A Loba e o Frio escrita por JubaDAzvdo


Capítulo 11
Dez.


Notas iniciais do capítulo

Então, como eu havia prometido aqui está o capitulo "Dez."
Decico ele especialmente aos novos leitores que se juntaram anos desde os ultimos capitulos: LA_Black, Fer_black,Lilo1991, isabella_ribas e drikah_black.
Mas, os que estão comigo desde o inicio tambem sintam-se homenageados, pois foram você que tanto me atormentaram (principalmente, juju_fanfics) sobre quando o Aidan ia parar de fugir e encarar o probelma de frente.
Pois aqui está este momento.
Espero que gostem.



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Dez.

-- Você é um hipócrita. – Essas foram as ultimas palavras de Myridan antes de sumir em meio aquela escuridão e neve. Aquela frase ainda ecoava nos ouvidos de Aidan enquanto ele lentamente fazia o caminho de volta para os Denali.

-------------Flash Back-------------

           

            Aidan e Myridan caminhavam em silencio. Nenhum dos dois tinha coragem de iniciar a conversa, tinham um forte pressentimento que isso ia levá-los a uma discussão, então permaneciam calados.

            -- Se você está aqui. – falou Aidan quebrando o silencio. – Significa que os J voltaram.

            -- Correto. – respondeu Myridan olhando o céu enquanto andavam, se distanciando cada vez mais do pequeno povoado onde viviam os Denali, suas figuras sumindo na noite negra e na neve branca.

            -- Então, o que faz aqui? – perguntou Aidan. Não iriam conseguir fugir do assunto por muito tempo, logo, era melhor assim.

            -- Estou aqui para entender o porque de você estar aqui. – disse Myridan, como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo.

            -- E eu achando que você aprendera a ler. – disse Aidan sarcástico.

            -- Olha aqui Aidan! – falou Myridan irritada. – Eu quero que você volte para casa.

            -- Eu escrevi que voltaria para casa quando me sentisse à vontade para fazê-lo. – falou o vampiro aumentando o tom de voz. – Porque você não respeita a minha decisão e volta para Forks?

            -- Respeito assim que eu souber o que motivou sua decisão. – falou alto a mestiça em resposta. – É Leah?

            -- Não é da sua conta! – falou Aidan irado.

            -- Interessante, pois ela age agressivamente quando ouve o seu nome. – falou Myridan com raiva. – O que está acontecendo entre vocês? – perguntou ela exasperada – Primeiro aquela mulher em Seattle e agora você foge para o fim do mundo.

            -- Não é da sua conta!!! – gritou o vampiro irado. – Porque você tem que controlar tudo?

            -- Porque está tão na defensiva comigo. – perguntou Myridan sem acreditar. – Nós somos amigos, já passamos por tanta coisa juntos e eu, realmente, não entendo o porque de você não me contar o que está acontecendo.

            -- Como eu posso contar se nem eu sei o que está acontecendo! – disse Aidan. – Estou perdido, não vê?

            Eles ficaram em silencio por um tempo, se encarando embaraçados, com o que haviam dito um para o outro.

            -- Aidan, eu preciso perguntar. – falou Myridan tomando fôlego. – Está apaixonado por Leah?

            -- O quê?! – respondeu Aidan ainda mais irritado. – Você está louca?! Onde já se viu um vampiro e uma transformista, uma cadela fedorenta.

            -- Engraçado você dizer isso pois se eu não comentei. – começou a mestiça com seu sarcasmo habitual. – Nós dividimos o teto com um casal muito similar.

            -- Jean e Justine?! – perguntou Aidan alterado. – Só para você saber só convivo com aquele pulguento em respeito a você e a Justine. Mas, eu, particularmente, não o suporto o que por sinal, entre eu e Jean, é sentimento recíproco.

            -- Então está apaixonado por ela ou não? – perguntou Myridan impaciente. – Você não respondeu minha pergunta.

            -- Nunca! Está bom o suficiente minha resposta. – Falou Aidan, se apressando em completar. – Eu nunca teria qualquer tipo de envolvimento com uma cadela imunda!!!

            -- Bom saber. – falou a mestiça num sussurro. – Então, também sou uma cadela imunda?

            -- Não! – disse Aidan surpreso. – Você é diferente.

            -- Como? – perguntou Myridan em tom de desafio.

            -- Você é diferente. – foi tudo o que Aidan disse.

            -- E Seth e Jacob você também os despreza? – falou Myridan se segurando para não dar um tapa no rosto do amigo.

            -- Não! – respondeu Aidan confuso, sem saber onde é que a mestiça queria chegar com aquilo. – Eles são meus amigos.

            -- Então, tudo bem ter amigos “pulguentos”. – Myridan enfatizou bem a ultima palavra.

            -- Eles não são pulguentos. – falou Aidan. – Assim como você não é uma cadela fedorenta. Você não entende!

            -- Realmente, eu não entendo. – disse Myridan sarcástica. – Nunca atravessei metade do continente e fiz uso de uma vagina fria de vampira como esconderijo para fugir dos meus próprios sentimentos. Realmente, eu não entendo.

            -- Como... quer saber, esquece. – falou o vampiro impaciente.

            -- Então, só Leah é uma cadela fedorenta, é isso? – disse a mestiça pressionando o vampiro.

            -- Não, todos os transformistas são imundos. – respondeu o vampiro se contradizendo.

            -- Então, eu sou imunda. É isso o que você pensa de mim. – falou Myridan o pressionando ainda mais.

            -- Pára com isso! – gritou Aidan. Deixando-se cair de joelho na neve, cerrando os olhos. – O que você quer que eu diga?!

            -- Nada. – falou Myridan séria. – Você é um covarde, preconceituoso e... – A mestiça respirou fundo e após alguns segundos de silencio, concluiu. – Você é um hipócrita. – falou e foi embora deixando o vampiro de joelhos no meio da neve.

----------Fim do Flash Back------------

            “Seria eu mesmo um hipócrita.” – se perguntava Aidan caminhando devagar.

            Estava quase amanhecendo quando ele chegou à casa dos Denali.

            -- Onde esta Myridan? – perguntou Carmem quando o viu chegar sozinho.

            -- Ela teve que ir embora. – respondeu Aidan sem emoção, subindo as escadas.

            Aidan se trancou no quarto, para que Tanya não viesse o perturbar. A conversa com Myridan havia sido tão tensa, ele nunca se julgara capaz de falar daquele jeito com a amiga. Mas, imagina só! ela insinuando que ele estivesse apaixonado pela loba. “Que coisa mais ridícula!” – pensou ele.

            Lógico que não estava apaixonado, tudo o que estava acontecendo era que não conseguia parar de pensar em Leah, em seus olhos negros, em seus lábios carnudos, em sua pele morena e macia. Ou de imaginar como seria beijá-la, tocá-la, tê-la em seus braços, acariciar-lhe as sedosas melenas escuras como uma noite sem estrelas.

            -- Droga! – disse Aidan escondendo o rosto nas mãos. – Sou um covarde, preconceituoso, hipócrita... e acho que estou apaixonado.

            Silenciosamente, Aidan arrumou a mochila que trouxera consigo, bebeu o ultimo sangue de vampiro que tinha. Desceu as escadas, na sala de estar estavam o vampiro de com um toque de oliva na pele de giz, acompanhado de sua parceira Carmem e Tanya que acabara de voltar com a roupa em frangalhos. “Talvez mandá-la caçar um urso tenha sido exagero.” – pensou ele ao ver o estado da vampira.

            -- Bem, Eleazar queria lhe agradecer por tudo. – começou Aidan. – Não só a você mas a toda a sua família que me acolheu como se eu fosse um ente querido. Muito obrigada, mas agora chegou à hora de eu voltar.

            -- Imaginei que isso aconteceria. – disse Eleazar vindo apertar a mão de Aidan. – Mande meus cumprimentos para sua família e diga a Myridan para voltar com mais calma.

            -- Claro. – assentiu o belo vampiro. – E Tanya, eu sinto muito.

           

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            A viagem se volta para Forks foi rápida, havia uma coisa que ele precisava fazer. Um ultimo teste, algo que precisava terminar, tinha que ser feito e ao ser abrir-lhe-ia um novo mundo de possibilidades que Aidan nunca se julgara capaz de conhecer. Corria com toda a velocidade que sua natureza de vampiro lhe permitia.

----------Reserva Quileute----------

           

            O ultimo mês tinha sido um inferno para Leah. Se já não bastasse sonhar com o vampiro todas as noites, depois que soubera que ele deixara a cidade, a imagem dele vinha lhe atormentar até acordada.

            Desde o episodio nos fundos da casa de Emily as coisas pareciam ter piorado sensivelmente. Seu humor nunca estivera tão péssimo e o que era aquele vazio que parecia ter se formado em seu coração e em seus olhar? Parecia que não importasse para onde olhasse sentia a ausência de algo.

O mundo parecia ter perdido todas às cores, se tornando um filme mudo rodado lentamente em preto e branco. Algo faltava, mas o que seria?

Esse seu atual estado a levara a criar o costume de fazer longos passeios solitários pela floresta úmida. E naquele tarde não era diferente, ela só andava enquanto seus pensamentos se perdiam nas lembranças daqueles profundos olhos azuis, daquela pele branca brilhando ao sol, daquele intoxicante cheiro adocicado e por mais incrível que pareça o cheiro dele lhe invadia as narinas como se ele estivesse ali. “O que estou pensando?” – brigou consigo mesma.

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Aidan mal podia acreditar que Leah estivesse na floresta, se fosse um tolo teria dito que era o destino mexendo os pauzinhos para facilitar as coisas para ele. O vampiro deixou a mochila em na raiz de uma arvore e começou a seguir a loba.

-- Leah! – chamou quando criou coragem.

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A loba estancou o passo quando ouviu seu nome sendo pronunciada por aquela voz masculina, estranhamente, ela não precisava se virar para saber de quem se tratava. “É ele ou estou tendo mais uma alucinação?” – pensou ela sem se virar. De repente sentiu uma presença as suas costas, muito próxima. Um toque frio afastou os cabelos negros dela os colocando atrás da orelha.

            -- Meus olhos são azuis porque me alimento de sangue de vampiro. – falou Aidan, junto à orelha da loba, que em um salto se virou, andando de costas, afastando-se dele.

            Assim como um espelho, o vampiro começou a andar em direção a ela. A cada passo que Leah dava para trás era um passo que Aidan dava para frente, até que ela viu seu caminho impedido, suas costas se chocaram contra o tronco de um grande pinheiro.

            Vendo a oportunidade Aidan com sua velocidade sobre-humana se materializou diante da loba, impedindo esta de fugir. Com um braço de cada lado do corpo dela, tão próximo.

            -- E sei que você menstrua, porque o seu cheiro mudou. – disse ele se aproximando cada vez mais, colando o corpo no dela. Inverno e Verão. Aquela aproximação provocou arrepios em ambos. Seus corpos reagiam sozinhos, independentemente, da vontade de seus donos. – E agora...

            Com a ponta dos dedos ele acariciou a pele exposta dos ombros e pescoço dela,  deliciando-se com o calor da pele de Leah. Parando quando lhe segurou o rosto, fazendo com que ela o encarasse, perdendo-se naqueles profundos olhos negros. Psassou suavemente o polegar pelos lábios febris da loba, sentindo lhe a temperatura e a maciez. Então, fechou os olhos e aos poucos foi se curvando em direção a ela.

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            Leah não conseguia nem raciocinar, tudo se resumia às batidas de seu próprio coração, ao cheiro doce, a consciência de sentir cada pedacinho do corpo frio de Aidan junto ao seu. Não conseguia se mover, já era incrível ela conseguir respirar, somente fechava os olhos e esperava.

            Os lábios glaciais dele roçaram mais uma vez nos seus, foi com mais um arrepio que atravessou toda sua espinha que ela sentiu ele lhe lamber os lábios. Lentamente, as mãos de Leah abandonaram o tronco da arvore e encontraram a cintura dele, onde ela segurou a blusa. Então, finalmente ele lhe tomou os lábios em um beijo delicado e suave, logo, ela abriu a boca permitindo que a língua dele lhe explorasse a boca.

            Habilmente a língua gelada de Aidan encontrou a língua febril de Leah, as duas se enroscavam, se separavam, para em seguida se encontrar mais uma vez, às vezes na boca dela, às vezes na boca dele.

            O beijo foi ficando cada vez mais urgente, mais intenso. As mãos de ambos pareciam ter criado vida e exploravam um o corpo do outro sem pudor. Então...

            -- Leah!!! – uma voz masculina a chamava. Era a voz de Seth. – Você está aqui?

            De repente a consciência do mundo real nocauteou Leah a fazendo empurrar o vampiro para longe dela, derrubando-o na terra fria. Instantaneamente seu lindo corpo explodiu na forma de uma loba cinzenta que fugiu dali. Deixando Aidan parado no meio da floresta, com um sorriso lhe iluminando o rosto.

O Frio havia se encontrado. Não estava mais perdido, finalmente, descobrira o novo eixo que o prendia ao mundo.

Era a loba.

Era Leah.


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Notas finais do capítulo

E agora, gostaria muito de agradecer mais uma vez a todos que estão acompanhando a historia.
E um obrigado todo especial a três recomendações que a fic "A Loba e O Frio" recebeu.
Então, UM MTO OBRIGADA A: daniih, Stefannymarie e a Nina_Waka.
PS: A fic não acabou naum, caso alguem fique confuso com todo esse meu discurso.
Só estou agradecendo todo o carinho.
Bjuxxxxxxxxx