dar beijo profundo na frente dos outros, sei que é bobagem, mas sou assim.

Entretanto aquele gesto simples estava esquentando todas as minhas células, meus músculos estavam se contraindo querendo por mais contato, meu corpo estava ansioso por mais do que ele conhece, o amor do meu sol, a combinação dos nossos corpos juntos. Sempre será assim? Essa paixão?

–Vamos tomar um banho? – pedi sussurrando no ouvido dele, que assentiu com uma cara sem vergonha, que só me fazia morder o lábio inferior de ansiedade.

Chegamos nosso quarto de mãos dadas, quando passamos pela porta, escutei ela ser fechada, em seguida as mãos grandes dele pegaram a minha cintura no colando um no outro. Sua boca roçou na minha de maneira torturante, seus olhos negros capturaram os meus.

–Só banho? – a malicia dele me esquentou mais ainda, acompanhado com as mãos dele apertando meu corpo contra o dele, minhas pernas ficaram tremulas.

–Você sabe que não. – pronto estava vermelha e muito quente, mas adorando a provocação dele, ainda mais ele beijando meu pescoço de maneira demorada, deixando um rastro molhado e aquecido.

–Lógico que sei. – ele voltou para ponta da minha orelha, amoleci mais um pouco com a mordida leve dada por ele ali. Em seguida ele veio até a minha boca e deu um selinho, quando eu ia aprofundar, ele para e diz. – Gosto de ouvir você falando dos complementos do nosso banho.

Dei uma risada com aquilo, mas não deixei a minha timidez falar nada a calei com o desejo imenso que sinto pelo Jake, enfim entrei na provocação.

–Quero você todo para mim, quero que você me ame. – pedi com a voz baixa, quase sussurrando.

–Sempre farei o que me pedir. – com o meu sorriso preferido emoldurando cada palavra dita por ele. Em seguida a boca dele cobriu a minha no beijo avassalador que só meu lobo sabe dar, sua língua embolou com a minha numa dança provocante, minhas pernas já estavam envolta da cintura dele, com as roupas sendo tiradas e jogadas ao redor até o caminho do banheiro.

Quando percebi já estava embaixo do chuveiro, com meu sol me amando, entre beijos e sussurros de declaração de como aquele momento era maravilhoso, como nos amamos. Sempre será perfeito pelo simples fato de ter nós dois nos amando.