Minha Vida depois de o Último Olimpiano escrita por Mari_Carlie


Capítulo 9
Capítulo 9 Como um só.


Notas iniciais do capítulo

Oiii.Como foram as festas, meus amores?Muito chocolate, doces, bomboms.Pois é neh.E enquanto vocês comiam eu passava tres horas na frente do computador terminar esse capitulo.Eu fiz tipo uns cinco finais diferentes pro capitulo.Mas espero que gostem deste.



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   — Se eu te amo? Meu Deus, se o seu amor fosse um grão de areia, o meu seria um universo de praias....

     -Bom, você não disse nem uma vez que me amava.

     -É só disso que você precisa? É fácil. Eu te amo. Tá bom? Quer mais alto? Eu te amo. Quer que eu soletre? E-u t-e a-m-o, Quer de trás para diante? Amo-te eu.

                          Willian Goldman.O noivo da princesa.

Caminhamos até a praia juntos, deixando a floresta para trás.Na praia do acampamento,algumas dunas aumentavam no verão, e nós nos escondemos lá.Sentados na areia,de costas para a floresta e olhando para o mar.

O vento balançava os cabelos loiros de Annabeth, e trazia para o mim o cheiro de xampu de morango.Ela olhou de volta para mim e corou percebendo que estava observando-a.E sorri, tentado deixá-la mais confortável, e quando o vento da praia soprou novamente passei meu braço por seu ombro, afim de deixá-la mais quente, e mais perto de mim, é claro.

Ela me olhou surpresa, e se afastou um pouco.

-Desculpe,- falei - é que, tipo, eu não queria que parecesse que eu..

E quando Annabeth olhou para mim, sorriu, sarcástica á minha vergonha.

-Eu me lembrei de uma coisa, e acho que deveria compartilhar.

Antes que pudesse perguntar, Annabeth tirou dos bolsos um daqueles saquinhos, de bombons Fini, em forma de dentaduras. E se você que está lendo isso, não sabe do que eu estou falando, devo acrescentar que você deve ter tipo uma péssima infância, pois uma das coisas que eu mais gostava era aquele bombom de gelatinas.

-Os Stoll conseguiram para mim hoje, depois da captura da bandeira.Você quer?

Eu assenti enquanto ela abria o pacote, e por um momento pude perceber que Annabeth andava roendo as unhas, ultimamente percebo pequenas mudanças assim, como um cabelo amarrado diferente ou roupas repetidas na escola.Com o tempo parecia que sempre havia algo diferente, ou talvez eu que estava começando a perceber com o tempo.

De qualquer modo, começamos a comer.

-Hum, isso foi minha infância inteira.E parte da adolescência.

Ela sorriu novamente, mas só disse um simples:

-É.

Pensei em enrolá-la em meus braços novamente,mas não tive coragem, pode me chamar de covarde, mas você nunca iria querer fazer algo errado com alguém como Annabeth.

De qual quer jeito, não precisei, ela sozinha encostou a cabeça no meu ombro, enquanto comiamos dentaduras Fini.

E foi nesse momento em que eu estava quase dizendo as palavras, que eu percebi, percebi o que estava tanto querendo sair de mim, o que eu queria tanto dizer a Annabeth, e não sabia o que era.Agora as palavras estavam bem claras para mim.

Havia tanto tempo que elas estavam em minha mente, mas eu nunca soube interpretá-las, do modo certo.Havia tanto tempo que eu sentia que tinha algo que eu deveria dizer a ela.E agora hesitei.Estava sem jeito.

-Annie..

-Oi?

-Sobre hoje,na captura bandeira...Foi tudo encenação mesmo não é?

-Sim, é claro, Cabeça de Alga.

Sua voz ainda parecia distante, e olhei para o mesmo lugar que ela.O mar.As ondas quebrando na areia.O som que faziam.As pequenas pedras e conchas .E o luar acima de nós.

As ondas.

Concentrei-me nelas,a idéia saltando da minha mente, por um minuto nós ficamos em silencio, e eu mirei a alguns metros a nossa frente.Fechei os olhos, e me forcei só um pouco.E tive certeza de que estava dando certo quando ouvi Annabeth arquejar.Mas não me atrevi a abrir os olhos.Talvez até conseguisse fazer aquilo sem ter de fechá-los, mas tinha medo de ver sua expressão.

-Percy?

Sua voz soava confusa.Eu abri meus olhos, e vi diante de nós meu trabalho.Agradeci mentalmente ao mar.

Na nossa frente, as ondas haviam trazidos pedras e conchas, todas elas estavam juntas e alinhadas a alguns metros a nossa frente.Elas formavam as palavras na areia:

EU AMO VOCÊ.

Annabeth olhou para mim, pequenas tempestades cinzas em seus olhos demonstraram alguma surpresa ou..Medo.

Virei de frente para ela, pensando que ficaria melhor se estivesse cara-a-cara. Mas errei,Seu olhos me fitaram como se nunca tivessem me visto antes. E eu estava não gostando da expressão em seu rosto.

Abracei-a, mas não senti seus braços em mim.

-Annabeth – sussurrei em seu ouvido, mas não desfiz o abraço,tinha medo de encará-la novamente e do que eu podia ver – eu não sei o que está acontecendo comigo, eu só sei....

Finalmente tomei coragem e olhei bem dentro dos olhos dela.

-Eu só sei que eu te amo.

 Os olhos dela se encheram de lágrimas, mas não chorou, uma única lagrima se derramou, mas ela a enxugou.

Pensei que fosse dar certo, pensei que ser mágico, como nada na minha vida foi, mas poderia ser naquele momento, se ela não se virasse e corresse para fora da praia.

Me levantei e fui atrás dela, sem conseguir abandonar o sentimento de ter feito algo horrível, olhei mais uma vez para as pedras e conchas na areia, perguntando-me se havia feito a coisa certa.

-Annabeth!! – gritei -Espere!

Agora estávamos á apenas alguns metros de distancia, ela parou de correr, mas não se virou para mim.

-Eu..preciso pensar.. – disse com uma voz tão fraca que eu mesmo quase não ouvi.

Ela continuava de costas para mim, mas pude jurar ver um soluço subir por seu peito.

-Annabeth – falei enquanto andava alguns passos, não tinha certeza do que falar naquele momento, não tinha certeza de nada ali – eu não sei...O que eu deveria dizer agora,eu não sei.Eu queria dizer que só preciso ficar com você, que na sua ausência só há tristeza, que tudo ultimamente parece só girar a sua volta, ou que eu acho que estou apaixonado por você, mas quando lhe vejo tudo desaparece, e eu apenas consigo dizer que eu te amo, e só espero que isso baste.

-Percy!! – ela gritou, e correu até mim, e eu a abracei, com milhões de sentimentos me rondando naquele momento.

E ela realmente estava chorando,as lagrimas escorrendo e os soluços percorrendo o tronco, mas ela não me soltou.

-Sorria – eu disse – e tudo vai dar certo.

E ela sorriu, mesmo.

-Percy, o que você fez por mim agora, foi a coisa mais linda que alguém já me disse.

E eu a beijei.Como jamais havia beijado uma garota.Como jamais havia tido coragem.

E ela correspondeu.

Enquanto minhas mãos escorregavam por sua cintura, ela se aproximava, até que nossos corpos ficassem completamente juntos.Como um só.

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Depois de algum tempo, nós voltamos para a praia, sentados na areia.Não sabia bem como pronunciar as palavras, só me sentia bem por ter ela, ali comigo, ao meu lado em silencio.Como se fossemos um só.

-Sabe – falei, - um dia li um mito grego, que me lembra muito...nós,agora.

Ela não disse nada, mas me olhou atentamente, e me incitou a continuar.

-Falava que a muito tempo, não havia só o feminino e o masculino, havia mais um tipo, que desapareceram, e só deixaram o nome,Andróginos, eles possuiam duas cabeças, em um único pescoço, quatro pernas, dois sexos e disformidades nesse estilo.Mas não eram boas pessoas, sabe, eles tentavam chegar até o Olimpo, mas os deuses não permitiam.Ninguém sabia o que fazer com aquelas criaturas, então Zeus ordenou que as partise ao meio, e viveriam como pessoas normais.E Apolo cuidou para que isso ocorresse sem mortes, mas deixou-lhes o lembrete de quem eram, puxou-lhes o ventre, fazendo uma pequena deformação.

-O que ? –perguntou Annabeth.

Toquei seu umbigo, e antes que ela pudesse reagir, começei a fazer-lhe cocegas, por que sabia que Annabeth morria de cocegas na barriga.E matava quem tenta-se faze-lo.

Caimos deitados na areia.Eu por cima dela.Foi...tenso.

Nós nos ajeitamos sentados novamente.

-E o que isso tem a ver conosco?

-Eu não terminei de falar a história.
Acontece que quando os andróginos foram separados, não aguentavam ficar longe de suas metades,e acabavam morrendo de inanição, ou coisa do tipo.Mas era assim que era relatado o amor. ’’A razão de tudo isso é a verdadeira natureza das pessoas,um todo.E o que seria o amor senão o desejo e a procura do todo?”

-É, Nós.

Segurei sua mão.

-Como um só.

  Ela sorriu, e de lá esperei que saisse as palavras que eu precisa.Eu também te amo.Mas ela não as disse.E em momento nenhum da noite ela falou.


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Notas finais do capítulo

Haha, Quem gostou? °/O proximo capitulo já ta quase pela metade.Não demoro.Reviews?
Bjusssssss,
Mari