I Love You, Too. escrita por malchikgey_
Voltaram ao Set, e parecia que os outros nem haviam sentido a falta dos dois. Pularam e dançaram a noite toda, sempre trocando furtivos olhares, que não passaram despercebidos pela multidão. Strify sentiu seu sangue ferver ao ver Romeo abraçando sua lua. Lógico, não demonstrou, e continuou dançando com Yu.
Às 2 da madrugada, foi encerrada a festa. Todos estavam exaustos, mas haviam dois integrantes que ainda estavam animados. O baixista e vocalista estavam eletrizados. Andavam de um lado para o outro no ônibus, sempre sorrindo.
Os primeiros a desembarcarem foram Romeo e Yu. Eles moravam no mesmo apartamento, enquanto Shin, Strify e Kiro moravam em outro, localizando a poucos quarteirões dali. Todos se despediram, e os dois morenos estavam exaustos.
Enfim, no apartamento dos três loiros, o único que foi diretamente para a cama foi Shin. O vocalista decidiu que precisava de um banho. Sua pele queimava, e a sua temperatura não tinha nada a ver com a dança no DJ Set. Na verdade, tinha a ver com o menor, Kiro.
Kiro. Kiro. Kiro. Era o nome que sempre vinha em seu pensamento. Era o rosto do baixista que vinha em sua mente quando ele fechava os olhos. Eram os olhos verdes do garoto que ele via refletido no espelho, quando se observava.
O menor não descansava. Rodava todos os cantos de seu quarto, andava de um lado para o outro. Estava gelado, pelo frio, mas queimava por dentro. Sentia necessidade de tocar o dono dos belos olhos cinzentos de novo, senti-lo perto de si novamente.
Ele ouviu o chuveiro sendo ligado. Verificou de que Shin já dormia, abraçado à sua almofada de Bob Esponja. Ele dirigiu-se ao banheiro, e viu que a porta estava apenas encostada. Intencional ou não, Kiro adentrou no banheiro, que já se encontrava tomado pelo vapor originado pelo chuveiro.
O vocalista acariciava seu corpo, sentindo a água quente deslizar suavemente por si. A cada gota, relembrava os toques rudes, mas deliciosamente doces de Kiro, e não podia reprimir pequenos suspiros de frustração por não ter o pequeno garoto ali, consigo.
‘’ Kiro. . . ‘’, sussurrou ele, sem saber que o garoto estava dentro do banheiro, e já entrava no chuveiro, mesmo com roupas.
- Oi. – respondeu o menino dos olhos verdes, envolvendo a cintura de Strify. Manteve uma distância segura, afinal, não sabia a reação do dono dos belos cabelos mestiços. Porém, ele realmente não esboçou uma reação negativa. Strify, com os cabelos molhados caindo por suas bochechas, e a água quente passeando por todo seu corpo nu, virou-se de frente para Kiro, segurando as mãos do garoto em sua cintura.
O vocalista apenas sorriu, e puxou o baixista pela gola da camisa do garoto. Agora, a distância entre ambos fora suprida, e o contato era constante. A roupa de Kiro já estava encharcada, mas ele não se importava. Ele adorava a pele quente de seu sol particular em contraste com sua pele fria e pálida.
As mãos do vocalista já desabotoavam os botões da camisa branca do menor, que já tinha o rubor presente em sua face. Não de vergonha, logicamente, mas sim porque ele, em si, estava quente.
Os lábios se encontraram novamente, dessa vez com mais necessidade. A situação estava levando-os ao limite. Eles não sabiam como haviam chegado àquele ponto, mas o toque já era necessário.
Com o barulho do chuveiro, todos os barulhos eram abafados. O vapor já era visível em todo o banheiro, devido também à água quente, mas principalmente ao calor que emanava do corpo dos dois loiros. Eles estavam em perfeita sintonia, mas um simples beijo já não era o suficiente.
Strify delirava com cada pedaço de pele que era tocado pelo menor, que já e encontrava sem a camisa, e com o zíper da calça aberto. ‘’ Deixe comigo ‘’, foi tudo o que o baixista conseguiu dizer. Ele retirou seus lábios dos lábios do vocalista, fazendo com que este soltasse um pequeno grunhido de frustração.
Kiro caminha com sua língua por todo o pescoço e ombros de Strify, saboreando cada pedaço de pele que ele tanto queria. Suas mãos já não ficavam paradas, e deslizavam pelas costas de Strify avidamente, como quem queria segurá-lo ali para sempre.
O caminho foi descendo, passando pelo peito, onde ele deu pequenas mordidas, deixando marca vermelhas, e logo, na barriga. Ao sentir a língua de Kiro tão próxima de sua área sensível, Strify não pôde conter um gemido de satisfação.
De repente, ele sentiu que o contato com a sua pele fora cortado, e viu Kiro sentando-se no chão, com as mãos apoiando sua face.
- Não é para ser assim, Strify. – disse o menor, levantando-se. – Digo, não desse jeito, de repente. Quero que seja o melhor, não só para mim. Quero que seja o melhor para você. E eu nem sei realmente se o que motiva você é apenas o desejo, ou se tem algo mais. E eu estou . . . tão confuso.
Strify olhou com carinho para a face ruborizada do pequeno, acariciando-lhe a face.
- Você não sabe? E qual a prova maior eu deveria te dar?
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