Hereditary escrita por almightymag


Capítulo 7
Black eyed girl (Bônus – Darien POV)


Notas iniciais do capítulo

Nháaa, POV do Darien *O* Bom, vou logo avisando que não está nada fantástico, mas prometo uma coisa mais agitada no próximo capítulo o// esse cap é mais para vocês conhecerem o cute do Darien *-* e saber o que a Zoey é pelo lado de fora, saaabe, fisicamente e o modo de agir. E para saberem o que é o Darien tbm :D
Espero que gostem *O*



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Darien Moulegh é o meu nome, mas a maioria prefere me chamar de...

– Fala aê Darien Molenga! – disse Guston enquanto passava por mim com um bando de garotos idiotas que lhe segue por todo lugar.

E quando digo todo lugar, eu quero dizer todo lugar. Eles vão ao banheiro juntos! E eu realmente não quero chegar perto de imaginar como deve ser isso. No geral eles são conhecidos como os machos extremos da escola. Aqueles que gostam de lhe dar um puxão na sua cueca num comprimento cordial.

Mas é claro que eles nunca fizeram isso comigo! O apelido é só para não fazer feio na frente dos outros. Porque da última vez que Guston resolveu erguer o punho para mim... bom, na verdade eu nem sei explicar. Só aconteceu, e realmente foi muito rápido.

Em um segundo o Guston estava vindo em minha direção enquanto seus amigos me imobilizavam segurando meus braços com muita força. Guston sorrira estalando os dedos. Eu já estava esperando pela dor, não tentaria fugir porque isso seria um ato covarde, mas também parecia bem idiota ficar ali esperando ser socado. Eu só me lembro de ter sentido duas coisas, ódio e que essa baboseira acabasse logo. Então no outro segundo os comparsas de Guston estava no chão. Os olhos arregalados, a pele quase azul de tão pálida, a boca meio aberta e seca.

Guston se afastou com os olhos arregalados, então foi minha vez de sorrir e estalar os dedos.

Logo ele saiu correndo e prometendo nunca mais se meter comigo dessa maneira. Desde então ele arrumou esse apelido para mim. Sabe, eles não podem perder o padrão.

Eu me dirigi lentamente até o final da sala, penúltima carteira, perto da janela que dava ver a piscina enorme. Certo, eu sou garoto e não um robô sistematicamente controlado, adoro ver as meninas nadando. Infelizmente elas só usam maiôs, mas eu aprendi a me contentar com isso.

Teríamos aula de química, então vesti o jaleco branco que estava perfeitamente dobrado sobre a mesa, pousado em cima do mesmo estavam os óculos de proteção. Assim estava em todas as mesas, inclusive ao meu lado, quando ninguém se senta ao meu lado. Isso por conseqüência da longa história com Guston e seus comparsas. Todos descobriram, e agora todos sentem um ligeiro medo de mim. Talvez não exatamente medo de mim, mas do que eu posso causar, até porque aquilo que eu fiz com os amigos do Guston não foi algo que pude controlar. Meramente aconteceu!

Não é uma coisa que faça muito sentido para mim. Nem me sinto feliz por isso. Simplesmente nasci com o dom de congelar as coisas. Toda a minha família é normal, meus pais são normais, meu irmão mais novo também é mais um pirralho – normal, e eu nasci desse jeito, sem explicação nenhuma.

Depois de quase uns dez minutos o professor Lambsteck entrou em sala apenas com o seu livro de química. Ele é um dos professores mais breves que tem nessa escola. É do tipo que chega, cumprimenta os alunos e logo diz o que é para fazer. Ele só fala muito quando necessário, quando é para explicar alguma coisa, nada mais. Então ele citou os ingredientes que precisávamos para fazer mais uma experiência química que não faria diferença alguma em nossas vidas. Pelo menos, não para mim.

Eu já estava no ingrediente 3 – o qual tinha um nome tão estranho que era quase impronunciável – quando ela entrou. Seu rosto era familiar apesar de eu nunca tê-la visto em lugar nenhum. Seus olhos e seus cabelos eram negros e se sobrepunham a sua pele clara. Mas havia algo em seus olhos, uma coisa que eu tive receio e, ao mesmo tempo, ansiedade de conhecer.

– Bom dia – ela sussurrou ainda parada na soleira da porta.

O professor se desgrudou de seu livro e sorriu assim que seus olhos pousaram nela.

– Você deve ser a aluna nova – disse o professor logo apertando sua mão num cumprimento.

Ela apenas correspondeu ao cumprimento, séria. Não havia mínima emoção em seus olhos.

– Seja bem-vinda! – falou o professor Lambsteck – Pode se sentar ao lado Darien Moulegh – Ele apontou para mim e eu rapidamente abaixei a cabeça.

Senti um estranho gelo correr as minhas veias então voltei a me concentrar no que estava fazendo antes de ela aparecer. Podia sentir sua presença se aproximando de mim, e meu estomago parecia pesar cada vez mais que ela se aproximava. E não era uma sensação agradável.

Ela deslizou para a cadeira ao meu lado. Eu estava concentrado e não errar uma gota do liquido verde impronunciável ao liquido vermelho.

Eu respirei fundo e olhei para ela. O que eu não havia notado de longe, mas agora de perto dava para ver nitidamente a cicatriz que ela carregava na bochecha esquerda, bem abaixo da linha de seu olho. Sinceramente, isso não deformava a sua beleza, nem um pouco.

– A resposta é Zoey – disse ela baixinho respondendo a pergunta que eu ainda estava formando em minha cabeça. Mas não foi num tom frio, também não foi num tom alegre. Para falar a verdade, não havia tom nenhum, apenas o som de uma voz monótona.

Eu sorri mesmo assim. Acho que não precisava me apresentar já que o professor já fez isso por mim.

– Boa sorte – Não sei por que disse isso. – Você vai precisar estudando nessa escola. – Dei de ombros.

– Obrigada, sua sinceridade me comoveu.

E essa foi a última frase que ela me disse, sem tom, sem emoção, nem ao menos ódio, ou raiva. Apesar de que durante as horas que se arrastaram sua presença ao meu lado não era um incomodo, talvez porque ela não sentia medo de mim, aliás, ela nem me conhecia!

Eu não sou o tipo de garoto que fala muito, mas gosto de conversar. O problema é que a Zoey não me deixava muitas brechas de como começar um assunto.

– Então – comecei enquanto ainda não tentava explodir minha experiência patética –, o que lhe trouxe aqui?

– Problemas hereditários... – falou ela vagamente. Eu olhei em seus olhos, tentando ignorar sua cicatriz, esperando mais do que isso como resposta. – Minha família... – Agora havia angustia em sua voz, uma gota, mas havia.

– Problemas familiares? – perguntei – Como o quê?

– Como mortes.

A conversa tomou um rumo ao qual eu realmente não queria chegar. Senti um aperto no coração e meu estômago pareceu pesar mais ainda.

– Sinto muito – sussurrei.

– Pelo o quê? Já passei pelo pior, e além do mais, a culpa não é sua.

Eu esperava por um sorriso irônico, ou até mesmo colérico. Mas ela ainda fitava qualquer coisa, ela era como uma escultura de cera, sem expressões, sem a mínima demonstração de emoção. Era melhor eu começar a estudar os movimentos de suas sobrancelhas finas se eu quisesse entendê-la. E, sabe, eu realmente estava determinado a isso.


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Notas finais do capítulo

Postem reviews? *u* Sério u_u As reviews deram uma caída e eu não estou nada feliz, e naaaada inspirada com isso t_t Help! Então dêem review *-* Faça feliz o coração de uma escritora juvenil :D -uuh,rimou :3



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