Stigmatized escrita por Carolina Black


Capítulo 7
Capítulo 7 - Growing apart




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Acordei de repente um pouco desesperada. Não conseguia lembrar o que estava sonhando, mas tinha certeza que era algo ruim.

Deixei de lado os pensamentos, olhei o relógio e notei que faltavam dez minutos para o despertador tocar.

Hoje seria um dia especial aqui na reserva.

Uma parte da minha família, que morava na capital, viria passar uns dias aqui. E logo mais estariam batendo em casa.

Minha prima também viria e eu tinha que admitir que sentia sua falta. Emily era uma garota boa, bem da paz. Sabia cativar qualquer um com aquele sorriso que ela dava. Eu tinha tudo pra sentir inveja dela, mas nem isso eu conseguia.

Então parti para o banheiro, fiz minha higiene pessoal. Passei pelo quarto de Seth para ver se o pirralho já tinha acordado e lá estava ele ajeitando aquele cabelo enorme. Ao ver aquela cena eu agradeci por Sam ter cortado o cabelo.

Fui para a cozinha e dei bom dia aos meus pais.

# Tudo bem se o Sam vier aqui daqui a pouco? Ele disse que vai nos ajudar. # Comentei enquanto começava a ajudar minha mãe na preparação para o jantar de mais tarde.

# Conversei com o pai dele hoje cedo, ele não está bem. # Meu pai falou enquanto comia algumas batatinhas. Olhei-o curiosa.

# O que ele tem? # Perguntei separando os pratos e talheres.

# Acho que algo contagioso. # Suspirei. Lá vinha aquela história novamente.

# Mãe, posso falar com você? # Chamei-a que me seguiu até a sala em um lugar onde meu pai não pudesse escutar nossa conversa.

# Já até sei o que você vai pedir. # Disse. Ela sorriu para mim e deu a permissão que eu queria.

Não esperei os berros de meu pai, eu simplesmente fui. Cheguei rápido a casa de Sam e seus pais me atenderam. Sua mãe sempre carinhosa, seu pai eu já não sabia decifrar.

# Querida! # Sorriu e me abraçou. # O Samuel teve alguns problemas hoje de saúde. Ele acabou de dar uma saidinha para pegar um ar, acho que vai ser bom para ele! # Cerrei minhas sobrancelhas confusa com aquela história. Olhei para o meu sogro e ele não parecia nem um pouco feliz com aquelas informações passadas a mim.

# Você sabe me dizer onde ele foi? # O pai de Sam nos deixou a sós visivelmente irritado.

# Creio que você saiba melhor do que eu onde encontrá-lo. # Piscou para mim e alegou ter de ir atrás do marido. Agradeci pela atenção e tomei minha caminhada para o lago.

Caminhei meio sem saber o que estava fazendo e era realmente isso que eu sentia. Não sabia o que ia encontrar e não fazia ideia do que falar quando o encontrasse.

Desde aquela semana fatídica, querendo ou não, tudo mudou. E não foi só fisicamente.

Sam vivia sumindo dizendo que tinha problemas familiares e de saúde para resolver. Eu não me metia de modo algum, se ele quisesse me trair ele iria ver só.

Mas eu sabia que não era isso, Sam jamais faria isso.

O problema não era esse.

O problema é que eu sabia que ele me escondia algo. E isso nunca tinha acontecido entre nós. Nesse tempo juntos fomos sempre sinceros um com o outro. Sam tinha feito isso comigo ao dizer que queria me contar, mas não podia.

Só que eu nunca omiti nada a ele.

Não me toquei que tinha chegado ao meu destino. Apenas me dei conta disso quando encontrei Sam, semi-nu, sentado em uma pedra fitando o nada.

Ele não percebeu minha presença então fiquei ali um bom tempo tentando decifrá-lo. Daria qualquer coisa para entrar na sua mente nesse momento e descobrir no que ele tanto devia estar pensando.

E eu sabia que ele estava sofrendo. Era visível isso. Sam era uma das pessoas mais transparentes que eu já conheci. Infelizmente nos últimos tempos ele tem se tornado um garoto frio e eu não conseguia ajudá-lo.

# Pode vir aqui? # Perguntou sem se virar. Não sabia que ele tinha percebido minha presença.

Caminhei até ele e me sentei ao seu lado. Apoiei minha cabeça em seu ombro e comecei a fitar o horizonte assim como ele ainda fazia.

# Como você está? # Permaneci fitando o horizonte. Sabia que se eu o olhasse eu ia desabar ali mesmo.

# Péssimo. # Respondeu entre soluços. Meu coração se apertou dentro do meu peito. # Eu não quero mais mentir pra você Leah. #

Sam segurou meu rosto e fez com que eu olhasse para seus olhos completamente vermelhos do choro. Não aguentei tal cena e derramei uma lágrima seguida de várias outras.

Nem eu nem ele falamos mais nada. Eu sabia que ele não queria continuar naquela situação, porém por mais estranho que fosse, eu conseguia ver que era impossível para ele contar. Por mais que doesse, por mais que machucasse, eu entendia.

Sentei no seu colo, enrosquei minhas pernas em sua cintura apenas para ficar de frente para ele. Sentia todo seu calor me envolvendo e pela primeira vez na vida eu senti medo de perder tudo aquilo. Nem mesmo em nossa última briga, nunca tinha sentindo aquilo antes.

 Encostei minha cabeça em seu peito e chorei tudo o que eu tinha segurado nos últimos meses. Não sabia de onde tinha vindo tanta insegurança, tanto medo, mas eu só queria ficar ali em seus braços. Ali era o único lugar no qual eu me sentia segura, que eu era uma pessoa mais gentil, mais sensata. Ali eu era outra Leah, eu era a Leah do Sam.

# Eu prometi a você no momento em que aceitei me casar com você. Não importa em qual situação nós estivermos, eu vou estar sempre aqui. Nunca duvide disso. # Falei ainda encostada em seu peito.

# Tenho medo de te perder. # Disse acariciando meus cabelos e agarrando-os com força, mas sem machucar. # Eu te amo minha garota. # Afundei mais ainda minha cabeça em seu peito e apertei-o o mais forte que consegui com os meus braços.

Eu não sabia por quê.

Aquilo me pareceu o fim.

...

Prendi a flor em meu cabelo enquanto Sam me observava deitado em minha cama todo esparramado. Nem parecia que tínhamos chorado a tarde toda, mas fizemos amor assim que chegamos a minha casa e tudo estava bem de novo. Sorri ao ver como Sam estava bonito mais uma vez.

Descemos as escadas de braços dados e o pessoal todo da reserva mais o pessoal da minha família nos esperava lá embaixo. Sorri ao ver como Emily estava diferente e corri para abraçá-la. Nós duas costumávamos sermos melhores amigas na infância.

# Não me diga que esse é o Sam! # Sorri assim que nos separamos. Dei risada e fiz que sim, todos se assustavam quando o viam pela primeira vez! # Uau. # Finalizou convencida me fazendo dar mais risadas.

Sam permaneceu parado no pé da escada apenas nos olhando de longe. Parecia perdido em algo que eu não sabia identificar, mas mesmo assim apresentei os dois.

# Amor, essa aqui é a minha prima que eu tanto falei! # Puxei Emily, que parecia em algum tipo de transe, para mais perto do meu noivo. Queria tanto que eles se dessem bem!

# Prazer. # Sam beijou-a no rosto e eu sorri de felicidade.

Eu realmente estava cega...

Não notei nada diferente. E a noite seguiu como outra qualquer. Ou eu apenas queria acreditar nisso...

n/a:

Oi gente, que saudades! Como vcs estão?:D. Eu estou bem, apesar do terceirão ter começado a me cansar já kkkkkkk. Acho que no fim do ano valerá a pena, eu espero! Mas não é sobre isso que eu vim falar hihihi.

QUEM GOSTOU DO CAPÍTULO hmmm? Esse é um dos que eu mais gosto... e realmente não queria que ninguém aqui pensasse que a minha Leah é fracote ou chorona ): , já disse que não sei ao certo como ela é, mas eu também acho que o que a tia Steph nos contou sobre esses dois é muito superficial, dá a ideia de que eles nunca choraram um pelo outro... opinião própria, só queria compartilhar rs.


É isso gente, espero que gostem *-*. Amei cada review, vcs são umas fofuras cmg. Até parece que escrevo bem KKK!

Beeijitos! (:

PS: a imagem não está carregando aqui... espero que melhore!


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Notas finais do capítulo

Capítulo 1: California King Bed - Rihanna
Capítulo 2: Need you now - Lady Antebellum
Capítulo 3: Always and forever - Good Charlotte
Capítulo 4: Down - Jason Walker
Capítulo 5: What Happened to us? - Hoobastank
Capítulo 6: Apologize - OneRepublic
Capítulo 7: Never say Never - The Fray