I Love You, Too. escrita por malchikgey_
O vocalista já não agüentava, e se levantou. Dirigiu-se ao balaústre, e sentiu o vento frio invadir sua roupa e transformar-se em calafrios por todo seu corpo. Alguns minutos depois, sentiu dois braços fortes o envolvendo por trás, e uma cabeça afundar-se em seu ombro. Era o seu pequeno.
Ali, eles ficaram, sentindo apenas o calor que emanava de ambos os corpos, se esquentando mutuamente. Eles sabiam, logo sentiriam a falta deles. Mas que diferença faria? O mundo já não importava. Não naquele momento.
Kiro levantou sua cabeça, e fez com que o corpo do vocalista girasse, para que este ficasse de frente para si. Strify tinha a respiração pesada e sem ritmo. Ambos estavam ruborizados e a descarga elétrica do contato dos corpos era novamente despejada sobre eles, causando arrepios incontroláveis.
Os rostos se aproximaram vagarosamente, até o momento em que os lábios, sedentos pelo encontro, se encostaram.Enfim, a lua, fria e pálida, encontrava-se em contato parcialmente absoluto com o sol, brilhante e muito, muito quente. O contraste de temperatura causava uma sensação indescritível em ambos.
As mãos de Kiro descansaram na cintura do mais novo, que caminhava suas mãos pelo peito e barriga do baixista. O beijo, apaixonado, tornava-se necessário, e as mãos pediam algo além de roupas para tocarem. Algo quente como a pele.
A respiração de ambos era forte e pausada, o ar se tornava raro. Kiro apertava o corpo frágil de Strify contra os balaústres, e suas mãos já não podiam se manter quietas. Assim como o baixista, Strify sentia necessidade de um toque completo, de contato absoluto com sua lua.
Ambos se apertavam e tocavam cada pedaço de pele e roupa que aparecia pela frente. Era como se o toque fosse necessário para a sobrevivência. E no momento, era.
Separaram-se em busca do ar. Ambos estavam ruborizados e a respiração era ofegante. Strify tentava se manter em pé e em uma boa situação, mas a pressão que o corpo de Kiro exercia sobre o seu o fazia ficar vulnerável e sem apoio em suas próprias pernas.
A música ainda era intensa, apesar de baixa para eles. ‘’ Melhor voltarmos. ‘’, disse o vocalista, olhando para baixo. ‘’ É, logo irão sentir nossa falta. ‘’, Kiro concordou, aliviando o corpo de Strify, mas não tirando as mãos da cintura do belo garoto.
Um selinho estalado e demorado foi à breve ‘despedida’ de ambos. Lógico, voltariam a ter outras oportunidades nesta mesma noite, mas o tempo em que teriam de ficar longe era demais. O sol necessitava do toque gélido da lua, que, por sua vez, implorava pelo calor do brilhante sol.
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