A Loba e o Frio escrita por JubaDAzvdo


Capítulo 12
Onze.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora!!!!Aí está o proximo capitulo Lilo1991!!!!KKKKKKEspero que gostem, nesse vamos colocar os holofotes um pouco em Myridan, sem, necessariamente, esquecer do nosso querido casal.Bjuxxxxxxxx



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Onze.

           

Foi com um sorriso bobo que o vampiro se ergueu do chão da mata, pegou sua mochila e rumou para o Casarão Branco. Tinha desculpas a pedir.

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A loba cinzenta, Leah, corria muito rápido. Impondo ao seu corpo um esforço que nunca antes fizera, os músculos ardiam, as pernas fraquejavam, em vários momentos o animal não tinha forças para sustentar o próprio peso, caindo na terra úmida de alguma floresta para, novamente, usando somente a força insana do desespero se pôr a correr para o mais longe possível dele. Correu até não poder mais, até as patas em carne viva e a exaustão lhe deixarem inconsciente. Então, o corpo abismal da canina cedeu a vez para a forma delicada e frágil de uma mulher nua.

-------Casarão Branco--------

            Foi como se não visse a casarão há um século, então, o vampiro o ficou admirando por alguns minutos. Sua audição super-desenvolvida conseguia captar o som da televisão na sala, misturada às vozes dos J e a respiração tranqüila de Myridan na biblioteca. Aidan ficou ali parado sentindo a alegria em seu gélido coração pintar o mundo a sua volta com novas nuances e preenchê-lo de novos sons que antes não lhe eram possível ouvir. Diante da suntuosa propriedade, no gramado verde-azulado estavam os carros: o Jaguar verde-escuro, o Mustang GT preto e, por ultimo, o seu amado Lancer Evolution vermelho.

            -- Meu amado!!! – falou se aproximando do automóvel, como se estivesse vendo um ente querido. – Sentiu minha falta? – perguntou para máquina como se esperasse que o carro respondesse. Ele alisava a pintura, ambos brilhavam, tanto o dono e veiculo, contra os raios do sol matutino, – Sei que sentiu.

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            -- Olha só quem voltou! – falou Juan, com um sorriso falso. – O filho pródigo!

            -- Juan!!! – exclamou, Justine, olhando irritada para o parceiro. Indo dar um abraço em Aidan. – Que bom que voltou.

            -- Também estou feliz por estar de volta. – falou Aidan sorrindo. – A propósito, Juan. Eu gostaria de me desculpar pelo meu comportamento ao longo desses setenta anos que convivemos. – disse o vampiro estendendo a mão para o transformista em sinal de amizade. – Espero que possamos tentar de novo?

            -- O que diabos deu em você? – perguntou Juan desconfiado, encarando o sorriso aberto do vampiro. – Te forçaram a beber sangue de uma vaca-louca?

            -- Juan!!! – exclamou mais uma vez Justine, dando uma cotovelada no parceiro.

            -- Não Juan. – respondeu Aidan bem-humorado, ainda com a mão estendida. – Só quero que sejamos amigos.

            -- Aperta logo a mão dele! – falou Justine entre dentes.

            -- Que seja. – disse o lobo, finalmente, apertando a mão do vampiro.

            -- Isso muito me alegra. – respondeu o vampiro radiante, ainda apertando a mão do transformista. – Onde está Myridan? Devo-lhe desculpas.

            -- Como se você não soubesse. – disse irônico o lobo, largando a mão do frio. – Está na biblioteca desde que voltou do Alaska e com um mau-humor dos diabos.

            -- Então, com licença. – falou Aidan botando a mochila no chão. – Vou vê-la.

            -- Boa sorte. – falou Juan, se virando para dar um beijo em Justine, pegando-a no colo, subiram as escadas.

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            -- Não quero ver ninguém!!! – gritou a mestiça do outro lado da porta.

            -- Nem mesmo a mim. – falou o vampiro entrando. – Me desculpe... – começou, mas parou ao ver um quadro, onde deveriam estar os livros chatos de medicina que pertenciam à mestiça.

            Aidan conhecia bem aquela pintura, feita há um pouco mais de 150 anos. Ele mesmo o fizera,  a pedido dos Volturi. Na verdade, haviam sido três: uma mostrava Aro, a outra era de Markus e o terceiro, aquele que estava em posse de Myridan era do vampiro de cabelos loiríssimos eternizado naquela tela em uma pose imponente. “Ela deve ter roubado esse.” – pensou.

            -- Achei que havia superado isso. – falou Aidan se aproximando da amiga, lhe tocando o ombro. Myridan continuava de costas para ele, fitava o quadro como se estivesse hipnotizada. – Pare de olhar para isso. É tolice ficar mexendo com as feridas do passado.

            -- Você tem razão. – falou, finalmente. Ela pegou um imenso manual de Medicina que estava sobre a mesa, o devolvendo ao seu lugar na estante, que côo em um passe de mágica, a parede pareceu girar, ocultando a pintura de Caius e assim, devolvendo os livros a seu devido lugar. – Perdoe-me.

            -- Puxa vida! Eu tinha preparado todo um discurso. – falou o vampiro afagando os braços da mestiça. Myridan estava séria, olhar distante como se não o enxergasse. – De como você tinha razão, de como eu sou um hipócrita, preconceituoso e... de quê mais você me chamou? – falou sorrindo tentando fazer a amiga sorrir.

            -- Que bom que voltou. – disse a mestiça dando um sorriso triste, se desvencilhando do amigo.

            -- Espera! – falou Aidan a segurando pelo braço. – O que aconteceu?

            -- Os J descobriram um ninho de recém-nascidos. – falou encarando o chão ou o teto, pois a mestiça sabia que se olhasse nos olhos do amigo corria o risco de chorar, pois era somente na presença de Aidan que esta se permitia ter sentimentos, ser de alguma forma humana. – Creio que eles foram criados pelos Volturi.

            -- Sabíamos que isso podia acontecer. – falou o vampiro sério. – Eles vão tentar nos destruir, assim como, tentaram há 150 anos atrás. A única diferença é que dessa vez você os provocou, porem não farão nada direto. Não, sem o “Sim” de Markus, o que não terão já que ele é seu amigo e acabou de viajar.

            -- Tem razão. – Myrian estava com semblante preocupado, triste. – Às vezes, temo por ele.

            -- E quem não teme? – disse Aidan se sentando numa das luxuosas poltronas couro escuro que compunham a decoração da Biblioteca. – Porem, não era a pintura dele que você fitava... Precisa superar Caius, pois talvez mais cedo do que imaginamos, você estará cara a cara com ele e dessa vez só um sairá vivo.

            -- Eu sei. – disse a mestiça saindo da sala, deixando o vampiro sozinho.

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            Myridan entra no enorme aposento de decoração rústica que era seu quarto. Sente seu coração apertado, seu peito dói, na verdade, essa dor era uma velha conhecida. Fora apresentada a ela no momento em que ouviu o “Concordo” saído da boca de seu amante, do vampiro que lhe ensinara a ler, daquele a quem ela se entregara depois de séculos de castidade e tudo por quê? Por mentira, ciúme, inveja e claro, Poder.

Ela vagarosamente caminha até o aparelho de som, aperta o play. Logo o silencio do ambiente é expulso pelos acordes da guitarra e dos violinos de“Heaven's a Lie”, em um perfeito contraste, então, a maravilhosa voz da italiana Cristina Scabbia inundou o quarto, trazendo consigo emoções fortes ao coração de Myridan.

Oh no, here it is again

I need to know, when I will fall into decay

Something wrong, with every plan of my life

I didn't really notice that you've been here...

Não choraria.

Não choraria por uma mentira, se prometera isso há muito tempo, não derramaria uma única lagrima. Porém, essa dor insuportável nunca a abandonara, a dor da traição e ela só parecia se agravar quando em raros momentos o via depois daquela noite, aquela onde ela e Aidan fugiram dos Volturi. “Dolefully desired. Tristiemente desejada, esse sempre foi o meu mal.” – pensou e, simultaneamente, sua mente foi invadida pelo rosto bonito e misterioso de Gustav, Aro e Caius.

Set me free, your heaven's a lie

Set me free with your love, set me free yeah

Set me free, your heaven's a lie

Set me free with your love, set me free yeah

Myridan estava muito feliz com a volta de seu amigo, mas não queria conversar, precisava ficar sozinha e assim a mestiça se deitou em sua imensa cama de dossel, fechando os olhos lhe escapando destes, duas lágrimas.

-------Noite. Reserva Quileute---------

            Todos os Quileutes estavam na floresta procurando Leah, esta desaparecera pela manhã e ninguém mais a vira. A busca pela loba já durava umas duas horas quando Jacob a encontrou inconsciente no meio de floresta canadense, completamente nua.

            O alivio foi geral quando Jacob, na forma de um lobo marrom-avermelhado, voltou trazendo uma Leah inconsciente em suas costas, porem tal sentimento de alivio não durou ao perceberem que a loba não acordava e que sua temperatura corporal estava chegando passando de oitenta graus, ou seja, ela estava febre alta.

-------Enquanto isso...--------

            Aidan estava e seu quarto, sorrindo para sua mais nova pintura. Uma índia de enigmáticos olhos negros, pele morena, corpo perfeito, esta estava nua sentada na neve no meio de uma matilha de lobos, que lhe escondiam as formas femininas. Se o vampiro fechasse os olhos, ainda podia sentir os lábios febris da loba, sua língua, os dedos dela a lhe explorar o tórax. “Maldito, Seth!!!” – pensou.

            -- Leah, o que será que você está fazendo? – se perguntou o vampiro fitando a Lua cheia pela janela.


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Notas finais do capítulo

Um muito obrigado todo especial para "isabella-ribas" e "Nelliel" por suas recomendações.MUITO OBRIGADO MENINASE outro muito obrigado para as mais de vinte pessoas que acompanham a fic.MUITO OBRIGADA PESSOALbJUXXXXXXXXXX