Stigmatized escrita por Carolina Black


Capítulo 8
Capítulo 8 - Last to know




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Capítulo 8 – Last to know

Sam tomou chá de sumiço outra vez. Eu já estava mais do que acostumada, então decidi apenas esperar ele reaparecer e tentar explicar a situação. Iria aceitar de qualquer forma, seja lá o que ele dissesse.

Mas já faziam mais de duas semanas, meu coração se apertava a cada dia que passava sem notícias dele. E os dias iam passando e nada. Absolutamente nada sobre Sam.

As boas notícias eram que Emily finalmente decidiu ficar na reserva. Quase não nos vimos, uma vez que eu preferi me trancar no quarto e me isolar esperando por Sam. Não tinha paciência nem saco para aguentar as piadinhas dos garotos.

# Filha, o Jacob está ai embaixo. # Assenti, caminhei até o espelho e prendi meu cabelo em uma trança. Minha cara estava péssima, mas era só o Jacob mesmo.

Jacob e eu costumávamos ser amigos próximos mesmo ele sendo mais novo que eu. Ele era um dos únicos garotos que não me irritava com facilidade e então construímos uma amizade boa.

Só que quando eu comecei a namorar o Sam, automaticamente e sem percebermos nos separamos.

# Oi Jake. # Disse enquanto ele me envolvia naquele seu abraço de urso.

# Não vai sair nunca daqui? # Perguntou divertido sentando no sofá colocando os pés em cima da mesinha de centro. Nem liguei, ele já era de casa mesmo.

# Estou bem aqui. # Respondi seca e ele me olhou irônico.

# Hoje vai ter uma festa. # Ignorou minha última resposta. # Só saiu daqui com você arrumada. #

# Não vou à festa alguma Jake. Não adianta. # Levantei para ir para o meu quarto, mas ele parou em minha frente bloqueando a passagem.

# Então vai ter que me aguentar a noite toda com você. # Ele sorriu malicioso me fazendo levantar a mão para lhe dar um bom tapa, mas ele desviou como sempre. Insolente! # Tá ouvindo isso? # Perguntou e eu o olhei sem entender. Não conseguia ouvir nada anormal.

# O que... #

# Shhhhh! # Colocou o dedo em frente sua boca e eu esperei até ouvir um grito feminino. Podia jurar que a voz era de Emily, mas... # Ouviu? #

# Sim! Parece que precisa de ajuda, vem! # Corri de mãos dadas com Jacob até o lado de fora da minha casa. Era mesmo Emily.

Corri em sua direção com Jacob sempre me seguindo de perto. Os garotos já estavam em volta da minha prima quando eu cheguei e notei um sangramento horrível em seu rosto. Levei minhas mãos à boca quando vi o ferimento e Jacob me tirou de perto da roda que se formava em volta dela.

# Saiam todos! # O médico da reserva nos afastou de minha prima e eu comecei a chorar de medo. Aquele ferimento não era nada comum, algo realmente enorme tinha feito isso com ela. # Dêem espaço, preciso ver o que está acontecendo. #

# Deixe-me passar. # Tomei coragem e me enfiei no meio da rodinha. Todos sabiam que ela era minha prima então me deixavam passar com facilidade. Parei ao seu lado e segurei sua mão firme tentando lhe dar forças. Aquilo parecia estar doendo demais. # O que aconteceu prima? Vai ficar tudo bem... Vai dar tudo certo. # Repeti as últimas palavras várias vezes.

# Um animal me atacou na floresta... # Desmaiou quando o médico colocou algum medicamento no ferimento. Virei o rosto e Jacob me abraçou, me arrastando para longe dali.

Logo depois vieram me avisar que minha prima estaria no hospital e que amanhã de manhã poderia receber visitas.

...

Caminhava pela praia independente da chuva continuar forte. Não obtive sucesso no hospital. Disseram que estavam tentando reconstituir ou tentar retirar o efeito das futuras cicatrizes no rosto da minha prima, por isso não poderiam me deixar entrar.

Saí de lá arrasada com Jacob e Seth sempre ao meu lado. Eles me levaram em casa e saíram para jogar alguma coisa na casa de Paul, até me chamaram, mas eu não tinha cabeça para nada disso.

Mesmo com a visão embaçada consegui distinguir uma silhueta sentada em alguma pedra qualquer no meio da praia deserta da reserva. A cada passo que dava a frente, percebia cada vez mais semelhanças entre a silhueta e Sam.

Meu coração começou a bater descompensado. Meu sangue corria mais rápido em minhas veias, eu estava nervosa demais. O que ele fazia ali? Estava sumido há semanas.

Apressei o passo morrendo de vontade de abraçá-lo. Por mais que uma parte de mim dizia para socá-lo, espancá-lo e dizer que ele não podia fazer aquilo comigo, a saudade que eu sentia era muito maior do que qualquer coisa.

# Sam? # Perguntei assim que cheguei ao seu lado. Ele se virou para mim assustado.

Sam estava chorando...

# O que você faz aqui? # Me respondeu com outra pergunta.

# Eu que pergunto. # Sentei ao seu lado e observei ele limpar as lágrimas. Então ele não queria que eu o visse chorando.

# Estou pensando. # Disse apoiando sua cabeça em seus braços. Outra lágrima escorreu de seu rosto se misturando com a chuva forte que caía. # Você vai ficar doente. #

# Que se dane. # Forcei-o a me olhar. # Por que está chorando?! # Meu grito se confundindo com os relâmpagos que cortavam o céu.

# Eu fiz algo terrível. # Procurei entender o que ele dizia. # Desculpe Leah, não posso te contar. # Meus olhos saltaram de tanta raiva.

# Então você vai continuar sumindo sem falar comigo, diz que fez besteira e não vai me falar absolutamente nada? Você quer que eu faça o quê, Sam? # Ele não respondeu. # SAM! ME RESPONDA! # Esperneei.

# Eu preciso pensar Leah! Com você gritando no meu ouvido não dá! # Gritou mais alto do que todas as vezes que eu fiz. Engoli em seco e levantei minha mão ao encontro do seu rosto. O barulho do tapa cortou a chuva e não falamos mais nada depois disso.

Sam levantou irritado e ainda chorando e foi embora. Eu fiquei ali, perdida e atordoada. Mais uma vez.

...

# Jacob?! # Gritei em frente a sua porta. Eu ia vomitar ali mesmo se ele não a abrisse em segundos.

Estava passando muito mal e a casa dos Black era a mais próxima da praia. Foi a primeira opção que eu encontrei.

# Oi? # Perguntou abrindo a porta. Não dei chance de ele me convidar, corri para o banheiro que eu sabia muito bem onde ficava. Apenas senti seu olhar curioso em mim.

# O que você tem? # Jacob parou em frente à porta do banheiro enquanto eu colocava todo meu almoço para fora.

# Sei lá. # Respondi prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Puxei a descarga e fui escovar os dentes. # Me deu uma tontura doida e essa vontade de vomitar. Acho que foi um mal estar qualquer. #

# Se você quiser eu ligo para seus pais e aviso que você vai ficar aqui hoje. # Sorri em agradecimento, mas fiz que não com a cabeça.

# Prefiro que você me acompanhe até minha casa, tudo bem? #

# Claro. #

...

Jacob me deixou no meu quarto e eu acabei pegando no sono. Quando acordei já era bem de noite, mas meus pais permaneciam acordados assistindo à televisão.

# Alguma novidade da Emily? # Perguntei enquanto mergulhava minhas mãos no balde de pipoca recém-preparado.

# Acho que amanhã você já poderá visitar sua prima. # Meu pai respondeu me dando um sorriso. Sorri de volta. Era bom vê-lo me tratando bem.

# E o Sam? # Meu coração se apertou assim que ouvi minha mãe pronunciando aquele nome. Ela não percebeu e continuou. # Soube que ele foi visitar a Emily hoje no comecinho da noite. #

E aí foi o momento o qual meu mundo desabou.

Então eu me lembrei do transe em que Sam entrou quando viu Emily pela primeira vez. E o jeito que ela sorria para ele toda a vez que eles se encontravam. Imagens começaram a passar pela minha cabeça. Traição. Traição. A palavra se repetia incansavelmente em minha mente e me feria ao extremo.

# Eu fiz algo terrível. # As palavras que Sam pronunciou mais cedo...

# O que você vai fazer? # Meu pai perguntou ao ver minha expressão.

# Vou falar com o Sam. E é agora. # Peguei meu casaco e ia sair, quando meu pai parou em frente à porta segurando a chave. # O que é isso? # Perguntei incrédula. Olhei para minha mãe e ela desviou o olhar.

Eles sabiam de alguma coisa. Aliás, todos aparentavam saber, menos eu é claro. Eu seria a última a saber.

# Você vai ficar em casa. Quando for a hora você vai saber. # Então ele foi para o seu quarto levando a chave da porta de casa junto.

Chutei várias vezes a maldita porta, mas não consegui arrombar. Tentei as janelas, porém ele também as trancou. Subi para o meu quarto, fechei a porta para nunca mais abri-la.

Procurei pelo meu mp4, encontrei-o em cima de minha cama e voltei para a porta do meu quarto. Deslizei meu corpo sobre ela até bater no chão.

Joguei minha cabeça várias vezes contra a madeira. E então chorei o pior choro da minha vida.

Eu o odiava...

n/a:

Oh Jesus, que demora pra postar! :( . Mil desculpas, o terceirão é muito mais difícil do que eu imaginava... isso pq eu acho que estou estudando bem menos do que deveria, enfim. É aquele medo e insegurança batendo, mas passa...eu espero.

Agora falando da fic, cap tensinho, agora que a Emily apareceu vai tudo piorar :( .

Um ps bem PS mesmo, filho da put* o pai da Leah heim? KKKKKK. Eu senti vontade de matar ele rs, mas faz parte HIEOHEOIA. Sempre fazem essas sacanagens nas piores horas.

Enfim, espero que vcs continuem acompanhando a fic. Fico muito feliz com as reviews, todas super fofas!

É isso, muitíssimo obrigada. Boas férias!


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Notas finais do capítulo

Capítulo 1: California King Bed - Rihanna
Capítulo 2: Need you now - Lady Antebellum
Capítulo 3: Always and forever - Good Charlotte
Capítulo 4: Down - Jason Walker
Capítulo 5: What Happened to us? - Hoobastank
Capítulo 6: Apologize - OneRepublic
Capítulo 7: Never say Never - The Fray
Capítulo 8: Last to Know - Three Days Grace